Regimento 1/2000 - AP. - Nota preambular. - Este Regimento da Assembleia Municipal resulta da entrada em vigor da Lei 169/99, de 18 de Setembro, que, com várias inovações, revogou, entre outros, o Decreto-Lei 100/84, de 29 de Março, e a Lei 23/97, de 2 de Junho.
O actual diploma regulamentar é o produto de trabalho cuidado da Assembleia Municipal, em especial do esforço e dedicação da sua comissão criada para o efeito, composta pelo seu presidente e por todos os líderes ou representantes dos partidos políticos com assento neste órgão autárquico.
O seu objectivo traduz-se numa maior eficácia e operacionalidade do funcionamento da Assembleia Municipal. Procura-se aperfeiçoar e dotar esta Assembleia de maior transparência e colaboração entre os partidos nela representados.
Todavia, em ordem à protecção dos legítimos interesses e anseios da população do nosso concelho, impõe-se que este diploma legal seja visto e utilizado como um instrumento regulador da discussão profunda e séria, com a consequente resolução dos problemas concretos do município. Desta forma sairá reforçada a comummente apregoada e pacificamente aceite consolidação do poder local e em especial a autonomia e independência da Assembleia Municipal como órgão autárquico.
Assim, no uso dos poderes que lhe são conferidos pelo artigo 53.º, n.º 1, alínea c), do Decreto-Lei 166/99, de 18 de Setembro, a referida comissão elaborou, no dia 18 de Setembro, e a Assembleia Municipal aprovou, por unanimidade, o presente Regimento, que entrará em vigor imediatamente após publicação.
CAPÍTULO I
Natureza e competências da Assembleia
Artigo 1.º
A Assembleia Municipal é o órgão deliberativo do município, sendo constituída por 24 presidentes de juntas de freguesia e por 25 membros eleitos pelo colégio eleitoral do município.
Artigo 2.º
Competências da Assembleia Municipal
1 - Compete à Assembleia Municipal:
a) Eleger, por voto secreto, o presidente da mesa e os dois secretários;
b) Elaborar e aprovar o seu regimento;
c) Acompanhar e fiscalizar a actividade da Câmara e dos serviços municipalizados;
d) Acompanhar, com base em informação útil da Câmara, facultada em tempo oportuno, a actividade desta e os respectivos resultados, nas associações e federações de municípios, empresas, cooperativas, fundações ou outras entidades em que o município detenha alguma participação no respectivo capital social ou equiparado;
e) Apreciar, em cada uma das sessões ordinárias, uma informação escrita do presidente da Câmara acerca da actividade do município, bem como da situação financeira do mesmo, informação essa que deve ser enviada ao presidente da mesa da assembleia com a antecedência de cinco dias sobre a data do início da sessão para que conste da respectiva ordem do dia;
f) Solicitar e receber informações, através da mesa, sobre assuntos de interesse para a autarquia e sobre a execução de deliberações anteriores, o que pode ser requerido por qualquer membro em qualquer momento;
g) Conhecer e tomar posição sobre os relatórios definitivos, resultantes de acções tutelares ou de auditorias executadas sobre a actividade dos órgãos e serviços municipais;
h) Deliberar sobre a constituição de delegações, comissões ou grupos de trabalho para estudo dos problemas relacionados com as atribuições próprias da autarquia, sem interferência no funcionamento e na actividade normal da Câmara;
i) Votar moções de censura à Câmara Municipal, em avaliação da acção desenvolvida pela mesma ou por qualquer dos seus membros;
j) Discutir, a pedido de quaisquer dos titulares do direito de oposição, o relatório a que se refere o Estatuto do Direito de Oposição;
k) Elaborar e aprovar, nos termos da lei, o Regulamento do Conselho Municipal de Segurança;
l) Tomar posição perante os órgãos do poder central sobre assuntos de interesse para a autarquia;
m) Deliberar sobre recursos interpostos de marcação de faltas injustificadas aos seus membros;
n) Pronunciar-se e deliberar sobre assuntos que visem a prossecução das atribuições da autarquia;
o) Exercer outras competências que lhe sejam conferidas por lei.
