Aviso 10 429/2000 (2.ª série). - Nos termos do disposto no artigo 28.º, n.º 1, do Decreto-Lei 204/98, de 11 de Julho, faz-se público que, por meu despacho de 1 de Junho de 2000, se encontra aberto, pelo prazo de 10 dias úteis a contar da data de publicação do presente aviso no Diário da República, concurso interno de acesso geral para provimento de quadro lugares de técnico superior de 1.ª classe do quadro de pessoal da Procuradoria-Geral da República constante do mapa anexo ao Decreto-Lei 333/99, de 20 de Agosto.
1 - Prazo de validade - o concurso visa o provimento dos lugares referidos, caducando com o seu preenchimento.
2 - Legislação aplicável:
Decreto-Lei 248/85, de 15 de Julho;
Decreto-Lei 353-A/89, de 16 de Dezembro;
Decreto-Lei 427/89, de 7 de Dezembro;
Decreto-Lei 204/98, de 11 de Julho;
Decreto-Lei 404-A/98, de 18 de Dezembro;
Decreto-Lei 333/99, de 20 de Agosto.
3 - Conteúdo funcional genérico do lugar a prover - compete ao técnico superior prestar assessoria técnica, conceber, adaptar e ou aplicar métodos e processos técnico-científicos na elaboração de estudos e na concepção ou desenvolvimento de projectos, emitindo pareceres e participando em reuniões, comissões e grupos de trabalho, tendo em vista preparar a tomada de decisão superior sobre medidas de política e gestão no âmbito das atribuições e competências da Procuradoria-Geral da República, designadamente na área de cooperação judiciária e documentação jurídica.
4 - Requisitos gerais e especiais de admissão ao concurso:
4.1 - Requisitos gerais - satisfazer as condições exigidas no artigo 29.º do Decreto-Lei 204/98, de 11 de Julho.
4.2 - Requisitos especiais - só podem candidatar-se ao presente concurso os técnicos superiores de 2.ª classe que reúnam as condições previstas no artigo 4.º, n.º 1, alínea c), do Decreto-Lei 404-A/98, de 18 de Dezembro.
5 - Métodos de selecção - os métodos de selecção a utilizar serão os da avaliação curricular (AC) e o da entrevista profissional (EP), em que a classificação final (CF) será a resultante da seguinte fórmula, constante de acta elaborada pelo júri:
CF=(AC+EP)/2
5.1 - A classificação da avaliação curricular a atribuir será a resultante da cotação atribuída aos itens em que, por força do aviso de abertura, devem ser ponderados a habilitação académica, a classificação de serviço, a formação profissional e a experiência profissional, atribuindo ponderação 2 ao factor classificação de serviço (CS) e ponderação 4 ao factor experiência profissional (EP), por se considerar que estes dois itens são de salientar relativamente aos restantes, na medida em que o perfil definido para os técnicos superiores de 1.ª classe do quadro de pessoal da Procuradoria-Geral da República exige um domínio completo da área de especialização e uma visão global do sistema judiciário português, que se traduz em experiência na área de atribuições e competência da Procuradoria-Geral da República e da Administração Pública e que em termos de avaliação curricular podem ser aferidas principalmente através dos itens experiência profissional (EP) e classificação de serviço (CS). Aos itens habilitações académicas (HA) e formação profissional (FP) foi atribuído ponderação 1.
A avaliação curricular traduz-se, assim, na seguinte fórmula:
AC=(HA+2CS+FP+4EP)/8
sendo os critérios e tabelas os seguintes:
Para o factor habilitações académicas:
Critério - nível/grau da habilitação possuída, de acordo com os parâmetros académicos usualmente utilizados;
Tabela:
Doutoramento - 20 valores;
Mestrado - 19 valores;
Pós-graduação - 18 valores;
Licenciatura - 17 valores.
