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Despacho 11111/2021, de 12 de Novembro

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Sumário

Atribui a medalha de mérito científico do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, no ano de 2021, a determinadas individualidades

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Despacho 11111/2021

Sumário: Atribui a medalha de mérito científico do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, no ano de 2021, a determinadas individualidades.

A Portaria 1375/2009, de 29 de outubro, retificada pela Declaração de Retificação n.º 85/2009, de 18 de novembro, criou a medalha de mérito científico do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, tendo em vista galardoar as individualidades, nacionais ou estrangeiras, que, pelas suas elevadas qualidades profissionais e de cumprimento do dever, se tenham distinguido por valioso e excecional contributo para o desenvolvimento da Ciência ou da Cultura Científica em Portugal.

Assim, ouvida a Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I. P., e a Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica - Ciência Viva, nos termos do n.º 2 do artigo 2.º da Portaria 1375/2009, de 29 de outubro, retificada pela Declaração de Retificação n.º 85/2009, de 18 de novembro, determino:

1 - Considerando o excecional contributo para o desenvolvimento das respetivas áreas científicas e instituições, no ano de 2021 são distinguidas com a medalha de mérito científico do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior as seguintes individualidades:

a) Artur Santos Silva - licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra e frequentou o Stanford Executive Program na Stanford University. Doutorado honoris causa pela Universidade do Porto e pela Universidade Nova de Lisboa. Iniciou a sua carreira na banca em 1968 e fundou o Banco BPI. Tem dedicado a vida ao desenvolvimento da investigação científica e à promoção das artes e da cultura participando em diversas fundações. É atualmente curador da Fundação La Caixa. Integrou a Fundação Calouste Gulbenkian, a Fundação de Serralves, a Fundação Júlio Resende e o Conselho de Fundadores da Casa da Música;

b) Benedita Rocha - licenciada em Medicina pela Universidade de Lisboa e doutorada em Imunologia pela Universidade de Glasgow. Destacou-se no estudo da biologia dos linfócitos T e da memória imunológica. Em França, dirigiu o Centre National de la Recherche Scientifique e uma unidade de investigação do Institut National de la Santé et de la Recherche Médicale no Institut Necker Enfants Malades. Primeiro Prémio Pfizer de Investigação com António Ângelo Freitas. Recebeu o Prémio Gulbenkian de Ciência, a Medalha de Prata do Centre National de la Recherche Scientifique e o Governo francês distinguiu-a com a Ordem Nacional da Legião de Honra;

c) Boaventura de Sousa Santos - doutorado em Sociologia do Direito pela Universidade de Yale. Professor catedrático jubilado da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Distinguished legal scholar da Universidade de Wisconsin-Madison. Foi global legal scholar da Universidade de Warwick e professor visitante do Birkbeck College da Universidade de Londres. É diretor emérito do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e coordenador científico do Observatório Permanente da Justiça Portuguesa. Entre 2011 a 2016 dirigiu o projeto de investigação «ALICE - Espelhos estranhos, lições imprevistas: definindo para a Europa um novo modo de partilhar as experiências do mundo» financiado pelo Conselho Europeu de Investigação (ERC). Tem desenvolvido e publicado investigação nas áreas da sociologia do direito, sociologia política, epistemologia, estudos pós-coloniais, e sobre os temas dos movimentos sociais, globalização, democracia participativa, reforma do Estado e direitos humanos;

d) Cândido Pinto Ricardo - doutorado em Bioquímica Vegetal pela Universidade de Cambridge. Destacou-se pelo desenvolvimento de metodologias de recolha de informação sobre o genoma do sobreiro. Investigador no Laboratório de Bioquímica Vegetal do ITQB e professor catedrático jubilado no Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB) da Universidade Nova de Lisboa;

e) Carlos Salema - doutorado em Ciências da Engenharia pelo Queen Mary College da Universidade de Londres. Destacou-se pela investigação no âmbito das radiações eletromagnéticas, nomeadamente das micro-ondas e dos feixes hertzianos nas suas diversas aplicações à comunicação. Fundou e presidiu ao Instituto de Telecomunicações até 2020. Professor catedrático do Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores do Instituto Superior Técnico. Foi presidente da Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica entre 1989 e 1992;

