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Regulamento 945/2023, de 24 de Agosto

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Sumário

Aprova o Regulamento de Concursos para Contratação de Professores da Escola Superior de Enfermagem do Porto

Texto do documento

Regulamento 945/2023

Sumário: Aprova o Regulamento de Concursos para Contratação de Professores da Escola Superior de Enfermagem do Porto.

Ao abrigo do artigo 29.º-A do Estatuto da Carreira do Pessoal Docente do Ensino Superior Politécnico (ECPDESP), aprovado pelo Decreto-Lei 185/81, de 1 de julho, alterado e republicado pelo Decreto-Lei 207/2009, de 31 de agosto, com as alterações subsequentes, compete à Escola Superior de Enfermagem do Porto (ESEP) regulamentar internamente os concursos documentais para recrutamento de professores.

Após mais de dez anos de vigência do Regulamento de concursos para contratação de professores da ESEP, tornou-se premente revê-lo em função de vários fatores:

A experiência na tramitação dos procedimentos concursais submetidos à sua regulamentação;

A evolução do normativo legal associado à carreira docente e às instituições de ensino superior (IES);

A evolução dos níveis de qualificação do pessoal docente que desempenha funções no ensino superior politécnico e dos candidatos à área disciplinar de Enfermagem;

Os atuais níveis de exigência, quanto às qualificações académicas, quanto ao nível de especialização e quanto a critérios científicos e de investigação, impostos aos quadros docentes das IES no âmbito dos processos de avaliação institucional e de acreditação dos cursos;

As necessidades de especialização decorrentes não só da atual oferta formativa como da renovação do quadro docente da ESEP.

Neste sentido, após vários anos de discussão e maturação de alguns conceitos associados aos concursos documentais para a carreira docente do ensino superior e ao seu sistema de avaliação e seleção, foram introduzidas pontuais alterações ao Regulamento de concursos para a contratação de professores da ESEP, aprovado em 16 de maio de 2011, e foi feita a sua revisão em conformidade com o acordo ortográfico vigente.

Considerando o exposto, auscultado o Conselho técnico-científico, e após submissão a consulta pública, nos termos do artigo 101.º do Código do Procedimento Administrativo e da alínea a) do n.º 2 e do n.º 3 do artigo 110.º do RJIES, aprovado pela Lei 62/2007, de 10 de setembro.

Ao abrigo das competências conferidas pela alínea o) do n.º 1 do artigo 92.º do RJIES e pela alínea ad) do n.º 2 do artigo 31.º dos Estatutos da Escola Superior de Enfermagem do Porto;

Aprovo o Regulamento de concursos para contratação de professores da ESEP, que revoga e substitui o Regulamento de concursos para contratação de professores da ESEP, aprovado em 16 de maio de 2011.

28 de julho de 2023. - O Presidente, António Luís Rodrigues Faria de Carvalho.

ANEXO

Regulamento de Concursos para Contratação de Professores

CAPÍTULO I

Disposições gerais

Artigo 1.º

Objeto e âmbito

1 - O presente regulamento tem por objeto regular o procedimento interno a observar nos concursos documentais para recrutamento e seleção de professores coordenadores principais, professores coordenadores e professores adjuntos, nos termos do artigo 29.º-A do Estatuto da Carreira do Pessoal Docente do Ensino Superior Politécnico (ECPDESP), aprovado pelo Decreto-Lei 185/81, de 1 de julho, na redação dada pelo Decreto-Lei 207/2009, de 31 de agosto, alterado pela Lei 7/2010, de 13 de maio.

2 - O presente regulamento aplicar-se-á, ainda, subsidiariamente, aos concursos previstos no Decreto-Lei 112/2021, de 14 de dezembro, em tudo o que não o contrariar.