2 - Compete à Assembleia Municipal, em matéria regulamentar e de organização e funcionamento, sob proposta da Câmara:
a) Aprovar posturas e regulamentos;
b) Aprovar as opções do plano e a proposta de orçamento, bem como as respectivas revisões;
c) Apreciar o relatório de actividades e dos documentos de prestação de contas;
d) Aprovar ou autorizar a contratação de empréstimos nos termos da lei;
e) Estabelecer, nos termos da lei, taxas municipais e fixar os respectivos quantitativos;
f) Fixar anualmente o valor da taxa da contribuição autárquica incidente sobre prédios urbanos, bem como autorizar o lançamento de derramas para reforço da capacidade financeira ou no âmbito da celebração de contratos de reequilíbrio financeiro, de acordo com a lei;
g) Pronunciar-se, no prazo legal, sobre o reconhecimento, pelo Governo, de benefícios fiscais no âmbito de impostos cuja receita reverte exclusivamente para os municípios;
h) Deliberar em tudo quanto represente o exercício dos poderes tributários conferidos por lei ao município;
i) Autorizar a Câmara Municipal a adquirir, alienar ou onerar bens imóveis de valor superior a 1000 vezes o índice 100 das carreiras do regime geral do sistema remuneratório da função pública, fixando as respectivas condições gerais, podendo determinar, nomeadamente, a via da hasta pública, bem como bens ou valores artísticos do município, independentemente do seu valor, sem prejuízo do disposto no n.º 9 do artigo 64.º da Lei 169/99, de 18 de Setembro;
j) Determinar a remuneração dos membros do conselho de administração dos serviços municipalizados;
k) Municipalizar serviços, autorizar o município, nos termos da lei, a criar empresas públicas municipais e fundações e a aprovar os respectivos estatutos, assim como a criar e participar em empresas de capitais exclusiva ou maioritariamente públicos, fixando as condições gerais da participação;
l) Autorizar o município, nos termos da lei, a integrar-se em associações e federações de municípios, a associar-se com outras entidades públicas, privadas ou cooperativas e a criar ou participar em empresas privadas de âmbito municipal, que prossigam fins de reconhecido interesse público local e se contenham dentro das atribuições cometidas aos municípios, em quaisquer dos casos fixando as condições gerais dessa participação;
m) Aprovar os quadros de pessoal dos diferentes serviços do município, nos termos da lei;
n) Aprovar incentivos à fixação de funcionários, nos termos da lei;
o) Autorizar, nos termos da lei, a Câmara Municipal a concessionar, por concurso público, a exploração de obras e serviços públicos, fixando as respectivas condições gerais;
p) Fixar o dia feriado anual do município;
q) Autorizar a Câmara Municipal a delegar competências próprias, designadamente em matéria de investimentos, nas juntas de freguesia;
r) Estabelecer, após parecer da Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, a constituição do brasão, selo e bandeira do município e proceder à sua publicação no Diário da República.
3 - É ainda da competência da Assembleia Municipal, em matéria de planeamento, sob proposta ou pedido de autorização da Câmara Municipal:
a) Aprovar os planos necessários à realização das atribuições municipais;
b) Aprovar as medidas, normas, delimitações e outros actos, no âmbito dos regimes do ordenamento do território e do urbanismo, nos casos e nos termos conferidos por lei.
4 - É também da competência da Assembleia Municipal, sob proposta da Câmara Municipal:
a) Deliberar sobre a criação e a instituição em concreto do corpo de polícia municipal, nos termos e com as competências previstos na lei;
b) Deliberar sobre a afectação ou desafectação de bens do domínio público municipal, nos termos e condições previstos na lei;
c) Deliberar sobre a criação do conselho local de educação, de acordo com a lei;
d) Autorizar a geminação do município com outros municípios ou entidades equiparadas de outros países;
e) Autorizar os conselhos de administração dos serviços municipalizados a deliberar sobre a concessão de apoio financeiro, ou outro, a instituições legalmente constituídas pelos seus funcionários, tendo por objecto o desenvolvimento das actividades culturais, recreativas e desportivas, bem como a atribuição de subsídios a instituições legalmente existentes, criadas ou participadas pelos serviços municipalizados ou criadas pelos seus funcionários, visando a concessão de benefícios sociais aos mesmos e respectivos familiares.
5 - A acção de fiscalização mencionada na alínea c) do n.º 1 consiste numa apreciação, casuística e posterior à respectiva prática, dos actos da Câmara Municipal.
6 - A proposta apresentada pela Câmara referente às alíneas b), c), i) e n) do n.º 2 não pode ser alterada pela Assembleia Municipal e carece da devida fundamentação quando rejeitada, mas a Câmara pode acolher sugestões feitas pela Assembleia.
7 - Os pedidos de autorização para a contracção de empréstimos a apresentar pela Câmara Municipal, nos termos da alínea d) do n.º 2, serão obrigatoriamente acompanhados de informação sobre as condições praticadas em, pelo menos, três instituições de crédito, bem como do mapa demonstrativo de capacidade de endividamento do município.
CAPÍTULO II
Mesa da Assembleia e competências
SECÇÃO I
Mesa da Assembleia
Artigo 3.º
Composição da mesa
1 - A mesa da Assembleia é composta por um presidente, um 1.º secretário e um 2.º secretário e é eleita pelo período do mandato da Assembleia.
2 - O presidente é substituído, nas suas faltas e impedimentos, pelo 1.º secretário e este pelo 2.º secretário.
3 - Na ausência simultânea de todos ou da maioria dos membros da mesa, a Assembleia elege, por voto secreto, de entre os membros presentes, o número necessário de elementos para integrar a mesa que vai presidir à reunião.
Artigo 4.º
Eleição da mesa
1 - A mesa é eleita por escrutínio secreto, podendo os seus membros ser destituídos em qualquer altura, por deliberação tomada pela maioria do número legal dos membros da Assembleia.
2 - Só poderão ser eleitos para a mesa os membros da Assembleia que, expressamente, tenham aceitado a sua candidatura.
