Delegação e subdelegação de competências da Câmara no Presidente da Câmara, em exercício, e autorização da subdelegação nos vereadores durante o período de 29 de abril a 9 de junho de 2024.
Aviso 14704/2024/2
António da Costa Azevedo, Presidente da Câmara Municipal da Trofa, em exercício:
Torna público, nos termos e para os efeitos do artigo 56.º do Anexo I à
Lei 75/2013, de 12 de setembro, na sua redação atual, e do n.º 2 do artigo 47.º e do artigo 159.º, ambos do Código do Procedimento Administrativo que, a Câmara Municipal da Trofa, em reunião realizada em 06 de maio, deliberou, por maioria, e ao abrigo do disposto no artigo 33.º, no n.º 1 do artigo 34.º e no n.º 2 do artigo 36.º, todos do Anexo I à
Lei 75/2013, de 12 de setembro, na sua redação atual, conjugados com os artigos 44.º, 46.º e 47.º do Código do Procedimento Administrativo, delegar as competências da Câmara no Senhor Presidente da Câmara, em Exercício, e autorizar a sua subdelegação nos Senhores Vereadores no período de 29 de abril a 9 de junho de 2024, constantes daquela deliberação, que infra se transcreve.
Para constar e para os devidos efeitos legais, foi publicado o
Edital 111/2024.
”Considerando que,
A comunicação da suspensão obrigatória do mandato, por parte do Senhor Presidente da Câmara Municipal, Sérgio Humberto Pereira da Silva, datada de 29 de abril de 2024, em cumprimento do disposto no artigo 9.º da
Lei 14/79, de 14 de maio (Lei Eleitoral da Assembleia de República), na sua redação atual, aplicável ex vi artigo 1.º da
Lei 14/87, de 29 de abril, na sua redação atual (Lei Eleitoral para o Parlamento Europeu), desde o momento da apresentação da candidatura até à realização do ato eleitoral;
Nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 34.º do Anexo I da
Lei 75/2013, de 12 de setembro, na sua redação atual, o Órgão Executivo do Município pode delegar no respetivo Presidente um conjunto de competências que, pela sua natureza, são indispensáveis para o normal funcionamento dos serviços;
Tais competências poderão, de acordo com o estipulado no n.º 1, “in fine”, do referido artigo, ser subdelegadas nos Senhores Vereadores;
O instrumento de delegação de poderes, constituindo um fenómeno de desconcentração administrativa, conferirá uma maior eficácia e eficiência à gestão municipal, possibilitando uma maior celeridade na obtenção da competente decisão administrativa e, concomitantemente, à prossecução do interesse público;
Pelo exposto, propõe-se que a Câmara Municipal da Trofa delibere, ao abrigo do disposto no artigo 34.º do Anexo I da
Lei 75/2013, de 12 de setembro, na sua redação atual, conjugado com os artigos 44.º, 46.º e 47.º do Código do Procedimento Administrativo:
Delegar no Senhor Presidente da Câmara, em exercício, e autorizar a sua subdelegação nos Senhores Vereadores, nos termos do disposto no artigo 33.º, no n.º 1 do artigo 34.º e no n.º 2 do artigo 36.º, todos do Anexo I da
Lei 75/2013, de 12 de setembro, na sua redação atual, as competências a seguir descriminadas, atribuídas por Lei à Câmara Municipal:
1 - No âmbito das competências materiais:
a) Executar as opções do plano e orçamento, assim como aprovar as suas alterações;
b) Aprovar os projetos, programas de concurso, cadernos de encargos e a adjudicação de empreitadas e aquisição de bens e serviços, até ao limite de €748.196,85;
c) Adquirir, alienar ou onerar bens imóveis de valor até 1.000 vezes a RMMG;
d) Alienar em hasta pública, independentemente de autorização da assembleia municipal, bens imóveis de valor superior ao referido na alínea anterior, desde que a alienação decorra da execução das opções do plano e a respetiva deliberação tenha sido aprovada por maioria de dois terços dos membros da assembleia municipal em efetividade de funções;
e) Discutir e preparar com os departamentos governamentais e com as juntas de freguesia contratos de delegação de competências e acordos de execução, nos termos previstos no Anexo I da
Lei 75/2013, de 12 de setembro;
f) Assegurar a integração da perspetiva de género em todos os domínios de ação do município, designadamente através da adoção de planos municipais para a igualdade;
g) Colaborar no apoio a programas e projetos de interesse municipal, em parceria com entidades da administração central;
h) Assegurar, incluindo a possibilidade de constituição de parcerias, o levantamento, classificação, administração, manutenção, recuperação e divulgação do património natural, cultural paisagístico e urbanístico do município, incluindo a construção de monumentos de interesse municipal;