Artigo 2.º

Conceitos

Para os efeitos do presente regulamento, considera-se:

a) "Área disciplinar", o espaço do conhecimento lecionado numa ou mais unidades curriculares dos cursos ministrados na ESEP;

b) "Domínio específico", disciplina ou especialidade afim ou científica e academicamente integrante de uma área disciplinar;

c) "Concurso", o conjunto de operações visando o recrutamento e a seleção de professores necessários à prossecução dos objetivos da ESEP;

d) "Recrutamento", o procedimento que visa atrair para a ESEP candidatos qualificados, para o desempenho das atividades docentes previstas no ECPDESP;

e) "Seleção", o procedimento que, mediante a utilização do método de avaliação curricular, permite apreciar o mérito e seriar os candidatos de acordo com as competências para o exercício das funções docentes inerentes à categoria a ocupar;

f) "Seriação", ordenação dos candidatos com base na aplicação do sistema de valoração final por ordem decrescente da classificação obtida;

g) "Mérito absoluto", avaliação com base em requisitos curriculares, de natureza qualitativa e/ou quantitativa, de desempenho científico, capacidade pedagógica ou de desempenho noutras atividades relevantes para a missão da instituição de ensino superior a cumprir pelos candidatos, a aprovar pelo Conselho técnico-científico e a constar no Edital de abertura do concurso;

h) "Avaliação curricular", método de seleção que recorre à apreciação do percurso académico, técnico-científico e profissional do candidato, registado no respetivo currículo;

i) "Sistema de valoração final", conjunto coerente articulado e predefinido de parâmetros, critérios e ponderações associado a uma escala inteira de 0 a 20 valores, utilizado na análise de cada um dos currículos, para efeito de seleção e seriação dos candidatos;

j) "Parâmetros", unidades de conteúdo usadas na apreciação curricular; podem ter níveis e subníveis;

k) "Ponderações", peso relativo de cada um dos parâmetros pertencentes ao mesmo nível;

l) "Critérios", condições utilizadas para mensurar os diferentes parâmetros.

Artigo 3.º

Finalidade dos concursos

Os concursos abrangidos pelo presente regulamento visam:

a) Averiguar o mérito dos candidatos, tendo em vista as funções a desempenhar, considerando para o efeito o desempenho técnico-científico e profissional, a capacidade pedagógica e outras atividades relevantes que hajam sido desenvolvidas pelo candidato;

b) Preencher os lugares vagos nas categorias da carreira docente do mapa de pessoal da ESEP, aprovado conjuntamente com o plano de atividades e orçamento, no respeito dos números e percentagens de composição do corpo docente previstos nos artigos 30.º do ECPDESP e 49.º do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES).

Artigo 4.º

Garantias de igualdade e imparcialidade

O procedimento concursal a que se refere o presente regulamento decorre no respeito pelos princípios da igualdade e da imparcialidade conformes à Constituição da República Portuguesa e ao Código do Procedimento Administrativo.

Artigo 5.º

Bases de recrutamento

1 - Podem candidatar-se a professor coordenador principal, os titulares do grau de doutor há mais de cinco anos e que, simultaneamente, sejam detentores do título de agregado, ou de título legalmente equivalente, na área ou áreas disciplinares para que é aberto o concurso.

2 - Podem candidatar-se a professor coordenador, os detentores do grau de doutor ou do título de especialista, obtido há mais de cinco anos, na área ou áreas disciplinares para que é aberto o concurso.

3 - Podem candidatar-se a professor adjunto, os detentores do grau de doutor ou do título de especialista, na área ou áreas disciplinares para que é aberto o concurso.

4 - Os candidatos detentores de habilitações estrangeiras devem comprovar o reconhecimento, equivalência ou registo do grau de doutor, nos termos da legislação e dos regulamentos internos aplicáveis.

Artigo 6.º

Requisitos de admissão a concurso

Podem ser admitidos a concurso os candidatos que, de acordo com a categoria para a qual concorrem, reúnam as condições previstas no artigo anterior, bem como, os requisitos gerais e especiais fixados no edital de abertura;

a) As condições e os requisitos referidos têm de estar reunidos até à data-limite de apresentação da candidatura;

b) A verificação das condições e dos requisitos referidos é efetuada, não só, na admissão ao concurso, como, no momento da constituição da relação jurídica de emprego público.

Artigo 7.º

Método, parâmetros, critérios e sistema de valoração final

1 - A seleção dos candidatos aos concursos regulados pelo presente regulamento é realizada pelo método de avaliação curricular e concretiza-se através da verificação do cumprimento dos requisitos de mérito absoluto e de um sistema de valoração constituído com base em parâmetros, critérios e ponderações.