Para o factor classificação de serviço - critério - média aritmética dos últimos três anos vezes dois, por forma a possibilitar a utilização da escala de 0 a 20 valores, em que será considerada a expressão quantitativa das classificações obtidas pelos candidatos.
Para o factor formação profissional:
Critério - considerar todo o tipo de formação complementar (não integrante da formação académica de base) independentemente da sua natureza, duração e conteúdo;
Tabela - número de acções de formação escalonadas, como se segue:
Sem formação profissional - 10 valores;
Até 2 acções - 11 valores;
De 3 a 5 acções - 12 valores;
De 6 a 10 acções - 14 valores;
De 11 a 15 acções - 16 valores;
De 16 a 20 acções - 18 valores;
21 ou mais acções - 20 valores.
Para o factor experiência profissional - como critério estabelecer-se-á a distinção do tipo de experiência segundo graus de relevância, apoiado como medida no factor tempo, contado em anos completos, com tabela própria para cada uma das três categorias a considerar: relevante, semi-relevante e pouco relevante.
Por experiência profissional relevante entender-se-á a que corresponder ao exercício de funções da área técnica superior desenvolvido em estreita ligação com as atribuições e competências do Ministério Público e com o conteúdo funcional genericamente definido para a carreira técnica superior, a que se atribuem 17 do total de 20 valores como máximo possível, de acordo com a seguinte tabela:
Até 7 anos de exercício - 14 valores;
Entre 7 e 9 anos - 15 valores;
Entre 10 e 12 anos - 16 valores;
13 ou mais anos - 17 valores.
Por experiência profissional semi-relevante entender-se-á a que corresponder ao exercício de funções desenvolvido em áreas funcionais relacionadas com os conteúdos próprios genericamente definidos para a carreira técnica superior sem especial ligação com as atribuições e competências do Ministério Público, de acordo com a seguinte tabela:
Até 7 anos de exercício - 12 valores;
Entre 7 e 9 anos - 13 valores;
Entre 10 e 12 anos - 14 valores;
13 ou mais anos - 15 valores.
Por experiência profissional pouco relevante entender-se-á a que corresponder ao exercício de quaisquer outras funções, valorizada de acordo com a seguinte tabela:
Até 3 anos - 0,5 valores;
De 3 a 6 anos - 1 valor;
De 6 a 9 anos - 2 valores;
9 ou mais anos - 3 valores.
Caso se verifique a existência simultânea de experiência relevante e semi-relevante em relação a qualquer candidato considerar-se-á a mais favorável, aplicando-se subsidiariamente à menos favorável a tabela definida para a experiência profissional pouco relevante.
5.2 - A classificação da entrevista profissional será a resultante da média aritmética simples entre a cotação atribuída por cada um dos elementos do júri ao conjunto dos itens objecto de ponderação, de acordo com a seguinte fórmula:
EP=(CEFV+MI+CASP+IVAP)/4
em que:
CEFV=capacidade de expressão e fluência verbais;
MI=motivação e interesse;
CASP=capacidade de adaptação sócio-profissional;
IVAP=interesse pela valorização e actualização profissional.
5.3 - Todas as fases são eliminatórias, considerando-se excluídos os candidatos que, nas mesmas, obtenham classificação inferior a 10 valores, considerando-se como tal, por arredondamento, as classificações inferiores a 9,5 valores.
6 - Formalização das candidaturas:
6.1 - As candidaturas deverão ser formalizadas mediante requerimento dirigido ao secretário da Procuradoria-Geral da República, redigido em papel normalizado, branco ou de cor pálida, de formato A4 ou contínuo, como a seguir se indica:
Instruções para o preenchimento do requerimento
Sr. Secretário da Procuradoria-Geral da República:
Nome: ...
Data de nascimento: ...
Nacionalidade: ...
Habilitação literária: ...
Morada e código postal: ...
Telefone: ...
Organismo ao qual se encontra vinculado: ...
