Edifício 2, Lagoas Park, 2740-244 Porto Salvo.
Capital social: (euro) 500 000.
Número único de Pessoa Coletiva e de Registo na Conservatória Comercial de Cascais (Oeiras) 502820772.
Relatório de Gestão do Conselho de Administração
Exercício de 2014
1 - Introdução
A Sociedade Gestora deu continuidade à gestão do Fundo TDF, atualmente único Fundo sob sua gestão, praticando para o efeito os atos necessários e convenientes à sua correta gestão, em conformidade com o seu Regulamento.
2 - Atividade
O ano de 2014 foi um ano de recuperação de alguns dos segmentos do mercado imobiliário, com destaque para o mercado corporativo na região metropolitana de Lisboa, onde se assistiu a um maior dinamismo das empresas e a um crescente interesse por parte de investidores internacionais. No segmento de escritórios, assistiu-se à colocação de mais de 120.000 m2 na região da «Grande Lisboa», valor que representa uma subida significativa em relação ao ano anterior e que é revelador de uma maior confiança por parte das empresas.
No segmento residencial, o ano foi ainda marcado por um baixo volume de vendas em todo o território nacional, pese embora se assista a uma recuperação do mercado, em especial nas localizações mais valorizadas.
No segmento de retalho, e depois de alguns anos de forte retração, onde os planos de expansão de grande parte dos operadores se mantiveram «congelados», foi registado em 2014 um aumento da atividade, particularmente no que diz respeito ao comércio de rua.
Já no segmento industrial e logístico, os sinais positivos da economia não se repercutiram de forma significativa na procura de imobiliário neste segmento, onde continuou a ser registado um fraco dinamismo da procura.
Neste contexto, as atividades do Fundo TDF estiveram em linha com o mercado destacando-se, ao nível da comercialização dos seus ativos os seguintes factos:
Alienação de 18 frações de habitação no empreendimento «VillaPark», localizado na Amadora. De um total de 99 frações de habitação estão atualmente disponíveis 23 unidades;
Alienação de dois lotes de terreno no empreendimento «Oeiras Prime», localizado em Oeiras. A alienação destes dois lotes representa um valor de 3.600.000 (euro) (a escritura de um destes lotes foi já efetuada no início do exercício de 2015);
Alienação de uma fração de comércio sita na Praça D. Pedro IV, em Lisboa, pelo valor de 2.700.000 (euro);
Celebração de contratos de arrendamento relativos a cinco armazéns no empreendimento «Abrunheira Park», em Sintra, o que correspondente a mais de 3.000 m2 de novas áreas contratadas, tendo sido possível desta forma manter uma boa taxa de ocupação no empreendimento;
Alienação ou arrendamento de frações avulsas das quais destacamos a venda de oito estacionamentos no empreendimento «Green Park» (tendo sido possível manter avençados a quase totalidade dos restantes lugares disponíveis neste empreendimento), a alienação de uma fração de escritório, no Funchal, Madeira e o arrendamento de duas lojas nos empreendimentos «Fórum Oeiras» e «Green Park».
Em relação ao desenvolvimento dos empreendimentos em carteira, e antevendo uma melhoria do segmento residencial, destaca-se as seguintes diligências com vista à construção do edifício a implantar no Lote 5 do empreendimento «Fórum Oeiras», edifício que contará com 18 frações de habitação e duas lojas e cujas vendas serão iniciadas no segundo semestre de 2015:
Aprovação da comunicação prévia relativa à construção do referido lote a 19 de maio de 2014;
Levantamento do alvará da licença de construção emitido pela Câmara Municipal de Oeiras na data de 7 de julho de 2014;
Assinado o Auto de Consignação da empreitada de geotecnia a 14 de julho de 2014;
Após conclusão dos trabalhos de geotecnia foi formalizada adjudicação da empreitada de edificação e assinado a 19 de setembro de 2014 o respetivo auto de consignação de trabalhos.
