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Portaria 17/79, de 12 de Janeiro

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Sumário

Estabelece princípios e normas relativos à arbitragem no futebol.

Texto do documento

Portaria 17/79

de 12 de Janeiro

1. A questão da arbitragem constituiu sempre um dos mais complexos problemas no âmbito do desporto federado, para cuja solução têm sido encontradas respostas incompletas, parciais, pouco aprofundadas e por isso mesmo transitórias e ineficazes.

2. A Portaria 439-A/78, de 4 de Agosto, faz no seu prólogo um historial completo das várias tentativas feitas nos últimos quarenta anos para a resolução deste problema e refere-se expressamente ao «clima de discórdia entre dirigentes do sector da arbitragem e do sector das federações, ao qual urge pôr cobro».

3. Com a publicação da referida portaria, contrariamente ao que era de esperar, não se conseguiu ultrapassar esse clima de discórdia, e, não obstante todos os esforços por parte das entidades governamentais, os conflitos tornaram-se mais frequentes e chegou-se mesmo a uma situação de ruptura de diálogo entre os dirigentes oriundos do sector da arbitragem e os designados pela hierarquia federada na modalidade de futebol.

4. O problema da arbitragem, de acordo com pareceres técnicos elaborados para o efeito na Direcção-Geral dos Desportos e o parecer do Conselho Superior de Educação Física e Desportos, deverá ser resolvido, tomando em consideração que toda a modalidade desportiva deve ser encarada como um todo e que a independência técnica da arbitragem deve ser salvaguardada.

5. A Federation International Football Association entende expressamente que as federações devem promover a existência de conselhos de arbitragem. Esta estrutura vigora na maioria dos países da Europa.

6. Nos termos do Decreto-Lei 553/77, de 31 de Dezembro, ratificado pela Lei 63/78, de 29 de Setembro, que reestrutura a Direcção-Geral dos Desportos, compete a esta Direcção-Geral «fomentar e coordenar todas as áreas da actividade gimnodesportiva».

7. O Governo, de acordo com o seu Programa, pretende também assegurar a autonomia e a responsabilidade das federações desportivas.

8. Assim:

Considerando que se mantém uma situação de conflito nos conselhos nacional e regionais, de composição provisória, entre os elementos designados, respectivamente, pelas direcções da Federação Portuguesa de Futebol e associações distritais e os elementos oriundos da ex-Comissão Central e ex-comissões regionais de árbitros;

Considerando que a integração prevista na Portaria 439-A/78, de 4 de Agosto, não conseguiu resolver esta grave situação;

Considerando que a Federation International Football Association entende expressamente que as federações nela filiadas devem promover a criação e regular o funcionamento dos conselhos de arbitragem;

Considerando que, numa perspectiva técnica, toda a modalidade desportiva deve ser encarada como um todo;

Considerando que se deve assegurar a autonomia e a responsabilidade das federações desportivas;

Considerando que interessa salvaguardar a independência técnica da arbitragem:

Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro da Educação e Investigação Científica:

1.º Os órgãos representativos dos árbitros de futebol constituem órgãos sociais da Federação Portuguesa de Futebol e das associações distritais e passam a designar-se por conselhos de arbitragem.

2.º A Federação Portuguesa de Futebol e as associações distritais introduzirão nos respectivos estatutos as alterações impostas pelo disposto no presente diploma, submetendo-as a aprovação superior no prazo de trinta dias após a sua publicação.

3.º A Federação Portuguesa de Futebol apresentará a aprovação superior, no prazo de trinta dias, o projecto do regulamento geral da arbitragem.

4.º Até à homologação do novo regulamento, a Federação Portuguesa de Futebol e as associações distritais asseguram, de imediato, a gestão dos respectivos sectores da arbitragem.

5.º Este regulamento deverá consagrar obrigatoriamente os princípios da independência técnica da arbitragem e o da elegibilidade dos elementos representativos dos árbitros.

6.º Os princípios e normas contidos neste diploma serão aplicados a outras modalidades desportivas até ao fim da respectiva época em curso, tendo em atenção as particularidades de cada uma delas.

7.º As dúvidas suscitadas pela interpretação e aplicação deste diploma serão resolvidas por despacho ministerial.

8.º Revoga-se a Portaria 439-A/78, de 4 de Agosto.

9.º A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

Ministério da Educação e Investigação Científica, 4 de Janeiro de 1979. - O Ministro da Educação e Investigação Científica, Luís Francisco Valente de Oliveira.

Anexos

  • Texto integral do documento: https://dre.tretas.org/pdfs/1979/01/12/plain-208386.pdf ;
  • Extracto do Diário da República original: https://dre.tretas.org/dre/208386.dre.pdf .

Ligações deste documento

Este documento liga aos seguintes documentos (apenas ligações para documentos da Serie I do DR):

  • Tem documento Em vigor 1977-12-31 - Decreto-Lei 553/77 - Ministério da Educação e Investigação Científica

    Reestrutura a Direcção-Geral dos Desportos.

  • Tem documento Em vigor 1978-08-04 - Portaria 439-A/78 - Ministério da Educação e Cultura

    Determina que os órgãos dos corpos sociais da Federação Portuguesa de Futebol e das associações regionais, a Comissão Central de Árbitros de Futebol e as comissões regionais passem a designar-se, respectivamente, por Conselho Nacional de Arbitragem e conselhos regionais de arbitragem.

  • Tem documento Em vigor 1978-09-29 - Lei 63/78 - Assembleia da República

    Altera o Decreto-Lei n.º 553/77, de 31 de Dezembro, que reestrutura a Direcção-Geral dos Desportos. Procede à sua republicação, já com as alterações introduzidas.

Aviso

NOTA IMPORTANTE - a consulta deste documento não substitui a leitura do Diário da República correspondente. Não nos responsabilizamos por quaisquer incorrecções produzidas na transcrição do original para este formato.

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