Clínica Internacional de Campo de Ourique
Pub

Outros Sites

Visite os nossos laboratórios, onde desenvolvemos pequenas aplicações que podem ser úteis:


Simulador de Parlamento


Desvalorização da Moeda

Decreto-lei 160/88, de 13 de Maio

Partilhar:

Sumário

Estabelece normas de aplicação no direito interno do Regulamento (CEE) 3842/86 (EUR-Lex) do Conselho, de 1 de Dezembro, relativo a mercadorias de contrafacção. Atribui à Direcção Geral das Alfândegas, em articulação com o Instituto Nacional da Propriedade Industrial, competências de recepção e deliberação, a pedido do titular de uma marca de fabrico ou de comércio, da suspensão de desalfandegamento de mercadorias em contrafacção. Altera a Reforma Aduaneira, aprovada pelo Decreto Lei 46311, de 27 de Abril de 1965. Produz efeitos desde 1 de Janeiro de 1988.

Texto do documento

Decreto-Lei 160/88
de 13 de Maio
Considerando a entrada em vigor, em 1 de Janeiro de 1988, do Regulamento (CEE) n.º 3842/86 do Conselho, de 1 de Dezembro, que estabelece medidas destinadas a proibir a colocação em livre prática de mercadorias em contrafacção;

Considerando que o referido Regulamento remete para o direito interno de cada Estado membro o estabelecimento de determinadas disposições relativas à sua aplicação;

Tendo em conta que interessa, nomeadamente, proceder à designação da autoridade competente para a recepção do pedido apresentado pelo titular de uma marca de fabrico ou de comércio e fixar as taxas destinadas a cobrir os encargos administrativos ocasionados pelo tratamento do referido pedido;

Considerando que importa igualmente prever a constituição de uma garantia destinada a cobrir a eventual responsabilidade do requerente face ao importador e a suportar os encargos resultantes da armazenagem das mercadorias durante o período da suspensão do desalfandegamento das mesmas ou decorrentes da instauração de acção judicial na qual o titular da marca não seja parte;

Considerando ainda a necessidade de acautelar a responsabilidade dos serviços aduaneiros, no caso de a estância aduaneira não detectar as mercadorias em contrafacção:

Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

Artigo 1.º - 1 - Para a aplicação do artigo 3.º do Regulamento (CEE) n.º 3842/86 do Conselho, de 1 de Dezembro, compete à Direcção-Geral das Alfândegas receber e deliberar sobre o pedido apresentado pelo titular de uma marca de fabrico ou de comércio, no sentido de as autoridades aduaneiras suspenderem o desalfandegamento de mercadorias em contrafacção declaradas para a colocação em livre prática, quando o referido titular tiver razões fundadas para suspeitar de que está prevista a importação de tais mercadorias.

2 - O Instituto Nacional da Propriedade Industrial prestará todo o apoio técnico relativo à propriedade industrial, sempre que o mesmo seja solicitado pela Direcção-Geral das Alfândegas.

Art. 2.º A Direcção-Geral das Alfândegas pode exigir ao titular da marca, aquando da admissão do seu pedido, a constituição de uma garantia destinada a cobrir a responsabilidade deste último face ao importador, no caso de a suspensão do desalfandegamento não ter prosseguido devido a acto ou a omissão do titular da marca ou no caso de ser posteriormente estabelecido pela autoridade judicial que as mercadorias em causa não são mercadorias em contrafacção.

Art. 3.º A Direcção-Geral das Alfândegas pode igualmente exigir que o requerente suporte os encargos resultantes da suspensão do desalfandegamento das mercadorias ou decorrentes da instauração de uma acção judicial na qual o titular da marca não seja parte e que constitua uma garantia tendo em vista assegurar o pagamento desses encargos.

Art. 4.º A aceitação de um pedido apresentado nos termos do artigo 1.º não confere ao titular da marca direito a indemnização se as mercadorias em contrafacção escaparem ao controle de um estância aduaneira.

Art. 5.º Qualquer estância aduaneira que proceda à suspensão da autorização da saída de mercadorias que correspondam à descrição contida no pedido do titular da marca pode proceder à extracção de amostras em conformidade com as disposições do Decreto-Lei 507/85, de 31 de Dezembro.

Art. 6.º É aditado ao artigo 6.º da tabela II anexa à Reforma Aduaneira, aprovada pelo Decreto-Lei 46311, de 27 de Abril de 1965, na redacção dada pelo Decreto-Lei 242/84, de 16 de Julho, um n.º VIII), com a seguinte redacção:

Artigo 6.º
Outros serviços a requerimento de partes:
...
VIII) Pedidos de intervenção das autoridades aduaneiras, apresentados pelo titular de uma marca de fabrico ou de comércio, no sentido de uma estância aduaneira suspender o desalfandegamento de mercadorias em contrafacção:

Por cada pedido:
Válido por um mês ... 5000$00
Cada mês ou fracção, além do primeiro ... 3000$00
Art. 7.º O presente diploma produz efeitos desde 1 de Janeiro de 1988.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 31 de Março de 1988. - Aníbal António Cavaco Silva - Miguel José Ribeiro Cadilhe - Luís Fernando Mira Amaral - Joaquim Martins Ferreira do Amaral.

Promulgado em 29 de Abril de 1988.
Publique-se.
O Presidente da República, MÁRIO SOARES.
Referendado em 4 de Maio de 1988.
O Primeiro-Ministro, Aníbal António Cavaco Silva.

Anexos

  • Extracto do Diário da República original: https://dre.tretas.org/dre/19926.dre.pdf .

Ligações deste documento

Este documento liga aos seguintes documentos (apenas ligações para documentos da Serie I do DR):

  • Tem documento Em vigor 1965-04-27 - Decreto-Lei 46311 - Ministério das Finanças - Gabinete do Ministro

    Promulga a Reforma Aduaneira, procedendo à substituição da aprovada pelo Decreto-Lei 31665 de 22 de Novembro de 1941.

  • Tem documento Em vigor 1984-07-16 - Decreto-Lei 242/84 - Presidência do Conselho de Ministros e Ministérios das Finanças e do Plano e do Equipamento Social

    Cria as delegações aduaneiras de Alverca e do Freixieiro, introduz algumas alterações à Reforma Aduaneira, aprovando, designadamente, novas tabelas, e aprova os regulamentos internos dos respectivos terminais.

  • Tem documento Em vigor 1985-12-31 - Decreto-Lei 507/85 - Ministério das Finanças

    Adopta de imediato, no ordenamento jurídico-aduaneiro interno, as normas necessárias à aplicação do regime comunitário de introdução em livre prática das mercadorias.

Ligações para este documento

Este documento é referido no seguinte documento (apenas ligações a partir de documentos da Série I do DR):

  • Tem documento Em vigor 1999-01-28 - Decreto-Lei 20/99 - Ministério das Finanças

    Regulamenta algumas disposições do Regulamento (CE) n.º 3295/94 (EUR-Lex) de Conselho, de 22 de Dezembro e considera crime a comercialização de mercadorias contrafeitas, piratas, falsificadas ou depreciadas.

Aviso

NOTA IMPORTANTE - a consulta deste documento não substitui a leitura do Diário da República correspondente. Não nos responsabilizamos por quaisquer incorrecções produzidas na transcrição do original para este formato.

O URL desta página é:

Clínica Internacional de Campo de Ourique
Pub

Outros Sites

Visite os nossos laboratórios, onde desenvolvemos pequenas aplicações que podem ser úteis:


Simulador de Parlamento


Desvalorização da Moeda