Ainda em relação ao empreendimento em comercialização «VillaPark», destaca-se em 2014 as seguintes diligências:
Receção definitiva do edifício implantado no Lote 28 por parte do «Hospital da Luz - Centro Clínico da Amadora S. A.» na data de 2 de dezembro de 2014;
Realização da vistoria e receção definitiva, pela Câmara Municipal da Amadora, das obras de «Reperfilamento da Rua Elias Garcia», bem como dos «Espaços Exteriores, do Núcleo A», obras integradas nas responsabilidades do contrato de urbanização de 15 de março de 2004, referente às infraestruturas comuns do loteamento.
Durante o exercício de 2014 foram feitas diligências com vista ao desenvolvimento do projeto «Frisa Cascais», projeto que prevê a reconversão urbanística do local anteriormente ocupado pela praça de touros de Cascais e a implementação de um empreendimento misto de habitação e comércio/serviços.
No que diz respeito à segunda fase do empreendimento «Abrunheira Park», onde é previsto o desenvolvimento de novas áreas de escritórios e armazéns com um total de 9.606 m2 de construção acima do solo, destaca-se a 11 de julho de 2014 a aprovação do projeto de arquitetura por parte da Câmara Municipal de Sintra, tendo-se dado início à elaboração dos projetos das especialidades.
No que diz respeito ao empreendimento «Oeiras Prime», e na sequência da comercialização de um dos lotes (e respetivas solicitações de alterações ao loteamento por parte do cliente) foi, durante o exercício de 2014, solicitada a emissão do aditamento ao alvará de loteamento n.º 13/03, o qual foi deferido a 25 de novembro de 2014. A 11 de dezembro de 2014 foi efetuado o pagamento das taxas referentes ao aditamento ao alvará, bem como a entrega dos elementos corrigidos solicitados para a emissão do mesmo.
Destaque ainda para a entrega a 10 de dezembro de 2014 de um requerimento junto da Câmara Municipal de Lisboa para a prorrogação do prazo para pagamento de taxas associadas à comunicação prévia relativa à edificação do «Lote 3» do empreendimento «Palma-Galhardas» localizado em Lisboa e onde se prevê a construção de aproximadamente 8.900 m2 acima do solo dedicados a habitação e comércio.
Por fim, e no que diz respeito ao loteamento residencial «Quinta de Aires», localizado em Palmela, foram desenvolvidas várias ações junto da Câmara Municipal de Palmela, Agencia Portuguesa do Ambiente/Administração da Região Hidrográfica do Alentejo, Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e a Concessionária das Telecomunicações, com vista à regularização da linha de água do «Cabeço do Velhinho» através do aproveitamento parcial da rede de águas pluviais do loteamento (executada no âmbito das obras de urbanização entregues ao município de Palmela) bem como a conclusão do nó viário do arruamento principal de acesso à urbanização.
3 - Análise económica e financeira
A Sociedade registou no final do exercício em apreço o ativo líquido de 788.362 euros. Os capitais próprios ascendem a 681.464 euros, sendo a sua autonomia financeira de 86,44 %.
O resultado antes de impostos foi de 51.064 euros, valor inferior ao do exercício anterior. A variação resulta essencialmente da diminuição do valor da Comissão de Gestão, pelo facto do Fundo sob gestão da Empresa ter procedido à distribuição de rendimentos, originando uma diminuição do seu Valor Global Liquido e, consequentemente uma diminuição da respetiva Comissão.
4 - Perspetivas para 2015
Em cumprimento das disposições legais aplicáveis, a sociedade gestora procederá à reavaliação dos imóveis que compõem o património do Fundo e, em defesa dos interesses dos detentores das unidades de participação, continuará a valorizar tais ativos de forma prudente e adequada à conjuntura, em estreita colaboração com os peritos avaliadores.