i) Participar na prestação de serviços e prestar apoio a pessoas em situação de vulnerabilidade, em parceria com as entidades competentes da administração central e com as instituições particulares de solidariedade social, nas condições constantes de regulamento municipal;
j) Ordenar, precedendo vistoria, a demolição total ou parcial ou a beneficiação de construções que ameacem ruína ou constituam perigo para a saúde ou segurança das pessoas;
k) Emitir licenças, registos e fixação de contingentes relativamente a veículos, nos casos legalmente previstos;
l) Exercer o controlo prévio, designadamente nos dominós da construção, reconstrução, conservação ou demolição de edifícios, assim como relativamente aos estabelecimentos insalubres, incómodos, perigosos ou tóxicos;
m) Executar as obras, por administração direta ou empreitada;
n) Alienar bens móveis;
o) Proceder à aquisição e locação de bens e serviços;
p) Criar, construir e gerir instalações, equipamentos, serviços, redes de circulação, de transportes, de energia, de distribuição de bens e recursos físicos integrados no património do município ou colocados, por lei, sob administração municipal;
q) Promover e apoiar o desenvolvimento de atividades e a realização de eventos relacionados com a atividade económica de interesse municipal;
r) Assegurar, organizar e gerir os transportes escolares;
s) Proceder à captura, alojamento e abate de canídeos e gatídeos;
t) Deliberar sobre a deambulação e extinção de animais considerados nocivos;
u) Declarar prescritos a favor do município, após publicação de avisos, os jazigos, mausoléus ou outras obras, assim como sepulturas perpétuas instaladas nos cemitérios propriedade municipal, quando não sejam conhecidos os seus proprietários ou relativamente aos quais se mostre que, após notificação judicial, se mantém desinteresse na sua conservação e manutenção, de forma inequívoca e duradoura;
v) Participar em órgãos de gestão de entidades da administração central;
w) Designar os representantes do município nos conselhos locais;
x) Participar em órgãos consultivos de entidades da administração central;
y) Nomear e exonerar o conselho de administração dos serviços municipalizados;
z) Administrar o domínio público municipal;
aa) Deliberar sobre o estacionamento de veículos nas vias públicas e demais lugares públicos;
bb) Estabelecer a denominação das ruas e praças das localidades e das povoações, após parecer da correspondente junta de freguesia;
cc) Estabelecer as regras de numeração dos edifícios;
dd) Deliberar sobre a administração dos recursos hídricos que integram o domínio público do município;
ee) Enviar ao Tribunal de Contas as contas do Município;
ff) Deliberar, no prazo máximo de 30 dias, sobre os recursos hierárquicos impróprios das deliberações do conselho da administração dos serviços municipalizados;
gg) Dar cumprimento ao Estatuto do Direito de Oposição;
hh) Promover a publicação de documentos e registos, anais ou de qualquer outra natureza, que salvaguardem perpetuem a história do município;
ii) Assegurar o apoio adequado ao exercício de competências por parte do Estado.
2 - No âmbito das competências de funcionamento:
a) Executar e velar pelo cumprimento das deliberações da assembleia municipal;
b) Proceder à marcação e justificação das faltas dos seus membros.
3 - No âmbito do Regime Jurídico da Urbanização e Edificação, aprovado pelo
Decreto-Lei 555/99, de 16 de dezembro, com a última alteração introduzida pelo
Decreto-Lei 10/2024, de 01 de janeiro, e ao abrigo do disposto no artigo 5.º, n.os 1 e 4 daquele diploma, as seguintes competências:
a) A concessão da licença prevista no n.º 2 do artigo 4.º;
b) A aprovação da informação prévia regulada nos artigos 14.º a 17.º do mesmo diploma;
c) Autorizar, ao abrigo do disposto no n.º 2 do artigo 117.º do mesmo diploma, o pagamento fracionado das taxas referidas nos n.os 3 e 4 do artigo 116.º até ao termo do prazo de execução fixado no alvará desde que seja prestada caução nos termos do artigo 54.º do mesmo diploma legal;
d) Emissão de parecer favorável, em vista à celebração de quaisquer atos ou negócios jurídicos entre vivos de que resulte ou possa vir a resultar a constituição de compropriedade ou a ampliação do número de compartes de prédios rústicos, previsto no artigo 54.º da
Lei 91/95, de 2 de setembro, na sua redação atual;
e) As previstas em legislação especial que remeta para o Regime Jurídico da Urbanização e Edificação, designadamente,
Decreto-Lei 267/2002, de 26 de novembro, na sua redação atual;
Decreto-Lei 39/2008, de 7 de março, na sua redação atual;
Decreto-Lei 169/2012, de 1 de agosto, na sua redação atual;
Decreto-Lei 10/2015, de 16 de janeiro, na sua redação atual.