3 - No caso de destituição ou demissão de qualquer dos membros da mesa, ou de cessação do respectivo mandato, proceder-se-á a nova eleição, na reunião imediata.
SECÇÃO II
Competências
Artigo 5.º
Competência da mesa
1 - Compete, designadamente, à mesa da Assembleia:
a) Proceder à marcação e justificação das falhas;
b) Aceitar ou rejeitar propostas, moções, reclamações e requerimentos;
c) Decidir, com recurso para a Assembleia, sobre a interpretação do regimento e a integração das suas lacunas.
2 - A mesa funciona com carácter permanente, assegurando o expediente e a actividade das delegações, comissões ou grupos de trabalho.
Artigo 6.º
Competência do presidente da Assembleia
Compete ao presidente da Assembleia Municipal:
a) Convocar as sessões ordinárias e extraordinárias;
b) Abrir e encerrar os trabalhos das sessões e das reuniões;
c) Dirigir os trabalhos e manter a disciplina das reuniões;
d) Assegurar o cumprimento das leis e a regularidade das deliberações;
e) Suspender ou encerrar antecipadamente as sessões e as reuniões, quando circunstâncias excepcionais o justifiquem, mediante decisão fundamentada a incluir na acta da reunião;
f) Integrar o conselho municipal de segurança;
g) Comunicar à Assembleia de Freguesia ou à Câmara Municipal as faltas do presidente da Junta e do presidente da Câmara às reuniões da Assembleia Municipal;
h) Comunicar ao representante do Ministério Público competente as faltas injustificadas dos restantes membros da Assembleia, para os efeitos legais;
i) Exercer os demais poderes que lhe sejam atribuídos por lei, pelo Regimento ou pela Assembleia.
Artigo 7.º
Competências dos secretários
Compete aos secretários coadjuvar o presidente da mesa da Assembleia Municipal, designadamente:
a) Assegurar o expediente;
b) Na falta de funcionário nomeado para o efeito, lavrar as actas das reuniões;
c) Proceder à conferência das presenças nas sessões, assim como verificar em qualquer momento, o quórum e registar as votações;
d) Ordenar a matéria a submeter a votação;
e) Organizar as inscrições dos membros da Assembleia que pretenderem usar a palavra e registar os respectivos tempos de intervenção;
f) Servir de escrutinadores;
g) Fazer as leituras indispensáveis durante as sessões.
CAPÍTULO III
De funcionamento da Assembleia
SECÇÃO I
Das sessões
Artigo 8.º
Local das sessões
1 - As sessões da Assembleia Municipal têm habitualmente lugar no edifício dos Paços do Concelho.
2 - Por razões relevantes as sessões poderão decorrer noutra localidade dentro da área do município.
3 - A convocação da sessão, nos termos do número anterior depende de decisão do presidente da Assembleia, ouvidos os restantes membros da mesa.
4 - Os membros da Assembleia Municipal tomam lugar na sala de acordo com o deliberado pelo plenário.
Artigo 9.º
Sessões ordinárias
1 - A Assembleia Municipal tem anualmente cinco sessões ordinárias, em Fevereiro, Abril, Junho, Setembro e Novembro ou Dezembro.
2 - A segunda e a quinta sessões destinam-se, respectivamente, à apreciação do relatório e documentos de prestação de contas e à aprovação das opções do plano e da proposta do orçamento, sem prejuízo do número seguinte.
3 - A aprovação das opções do plano e da proposta de orçamento para o ano imediato ao da realização de eleições gerais ou no caso de sucessão de órgãos autárquicos na sequência de eleições intercalares realizadas nos meses de Novembro e Dezembro, tem lugar até ao final do mês de Abril do referido ano.
Artigo 10.º
Sessões extraordinárias
1 - O presidente da Assembleia convoca extraordinariamente a Assembleia Municipal, por sua própria iniciativa, quando a mesa assim o deliberar, ou, ainda, a requerimento:
a) Do presidente da Câmara Municipal, em execução de deliberação desta;
b) De um terço dos seus membros;
c) De um número de cidadãos eleitores inscritos no recenseamento eleitoral do município a 50 vezes o número de elementos que compõem a Assembleia.
2 - Nos cinco dias subsequentes à iniciativa da mesa ou à recepção dos requerimentos previstos no número anterior, o presidente, por edital e por carta com aviso de recepção ou através de protocolo, procede à convocação da sessão para um dos 15 dias posteriores à apresentação dos pedidos.
3 - Quando o presidente da mesa da Assembleia Municipal não efectue a convocação que lhe tenha sido requerida podem os requerentes efectuá-la directamente, com invocação dessa circunstância, observando, para o efeito, o disposto no número seguinte, com as devidas adaptações e publicitando-a nos locais habituais.
4 - O requerimento a que se refere a alínea c) do presente artigo é acompanhado de certidão comprovativa da qualidade de cidadão recenseado na área da respectiva autarquia.
5 - Ao processo de passagem das certidões referidas no número anterior aplica-se os n.os 2 e 3 do artigo 98.º da Lei 169/99, de 18 de Junho.