Durante o exercício de 2015 será dada continuidade à comercialização do empreendimento «VillaPark», com particular foco nas frações para serviços e comércio disponíveis no empreendimento. O esforço comercial será centrado na tentativa de angariar entidades que ocupem estes espaços mas que, paralelamente, ofereçam garantias e valorizem os ativos.
Será dado seguimento ao esforço de manutenção da taxa de ocupação do «Abrunheira Park», empreendimento logístico localizado em Sintra, e serão acompanhadas as frações ainda disponíveis nos empreendimentos «Oeiras Prime», «Green Park» e outros ativos avulsos do Fundo, tendo em vista a desejável alienação ou ocupação dos mesmos.
Durante o próximo ano será concluída a construção do edifício residencial implantado no Lote 5 do empreendimento «Fórum Oeiras», sendo antecipadamente iniciado o esforço comercial com vista à contratação das 18 frações de habitação e duas lojas a disponibilizar no empreendimento.
Relativamente aos empreendimentos em fase de desenvolvimento, a atividade será centrada na tramitação dos projetos de matriz residencial «Villa Simões» e «Palma Galhardas - Lote 3» localizados em Lisboa, e na segunda fase do empreendimento logístico «Abrunheira Park», localizado Sintra. Paralelamente serão continuados os esforços junto da Câmara Municipal de Cascais com vista ao desenvolvimento do projeto «Frisa Cascais».
5 - Proposta de aplicação de resultados
Os resultados líquidos, de que se apresenta proposta de aplicação, correspondem aos montantes apurados em 31 de dezembro de 2014, acrescidos do gasto de 20.000,00 (euro) (vinte mil euros) que, estando previstos distribuir aos colaboradores, foram, em cumprimento dos normativos aplicáveis, registados como gasto no próprio exercício de 2014 nas demonstrações financeiras que integram o Relatório de Gestão e que, sendo aprovadas, confirmam, por um lado essa vontade dos Senhores acionistas em distribuir resultados aos colaboradores e, por outro, que o Resultado Líquido que é objeto de proposta de aplicação de resultados é de 38.467,03 (euro).
Com esses pressupostos, o Conselho de Administração propõe que os resultados líquidos apurados no exercício de 2014, positivos em 38.467,03 euros, tenham a seguinte aplicação:
Para Reforço da Reserva Legal - 3 900,00 (euro);
Para Reforço de Outras Reservas - 67,03 (euro);
Para Dividendos aos Acionistas - 34.500,00 (euro).
6 - Considerações finais
O Conselho de Administração expressa o seu reconhecimento a todos quanto, na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e no Banco de Portugal, dispensaram prestimosa atenção a esta Sociedade Gestora. Igualmente agradece à entidade depositária «Banco Comercial Português, S. A.», bem como aos avaliadores pela colaboração e disponibilidade sempre recebidas.
23 de janeiro de 2015. - O Conselho de Administração: Manuel José Paredes Vieira Pereira - Pedro Almeida Cruz - David Manuel de Carvalho Pereira Cardoso.
Balanço em 31 de dezembro de 2014
(ver documento original)
Rubricas Extrapatrimoniais
Valores administrados pela Instituição: 89.362.735,07 Eur.
O Conselho de Administração: Manuel José Paredes Vieira Pereira - Pedro Almeida Cruz - David Manuel de Carvalho Pereira Cardoso. - O Técnico de Contas, João José Martins Tomé.
Demonstração de resultados em 31 de dezembro de 2014
(ver documento original)
O Conselho de Administração: Manuel José Paredes Vieira Pereira - Pedro Almeida Cruz - David Manuel de Carvalho Pereira Cardoso. - O Técnico de Contas, João José Martins Tomé.
Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2014
1 - Nota Introdutória
A TDF - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S. A. («TDF» ou «Empresa»), com sede em Lagoas Park, Edifício 2, em Porto Salvo, foi constituída em 30 de junho de 1992 e tem como atividade principal a Gestão de Fundos de Investimento Imobiliário, (CAE - 66 300). À data de 31 de dezembro de 2014, a TDF geria unicamente o Fundo de Investimento Imobiliário Fechado TDF (Fundo).
