Aviso 6375/2001 (2.ª série). - Concurso para o recrutamento de um chefe da Divisão de Audiovisual e Informática da Direcção de Serviços de Acção Cultural Externa do Instituto Camões. - 1 - Nos termos do n.º 1 do artigo 10.º da Lei 49/99, de 22 de Junho, faz-se público que, por despacho de 6 de Setembro de 2000 do Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, se encontra aberto, pelo prazo de 10 dias úteis a contar da data da publicação do presente aviso, concurso para o cargo de chefe da Divisão de Audiovisual e Informática da Direcção de Serviços de Acção Cultural Externa do Instituto Camões, constante do quadro anexo ao Decreto-Lei 170/97, de 9 de Julho.
2 - Legislação aplicável - ao presente concurso aplicam-se, para além da Lei 49/99, de 22 de Junho, o Decreto-Lei 204/98, de 11 de Julho, e o Código do Procedimento Administrativo.
3 - Validade do concurso - o concurso tem a validade de um ano contado da data da publicitação da lista de classificação final.
4 - Cargo e área de actuação - o presente concurso visa o recrutamento para o cargo de chefe da Divisão de Audiovisual e Informática da Direcção de Serviços de Acção Cultural Externa, competindo à referida Divisão, nos termos das alíneas n) e o) do n.º 2 do artigo 14.º do Decreto-Lei 170/97, de 5 de Julho, criar e manter uma rede informatizada de dados sobre a língua e a cultura portuguesas e ainda programar serviços e fornecer meios audiovisuais e informáticos para difusão da língua e da cultura portuguesas no estrangeiro.
5 - Requisitos legais de admissão - o recrutamento é feito por concurso de entre funcionários que, até ao termo do prazo de entrega das candidaturas, reúnam, cumulativamente, os requisitos constantes das alíneas a), b) e c) do n.º 1 do artigo 4.º da Lei 49/99, de 22 de Junho, na parte respeitante a chefe de divisão e satisfaçam as condições do artigo 29.º do Decreto-Lei 204/98, de 11 de Julho.
6 - Nos termos do n.º 3 do citado artigo 4.º, tendo em conta que as funções do lugar a prover se inserem num contexto específico, considerar-se-ão factores de preferência possuir:
Coordenação de actividades junto dos organismos oficiais no âmbito do audiovisual;
Experiência na difusão cultural no estrangeiro, nomeadamente no âmbito das delegações e missões permanentes, embaixadas e postos consulares do Ministério dos Negócios Estrangeiros e serviços tutelados pelo Instituto Camões;
Experiência na concepção e produção de material audiovisual;
Experiência na avaliação e acompanhamento de projectos cinematográficos: filmes, séries e documentários, passíveis de apoio logístico e financeiro;
Coordenação e experiência na concepção, implementação e gestão de projectos no sector público;
Experiência de planificação e organização em acções de divulgação para promoção da língua e cultura portuguesas, nomeadamente no âmbito do marketing e publicidade institucional;
Conhecimentos e experiência de recursos humanos, gestão financeira e orçamental no âmbito da Administração Pública.
7 - Composição do júri:
Presidente - Mestra Ana Paula Martins Laborinho, presidente do Instituto Português do Oriente.
Vogais efectivos:
1.º Dr. Nuno Manuel Guerreiro Sena, chefe do Departamento de Exposições Permanentes da Cinemateca Portuguesa.
2.º Dr. José Matos Cruz, historiador de cinema.
Vogais suplentes:
1.º Dr.ª Maria de Lurdes Lemos Teixeira, directora de Serviços Centrais do Instituto Camões.
2.º Prof. Doutor Rui João Baptista Soares, director do Instituto da Comunicação Multimédia da Universidade Aberta.
7.1 - O presidente do júri será substituído, nas suas faltas e impedimentos, pelo 1.º vogal efectivo.
8 - Métodos de selecção:
a) Avaliação curricular;
b) Entrevista profissional de selecção;
c) Prova de conhecimentos.
8.1 - Na avaliação curricular serão obrigatoriamente apreciadas as habilitações académicas, a experiência profissional geral, a experiência profissional específica e a formação profissional.
8.2 - Na entrevista profissional de selecção o júri apreciará os seguintes factores:
a) Sentido crítico;
b) Motivação;
c) Expressão e fluência verbais;
d) Qualidade da experiência profissional.