6 - Nas sessões extraordinárias a Assembleia só pode deliberar sobre as matérias para que tenha sido expressamente convocada.
Artigo 11.º
Duração das sessões
As reuniões da Assembleia Municipal não podem exceder a duração de cinco dias e um dia consoante se trate de sessão ordinária ou extraordinária, salvo quando a própria Assembleia delibere o seu prolongamento até ao dobro das durações referidas.
Artigo 12.º
Requisitos das reuniões
1 - A Assembleia funcionará à hora designada, desde que esteja presente a maioria do número legal dos seus membros, não podendo prolongar-se para além das vinte e quatro horas, salvo deliberação expressa do plenário.
2 - Feita a chamada e verificada a inexistência de quórum, decorrerá um período máximo de trinta minutos sobre a hora da referida convocatória, para aquele se poder concretizar. Esgotado esse tempo, caso persista a falta de quórum, o presidente considerará a reunião sem efeito e marcará data para a nova reunião.
3 - Das sessões ou reuniões canceladas por falta de quórum é elaborada acta onde se registam as presença e ausências dos membros, dando estas lugar à marcação de falta.
4 - A existência de quórum será verificada em qualquer momento da reunião.
Artigo 13.º
Continuidade das reuniões
As reuniões só podem ser interrompidas, por decisão do presidente e para os seguintes efeitos:
a) Intervalos;
b) Restabelecimento da ordem na sala;
c) Falta de quórum, procedendo-se a nova contagem quando o presidente assim o determinar.
SECÇÃO II
Da convocatória e ordem do dia
Artigo 14.º
Convocatória
1 - Os membros da Assembleia são convocados para as sessões ordinárias por edital e por carta com aviso de recepção, ou através de protocolo, as quais lhes devem ser dirigidas com a antecedência mínima de oito dias.
2 - Os membros da Assembleia são convocados para as sessões extraordinárias por edital e por carta com aviso de recepção, ou através de protocolo, as quais lhes devem ser dirigidas com a antecedência mínima de cinco dias.
Artigo 15.º
Ordem do dia
1 - A ordem do dia de cada reunião é estabelecida pelo presidente.
2 - A ordem do dia deve incluir os assuntos que para esse fim forem indicados pelo presidente da Assembleia Municipal, pelo executivo camarário, pelas forças políticas com assento na Assembleia Municipal, ou, por um número mínimo equivalente a um sétimo dos seus membros, desde que sejam da competência deste órgão e o pedido seja apresentado por escrito com uma antecedência mínima de 10 dias.
3 - A ordem do dia é entregue a todos os membros com a antecedência de, pelo menos, cinco dias da data de início da reunião.
4 - Juntamente com a ordem do dia deverão ser enviados todos os documentos que habilitam os membros da Assembleia a participar na discussão das matérias dela constantes.
5 - Os documentos que complementem a instrução do processo deliberativo respeitantes aos assuntos que integram a ordem de trabalhos, que por razões de natureza técnica ou de confidencialidade, ainda que pontual, não sejam distribuídos nos termos do número anterior, devem estar disponíveis para consulta, desde o dia anterior à data indicada para reunião.
SECÇÃO III
Organização dos trabalhos na Assembleia
Artigo 16.º
Períodos das reuniões
1 - Em cada sessão ordinária há um período de "antes da ordem do dia", um período de "ordem do dia" e um período de "intervenção do público".
2 - Nas sessões extraordinárias, apenas terão lugar os períodos de "ordem do dia" e de "intervenção do público".
Artigo 17.º
Período de antes da ordem do dia
1 - O período de "antes da ordem do dia" destina-se ao tratamento de assuntos gerais de interesse para a reunião.
2 - Este período inicia-se com a realização pela mesa dos seguintes procedimentos:
a) Apreciação e votação das actas;
b) Leitura resumida do expediente e prestação de informações ou esclarecimentos que à mesa cumpra produzir;
c) Resposta às questões anteriormente colocadas pelo público que não tenham sido esclarecidas no momento próprio.
3 - O período de "antes da ordem do dia" terá a duração máxima de sessenta minutos.
Artigo 18.º
Período da ordem do dia
1 - O período da "ordem do dia" inclui um período de apreciação e votação das propostas constantes da ordem do dia.
2 - No início do período da "ordem do dia", o presidente dará conhecimento dos assuntos nela incluídos.
3 - A discussão e votação de propostas não constantes da ordem do dia das reuniões ordinárias, depende de deliberação tomada por, pelo menos dois terços dos membros presentes, que reconheça a urgência de deliberação sobre o assunto.
Artigo 19.º
Período de intervenção do público
1 - Período de "intervenção do público" tem a duração máxima de quinze minutos.
2 - Os cidadãos interessados em intervir para solicitar esclarecimentos terão de fazer, antecipadamente, a sua inscrição, referindo nome, morada e assunto a tratar.
3 - O período de intervenção aberto ao público, referido no n.º 1 deste artigo, será distribuído pelos inscritos, não podendo, porém, exceder três minutos por cidadão.