Todos os valores apresentados nestas notas explicativas estão expressos em euros.
2 - Bases de apresentação e principais políticas contabilísticas
2.1 - Bases de apresentação
As demonstrações financeiras individuais da TDF - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S. A., foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da empresa de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA) estabelecidas pelo Banco de Portugal no Aviso 1/2005, de 21 de fevereiro e na Instrução 9/2005, de 11 de março, na sequência da competência que lhe foi atribuída pelo n.º 1 do artigo 115.º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei 298/92, de 31 de dezembro.
As Normas de Contabilidade Ajustadas correspondem em geral às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS) conforme adotadas pela União Europeia, exceto quanto ao parágrafo 3.º do Aviso 1/2005, de 21 de fevereiro.
As diferenças entre os dois normativos não têm impacto nas demonstrações financeiras da Empresa.
2.2 - Comparabilidade da informação
Não tendo havido qualquer alteração de política contabilística ou sido detetado algum erro ou omissão, não se torna necessário qualquer ajuste aos valores de 2013 para garantir a comparabilidade da informação.
2.3 - Especialização de exercícios
Os custos e proveitos são reconhecidos de acordo com o princípio contabilístico da especialização de exercícios, sendo reconhecidos à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.
2.4 - Caixa e disponibilidades em bancos centrais
Os montantes incluídos na rubrica caixa e disponibilidades em bancos centrais correspondem aos valores monetários existentes e imediatamente mobilizáveis.
À data do Balanço não existiam valores em moeda estrangeira em caixa e em depósitos bancários.
2.5 - Disponibilidades em outras instituições de crédito
Os montantes incluídos na rubrica de disponibilidades em outras instituições de crédito correspondem a depósitos bancários imediatamente mobilizáveis.
2.6 - Outros ativos tangíveis
Esta rubrica inclui os ativos tangíveis utilizados no âmbito da respetiva atividade económica estando registados pelo seu custo de aquisição, deduzidos das depreciações acumuladas.
Estes ativos são depreciados pelo método da linha reta, de acordo com a sua vida útil esperada, a partir da data em que os mesmos ficam disponíveis para serem utilizados no uso pretendido.
A vida útil esperada para estes ativos varia entre os 3 e 8 anos.
2.7 - Ativos intangíveis
Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição e correspondem fundamentalmente a despesas com aquisição de software.
Estes ativos foram amortizados pelo método da linha reta em três anos.
2.8 - Outros ativos
Esta rubrica é composta por contas a receber, estando as respetivas dívidas apresentadas pelo seu valor nominal, deduzido de eventuais perdas de imparidade para cobranças duvidosas para que, as mesmas reflitam o seu valor realizável líquido.
2.9 - Impostos sobre lucros
O gasto relativo a «Imposto sobre o rendimento do período» representa a soma do imposto corrente e do imposto diferido.
O imposto corrente sobre o rendimento em Portugal é calculado com base nos resultados tributáveis da entidade de acordo com as regras fiscais em vigor, enquanto o imposto diferido resulta das diferenças temporárias entre o montante dos ativos e passivos para efeitos de relato contabilístico (quantia escriturada) e os respetivos montantes para efeitos de tributação (base fiscal).
Os impostos diferidos ativos e passivos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação em vigor ou anunciadas para vigorar à data expectável da reversão das diferenças temporárias.
Os ativos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão.
A empresa encontra-se integrada, desde o exercício de 2010, no Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades, cuja sociedade dominante é a empresa Teixeira Duarte, S. A.
2.10 - Outros passivos
Os valores desta rubrica são referentes a dívidas a pagar a terceiros sendo registadas pelo seu valor nominal o qual, é substancialmente equivalente ao seu justo valor.
2.11 - Encargos com férias e subsídio de férias
São constituídos acréscimos de custos para fazer face aos encargos correspondentes a férias e subsídio de férias vencidos a pagar no exercício seguinte. Os correspondentes montantes são registados no passivo, na rubrica «Outros passivos» (Nota 8).