f) Fernando Catarino - licenciado e doutorado em Biologia pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Destacou-se pela defesa dos jardins botânicos enquanto espaços de divulgação e promoção de ciência e esteve na fundação da Associação Ibero-Macaronésica de Jardins Botânicos. Tem o seu nome associado a uma espécie de musgo descoberta em 2006, a «Zygodon catarinoi». Durante mais de 20 anos foi diretor do Jardim Botânico de Lisboa, no qual ampliou coleções de herbário e criou um banco de sementes. Coordenou a definição das áreas da Rede Natura 2000 e a plantação do Jardim Jurássico no Monumento Natural das Pegadas de Dinossáurio de Ourém-Torres Novas. Professor jubilado da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa onde foi docente durante 50 anos;

g) Firoz Rasul - presidente da Universidade Aga Khan entre 2009 e 2021, coordena os polos, programas e hospitais da Universidade em seis países: Paquistão, Quénia, Uganda, Tanzânia, Afeganistão e Reino Unido. Promoveu em colaboração com a FCT a «Iniciativa Aga Khan - Portugal para o Desenvolvimento», e liderou o desenvolvimento de vários projetos de alto nível para a Rede de Desenvolvimento Aga Khan, incluindo o Centro Global de Pluralismo e o Museu Aga Khan. Tem estado particularmente envolvido no desenvolvimento de instituições sociais e comunitárias em África;

h) François Galgani - doutorado em oceanografia pela Université Aix-Marseille em 1983. Investigador do IFREMER, distinguiu-se em ecotoxicologia, designadamente na avaliação dos efeitos da poluição em organismos marinhos. Tem colaborado regularmente com equipas portuguesas, sobretudo no âmbito de projetos de investigação sobre a identificação, diagnóstico e prevenção do «lixo marinho»;

i) Isabel Ambar - doutorada em Oceanografia pela Universidade de Liverpool. Destacou-se na área da hidrologia e da dinâmica das águas da vertente continental portuguesa. Investigadora no MARE | Centro de Ciências do Mar e do Ambiente no grupo Coastal Systems and Ocean. Professora catedrática do Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa;

j) João Lobo - formado em Engenharia Civil e pós-graduado em Urbanismo pela Faculdade de Engenharia da Universidade Católica Portuguesa. É presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, tendo sido particularmente relevante na promoção da cultura científica no contexto local e regional. Tem-se distinguido no apoio à educação e cultura científica e na promoção dos Encontros Ambientais de Proença-a-Nova;

k) João Vasconcelos Costa - especialista em Biologia Molecular e Virologia. Foi diretor do Instituto de Higiene e Medicina Tropical e do Laboratório de Virologia Molecular do Instituto Gulbenkian de Ciência. Professor catedrático da UNL;

l) Jorge Crespo - Professor catedrático jubilado da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, da qual foi diretor de 1996 a 2005. Fundou e coordenou o Centro de Estudos de Etnologia Portuguesa e foi diretor da Arquivos da Memória. Foi presidente da Associação Portuguesa de Antropologia na década de 90. Fundou e dirigiu a revista Ludens e pertenceu ao conselho diretivo da Revista de História Económica e Social;

m) Jorge Paiva - doutorado em Biologia pelo Departamento de Recursos Naturais e Medio Ambiente da Universidade de Vigo (Espanha). Distinguiu-se como divulgador de ciência e defensor intransigente do meio ambiente. Em sua homenagem, a Câmara Municipal de Tomar deu o seu nome ao carvalho-português centenário que está no jardim junto à Biblioteca Municipal António Cartaxo da Fonseca. Foi investigador principal na Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra, onde foi docente;

n) Luís Portela - licenciado em Medicina pela Universidade do Porto, onde foi professor durante seis anos. Exerceu medicina no Hospital de São João, no Porto. Aos 27 anos assumiu a presidência da Bial, que se tornou um dos maiores grupos farmacêuticos ibéricos. Distinguiu-se como empresário, inovador e intelectual na área da psicofisiologia e das relações entre a ciência e a espiritualidade. Promoveu a atividade de I&D em neurociências no Grupo Bial, onde foram desenvolvidos os primeiros medicamentos portugueses a serem lançados no mercado global: um antiepilético e um medicamento para a doença de Parkinson. Criou a Fundação Bial que atribui bolsas de investigação científica e um dos maiores prémios europeus na área da saúde. Foi presidente do Health Cluster Portugal e do conselho geral da Universidade do Porto, vice-presidente da Fundação de Serralves e membro da direção da COTEC;