2 - Na avaliação curricular serão necessariamente considerados os seguintes parâmetros:

a) A qualificação do candidato, avaliada com base na apreciação do percurso académico e de formação, designadamente:

i) A obtenção do título de especialista;

ii) Os graus académicos obtidos e as provas académicas realizadas;

iii) A formação pós-graduada realizada;

b) O desempenho técnico-científico e profissional do candidato, avaliado com base na apreciação dos trabalhos e atividades com relevância para a área ou áreas disciplinares em concurso, designadamente, de entre os que hajam sido selecionados pelo candidato como mais representativos:

i) As publicações científicas;

ii) A realização de ações de divulgação de ciência e tecnologia;

iii) A participação em projetos de I&D;

c) A capacidade pedagógica do candidato, avaliada com base na apreciação da qualidade e da extensão da sua prática pedagógica anterior, designadamente:

i) As unidades curriculares lecionadas e as modalidades de aulas ministradas, nos diversos ciclos de estudo;

ii) A experiência na produção de material didático e de implementação de técnicas e métodos práticos inovadores de apoio ao ensino;

d) Outras atividades relevantes para a missão da ESEP, avaliadas com base na apreciação das atividades singulares desenvolvidas pelo candidato, designadamente:

i) A prestação de serviços e consultadorias;

ii) O exercício de cargos e funções em instituições de ensino superior.

3 - Para além dos parâmetros referidos no número anterior, o conselho técnico-científico (CTC), sob solicitação do Presidente, aprova requisitos de mérito absoluto e, a diferentes níveis de operacionalização, pode estabelecer outros parâmetros, determinar ponderações e definir critérios de avaliação a incluir no sistema de valoração final.

4 - O CTC pode, ainda, em função do mapa de pessoal existente e das necessidades do serviço letivo docente e de investigação, propor ao Presidente que a seleção dos candidatos, quer ao nível da verificação do mérito absoluto, quer ao nível do sistema de avaliação curricular, seja feita num determinado domínio específico da área disciplinar submetida a concurso.

5 - Ao júri compete, no respeito do nível de operacionalização aprovado pelo CTC e do, eventual, domínio específico aprovado, estabelecer o sistema de valoração final das candidaturas com base em parâmetros, ponderações e critérios próprios.

Artigo 8.º

Notificações

Nos procedimentos concursais abrangidos pelo presente regulamento, com as exceções a que se faça menção expressa, as notificações aos candidatos são efetuadas por correio eletrónico com recibo de entrega.

Artigo 9.º

Prazo para proferimento das decisões finais

Nos concursos abrangidos pelo presente regulamento, o prazo de proferimento das decisões finais do júri (aprovação da lista de ordenação final a submeter a homologação do presidente) não pode ser superior a 90 dias seguidos, contados a partir da data-limite para a apresentação das candidaturas.

CAPÍTULO II

Júri

Artigo 10.º

Nomeação

1 - O júri é nomeado pelo presidente da ESEP, no despacho de abertura do concurso, sob proposta do CTC;

a) Quando a ESEP não ministre cursos de mestrado na área ou áreas disciplinares para que o concurso é aberto, o júri é nomeado sob proposta do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos.

2 - Sem prejuízo da prévia anuência das individualidades que integram o júri, referida no n.º 2 do artigo 14.º, a colaboração deverá ser formalmente solicitada, pelo presidente da ESEP, ao presidente do órgão máximo das respetivas instituições de origem.

Artigo 11.º

Composição

1 - O júri dos concursos a que se refere o presente regulamento é constituído, em regra, por cinco elementos;

a) Em casos excecionais, por parecer fundamentado do CTC, o júri poderá integrar até nove elementos;

b) Poderão, ainda, integrar o júri, por indicação do CTC, dois membros suplentes, em princípio, um professor da ESEP e uma individualidade externa, cabendo-lhes substituir, respetivamente, o vogal efetivo da ESEP e os vogais efetivos externos.

2 - Preside ao júri, o presidente da ESEP ou um professor da escola por ele designado.