2.12 - Comissões
A Empresa cobra comissões ao Fundo que gere os quais, são registados na rubrica «Rendimentos de serviços e comissões» (Nota 11) da demonstração dos resultados quando se vencem.
A comissão de gestão é calculada sobre o valor líquido do património do Fundo, apurado com referência ao último dia útil de cada mês, sendo cobrada trimestralmente, com base na taxa anual de 0,35 %, e que se destina à cobertura de todas as despesas de gestão.
3 - Disponibilidades e aplicações em instituições de crédito
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 estas rubricas têm a seguinte composição:
(ver documento original)
4 - Outros ativos tangíveis
Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013, os movimentos ocorridos nesta rubrica são como segue:
Ativo tangível bruto 2013
(ver documento original)
Ativo tangível bruto 2014
(ver documento original)
Depreciações acumuladas 2013
(ver documento original)
Depreciações acumuladas 2014
(ver documento original)
5 - Ativos intangíveis
O valor desta rubrica é referente ao custo de aquisição do programa de gestão de Fundos de Investimento Imobiliário, denominado por «Fundmanager», que entrou em funcionamento em 1 de janeiro de 2011.
A vida útil esperada para este ativo é de 3 anos.
Ativo intangível bruto 2013
(ver documento original)
Ativo intangível bruto 2014
(ver documento original)
Depreciações acumuladas 2013
(ver documento original)
Depreciações acumuladas 2014
(ver documento original)
6 - Outros ativos
A discriminação desta rubrica é a seguinte:
(ver documento original)
As contas a receber são ajustadas pela avaliação efetuada pela gestão dos riscos estimados de cobrança existentes à data do balanço.
Os «Outros rendimentos a receber» estão registados ao longo da vida da operação independentemente do momento em que são recebidos e são referentes à Comissão de Gestão a pagar pelo Fundo gerido pela Empresa.
7 - Impostos sobre o rendimento
O saldo de passivos por impostos correntes em 31 de dezembro de 2014 e 2013 é o seguinte:
(ver documento original)
A decomposição deste saldo é a seguinte:
(ver documento original)
A Empresa encontra-se sujeita a Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) à taxa de 23,00 % sobre a matéria coletável. Ao valor de coleta de IRC assim apurado, acresce ainda Derrama, incidente sobre o lucro tributável registado e cuja taxa poderá variar até ao máximo de 1,5 %.
Nos termos do artigo 88.º do Código do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas, a TDF está sujeita adicionalmente a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas no artigo mencionado.
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), exceto quando tenha havido prejuízos fiscais, ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alargados ou suspensos. Assim, as declarações fiscais da Empresa dos anos de 2011 a 2014 ainda poderão estar sujeitas a revisão.
O encargo de imposto registado nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013, correspondem essencialmente a:
(ver documento original)
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 não existem diferenças entre as bases contabilísticas e fiscais dos ativos e passivos suscetíveis de originar o registo de impostos diferidos.
8 - Outros passivos
Esta rubrica apresenta a seguinte composição
(ver documento original)
Os «Encargos a pagar» são registados ao longo da vida da operação independentemente do momento em que são pagos. São referentes a encargos com o pessoal (férias, subsídios de férias e encargos sociais), vencidos no corrente ano e a liquidar no ano seguinte.
9 - Capital Próprio
Nesta rubrica, os movimentos ocorridos foram os seguintes:
Capital
Em 31 de dezembro de 2014, o capital totalmente subscrito e realizado estava representado por 500 000 ações com o valor nominal de 1 euro cada.
Em 31 de dezembro de 2014, o capital social é detido a 100 % pela empresa IMOTD - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S. A. (IMOTD), situação que obteve a concordância do Banco de Portugal.