SECÇÃO IV
Da participação de outros elementos
Artigo 20.º
Participação dos membros da Câmara Municipal
1 - A Câmara Municipal faz-se representar nas sessões da Assembleia, obrigatoriamente pelo presidente da Câmara, que pode intervir nos debates, sem direito a voto.
2 - Em caso de justo impedimento, o presidente da Câmara pode fazer-se substituir pelo substituto legal.
3 - Os vereadores devem assistir às sessões da Assembleia.
Artigo 21.º
Participação de eleitores
1 - Nas sessões convocadas nos termos da alínea c) do n.º 1 do artigo 10.º do presente Regimento, têm o direito de participar, sem voto, dois dos representantes dos requerentes.
2 - Os representantes mencionados no número anterior podem formular sugestões ou propostas, as quais só são votadas pela Assembleia se esta assim o deliberar.
SECÇÃO V
Do uso da palavra
Artigo 22.º
Regras do uso da palavra no período de antes da ordem do dia
1 - Ao presidente caberá definir, equivalente, o tempo de intervenção de cada orador inscrito, em função do número destes.
2 - A cada interveniente cumpre gerir e controlar o tempo atribuído, sem prejuízo da competência e das funções da mesa.
Artigo 23.º
Regras do uso da palavra para discussão da ordem do dia
1 - Para a discussão de cada ponto da "ordem do dia" há um período inicial máximo de sessenta minutos, não podendo qualquer membro da Assembleia exceder cinco minutos de intervenção, podendo atingir os dez minutos se a natureza dos pontos a tratar o justifique e a mesa assim o entender.
2 - A apresentação verbal de cada proposta pelo membro da Assembleia proponente ou pelo executivo camarário, dever-se-á limitar à indicação sucinta do seu objecto e fins que se visa prosseguir, e não exceder o total de três minutos.
3 - O presidente da Câmara Municipal dispõe de sete minutos para apresentar a informação constante da alínea e) do n.º 1 do artigo 2.º deste Regimento.
Artigo 24.º
Regras do uso da palavra pelos membros da Câmara Municipal
1 - A palavra é concedida ao presidente da Câmara ou ao seu substituto legal, no período "de antes da ordem do dia", para prestar os esclarecimentos que lhe forem solicitados.
2 - No período da "ordem do dia", a palavra é concedida ao presidente da Câmara ou ao seu substituto legal para:
a) Prestar a informação relativa ao consignado na alínea e) do n.º 1 do artigo 2.º deste Regimento;
b) Apresentar os documentos submetidos pela Câmara Municipal, nos termos legais, à apreciação da Assembleia;
c) Intervir nas discussões, sem direito a voto.
3 - No período de "intervenção aberto ao público", a palavra é concedida ao presidente da Câmara ou ao seu substituto legal para prestar os esclarecimentos solicitados.
4 - É concedida a palavra aos vereadores para intervir, sem direito a voto nas discussões, a solicitação do plenário da Assembleia ou com a anuência do presidente da Câmara ou do seu substituto legal.
5 - A palavra é ainda concedida aos vereadores, no final da reunião, para o exercício do direito de defesa da honra ou consideração.
Artigo 25.º
Regras do uso da palavra no período de intervenção aberto ao público
1 - A palavra é concedida ao público para intervir nos termos do artigo 19.º deste Regimento.
2 - Durante o período de intervenção aberto ao público, qualquer cidadão pode solicitar os esclarecimentos que entender sobre assuntos relacionados com o município, devendo para o efeito proceder à sua inscrição na mesa.
3 - A palavra será dada por ordem das inscrições e cada intervenção deverá ter a duração máxima de três minutos.
4 - A mesa ou qualquer membro da Assembleia ou da Câmara prestarão os esclarecimentos solicitados, ou, se tal não for possível, será o cidadão esclarecido, posteriormente, por escrito.
Artigo 26.º
Uso da palavra pelos membros da Assembleia
A palavra é concedida aos membros da Assembleia para:
a) Tratar de assuntos de interesse municipal;
b) Participar nos debates;
c) Emitir votos e fazer declarações de voto;
d) Invocar o regimento ou interpelar a mesa;
e) Apresentar recomendações, propostas e moções sobre assuntos de interesse para o município;
f) Formular ou responder a pedidos de esclarecimento;
g) Fazer requerimentos;
h) Reagir contra ofensas à honra ou à consideração;
i) Interpor recursos.
Artigo 27.º
Declarações de voto
1 - Cada membro da assembleia tem direito a fazer, no final de cada votação, uma declaração de voto, esclarecendo o sentido da sua votação.
2 - As declarações de voto podem ser escritas ou orais, não podendo exceder, neste último caso, dois minutos.
3 - As declarações de voto escritas são entregues na mesa até ao final da reunião.
Artigo 28.º
Invocação do regimento ou interpelação da mesa
1 - O membro da Assembleia que pedir a palavra para invocar um regimento indica a norma infringida, com as considerações indispensáveis para o efeito.
2 - Os membros da Assembleia podem interpelar a mesa quando tenham dúvidas sobre as decisões desta ou a orientação dos trabalhos.
3 - O uso da palavra para invocar o Regimento ou interpelar a mesa não pode exceder três minutos.
