Nos termos do disposto no artigo 6.º e nos n.os 1, 3 e 6 do artigo 16.º dos estatutos do Organismo de Produção Artística, E. P. E. (OPART, E. P. E.), aprovados em anexo ao Decreto Lei 160/2007, de 27 de abril, a estrutura orgânica integra obrigatoriamente o diretor artístico do Teatro Nacional de São Carlos, nomeado por despacho conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da cultura, devendo a sua escolha recair numa personalidade de reconhecido mérito cultural, com perfil, formação e experiência nos domínios da programação e direção artísticas da respetiva área de atuação, para um mandato com a duração de três anos. Considerando a nota curricular de Patrick James Dickie, que consta em anexo ao presente despacho e evidencia perfil adequado e demonstrativo da aptidão e da experiência profissional necessárias ao exercício das funções de diretor artístico do Teatro Nacional de São Carlos, enquanto ativo essencial responsável pela preparação e execução da programação;
Assim, ao abrigo do disposto na alínea c) do n.º 3 do Despacho 3488/2016, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 48, de 9 de março de 2016, na alínea d) do n.º 1 do Despacho 6692/2016, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 98, de 20 de maio de 2016, e no artigo 16.º dos Estatutos do OPART, E. P. E., aprovados em anexo ao Decreto Lei 160/2007, de 27 de abril, determina-se:
1 - Nomear diretor artístico do Teatro Nacional de São Carlos Patrick James Dickie, para um mandato com início em 1 de setembro de 2016 e termo em 31 de agosto de 2019.
2 - Fixar a remuneração mensal de 5000,00 € (14 meses/ano), à qual são aplicáveis as disposições da Lei 75/2014, de 12 de setembro, e da Lei 159-A/2015, de 30 de dezembro, relativas à redução remuneratória e respetiva reversão progressiva.
3 - Estabelecer despesas de representação com o limite de 300,00€/ mês, direito a uso de telemóvel com plafond de 120,00€/mês, alojamento e viatura quando a mesma estiver disponível.
4 - Em execução do presente despacho deve ser celebrado um contrato entre o OPART, E. P. E., e Patrick James Dickie.
8 de agosto de 2016. - O Secretário de Estado Adjunto, do Tesouro e das Finanças, Ricardo Emanuel Martins Mourinho Félix. - 9 de agosto de 2016. - O Secretário de Estado da Cultura, Miguel Honrado.
Nota curricular Patrick Dickie é diretor artístico, produtor criativo e dramaturgo nos domínios da ópera e das artes performativas. Atualmente, exerce funções de consultor artístico no Aldeburgh Music e na English National Opera. É, também, consultor do Festival de Spitalfields e programador convidado para temporada 2015/2016 no Teatro Nacional de São Carlos.
Ao longo de mais de 17 anos, exerceu funções como produtor criativo em ópera e teatro musical na English National Opera, no Aldeburgh Music e no Almeida Theatre, em Londres, tendo concebido dez temporadas neste último, incluindo trinta produções (das quais, 16 foram estreias mundiais) de compositores como Adès, Battistelli, Barry, Casken, Dove e Holt, entre outros. Transformou o Almeida Opera numa digressão anual, tendo criado um centro artístico de desenvolvimento para as novas gerações de artistas. Como produtor na English National Opera (ENO), teve a oportunidade de trabalhar estreitamente com o diretor artístico John Berry na elaboração uma série de colaborações entre a ENO e talentos do teatro inglês que foram internacionalmente reconhecidas e premiadas pelos Olivier Awards. Produziu a estreia de óperas de artistas como Daniel Kramer (Punch and Judy) e Fiona Shaw (Riders of the Sea, Elegy for Young Lovers) e colaborou com entidades pioneiras no teatro imersivo, como Punchdrunk (The Duchess of Malfi), Complicite (A Dog’s Heart), La Fura dels Baus (Le Grand Macabre) e nas estreias de encenadores como Katie Mitchell e Benedict Andrews, na English National Opera. Produziu quatro temporadas da ENO em colaboração com o Young Vic e liderou o projeto que levou à produção da peça The Thebans, de Julian Anderson. O seu trabalho é estruturado numa procura incessante de colaborações, criando condições propícias simultaneamente para artistas e público, com o intuito de desenvolver e apoiar artistas. Iniciou a sua carreira como diretor de recursos humanos na English National Opera e encenou produções musicais em diferentes contextos, incluindo a estreia inglesa, de Peter Eötvös, As I Crossed a Bridge of Dreams (Almeida Opera, 2007) e como codiretor do Solomon’s Knot, com execução de peças de música barroca francesa e inglesa, no Aldeburgh Easter Festival, em 2015.
Projetos anteriores:
Outubro de 2011-fevereiro de 2014:
Norfolk e Norwich Festival:
diretor associado/produtor executivo;
Opera);
Outubro de 2007-março de 2011:
produtor da ENO (English National
Março de 1998-abril de 2000/maio de 2000-agosto de 2007:
Almeida Opera:
diretor associado/produtor;
Outubro de 2003-outubro de 2006:
Aldeburgh Music:
produtor da
New Opera; projetos especiais; de equipa;
Julho de 1996-novembro de 1997:
London Musici:
produtor dos
Agosto de 1995-fevereiro de 1996:
English Touring Opera:
diretor
Setembro de 1992-julho de 1994:
English National Opera:
diretor estagiário do Arts Council (temporada 1992/1993), diretor de equipa (temporada 1993/1994);
1990-1992:
Open Stage Touring Company:
diretor artístico.
Formação:
1988-1991:
Universidade de Leeds, West Yorkshire (BA Hons Lite-1982-1987:
Escola de Westminster, Londres SW1 (Inglês/História, ratura e Língua Inglesa);
Alemão/História).
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