Despacho (extracto) n.º 5691/2004 (2.ª série). - Por despacho de 2 de Março de 2004 do vice-reitor da Universidade do Porto, é aprovado o regulamento de estágios para ingresso nas carreiras de informática do quadro de pessoal não docente da Faculdade de Farmácia desta Universidade, que se publica em anexo.
4 de Março de 2004. - O Reitor, J. Novais Barbosa.
ANEXO
Regulamento dos estágios da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto para ingresso nas carreiras de informática
CAPÍTULO I
Do âmbito de aplicação e objectivos
Artigo 1.º
Âmbito de aplicação
O presente Regulamento, de harmonia com os Decretos-Leis n.os 265/88, de 28 de Julho, com as alterações decorrentes do Decreto-Lei 427/89, de 7 de Dezembro, e 97/2001, de 26 de Março, aplica-se a todos os estagiários para ingresso nas respectivas carreiras de informática da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto.
Artigo 2.º
Objectivos
Para além da classificação e ordenação final dos estagiários e da avaliação da respectiva capacidade de adaptação, o estágio tem como objectivo a preparação e formação dos mesmos, tendo em conta o desempenho eficaz e competente das funções para que foram recrutados, com vista ao provimento definitivo na respectiva categoria de ingresso.
CAPÍTULO II
Realização do estágio
Artigo 3.º
Natureza, duração e local do estágio
O estágio reveste carácter probatório, tem a duração de seis meses e decorre na Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto.
Artigo 4.º
Estrutura do estágio
1 - O estágio engloba duas fases:
a) Fase de acolhimento e sensibilização;
b) Fase teórico-prática.
2 - A fase de acolhimento e sensibilização destina-se a proporcionar aos estagiários um contacto inicial com os serviços, traduzido no conhecimento da estrutura, competências e funcionamento da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, em geral, e na identificação das tarefas e objectivos cometidos na área funcional de informática, em particular, facultando-lhes os principais suportes de natureza legislativa respeitantes a estas matérias.
3 - A fase teórico-prática integra estudos e acções de formação consubstanciados, nomeadamente na frequência de cursos com vista à aquisição dos conhecimentos indispensáveis ao exercício das respectivas funções, com aplicação prática e de forma gradual com o decorrer do estágio.
Artigo 5.º
Natureza das acções de formação
Durante o período de estágio são ministradas aos estagiários acções de formação que incluem a frequência de cursos de formação directamente relacionados com as funções a exercer.
Artigo 6.º
Assiduidade
Para além da classificação obtida nos cursos de formação, o aproveitamento é condicionado, ainda, a um índice de assiduidade não inferior a 75% da respectiva carga horária.
Artigo 7.º
Orientador do estágio
1 - O estágio decorre sob a orientação do responsável pela área de informática designado pelo conselho directivo, que, nas suas faltas e impedimentos, designará o seu substituto.
2 - Ao orientador de estágio compete:
a) Definir o plano de estágio, nomeadamente quanto às acções de formação, e submetê-lo à aprovação do presidente do conselho directivo da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto;
b) Conduzir as acções de acordo com o plano previamente estabelecido;
c) Acompanhar o desenvolvimento do estágio e a evolução dos estagiários, atribuindo-lhes tarefas progressivamente de maior responsabilidade;
d) Proceder ao apuramento e classificar as acções de formação quando não englobadas em cursos de formação ministrados por entidades específicas;
e) Atribuir a classificação de serviço aos estagiários relativa ao período de estágio;
f) Informar, por sua iniciativa ou sempre que solicitado pelos estagiários, acerca da sua evolução, o que é feito em entrevista individual;
g) Facultar ao júri de estágio todos os elementos necessários à avaliação e classificação no final do estágio.
3 - Ao orientador de estágio serão proporcionados, pelo conselho directivo da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, os meios materiais e humanos necessários à prossecução dos objectivos para que foi designado.