Artigo 29.º
Pedidos de esclarecimento
O uso da palavra para esclarecimentos limita-se à formulação concisa da pergunta sobre a matéria em dúvida, dispondo o respondente de três minutos para intervir.
Artigo 30.º
Requerimentos
1 - Os requerimentos podem ser apresentados por escrito ou oralmente, podendo, no entanto, o presidente da Assembleia, sempre que o entender conveniente, determinar que um requerimento formulado oralmente seja apresentado por escrito.
2 - Os requerimentos orais, assim como a leitura dos requerimentos escritos, não podem exceder três minutos.
Artigo 31.º
Ofensas à honra ou à consideração
1 - Sempre que um membro da Assembleia considere que foram proferidas expressões ofensivas da sua honra ou considerando, pode, para se defender, usar da palavra por tempo não superior a três minutos.
2 - O auto das expressões consideradas ofensivas pode dar explicações por tempo não superior a três minutos.
Artigo 32.º
Interposição de recursos
1 - Qualquer membro da Assembleia pode recorrer de decisões do presidente ou da mesa.
2 - O membro da assembleia que tiver recorrido pode usar da palavra para fundamentar o recurso por tempo não superior a cinco minutos.
SECÇÃO VI
Das deliberações e votações
Artigo 33.º
Maioria
As deliberações são tomadas à pluralidade de votos, estando presente a maioria do número legal dos membros da Assembleia, tendo o presidente voto de qualidade em caso de empate, não contando as abstenções para o apuramento da maioria.
Artigo 34.º
Voto
1 - Cada membro da Assembleia tem um voto.
2 - Nenhum membro da Assembleia presente pode deixar de votar, sem prejuízo do direito de abstenção.
Artigo 35.º
Formas de votação
1 - As votações realizam-se por uma das seguintes formas:
a) Por escrutínio secreto, sempre que se realizem eleições e quando envolvam a apreciação de comportamentos ou de qualidades de qualquer pessoa, ou ainda, em caso de dúvida, se a Assembleia assim o deliberar;
b) Por votação nominal, apenas quando requerida por qualquer dos membros e aceite expressamente pela Assembleia;
c) Por levantados e sentados ou de braço no ar, que constitui a forma usual de votar.
2 - O presidente vota em último lugar.
Artigo 36.º
Empate na votação
1 - Havendo empate em votação por escrutínio secreto, procede-se imediatamente a nova votação e, se o empate se mantiver, adia-se a deliberação para a reunião seguinte, procedendo-se a votação nominal se na primeira votação desta reunião se repetir o empate.
2 - Quando necessária, a fundamentação das deliberações tomadas por escrutínio secreto é feita pelo presidente após a votação, tendo em conta a discussão que a tiver precedido.
SECÇÃO VII
Das faltas
Artigo 37.º
Verificação de faltas e processo justificativo
1 - Constitui falta a não comparência a qualquer reunião.
2 - Será considerado faltoso o membro da Assembleia que só compareça passados mais de trinta minutos sobre o início dos trabalhos ou, do mesmo modo, se ausente definitivamente antes do termo da reunião.
3 - As faltas podem ser justificadas ou injustificadas.
4 - O pedido de justificação de faltas pelo interessado é feito por escrito e dirigido à mesa, no prazo de cinco dias a contar da data da sessão ou reunião em que a falta se tenha verificado, e a decisão é notificada ao interessado, pessoalmente ou por via postal.
5 - Da decisão de recusa da justificação da falta cabe recurso para o plenário.
SECÇÃO VIII
Publicidade dos trabalhos e dos actos da Assembleia
Artigo 38.º
Carácter público das reuniões
1 - As sessões da Assembleia Municipal são públicas, devendo ser dada publicidade, com menção dos dias, horas e locais da sua realização, de forma a garantir o conhecimento dos interessados com uma antecedência de, pelo menos, dois dias sobre a data das mesmas.
2 - A nenhum cidadão é permitido, sob qualquer pretexto, intrometer-se nas discussões e aplaudir ou reprovar as opiniões emitidas, as votações feitas e as deliberações tomadas, conforme dispõe o n.º 4 do artigo 84.º da Lei 169/99, de 18 de Setembro, e demais legislação aplicável.
Artigo 39.º
Actas
1 - De cada reunião ou sessão é lavrada acta, que contém um resumo do que de essencial nela se tiver passado, indicando, designadamente, a data e o local da reunião, os membros presentes e ausentes, os assuntos apreciados, as decisões e deliberações tomadas e a forma e o resultado das respectivas votações e, bem assim, o facto de a acta ter sido lida e aprovada.
2 - Das actas deverão sempre constar referência sumária às eventuais intervenções do público na solicitação de esclarecimentos e às respostas dadas.
3 - As actas são lavradas, sempre que possível, por um funcionário da autarquia designado para o efeito (ou pelos secretários da mesa) e postas à aprovação de todos os membros no final da respectiva reunião ou no início da seguinte, sendo assinadas, após aprovação, pelo presidente e por quem as lavrou.
