Sob proposta da Universidade do Porto, e ao abrigo do disposto no n.º 2 do artigo 8.º dos Estatutos da Fundação Universidade do Porto, aprovados em anexo ao Decreto-Lei 96/2009, de 27 de abril, e no uso das competências que me foram delegadas através do Despacho 10368/2013, do Ministro da Educação e Ciência, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 152, de 08 de agosto de 2013:
Nomeio para o Conselho de Curadores da Fundação Universidade do Porto as seguintes personalidades, cujas sínteses curriculares se publicam em anexo ao presente despacho.
Dr.ª Eugénia Aguiar Branco;
Doutor Manuel Ferreira de Oliveira;
Dr. Miguel Cadilhe
1 de junho de 2015. - O Secretário de Estado do Ensino Superior, José Alberto Nunes Ferreira Gomes.
ANEXO
Eugénia Aguiar Branco Figueiredo
Licenciada em Ciências Históricas pela Universidade Livre do Porto e pós-graduada em Gestão Cultural pela Escola de Gestão do Porto, University of Porto Bussiness School.
Iniciou a sua atividade profissional como docente no departamento de História na ULP e, posteriormente, na Universidade Portucalense.
É diretora-geral da Fundação Eng. António de Almeida tendo-a representado em conselhos gerais, consultivos e de representantes de várias organizações, salientando-se o Centro Português de Fundações, a Comissão Nacional da Unesco, a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto o Círculo Dr. José de Figueiredo e, ainda, no European Foundation Center.
É Académica Correspondente da Academia Portuguesa da História.
Manuel Ferreira de Oliveira
Licenciado pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) em 1971, ano em que iniciou a sua atividade de docente e investigador na área de Energia na mesma Faculdade. Depois de ter concluído os programas de mestrado e doutoramento em Energia na Universidade de Manchester (UMIST) em 1976, concluiu provas públicas de Agregação em 1978 na FEUP, onde foi nomeado Professor Catedrático em 1979.
Em 1980 inicia a sua atividade na Indústria Petrolífera internacional, tendo assumido responsabilidades operacionais, de coordenação e de gestão ao serviço da empresa petrolífera verticalmente integrada Lagoven SA, a principal filial operacional de Petróleos da Venezuela, SA. Em 1987 é transferido para Londres onde assume a responsabilidade de Diretor-Geral do Projeto Orinoco em 1989 é nomeado como CEO da BP Bitor, SA - uma parceria entre a BP e a Lagoven, SA para o desenvolvimento da Faixa Petrolífera do Orinoco.
Em 1995 regressa a Portugal para assumir a Presidência Executiva da Petróleos de Portugal - Petrogal, SA, função que ocupa até 2000, ano em que assume a Presidência Executiva da Unicer, SA até 2006. Em 2006 regressa à indústria petrolífera para assumir a Presidência Executiva da Galp Energia até 2015.
Durante a sua carreira académica e profissional foi condecorado com a Ordem Francisco Miranda em 1995 e com a Grã-Cruz da Ordem de Mérito em 2005 concedidas, respetivamente, pelos Srs. Presidentes da República de Venezuela e de Portugal. Em 2011 e em 2013, foram-lhe concedidos os graus de Doutor Honoris Causa, respetivamente, pelas Universidades de Lisboa e de Aveiro.
Tem integrado os órgãos sociais de múltiplas instituições, fazendo referência especial à sua participação no Senado da UP (2002-2005) e no primeiro Conselho Geral da UP (2010-2013), do qual foi Vice-Presidente.
Miguel Cadilhe
Miguel Cadilhe nasceu em Barcelos, fez a escola e o liceu na Póvoa do Varzim, vive no Porto.
Licenciou-se na Faculdade de Economia da Universidade do Porto com a melhor classificação de 1968, aqui lecionou Macroeconomia, Estatística, Econometria, Matemática Financeira, Investigação Operacional, etc., publicou lições, e integrou a Comissão de Reestruturação de 1977.
Investigou política macroeconómica na LSE, London School of Economics, em 1881-82.
Foi professor catedrático convidado da Universidade Católica, no Porto, onde lecionou economia politica e políticas públicas, em 2006 a 2011.