Categoria que lhe está atribuída: ...
requer a V. Ex.ª se digne admiti-lo(a) ao seguinte concurso:
Categoria: ...
Organismo: ...
Mais declara, sob compromisso de honra, satisfazer os requisitos gerais de admissão a concurso e provimento em funções públicas.
Pede deferimento.
(Data e assinatura.)
6.2 - Os requerimentos de admissão a concurso deverão ser acompanhados dos seguintes documentos:
a) Currículo detalhado e assinado, do qual conste a experiência profissional, com indicação das funções com mais interesse para o lugar a que se candidata (se possível referenciando o período de tempo em que exerceu essas funções) e quaisquer outros elementos que os candidatos entendam dever apresentar por serem relevantes para a apreciação do seu mérito;
b) Documento, passado pelo serviço de origem, que comprove a qualidade de funcionário e o tempo de serviço na categoria, na carreira e na função pública;
c) Documento comprovativo das habilitações literárias;
d) Documento comprovativo do curso ou dos cursos de formação que possui (se for caso disso).
6.3 - São dispensados, nesta fase do concurso, os comprovativos dos requisitos referidos no artigo 29.º do Decreto-Lei 204/98, de 11 de Julho.
6.4 - Os candidatos pertencentes ao quadro de pessoal dos Serviços de Apoio da Procuradoria-Geral da República ficam dispensados da apresentação dos documentos referidos nas alíneas b), c) e d) do n.º 6.2 que já constem dos respectivos processos individuais, desde que declarem, sob compromisso de honra, a situação precisa em que se encontram relativamente a cada um dos requisitos.
6.5 - Nos termos do n.º 7 do artigo 31.º do Decreto-Lei 204/98, de 11 de Julho, são excluídos os candidatos que não entregarem, juntamente com o requerimento, os documentos referidos nas alíneas a), b) e c) do n.º 6.2, salvo o previsto no n.º 6.4 do presente aviso.
7 - As falsas declarações serão punidas nos termos da lei.
8 - Local de trabalho e remuneração - o local de trabalho situa-se nos Serviços de Apoio da Procuradoria-Geral da República em Lisboa. A remuneração é a correspondente à categoria colocada a concurso e determinada de acordo com a conjugação do disposto nos Decretos-Leis 353-A/89, de 16 de Outubro e 404-A/98, de 18 de Dezembro, acrescida de um suplemento mensal de disponibilidade permanente correspondente a 20% da remuneração base, nos termos do artigo 26.º do Decreto-Lei 333/99, de 20 de Agosto.
9 - Envio de candidatura e afixação das listas:
9.1 - O requerimento de admissão a concurso deverá ser entregue pessoalmente ou remetido pelo correio, com aviso de recepção, na ou para a Procuradoria-Geral da República, Rua da Escola Politécnica, 140, 1269-269 Lisboa.
9.2 - As listas de candidatos admitidos e de classificação final, previstas nos artigos 33.º e 40.º do Decreto-Lei 204/98, de 11 de Julho, serão afixadas, para consulta, na Procuradoria-Geral da República, Rua da Escola Politécnica, 140, 1269-269 Lisboa.
10 - Constituição do júri do concurso:
Presidente - Licenciado José António da Rosa Dias Bravo, Vice-Procurador-Geral da República.
Vogais efectivos:
Licenciado José Luís Lopes da Mota, secretário da Procuradoria-Geral da República, que substitui o presidente nas suas faltas e impedimentos.
Licenciado Pedro Marques Alves Lecercle Sirvoicar, director de serviços da Direcção-Geral das Florestas.
Vogais suplentes:
Licenciada Maria Adélia Saraiva do Nascimento Diniz, directora de Serviços de Apoio Administrativo da Procuradoria-Geral da República.
Licenciada Natália da Conceição Nunes Rocha, chefe da Divisão de Documentação e Informação da Procuradoria-Geral da República.
12 de Junho de 2000. - O Secretário, José Luís Lopes da Mota.