4 - As actas ou o texto das deliberações mais importantes podem ser aprovadas em minuta, no final das reuniões, desde que tal seja deliberado pela maioria dos membros presentes, sendo assinadas, após aprovação pelo presidente e por quem as lavrou.
Artigo 40.º
Registo na acta do voto de vencido
1 - Os membros da Assembleia podem fazer constar da acta o seu voto de vencido e as razões que o justifiquem.
2 - Quando se trate de pareceres a dar a outras entidades, as deliberações são sempre acompanhadas das declarações de voto apresentadas.
3 - O registo na acta do voto de vencido isenta o emissor deste da responsabilidade que eventualmente resulte da deliberação tomada.
Artigo 41.º
Publicidade das deliberações
As deliberações da Assembleia Municipal destinadas a ter eficácia externa são obrigatoriamente publicadas no Diário da República, quando a lei expressamente o determinar, sendo nos restantes casos publicadas em boletim da autarquia ou em edital afixado nos lugares de estilo durante 5 dos 10 dias subsequentes à tomada da deliberação, sem prejuízo do disposto em legislação especial.
CAPÍTULO IV
Das comissões ou grupos de trabalho
Artigo 42.º
Constituição
1 - A Assembleia Municipal pode constituir delegações, comissões ou grupos de trabalho para qualquer fim determinado.
2 - A iniciativa da sua constituição pode ser exercida pelo presidente, pela mesa ou por qualquer membro da Assembleia.
Artigo 43.º
Competências
Compete às delegações, comissões ou grupos de trabalho o estudo dos problemas relacionados com as atribuições do município, sem interferir, no entanto, no funcionamento e na actividade normal da Câmara Municipal.
Artigo 44.º
Composição
O número de membros de cada delegação, comissão ou grupo de trabalho e a sua distribuição pelos diversos agrupamentos políticos, quando existirem, são fixados pela Assembleia.
Artigo 45.º
Funcionamento
1 - Compete ao presidente da Assembleia convocar a primeira reunião.
2 - As regras internas do funcionamento são da responsabilidade da delegação, comissão ou grupo de trabalho.
CAPÍTULO V
Agrupamentos políticos
Artigo 46.º
Constituição
1 - Os membros da Assembleia são livres de se constituírem em agrupamentos políticos.
2 - Cada agrupamento político indica ao presidente da Assembleia o seu representante.
Artigo 47.º
Organização
Cada agrupamento político estabelece livremente a sua organização.
CAPÍTULO VI
Dos direitos e deveres dos membros da Assembleia
SECÇÃO I
Do mandato
Artigo 48.º
Duração e continuidade do mandato
O mandato dos membros da Assembleia Municipal inicia-se com o acto de instalação e de verificação de poderes e cessa com a instalação da nova Assembleia, sem prejuízo dos casos de cessação de mandato.
Artigo 49.º
Suspensão do mandato
1 - Os membros da Assembleia Municipal podem solicitar a suspensão do respectivo mandato.
2 - O pedido de suspensão, devidamente fundamentado, deve indicar o período de tempo abrangido e é enviado ao presidente da Assembleia e apreciado pelo plenário da Assembleia na reunião imediata à sua apresentação.
3 - São motivos de suspensão, designadamente:
a) Doença comprovada;
b) Exercício dos direitos de paternidade e maternidade;
c) Afastamento temporário da área da autarquia por período superior a 30 dias.
4 - A suspensão que, por uma só vez ou cumulativamente, ultrapasse 365 dias no decurso do mandato constitui, de pleno direito, renúncia ao mesmo, salvo se no primeiro dia útil seguinte ao termo daquele prazo o interessado manifestar, por escrito, a vontade de retomar funções.
5 - A pedido do interessado, devidamente fundamentado, o plenário da Assembleia pode autorizar a alteração do prazo pelo qual inicialmente foi concedida a suspensão do mandato, até ao limite estabelecido no número anterior.
6 - Enquanto durar a suspensão, os membros da Assembleia são substituídos nos termos do artigo 54.º, devendo os substitutos ser convocados nos termos do artigo 52.º, deste Regimento.
Artigo 50.º
Ausência inferior a 30 dias
1 - Os membros da Assembleia Municipal podem fazer-se substituir nos casos de ausências por períodos até 30 dias.
2 - A substituição opera-se mediante simples comunicação por escrito dirigida ao presidente da Assembleia, na qual são indicados os respectivos início e fim.
3 - O membro ausente nos termos do presente artigo é substituído nos termos do artigo 54.º deste Regimento.
Artigo 51.º
Renúncia ao mandato
1 - Os membros da Assembleia Municipal gozam do direito de renúncia ao mandato, a exceder mediante manifestação de vontade apresentada quer antes quer depois da instalação da Assembleia.
2 - A pretensão é apresentada por escrito e dirigida a quem deve proceder à instalação ou ao presidente da Assembleia, consoante o caso.
3 - A falta de eleito local ao acto de instalação da Assembleia, não equivale a renúncia, de pleno direito.
4 - A apreciação e a decisão sobre a justificação referida no número anterior cabe à Assembleia e deve ter lugar na primeira reunião que se seguir à apresentação tempestiva da mesma.