3 - Os vogais do júri devem ser todos da mesma área ou áreas disciplinares para que é aberto concurso e, maioritariamente, externos à ESEP, podendo ser indicados:

a) Professores de instituições de ensino superior politécnicas nacionais públicas que:

i) Pertençam a categoria superior a professor adjunto, quando se trate de concurso para professor adjunto;

ii) Pertençam a categoria igual ou superior a professor coordenador, quando se trate de concurso para professor coordenador;

iii) Pertençam à mesma categoria, quando se trate de concurso para professor coordenador principal;

b) Professores de instituições de ensino superior universitárias ou investigadores, nacionais ou estrangeiros, que:

i) Pertençam a categoria superior à de professor associado e à de investigador auxiliar, quando se trate de concurso para professor adjunto;

ii) Pertençam a categoria igual ou superior à categoria de professor associado e de investigador principal, quando se trate de concurso para professor coordenador;

iii) Pertençam à categoria de professor catedrático ou investigador coordenador, quando se trate de concurso para professor coordenador principal;

c) Especialistas de reconhecido mérito, nacionais ou estrangeiros, de instituições públicas ou privadas, tendo em consideração a sua qualificação académica e a sua especial competência no domínio do concurso em causa;

d) Professores aposentados, reformados ou jubilados, a título excecional, quando a sua especial competência no domínio do concurso em causa seja tida como um contributo determinante;

i) Para efeitos do previsto na parte final do n.º 3, os professores aposentados, reformados ou jubilados da ESEP, não são considerados membros externos.

Artigo 12.º

Competências

1 - Compete ao júri assegurar a tramitação de todo o procedimento concursal, designadamente:

a) Determinar e operacionalizar o sistema de valoração final nos termos do n.º 5 do artigo 7.º;

b) Estabelecer, com respeito pelo estabelecido na alínea a) do n.º 3 do artigo 22.º, os critérios para efeitos de desempate dos candidatos;

c) Definir a calendarização do procedimento concursal, no respeito dos prazos estabelecidos no ECPDESP, no presente regulamento e na demais legislação aplicável;

d) Fixar a data, ou o período, para eventual realização de audições públicas e decidir, posteriormente, da sua realização;

e) Admitir e excluir candidatos do concurso, fundamentando por escrito as respetivas deliberações.

2 - Compete em especial ao presidente do júri:

a) Notificar, por escrito, os candidatos das deliberações;

b) Garantir aos candidatos o acesso às atas e aos documentos, bem como, a emissão de certidões ou reproduções autenticadas, no prazo de cinco dias úteis contados da data da entrada de requerimento escrito.

Artigo 13.º

Funcionamento

1 - O júri, depois de nomeado, funciona em reuniões convocadas pelo seu presidente, designadamente, para:

a) Deliberar sobre os aspetos a incluir no edital de abertura, nomeadamente, quanto à operacionalização do sistema de valoração final;

b) Deliberar sobre aceitação ou exclusão das candidaturas;

c) Proceder à apreciação preliminar dos currículos tendo em vista apurar da existência de elementos que careçam de clarificação e justifiquem a realização de audições públicas;

i) Os guiões das audições são elaborados com base nos elementos a apurar;

d) Deliberar sobre a aprovação por mérito absoluto;

e) Aplicar o sistema de valoração final e elaborar a lista ordenada de seriação destes candidatos.

2 - O júri só pode deliberar quando estiverem presentes pelo menos dois terços dos seus vogais e quando a maioria dos vogais presentes for externa.

3 - As deliberações são tomadas por votação nominal fundamentada nos parâmetros, ponderações e critérios adotados e divulgados, não sendo permitidas abstenções.

4 - O presidente do júri tem voto de qualidade e só vota:

a) Quando seja professor ou investigador da área ou áreas disciplinares para que o concurso foi aberto; ou

b) Em caso de empate.

5 - O presidente do júri, nas suas ausências ou impedimentos, é substituído por um vogal por ele designado.

6 - O júri poderá ser secretariado por trabalhador dos serviços da escola a designar, para esse efeito, pelo presidente da ESEP.