Em virtude de a IMOTD fazer parte do Grupo Teixeira Duarte, as presentes demonstrações financeiras são incluídas nas contas consolidadas do referido Grupo Económico.
Outras Reservas e resultados transitados
De acordo com o disposto no n.º 1 do artigo 97.º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei 298/92, de 31 de dezembro e alterado pelo Decreto-Lei 201/2002, de 25 de setembro, a TDF deve destinar uma fração não inferior a 10 % dos lucros líquidos apurados em cada exercício à formação de uma reserva legal, até um limite igual ao valor do capital social ou ao somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior.
Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital social.
Dividendos
Conforme deliberação da Assembleia Geral de Acionistas realizada em 24 de fevereiro de 2014, no corrente exercício foram pagos dividendos de 0,100 euros por ação (0,134 euros por ação em 2013), no valor global de 50.000,00 euros (67.000,00 euros em 2013).
Aplicação de resultados
Por decisão da Assembleia Geral, realizada em 24 de fevereiro de 2014, foram aprovadas as contas do exercício de 2013 e foi decidido que o resultado líquido apurado no montante de 56.073,51 euros, tenha a seguinte aplicação:
(ver documento original)
10 - Juros e rendimentos similares
Os valores de juros e rendimentos similares referem-se a juros de depósitos em instituições de crédito, reconhecidos no período a que respeitam.
11 - Rendimentos de serviços e comissões
Esta rubrica contempla na sua totalidade o valor da comissão de gestão, a qual, é cobrada trimestralmente com base na aplicação da taxa prevista no respetivo Regulamento de Gestão sobre o valor líquido do património do Fundo e que se destina à cobertura de todas as despesas de gestão.
(ver documento original)
A diminuição ocorrida no exercício findo em 31 de dezembro de 2014, resulta do Fundo TDF ter procedido à distribuição de rendimentos no montante de 5.000.000 Euros.
12 - Encargos com serviços e comissões
Esta rubrica inclui despesas bancárias originadas por transferências bancárias e comissões de gestão de conta.
13 - Outros resultados de exploração
Estes resultados apresentam a seguinte composição:
(ver documento original)
14 - Custos com pessoal
São incluídos nesta rubrica todos os encargos relacionados com os órgãos sociais e trabalhadores da empresa, e apresentam a seguinte discriminação:
(ver documento original)
O número médio de trabalhadores no presente exercício foi de 2 (em 2013: 2).
15 - Gastos gerais administrativos
Esta rubrica inclui despesas e custos suportados para o exercício da atividade económica da empresa, cuja discriminação em 31 de dezembro de 2014 e 2013 é a seguinte:
(ver documento original)
16 - Partes relacionadas
Relacionamento com Empresa que consolida:
Identificação: Teixeira Duarte, S. A.
Sede: Lagoas Park, Edifício 2, Porto Salvo, Oeiras.
Saldos e transações entre partes relacionadas:
Os saldos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 com empresas do grupo e relacionadas eram os seguintes:
(ver documento original)
Conforme referido na Nota 2.9 acima, a empresa encontra-se integrada, desde o exercício de 2010, no Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades, cuja sociedade dominante é a Teixeira Duarte, S. A. (até 2011: Teixeira Duarte - Engenharia e Construções, S. A.).
Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013, as transações com empresas do grupo e relacionadas foram as seguintes:
(ver documento original)
17 - Relato por segmentos
Em virtude da empresa operar só no mercado nacional e ter como única atividade a Gestão de Fundos de Investimento Imobiliário Fechados, não fizemos, por não ser aplicável, qualquer divulgação relativa a segmentos de negócio ou operacionais nas notas apresentadas.
18 - Alterações de políticas, estimativas e erros
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2014, não ocorreram alterações de políticas contabilísticas face às consideradas na preparação das demonstrações financeiras relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2013, nem foram registados erros materiais ou alterações de estimativas contabilísticas significativas relativas a exercícios anteriores.
