Despacho 2362/2004 (2.ª série). - Os testemunhos - menires, descrições de autores gregos do século IV A. C., entre outros - encontrados na região onde se situa o cabo de São Vicente comprovam a existência de cerimónias religiosas (pagãs, islâmicas ou cristãs) desde o neolítico. As peregrinações realizadas ao túmulo de São Vicente levaram à edificação de uma ermida, inicialmente, e, posteriormente, de um convento.
Várias circunstâncias têm sido invocadas para justificar o surgimento do corpo de São Vicente junto aos rochedos que formam o cabo que veio a deter o seu nome. Aquando das invasões árabes na Península, alguns cristãos, receando pelas relíquias de São Vicente - sepultadas em Valença (Espanha) - levaram-nas, numa barca, e depositaram-nas junto a este cabo. Porém, há quem refira ter sido encontrado o corpo, à deriva, numa barca guardada por dois corvos.
D. Afonso Henriques mandou trasladar o corpo de São Vicente para a Sé de Lisboa, tornando-o no santo padroeiro do novo reino, hoje padroeiro da cidade de Lisboa.
A importância geográfica e estratégica do local levou à construção de uma fortaleza no cabo onde a tradição alude ter estado sepultado São Vicente, no século XVI.
Atendendo ao exposto e a que Vila do Bispo se situa nas proximidades do cabo de São Vicente, é justa a proposta do conselho executivo da Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos de Vila do Bispo, após obtida a concordância da Câmara Municipal, no sentido de atribuir o nome de São Vicente àquele estabelecimento de ensino.
Assim, preenchidos que estão os requisitos e demais formalidades previstos no Decreto-Lei 387/90, de 10 de Dezembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei 314/97, de 15 de Novembro, determino:
A Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos de Vila do Bispo passa a denominar-se por Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos São Vicente, Vila do Bispo.
19 de Dezembro de 2003. - O Secretário de Estado da Administração Educativa, Abílio Manuel Pinto Rodrigues de Almeida Morgado.