7 - Das reuniões do júri são lavradas atas contendo, designadamente, um resumo do que nelas tiver ocorrido e, necessariamente, as deliberações tomadas, os votos emitidos por cada um dos seus membros e a respetiva fundamentação;

a) Qualquer membro pode solicitar ao presidente do júri a junção de declaração, esclarecendo matéria de facto ou de direito que considere relevante para a sua posição.

8 - Com exceção da reunião prevista na alínea d) do n.º 1, todas as demais reuniões de natureza preparatória da decisão final podem ser realizadas com recurso à teleconferência;

a) Neste caso, a ata da reunião é elaborada em termos similares ao referido no n.º 7, fazendo menção expressa aos membros que participaram por videoconferência.

9 - Com a exceção da reunião prevista na alínea e) do n.º 1, a realização das demais reuniões pode, por iniciativa do presidente do júri, ser dispensada sempre que, ouvidos por escrito, num prazo por este fixado, nenhum dos vogais solicite tal realização, e todos se pronunciem no mesmo sentido;

a) Neste caso, as pronúncias dos membros do júri devem ser compiladas e anexas ao processo do concurso.

10 - A ata contendo os projetos de lista de não aprovados com mérito absoluto e de lista de ordenação final, a submeter a audiência prévia dos interessados, deve conter a aplicação do sistema de valoração final e as classificações finais dos candidatos, nos termos legais, regulamentares e concursais, bem como, a respetiva fundamentação.

CAPÍTULO III

Abertura dos concursos

Artigo 14.º

Abertura dos concursos

1 - A abertura de concursos para o preenchimento de vagas existentes no mapa de pessoal nas categorias de professor coordenador principal, professor coordenador e professor adjunto é efetuada por despacho do presidente da ESEP, sob proposta do CTC;

a) Deste despacho são notificados os membros do júri.

2 - Da proposta do CTC a que se refere o número anterior deve constar:

a) A categoria, o número de vagas, a área ou as áreas disciplinares e, quando aplicável, o domínio específico, para que é aberto concurso;

b) (Revogada.)

c) Os parâmetros não contemplados no artigo 7.º, bem como, as ponderações e os critérios de concretização dos parâmetros, que o CTC entenda determinar;

d) A indicação dos membros do júri, obtida a sua prévia anuência.

Artigo 15.º

Publicitação

A abertura dos concursos a que se refere o n.º 1 do artigo anterior é divulgada através de edital publicado, com a antecedência mínima de 30 dias úteis em relação à data-limite de apresentação das candidaturas:

a) Na 2.ª série do Diário da República;

b) Na bolsa de emprego público;

c) No sítio da Internet da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I. P., nas línguas portuguesa e inglesa;

d) No site da ESEP, nas línguas portuguesa e inglesa.

Artigo 16.º

Edital

O edital a que se refere o artigo anterior contém toda a informação relevante constante do despacho que autoriza a abertura, bem como, as deliberações entretanto tomadas pelo júri, designadamente:

a) Identificação do despacho de abertura do concurso;

b) Categoria do ECPDESP, número de vagas, área ou áreas disciplinares e, quando aplicável, o domínio específico para que é aberto concurso;

c) Base de recrutamento prevista no ECPCESP, nos termos referidos no artigo 5.º;

d) Requisitos gerais de admissão a concurso público previstos no artigo 17.º da Lei geral do trabalho em funções públicas, aprovada pela Lei 35/2014, de 20 de junho, com as alterações subsequentes, salvo o disposto no artigo 12.º-E do ECPDESP;

e) (Revogada.)

f) Caraterização do conteúdo funcional da categoria, em conformidade com o estabelecido no ECPDESP e indicação da posição remuneratória correspondente;

g) Modalidade de relação jurídica de emprego público a constituir;

h) Identificação dos locais de trabalho onde as funções podem ser exercidas;

i) Modo de formalização da candidatura (modelo de requerimento; documentos exigidos para a sua instrução, com indicação daqueles que podem ser substituídos por declaração sob compromisso de honra e das situações em que a sua apresentação pode ser dispensada; forma(s) de apresentação da candidatura);

j) Prazo, local e endereço postal, ou eletrónico, para apresentação da candidatura;

k) Data ou período para a eventual realização de audições públicas a que se refere o artigo 21.º;

l) Indicação dos requisitos de mérito absoluto;

m) Indicação do sistema de valoração das candidaturas a utilizar pelo júri;

n) Forma de notificação e de divulgação da lista dos candidatos admitidos e excluídos e da lista de ordenação final;

o) Composição e identificação do júri;

p) Outras informações que o júri entenda serem relevantes.