Cumpriu serviço militar de outubro 1969 a março 1973.
Integrou e dirigiu o gabinete de estudos económicos e financeiros de um dos maiores bancos portugueses (BPA), no Porto, entre 1973 e 1985, abrangendo as áreas de economia portuguesa, macroeconomia e análise da conjuntura (Boletim Conjuntura), análise de empresas e central de balanços (Indicadores Setoriais da Central de Balanços).
Foi diretor, administrador e presidente de bancos (BPA, BFE, BBI, BCP, BII, BPN) e de empresas (API, Espaço Atlântico que fundou o IESF, Praemium, BPA Vida, etc., ...). Foi membro de conselhos fiscais. Foi presidente da Fundação Portugal África (criada pelo BFE, durante a sua administração) e da Fundação Rei Afonso Henriques (responsável pela candidatura do Alto Douro Vinhateiro a Património da Humanidade). Ajudou a criar várias ligas e associações e fez parte dos seus órgãos sociais (APDMC, FDLJR, LADPM, LAHSJ, CLABL, ...).
Atualmente colabora pro bono com entidades ligadas à cultura, à benemerência ou à economia, como membro de conselhos consultivos e conselhos fiscais. Integra igualmente conselhos editoriais de revistas de análise económica e política.
Foi e é consultor de empresas e associações, nomeadamente em avaliações de projetos e partes sociais.
Foi secretário de Estado do Planeamento em 1980 e ministro das Finanças entre fins de 1985 e inícios de 1990.
Debruça-se sobre temas da realidade nacional, matérias de docência e outros assuntos, em livros, artigos e relatórios, de entre os quais:
Teoria dos conjuntos (coautoria, 1964);
Investigação operacional (coautoria, 1968, prémio UP);
Lições de Matemática Financeira (livro, coautoria, 1969, reedições até 1988);
Financiamento obrigacionista da empresa portuguesa (1970);
Arranque da inflação portuguesa (1972);
Acordo comercial Portugal Mercado Comum (livro, coautoria, 1973);
Plano de aulas de Estatística (1974);
Estratégia do sector do calçado (coautoria, APICCAPS, 1978?);
Regeneração da economia portuguesa (AEP, 1984);
Matemática financeira aplicada (livro, 1984, reedições até 1998);
Portuguese external deficit and strategy of the humps (1984);
Estratégia macroeconómica para Portugal (1985);
Ao sabor da estratégia (livro, 1987);
Factos e enredos, quatro anos no Ministério das Finanças (livro, 1990);
Luzes e sombras da UEM (1990);
Tempos e modos de Portugal na UEM (1991);
Matematismos na economia e na gestão (1991);
Política de dividendos e dupla tributação (1991);
Eficiência empresarial dos têxteis portugueses (1992);
Controlo parlamentar das finanças públicas (1996);
Recessão e défices públicos (1997);
Ministério das Finanças e Tribunal de Contas (2000);
Fronteiras das funções do Estado (2005);
Enquadramento político da Reforma Fiscal de 1988/89 (2005);
Poemas da minha vida (livro, antologia, 2005);
Portugal e o novo Pacto de Estabilidade e Crescimento (2006);
Finanças da descentralização política (2006);
Reforma conceitual e administrativa do Estado (2007);
Razões da descentralização política (2011);
Políticas contra o desmazelo florestal (2012);
Sobrepeso do Estado em Portugal (livro, 2005, 2013);
Prémio de hostilidade coativa - artigo 490.º do CSC (2015, no prelo);
Em jornais:
Escudo precoce (1992);
Série de 25 artigos no Expresso (2007);
Razões da descentralização política (2010);
PEC 2010/2013 em doze breves notas (2010);
Resgatar a honra e o futuro (2011);
Imposto patrimonial solidário «one shot» (2012);
Reforma do centralismo (2013);
Contra-guião da reforma do Estado (2013);
Série de 23 artigos no JN (2014);
Etc.
Recebeu diversos prémios escolares e profissionais. Foram-lhe atribuídas as grãs-cruzes das ordens do Mérito de Portugal e do Cruzeiro do Sul do Brasil, e a Medalha de Mérito, grau ouro, da cidade do Porto.
208696464