Artigo 52.º
Substituição do renunciante
1 - O membro substituto deve ser convocado por quem está a proceder à instalação ou pelo presidente da Assembleia, consoante o caso, e tem lugar no período que medeia entre a comunicação de renúncia e a primeira reunião que a seguir se realizar, salvo se a entrega do documento de renúncia coincidir com o acto de instalação ou reunião da Assembleia, situação em que, após a verificação da sua identidade e legitimidade, a substituição se opera de imediato, se o substituto a não recusar por escrito, de acordo com o n.º 2 do artigo anterior.
2 - A falta de substituto, devidamente convocado, ao acto de assunção de funções, não justificada por escrito no prazo de 30 dias ou considerada injustificada, equivale a renúncia, de pleno direito.
3 - A apreciação e a decisão sobre a justificação referida no número anterior cabe à Assembleia e deve ter lugar na primeira reunião que se seguir à apresentação tempestiva da mesma.
Artigo 53.º
Perda de mandato
À perda de mandato aplica-se o consignado na Lei 27/96, de 1 de Agosto.
Artigo 54.º
Preenchimento de vagas
1 - As vagas ocorridas na Assembleia Municipal são preenchidas pelo cidadão imediatamente a seguir na ordem da respectiva lista ou, tratando-se de coligação, pelo cidadão imediatamente a seguir do partido pelo qual havia sido proposto o membro que deu origem à vaga.
2 - Quando, por aplicação da regra contida na parte final do número anterior, se torne impossível o preenchimento da vaga por cidadão proposto pelo mesmo partido, o mandato é conferido ao cidadão imediatamente a seguir na ordem de precedência da lista apresentada pela coligação.
SECÇÃO II
Dos deveres dos membros da Assembleia
Artigo 55.º
Deveres
Constituem, designadamente, deveres dos membros da Assembleia:
a) Comparecer às sessões da Assembleia e às reuniões das comissões a que pertençam;
b) Participar nas votações;
c) Respeitar a dignidade da Assembleia e dos seus membros;
d) Observar a ordem e a disciplina fixadas no Regimento e acatar a autoridade do presidente da mesa da Assembleia;
e) Contribuir pela sua diligência para o prestígio dos trabalhos da Assembleia Municipal;
Artigo 56.º
Impedimentos e suspeições
1 - Nenhum membro da Assembleia pode intervir em procedimento administrativo ou em acto ou contrato de direito público ou privado do respectivo município, nos casos previsto no artigo 44.º do Código do Procedimento Administrativo.
2 - A arguição e declaração do impedimento seguem o regime previsto nos artigos 45.º, 46.º e 47.º do Código do Procedimento Administrativo.
3 - Os membros da Assembleia devem pedir dispensa de intervir em procedimento administrativo quando ocorra circunstância pela qual possa razoavelmente suspeitar-se da sua isenção ou da rectidão da sua conduta, designadamente quando ocorram as circunstâncias previstas no artigo 48.º do Código do Procedimento Administrativo.
4 - À formulação do pedido de dispensa e à decisão sobre a escusa ou suspeição aplica-se o regime constante dos artigos 49.º e 50.º do Código do Procedimento Administrativo.
SECÇÃO III
Dos direitos dos membros da Assembleia
Artigo 57.º
1 - Os membros da Assembleia Municipal têm, designadamente, os seguintes direitos:
a) Participar nos debates e nas votações;
b) Apresentar propostas, moções e requerimentos;
c) Apresentar recomendações, pareceres e pedidos de esclarecimento à Câmara, veiculados pela mesa da Assembleia;
d) Apresentar reclamações, protestos, contraprotestos e declarações de voto;
e) Propor alterações ao Regimento;
f) Receber através da mesa, todos os documentos respeitantes aos assuntos agendados.
2 - Aos membros da Assembleia Municipal são atribuíveis os direitos a eles consignados pela lei, designadamente pelo Estatuto dos Eleitos Locais, aprovado pela Lei 29/87, de 30 de Junho.
CAPÍTULO VII
Do apoio à Assembleia
Artigo 58.º
Apoio à Assembleia Municipal
1 - A Assembleia Municipal dispõe de apoio composto por funcionários do município.
2 - Estes funcionários são destacados pelo presidente da Câmara Municipal, tendo em conta as necessidades da Assembleia, bem como o eficiente exercício das suas competências.
3 - Sem prejuízo dos poderes disciplinares e de gestão, designadamente em matéria de férias, faltas e licenças atribuídos ao presidente da Câmara, ao presidente da Assembleia cabe orientar os funcionários destacados nos termos do número anterior.
CAPÍTULO VIII
Disposições finais
Artigo 59.º
Interpretação e integração de lacunas
Compete à mesa, com recurso para a Assembleia, interpretar o presente regimento e integrar as suas lacunas.
Artigo 60.º
Entrada em vigor
O presente Regimento entra em vigor imediatamente a seguir à sua aprovação.
14 de Novembro de 2000. - O Presidente da Assembleia Municipal, Carlos Alberto Alves Esteves.