CAPÍTULO IV

Candidatura

Artigo 17.º

Forma de apresentação da candidatura

1 - A apresentação da candidatura é efetuada através de requerimento, em língua portuguesa, dirigido ao presidente do júri em que conste a identificação completa do candidato com indicação da morada, dos contactos por telefone e do endereço de correio eletrónico, a identificação do concurso a que se candidata e a identificação dos documentos que o acompanham.

2 - A candidatura deverá ser apresentada em suporte digital ou, quando expressamente previsto no edital, em suporte físico (papel):

a) A candidatura eletrónica deverá ser apresentada em plataforma online indicada para o efeito no edital, ou, quando o edital admita a apresentação em suporte de papel, deverá ser entregue presencialmente no Serviço de Gestão de Recursos - Recursos Humanos (SGR-RH), ou enviada por correio registado, com aviso de receção, para o endereço postal da ESEP;

b) (Revogada.)

c) O prazo limite para a entrega das candidaturas será, conforme a modalidade de apresentação:

i) Até à hora de encerramento ao público do SGR-RH do último dia do prazo, na apresentação presencial;

ii) Até às 24 horas do último dia do prazo, na apresentação por via eletrónica;

iii) Até ao último dia do prazo, comprovado pela data de registo do correio, na apresentação por via postal.

3 - Pela apresentação da candidatura será emitido documento comprovativo nos seguintes termos:

a) Recibo eletrónico de receção, na apresentação por via eletrónica, exceto se a plataforma permitir o registo e permanente consulta da informação de submissão;

b) Recibo de entrega emitido pelo SGR-RH, na apresentação presencial;

c) Assinatura do aviso de receção, na apresentação por via postal.

Artigo 18.º

Instrução da candidatura

1 - Com salvaguarda de outros documentos, divulgados no edital de abertura, que possam ser exigidos pelo júri, o requerimento referido no n.º 1 do artigo anterior deve ser acompanhado de:

a) (Revogada.)

b) Declaração do candidato sob compromisso de honra, na qual assegure não estar inibido do exercício de funções públicas ou interdito para o exercício das funções que se propõe desempenhar, possuir a robustez física e o perfil psíquico exigidos para o exercício das funções e ter cumprido as leis da vacinação obrigatória;

c) Cópia autenticada do diploma do grau de doutor e/ou do certificado do título de especialista, bem como, se for o caso, do certificado do título de agregado ou equivalente legal;

d) Um exemplar do curriculum vitae com os respetivos documentos comprovativos.

2 - (Revogado.)

3 - O curriculum vitae deve ser redigido em língua portuguesa, podendo, no caso de candidatos oriundos de países estrangeiros, ser redigido em língua inglesa;

a) Os comprovativos anexos ao currículo devem ser apresentados na língua original em que foram emitidos, sendo obrigatória a sua tradução para português, ou inglês, quando estas não sejam as línguas de origem.

4 - Sempre que entenda necessário, o júri pode solicitar aos candidatos, por correio eletrónico, a apresentação dos originais de comprovativos anexos ao currículo, bem como, a entrega de documentação complementar relacionada com o mesmo.

5 - A não apresentação dos documentos exigidos nos termos do edital, ou a sua apresentação fora do prazo estipulado, determina a exclusão do concurso.

6 - A apresentação de documento falso determina a imediata exclusão do concurso e a participação à entidade competente para efeitos de procedimento penal.

Artigo 19.º

Admissão das candidaturas

1 - Terminado o prazo para a apresentação das candidaturas, o júri procede à verificação dos elementos apresentados pelos candidatos, designadamente, se estão reunidos os requisitos de qualificação exigidos e se foram apresentados todos os documentos que devem instruir a candidatura.

2 - Os candidatos que não reúnam as condições de admissão serão liminarmente excluídos, sendo previamente notificados dessa intenção, por correio eletrónico, para efeitos da realização da audiência de interessados, nos termos do Código do Procedimento Administrativo;

a) O prazo para os interessados se pronunciarem é contado a partir do dia útil seguinte ao do envio da mensagem de correio eletrónico.