o) Manuel Sobrinho Simões - licenciado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e doutorado em Patologia Oncológica pela FMUP. Fez o pós-doutoramento no Norsk HydroZs Institute for Cancer Research, na Noruega. Chefe de serviço no Hospital Universitário de São João desde 1988. Participou na criação do IPATIMUP que dirige desde a sua fundação. Tem dedicado a carreira à investigação na área da anatomia patológica, particularmente tumores da tiroide. Em 2015 foi eleito o patologista mais influente do mundo pela revista britânica The Patologist. É professor catedrático de anatomia patológica na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Recebeu o Prémio Bordalo de Ciência e o Prémio Pessoa. Distinguido como Grande Cavaleiro da Ordem Real da Noruega e com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique;

p) Maria Arménia Carrondo - doutorada em Cristalografia Química pelo Imperial College de Londres. Distinguiu-se na área da Genómica Estrutural. Investigadora e docente no Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB) da Universidade Nova de Lisboa onde coordenou a Unidade de Cristalografia Macromolecular e o Laboratório de Genómica Estrutural no ITQB. Foi presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia entre 2014 e 2016. Foi vice-reitora da Universidade Nova de Lisboa e vice-diretora do ITQB;

q) Maria José Costa - bióloga marinha e investigadora do MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente. Distinguiu-se na área das ciências do mar, como cientista e divulgadora de ciência. Foi vice-presidente do Instituto Nacional de Investigação das Pescas e foi presidente da Sociedade Portuguesa de Ciências Naturais. Professora catedrática da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Foi uma das fundadoras e preside a AMONET - Associação de Mulheres Cientistas;

r) Mário Barbosa - doutorado em Engenharia pela Universidade de Leeds no Reino Unido. Distinguiu-se na área da engenharia biomédica, nomeadamente em biomateriais e materiais utilizáveis em medicina regenerativa, assim como em processos de reabilitação celular e de interações tecidulares e nanotecnologias. Fundou e coordenou o grupo de investigação em novas terapias do Instituto Nacional de Engenharia Biomédica. Dirigiu o programa doutoral em biotecnologia molecular e celular aplicada às ciências da saúde do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. Professor catedrático na Faculdade de Engenharia e no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto. Foi presidente da Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica, JNICT;

s) Paulo Langrouva - doutorado em Economia pela Universidade da Beira Interior. Presidente da Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo. Distinguiu-se no apoio à ciência e tecnologia e à promoção da cultura científica no contexto local e regional. Impulsionou a Plataforma de Ciência Aberta, o primeiro centro da rede internacional Open Science Hub, numa parceria entre o Município de Figueira de Castelo Rodrigo e a Universidade de Leiden na Holanda. Tem-se dedicado ao desenvolvimento e promoção de novas empresas de base tecnológica e à sua inserção no contexto regional;

t) Rosa Maria Perez - doutorada em Antropologia pelo ISCTE - IUL. Professora visitante de Antropologia no Indian Institute of Technology em Gandhinagar e no Departamento de Estudos Portugueses de Antropologia no Watson Institute of International Relations da Brown University. Distinguiu-se no estudo da sociedade indiana e na análise de processos de segregação social, no colonialismo e pós-colonialismo na Índia. Integra o Council of the European Association for South Asian Studies (EASAS) e o Conselho do South Asian Democratic Forum (SADF);

u) Serafim Guimarães - doutorado em Medicina pela Universidade do Porto. Distinguiu-se na área da Farmacologia e Terapêutica Experimental. Lançou e promoveu a Farmacologia Experimental em Moçambique. Foi presidente do Conselho Consultivo do Centro Hospitalar de São João e vice-reitor da Universidade do Porto.

2 - A Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I. P., e a Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica - Ciência Viva divulgam nos respetivos sítios da Internet as medalhas de mérito científico do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, atribuídas em cada ano.

29 de outubro de 2021. - O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Frederico Tojal de Valsassina Heitor.

314697502

Anexos

  • Extracto do Diário da República original: https://dre.tretas.org/dre/4714098.dre.pdf .

Ligações deste documento

Este documento liga ao seguinte documento (apenas ligações para documentos da Serie I do DR):

  • Tem documento Em vigor 2009-10-29 - Portaria 1375/2009 - Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

    Cria a medalha de mérito científico do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, cujo modelo consta do anexo à presente portaria e que dela faz parte integrante e define as regras da sua concessão.

Aviso

NOTA IMPORTANTE - a consulta deste documento não substitui a leitura do Diário da República correspondente. Não nos responsabilizamos por quaisquer incorrecções produzidas na transcrição do original para este formato.

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