4 - Exercer, ainda, as seguintes competências:
a) Quanto à competência em matéria tributária, as previstas no artigo 7.º, n.º 1 do
Decreto-Lei 433/99, de 26 de outubro, na sua redação atual, e nas alíneas a) a j) do n.º 1 do artigo 10.º do Código de Procedimento e de Processo Tributário, aprovado pelo referido diploma legal;
b) Quanto às competências em matéria de licenciamento de atividades diversas e fiscalização, as previstas no artigo 4.º, n.º 1, alíneas a), d) e e) do
Decreto-Lei 264/2002, de 25 de novembro, nos termos do artigo 5.º do mesmo diploma e as previstas nos artigos 4.º, 18.º, 29.º n.º 1, 39.º n.º 2, 50.º n.º 1 e 51.º, todos do
Decreto-Lei 310/2002, de 18 de dezembro, com a última alteração introduzida pelo
Decreto-Lei 82/2021, de 13 de outubro, nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 3.º do mesmo diploma;
c) Emissão da licença especial de ruído prevista no artigo 15.º do Regulamento Geral do Ruído, aprovado pelo
Decreto-Lei 9/2007, de 17 de janeiro, alterado pelo
Decreto-Lei 278/2007, de 01 de agosto.
5 - As competências necessárias à instrução dos procedimentos e à execução das deliberações da competência da Câmara, nos termos do disposto nos n.os 2 e 4 do artigo 55.º do Código do Procedimento Administrativo;
6 - Praticar todos os atos da competência da Câmara Municipal constantes dos Regulamentos Municipais em vigor, bem como do Regulamento do Plano Diretor Municipal da Trofa.
7 - No âmbito da contratação pública, por força do disposto no n.º 1 do artigo 109.º do Código dos Contratos Públicos (CCP), a delegação inclui as competências previstas nos artigos 64.º, n.º 5, 66.º, n.os 2, 4 e 5; 68.º, n.º 6; 76.º, n.º 1; 77.º, n.º 2; 81.º, n.º 8; 85.º, n.º 1; 86.º, n.º 2; 92.º; 98.º, n.º 1; 99.º, n.º 1; 100.º; 104.º, n.º 3; 167.º, n.º 5; 170.º, n.º 5; 188.º; 189.º, n.º 1; 273.º; 292.º; 294.º; 295.º; 315.º, n.º 1; 344.º, n.os 2 e 4, 356.º; 367.º; 371.º, n.º 1; 372.º, n.º 3, alínea a); 387.º; 390.º; 394.º, n.º 3; 395.º; 398.º; 401.º, n.º 3; 404.º, n.os 1, 2 e 3; 454.º, n.º 2 e artigo 29.º, n.º 2 do
Decreto-Lei 197/99, de 8 de junho, repristinado pela
Resolução 86/2011, de 11 de abril):
Promover as notificações, comunicações, publicações e demais diligências instrutórias do procedimento, sempre que no CCP constem como obrigação da entidade competente para a decisão de contratar, do contraente publico ou do dono da obra;
No âmbito da formação do contrato, as seguintes competências:
Prestar aos concorrentes os esclarecimentos necessários à boa compreensão e interpretação das peças do procedimento, nos termos do artigo 50.º do CCP;
Decidir sobre a prorrogação de prazo para apresentação de propostas e de candidaturas, previstas, respetivamente, no n.º 5 do artigo 64.º e n.º 4 do artigo 175.º;
Decidir sobre a classificação de documentos da proposta e sobre o modo alternativo para a sua apresentação, bem como a promoção oficiosa da desclassificação, prevista nos n.os 2, 4 e 5 do artigo 66.º;
Designar os peritos ou consultores de apoio ao júri, prevista no n.º 6 do artigo 68.º;
As competências previstas nos n.os 2 a 4 do artigo 86.º do CCP;
Decidir sobre a prorrogação de prazo fixado para compromisso de terceiros, prevista no artigo 92.º;
Propor os ajustamentos ao conteúdo do contrato, prevista no n.º 1 do artigo 99.º;
Decidir quanto às reclamações quanto às minutas dos contratos, nos termos do artigo 102.º do CCP;
Promover as notificações relativas às seguintes matérias: decisão de adjudicação, apresentação de documentos de habilitação, prestação de caução, confirmação, se for o caso, de compromissos assumidos por terceiros relativos à proposta adjudicado, audiência prévia do adjudicatário por não apresentação dos documentos de habilitação no prazo fixado, minuta do contrato, ajustamentos ao contrato e data da sua outorga, apresentação de originais de quaisquer documentos que integrem candidaturas, decisão de qualificação, audiência de contra interessados, previstas, respetivamente, na 2.ª parte do n.º 1 do artigo 76.º, n.º 2 do artigo 77.º; n.º 8 do artigo 81.º; n.º 1 do artigo 85.º; n.º 2 do artigo 86.º; artigo 100.º; n.º 3 do artigo 104.º; n.º 5 do artigo 170.º; artigo 188.º; artigo 273.º;