Artigo 8.º
Júri de estágio
1 - O júri de estágio é designado por despacho do presidente do conselho directivo da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto.
2 - Em matéria de funcionamento e competência do júri, aplicam-se, com as necessárias adaptações, as regras constantes dos artigos 14.º e 15.º do Decreto-Lei 204/98, de 11 de Julho.
CAPÍTULO III
Da avaliação e classificação finais
Artigo 9.º
Avaliação do estágio
1 - A avaliação, a classificação e a ordenação final competem a um júri de estágio.
2 - Para os efeitos previstos no número anterior, o júri tem em consideração os resultados atribuídos às acções de formação, a classificação de serviço obtida durante o período de estágio e o relatório de estágio.
Artigo 10.º
Avaliação das acções de formação
1 - A avaliação das acções de formação resulta da média aritmética, simples ou ponderada, das notas que lhe tenham sido atribuídas.
2 - A classificação deste factor de avaliação é estabelecida numa escala de 0 a 20 valores.
Artigo 11.º
Avaliação da classificação de serviço
1 - A classificação de serviço durante o período de estágio é atribuída pelo respectivo orientador, de harmonia com o previsto no Decreto Regulamentar 44-B/83, de 1 de Junho, com as necessárias adaptações.
2 - Constituem factores a considerar obrigatoriamente os constantes dos vários itens da ficha de notação aplicável.
3 - As menções qualitativas em que se traduz a classificação de serviço são convertidas de acordo com a seguinte tabela de equivalências:
Não satisfaz - até 9 valores;
Regular - de 10 a 13 valores;
Bom - de 14 a 16 valores;
Muito bom - de 17 a 20 valores.
Artigo 12.º
Avaliação do relatório de estágio
1 - Cada estagiário deve elaborar um relatório de estágio, a apresentar ao júri de estágio até ao termo do prazo de oito dias úteis a contar do final do período do estágio.
2 - Constituem parâmetros de avaliação obrigatória do relatório de estágio a estruturação, a criatividade, a profundidade de análise, a capacidade de síntese, a forma de expressão escrita e a clareza de exposição.
3 - O relatório de estágio é classificado numa escala de 0 a 20 valores.
Artigo 13.º
Classificação final
1 - A classificação final do estágio resulta da média ponderada das notas obtidas:
a) Na classificação final atribuída às acções de formação;
b) Na classificação de serviço;
c) No relatório de estágio, de acordo com seguinte fórmula:
CF=(AF+CS+ 2*RE)/4
em que:
CF=classificação final do estágio;
AF=classificação no factor acções de formação;
CS=classificação de serviço;
RE=classificação no factor relatório de estágio.
2 - Na classificação final é adoptada uma escala de 0 a 20 valores.
3 - Sempre que se verifique igualdade de classificação, compete ao júri de estágio estabelecer critérios de desempate.
Artigo 14.º
Classificação dos estagiários e provimento dos lugares
1 - Os estagiários são classificados e ordenados pelo júri de estágio em função da classificação final obtida no estágio, não se considerando aprovados os que tiverem obtido classificação inferior a Bom (14 valores).
2 - Os estagiários aprovados são providos nos lugares vagos segundo a ordenação da lista de classificação final.
3 - Os estagiários não aprovados e os aprovados que excedam o número de vagas regressam ao lugar de origem, no caso de já possuírem vínculo à função pública; caso não possuam vínculo à função pública, serão imediatamente rescindidos os seus contratos, sem direito a qualquer indemnização; aos casos referidos aplicam-se as disposições legais conjugadas dos Decretos-Leis 427/89, de 7 de Dezembro e 265/88, de 28 de Julho.
Artigo 15.º
Homologação, publicação e recurso da lista de classificação final
Em sede de homologação, publicitação e recurso da lista de classificação final, aplicam-se as regras previstas no Decreto-Lei 204/98,de 11 de Julho.