3 - Realizada a audiência dos interessados, o júri aprecia as questões suscitadas e decide, fundamentadamente, quais os candidatos a excluir;

a) Os candidatos excluídos são notificados nos termos do artigo 8.º do presente regulamento.

CAPÍTULO V

Seleção e seriação

Artigo 20.º

Apreciação preliminar das candidaturas

1 - Em momento prévio ao processo de seleção, o júri procede a uma apreciação preliminar dos currículos dos candidatos admitidos.

2 - Decorrida a apreciação preliminar, caso entenda necessário esclarecer aspetos dos currículos dos candidatos, o júri pode confirmar a realização de audições públicas, em igualdade de circunstâncias para todos os candidatos.

Artigo 21.º

Audições públicas

1 - As audições públicas não são objeto de ponderação nem substituem a análise curricular e deverão ser realizadas nos seguintes termos:

a) O júri informa todos os candidatos admitidos, por correio eletrónico, com a antecedência não inferior a cinco dias úteis, da data, horário e local da realização das audições públicas, bem como, do respetivo guião;

b) A audição é aberta ao público e aos demais candidatos;

c) A ordem de audição dos candidatos é agendada pela ordem inversa da entrada das respetivas candidaturas nos serviços da ESEP;

d) Cada audição não deve exceder 60 minutos.

2 - A falta à audição determina a desconsideração para efeitos de avaliação dos elementos que o júri pretenda esclarecer.

Artigo 22.º

Aprovação por mérito absoluto e mérito relativo

1 - Concluída a fase de apreciação preliminar dos currículos dos candidatos, incluindo a eventual audição pública, o júri, com base nos requisitos de mérito absoluto e no sistema de valoração final, elabora e aprova um relatório fundamentado quanto à verificação e cumprimento dos requisitos de mérito absoluto e quanto à avaliação do currículo de cada um dos candidatos, atribuindo-lhe uma classificação expressa na escala de 0 a 20 valores;

a) A escala referida poderá ser fracionada até às centésimas.

2 - (Revogado.)

3 - Os candidatos aprovados por mérito absoluto são seriados por ordem decrescente da classificação obtida em resultado da aplicação do sistema de valoração final;

a) Para efeitos de desempate, serão utilizadas as classificações centesimais e, caso persista a igualdade, outros critérios de desempate previamente estabelecidos pelo júri.

Artigo 23.º

Lista de ordenação final dos candidatos

1 - Na parte final do processo, o júri aprova os projetos de lista de não aprovados com mérito absoluto e de lista ordenada com a seriação dos candidatos aprovados por mérito absoluto.

2 - Os projetos de listas a que se refere o número anterior são comunicadas aos candidatos, nos termos e para os efeitos previstos nos números 2 e 3 do artigo 19.º

3 - Realizada a audiência dos interessados, o júri aprecia as questões suscitadas, aprova as listas definitivas e envia ao Presidente da ESEP a lista de ordenação final, acompanhada das restantes deliberações do júri, incluindo as relativas à admissão e exclusão de candidatos, para homologação e divulgação.

CAPÍTULO VI

Conclusão do procedimento e contratação

Artigo 24.º

Homologação

1 - No prazo de dez dias úteis após a receção da documentação a que se refere o artigo anterior, o presidente da ESEP procede à homologação da lista de ordenação final dos candidatos;

a) Nos casos em que o presidente da ESEP presida ao júri, a homologação é realizada por um dos vice-presidentes.

2 - Os candidatos são notificados da lista de ordenação final homologada, nos termos do artigo 8.º do presente regulamento.

3 - A lista de ordenação final homologada é publicada na 2.ª série do Diário da República, afixada nos locais de estilo da escola e disponibilizada no site da ESEP.

Artigo 25.º

Contratação

Compete ao Presidente da ESEP a decisão final de contratação, nos termos do ECPDESP e dos Estatutos.