Promover a notificação relativa à audiência prévia do adjudicatário por não prestação da caução no prazo legal, nos termos do n.º 1 do artigo 121.º, do Anexo à
Lei 4/2015, de 07 de janeiro;
Promover o envio aos interessados do convite à apresentação de candidaturas e de propostas, previsto, respetivamente, no n. ° 5 do artigo 167.º e n. ° 1 do artigo 189.º;
Designar o Gestor do Contrato, previsto no n.º 1 do artigo 290.º-A;
No âmbito da fase de execução dos contratos as seguintes competências:
Conceder adiantamentos de preço, desde que contratualmente previstos, conforme dispõe o artigo 292.º;
Autorizar a substituição da caução prestada, prevista no artigo 294.º;
Promover o cumprimento da obrigação de liberação das cauções prestadas como garantia de cumprimento de obrigações contratuais, prevista no artigo 295.º;
Autorizar a liberação parcial de cauções, nos termos previstos no
Decreto-Lei 190/2012, de 22 de agosto, alterado pela
Lei 83/2013, de 09 de dezembro;
Promover a publicitação de modificações objetivas aos contratos, nas condições previstas no n.º 1 do artigo 315.º;
Designar o Diretor de Fiscalização da Obra e o seu substituto, nos termos dos n.os 2 e 4 do artigo 344.º;
Consignar os locais onde os trabalhos devam ser executados, nos termos dos artigos 356.º e seguintes;
Decidir sobre a suspensão da execução dos trabalhos nos casos previstos no artigo 365.º e, ainda, autorizar a suspensão de execução dos trabalhos nas condições previstas no artigo 367.º;
Aprovar as minutas de adicionais a contratos iniciais, relativas a trabalhos complementares e serviços complementares;
Proceder à medição de todos os trabalhos executados, conforme decorre do artigo 387.º;
Corrigir erros de medição, nas condições previstas no artigo 390.º;
Proceder às receções provisória e definitiva das obras previstas, respetivamente, nos artigos 395.º e 398.º;
Decidir sobre reclamação apresentada pelo empreiteiro quanto ao conteúdo da conta final, conforme previsto no n.º 3 do artigo 401.º;
Decidir sobre a notificação ao empreiteiro para apresentação de plano de trabalhos modificado, sobre a respetiva adequabilidade e determinar a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, competências previstas, respetivamente, nos n.os 1, 2 e ab initio do n.º 3 do artigo 404.º;
Promover as notificações relativas à ordem, previamente aprovada, de execução de trabalhos complementares e serviços complementares prevista, respetivamente, no n.º 1 do artigo 371.º, alínea a) do n.º 3 do artigo 372.º e n.º 2 do artigo 454.º;
Promover as notificações relativas à ordem previamente aprovada, de supressão de trabalhos ou serviços a menos, prevista no n.º 1 do artigo 379.º;
Promover a notificação relativa à convocatória para a realização de vistoria para receção provisória e definitiva prevista, respetivamente, no n.º 3 do artigo 394.º e n.º 6 do artigo 398.º;
Aprovar os documentos exigidos no Programa de Procedimento/Convite, e entregues pelo adjudicatário, no âmbito das condições de segurança e de saúde no trabalho;
Autorizar a despesa até ao limite de €748.196,85 (setecentos e quarenta e oito mil, cento e noventa e seis euros e oitenta e cinco cêntimos), excluído o imposto sobre o valor acrescentado, resultante da conjugação do disposto no artigo 36.º do CCP, com o disposto no n.º 2 do artigo 29.º do
Decreto-Lei 197/99, de 8 de junho, na sua redação atual, incluindo tal autorização, nos termos do n.º 3 do artigo 109.º do CCP, a delegação das demais competências que aquele diploma referencia à entidade competente para a decisão de contratar;
Autorizar, ao abrigo das disposições conjugadas do n.º 2 do artigo 18.º do
Decreto-Lei 197/99, de 8 de junho, na sua redação atual, e da alínea bb) do n.º 1 do artigo 33.º e do artigo 34.º, ambos do Anexo I da
Lei 75/2013, de 12 de setembro, na sua redação atual, a realização de obras ou reparações por administração direta até €149.639,36;
Nas situações em que seja ainda aplicável o
Decreto-Lei 59/99, de 2 de março, exercer todas as competências atribuídas nesse diploma ao dono de obra, sem prejuízo do limite estabelecido na alínea anterior.“
7 de junho de 2024. - O Presidente da Câmara Municipal, em exercício, António da Costa Azevedo.
317801187