8.3 - A prova de conhecimentos, sob a forma escrita, com duração máxima de noventa minutos, obedecerá ao programa de provas aprovado por despacho do Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, publicado em anexo a este aviso.
8.4 - Os resultados obtidos na aplicação dos métodos de selecção são classificados na escala de 0 a 20 valores.
8.5 - No sistema de classificação final é ainda aplicado o disposto no artigo 13.º da Lei 49/99, de 22 de Junho.
8.6 - Os critérios de apreciação e ponderação da avaliação curricular, da entrevista profissional de selecção e da prova de conhecimentos, bem como o sistema de classificação final, incluindo a respectiva fórmula classificativa, constam de acta das reuniões do júri do concurso, sendo a mesma facultada aos candidatos sempre que solicitada.
9 - Formalização de candidaturas:
9.1 - As candidaturas deverão ser formalizadas mediante requerimento dirigido ao presidente do Instituto Camões e entregue pessoalmente durante as horas normais de expediente na Direcção de Serviços Centrais, Rua de Rodrigues Sampaio, 113, 1150-279 Lisboa, ou remetido pelo correio para o citado endereço, em carta registada com aviso de recepção, expedido até ao termo do prazo fixado para apresentação de candidaturas.
9.2 - Do requerimento deverão constar os seguintes elementos:
a) Identificação completa do candidato (nome, filiação, naturalidade, nacionalidade, estado civil, data de nascimento, número, data de emissão e serviço emissor do bilhete de identidade, residência, código postal e telefone, se o tiver);
b) Identificação do concurso e cargo dirigente a que se candidata;
c) Indicação da respectiva categoria, serviço a que pertence, natureza do vínculo e antiguidade na carreira, na categoria e na função pública;
d) Habilitações académicas;
e) Formação profissional, com indicação da data de realização e da duração, em horas, de cursos, estágios, seminários e outros;
f) Declaração de que possui os requisitos legais de admissão a concurso;
g) Quaisquer outros elementos que o candidato entenda dever apresentar por considerar relevantes para apreciação do seu mérito.
9.3 - Os requerimentos deverão ser acompanhados de curriculum vitae, datado e assinado, do qual devem constar, nomeadamente, as habilitações académicas e a experiência profissional geral e específica, bem como a respectiva formação profissional, devidamente comprovada, através da junção de fotocópias dos respectivos certificados.
9.4 - Nos termos do n.º 2 do artigo 11.º da Lei 49/99, de 22 de Junho, são excluídos do concurso os candidatos que não façam constar do requerimento a declaração de que possuem os requisitos legais de admissão ao concurso.
9.5 - Assiste ao júri a faculdade de exigir a cada candidato, em caso de dúvida sobre a situação que descreve, a apresentação de documentos comprovativos das suas declarações.
9.6 - As falsas declarações são punidas nos termos da lei.
10 - Remuneração, local e condições de trabalho:
10.1 - A remuneração do cargo é a resultante da aplicação da percentagem fixada no Decreto-Lei 353-A/89, de 16 de Outubro, e na demais legislação complementar.
10.2 - Local de trabalho - o local de trabalho situa-se em Lisboa, Instituto Camões, na Rua de Rodrigues Sampaio, 113.
2 de Abril de 2001. - O Presidente, Jorge Couto.
ANEXO
Nos termos da Lei 49/99, de 22 de Junho, faz-se público o programa de provas de conhecimentos específicos a utilizar neste concurso, elaborado pelo respectivo júri e aprovado por despacho do Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação de 28 de Fevereiro de 2001:
1) Atribuições e competências do Instituto Camões;
2) Políticas e estratégias para a promoção do cinema de língua portuguesa no estrangeiro;
3) Prioridades para a difusão das culturas lusófonas através de filmes e produções audiovisuais;
4) Critérios para a criação/manutenção de uma rede informatizada de dados sobre cultura portuguesa no estrangeiro.
A prova de conhecimentos específicos revestirá a forma escrita e terá a duração de uma hora e trinta minutos.
De harmonia com o disposto no n.º 4 do artigo 20.º do Decreto-Lei 204/98, de 11 de Julho, indica-se a seguinte bibliografia:
Lei orgânica do Instituto Camões (Decreto-Lei 170/97, de 5 de Julho, com as alterações que lhe foram introduzidas pelo Decreto-Lei 352/98, de 12 de Novembro);
Plano de actividades do Instituto Camões 2001;
Página do Instituto Camões, edição digital (www.instituto-camoes.pt).