19 - Aprovação das Demonstrações Financeiras
As demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2014 consideram-se aprovadas pelo Conselho de Administração à data da assinatura do Relatório de Gestão que é parte integrante das Demonstrações Financeiras, estando estas ainda sujeitas a aprovação pela Assembleia Geral de Acionistas, nos termos da legislação comercial em vigor em Portugal, que será realizada em 2 de março de 2015.
O Conselho de Administração: Manuel José Paredes Vieira Pereira - Pedro Almeida Cruz - David Manuel de Carvalho Pereira Cardoso. - O Técnico Oficial de Contas, João José Martins Tomé.
Certificação legal das contas
Introdução
1 - Examinámos as demonstrações financeiras da empresa TDF - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S. A., as quais compreendem o Balanço em 31 de dezembro de 2014, (que evidencia um total de 788.362 euros e um total de capital próprio de 681.464 euros, incluindo um resultado líquido de 38.467 euros), a Demonstração dos resultados, a Demonstração das alterações no capital próprio e a Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e o correspondente Anexo.
Responsabilidades
2 - É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa, o resultado das suas operações, as alterações no seu capital próprio e os fluxos de caixa, bem como a adoção de critérios e políticas contabilísticas adequadas e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado.
3 - A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.
Âmbito
4 - O exame a que procedemos foi efetuado de acordo com as Normas Técnicas e as Diretrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objetivo de obter um grau de segurança aceitável sobre as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu:
A verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação;
A apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adotadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias;
A verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e
A apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras.
5 - O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do relatório de gestão com as demonstrações financeiras.
6 - Entendemos que o exame efetuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.
Opinião
7 - Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspetos materialmente relevantes, a posição financeira da TDF - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S. A., em 31 de dezembro de 2014, o resultado das suas operações, as alterações no seu capital próprio e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas de Contabilidade Ajustadas emitidas pelo Banco de Portugal.
Relato sobre outros requisitos legais
8 - É também nossa opinião que a informação constante do Relatório de gestão é concordante com as demonstrações financeiras do exercício.
Linda-a-Pastora, 11 de fevereiro de 2015. - Mariquito, Correia & Associados - SROC, representada por António Francisco Escarameia Mariquito - ROC.
Relatório e Parecer do Conselho Fiscal
Senhores Acionistas:
1 - Em cumprimento dos preceitos legais e estatutários, apresentamos aos Exmos. Acionistas o nosso Relatório sobre a ação fiscalizadora por nós exercida na empresa TDF - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S. A., e o nosso Parecer sobre o Relatório, Balanço, Demonstração dos resultados, Demonstração das alterações no capital próprio e Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e o correspondente Anexo, relativamente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2014, que foram submetidos à nossa apreciação pelo Conselho de Administração.
2 - Acompanhámos com regularidade a atividade da empresa, tendo recebido da Administração todos os elementos e esclarecimentos que entendemos necessários para o desempenho das nossas funções.
3 - No cumprimento da nossa ação fiscalizadora, procedemos às verificações, que julgámos necessárias dos livros, registos contabilísticos e documentos de suporte, tendo recebido dos Serviços toda a colaboração solicitada.
4 - O Conselho Fiscal apreciou a Certificação Legal das Contas a cujo conteúdo manifesta a sua concordância.
5 - Considerando que o Relatório do Conselho de Administração descreve com clareza a evolução dos negócios sociais e tendo em atenção a referida Certificação Legal das Contas, somos de parecer que:
a) Sejam aprovados os documentos de prestação de contas referentes ao exercício de 2014;
b) Sejam aprovados o Relatório do Conselho de Administração e a proposta de aplicação de resultados.
Linda-a-Pastora, 11 de fevereiro de 2015. - O Conselho Fiscal: Mariquito, Correia & Associados - SROC, representada por Dr. António Francisco Escarameia Mariquito - ROC - presidente - Dr.ª Vera Margarida Sebastião Martins, vogal - Dr.ª Marília Morgado Constantino Mariquito, vogal.
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