A exercer funções no Diário de Notícias, coadjuvou programas televisivos para crianças e escreveu recensões críticas de livros infanto-juvenis em diversas publicações.
A sua obra versa sobretudo temas ligados à pré-adolescência e adolescência, aliando o sentido pedagógico ao gosto pela descoberta. Num contexto social em que se observa uma preocupação em dar a conhecer e a preservar o património cultural, a sua narrativa alicerça-se num cariz poético mas com uma linguagem atenta e crítica que lhe proporciona autenticidade e actualidade. Tais características parecem justificar a enorme aceitação que detém por parte do público infantil e juvenil mas também de pais e professores.
Desde 1979, tem vindo a publicar regularmente livros que se projectam, igualmente, a nível internacional, com traduções em alemão, búlgaro, castelhano, francês, húngaro e russo, entre outras.
Uma das grandes individualidades da literatura juvenil nacional foi galardoada com a sua primeira publicação Rosa, Minha Irmã Rosa, com o Prémio de Literatura Infantil (1979); Este Rei que Eu Escolhi mereceu-lhe o Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças (1983) e, em 1994, granjeou o Grande Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças pelo conjunto da sua obra.
Pelo exposto é justa a proposta da Câmara Municipal de Lisboa que obteve a concordância da Escola Básica do 1.º Ciclo de Lisboa n.º 25, Santa Maria dos Olivais, Lisboa, no sentido da atribuição do nome Alice Vieira àquela Escola.
Assim, preenchidos que estão os requisitos e demais formalidades previstos no Decreto-Lei 387/90, de 10 de Dezembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei 314/97, de 15 de Novembro, determino que a Escola Básica do 1.º Ciclo de Lisboa n.º 25, Santa Maria dos Olivais, Lisboa, passe a denominar-se Escola Básica do 1.º Ciclo Alice Vieira, Lisboa.
8 de Maio de 2006. - O Secretário de Estado da Educação, Valter
Victorino Lemos.