Artigo 26.º

Cessação do procedimento de concurso

1 - O procedimento do concurso cessa com a ocupação dos postos de trabalho constantes do edital ou, quando os postos não possam ser totalmente ocupados, por inexistência ou insuficiência de candidatos à prossecução do procedimento.

2 - Excecionalmente, o procedimento concursal pode, ainda, cessar por ato devidamente fundamentado do presidente da ESEP.

3 - A lista de ordenação final homologada não constitui reserva de recrutamento.

Artigo 27.º

Publicitação das contratações

1 - A contratação de docentes é objeto de publicação:

a) Na 2.ª série do Diário da República;

b) No site da ESEP.

2 - Da publicação no site da ESEP constam, obrigatoriamente, a referência à publicação do edital do concurso, bem como, os fundamentos que conduziram à decisão.

CAPÍTULO VII

Disposições finais e transitórias

Artigo 28.º

Restituição e destruição de documentos

1 - Os documentos em formato físico dos processos de concurso serão restituídos aos candidatos, a requerimento destes, decorrido o prazo de três meses após a cessação do respetivo concurso.

2 - A documentação apresentada pelos candidatos respeitante a procedimentos concursais que tenham sido objeto de impugnação jurisdicional só pode ser restituída após a execução da decisão jurisdicional.

3 - Nos casos em que não se verifique o pedido de restituição da documentação referida nos números anteriores, eventuais publicações entregues no âmbito do procedimento de concurso serão incluídas no espólio documental da ESEP e os restantes documentos destruídos decorridos 30 dias, após o termo dos prazos referidos nos números anteriores.

Artigo 29.º

Regime transitório de contratação de professores

(Revogado.)

Artigo 30.º

Casos omissos

1 - Aos concursos abrangidos pelo presente regulamento aplica-se, subsidiariamente, em tudo o que não contrariar o presente regulamento e o ECPDESP e salvaguardadas as devidas especificidades, o regime legal aplicável aos procedimentos concursais das carreiras gerais da Administração Pública que se encontre em vigor à data.

2 - As omissões ou as dúvidas que subsistam, suscitadas na aplicação do presente Regulamento, são resolvidas por despacho do Presidente da ESEP.

Artigo 31.º

Entrada em vigor

O presente regulamento entra em vigor no dia seguinte ao da sua aprovação, aplicando-se aos processos de concurso iniciados após essa data.

316745271

Anexos

  • Extracto do Diário da República original: https://dre.tretas.org/dre/5459658.dre.pdf .

Ligações deste documento

Este documento liga aos seguintes documentos (apenas ligações para documentos da Serie I do DR):

  • Tem documento Em vigor 1981-07-01 - Decreto-Lei 185/81 - Ministério da Educação e Ciência

    Aprova o Estatuto da Carreira do Pessoal Docente do Ensino Superior Politécnico.

  • Tem documento Em vigor 2007-09-10 - Lei 62/2007 - Assembleia da República

    Estabelece o regime jurídico das instituições de ensino superior, regulando designadamente a sua constituição, atribuições e organização, o funcionamento e competência dos seus órgãos e ainda a tutela e fiscalização pública do Estado sobre as mesmas, no quadro da sua autonomia.

  • Tem documento Em vigor 2009-08-31 - Decreto-Lei 207/2009 - Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

    Procede à alteração do Estatuto da Carreira do Pessoal Docente do Ensino Superior Politécnico, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 185/81, de 1 de Julho, e republica-o em anexo com a redacção actual.

  • Tem documento Em vigor 2010-05-13 - Lei 7/2010 - Assembleia da República

    Altera, por apreciação parlamentar, o Estatuto da Carreira do Pessoal Docente do Ensino Superior Politécnico, aprovado pelo Decreto-Lei 185/81, de 1 de Julho, e o Decreto-Lei n.º 207/2009, de 31 de Agosto, que procede à alteração do referido Estatuto.

  • Tem documento Em vigor 2014-06-20 - Lei 35/2014 - Assembleia da República

    Aprova a Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, LTFP.

  • Tem documento Em vigor 2021-12-14 - Decreto-Lei 112/2021 - Presidência do Conselho de Ministros

    Aprova o regime de concursos internos de promoção a categorias intermédias e de topo das carreiras docentes do ensino superior e da carreira de investigação científica

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