Despacho 14623-A/2022, de 21 de Dezembro
- Corpo emitente: Finanças e Infraestruturas e Habitação - Gabinetes do Ministro das Infraestruturas e da Habitação e da Secretária de Estado do Orçamento
- Fonte: Diário da República n.º 244/2022, 1º Suplemento, Série II de 2022-12-21
- Data: 2022-12-21
- Parte: C
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Sumário
Texto do documento
Sumário: Delega na Infraestruturas de Portugal, S. A., competências para os procedimentos referentes à execução de empreitadas, às aquisições de bens e de serviços, bem como de locações, e todos os que sejam necessários à prossecução da sua missão.
O serviço público de gestão de infraestruturas ferroviárias e rodoviárias constitui uma prioridade do Programa do XXIII Governo Constitucional, atento o desígnio de assegurar uma mobilidade terrestre sustentável determinante para o desenvolvimento social e económico do País, para a progressiva melhoria das condições de mobilidade da população e coesão do território nacional, e para as medidas de descarbonização essenciais ao combate às alterações climáticas.
Em face destes propósitos, e considerando a centralidade estratégica dos modos ferroviário e rodoviário no sistema de transportes nacional, define-se como fundamental a conservação, manutenção, requalificação e desenvolvimento da rede rodoferroviária nacional, modernizando-a e tornando-a mais eficiente, em prol do necessário incremento e melhoria da qualidade da oferta de serviços de acessibilidade e mobilidade sustentável de pessoas e mercadorias, a par de um quadro de planeamento e competente execução de intensos programas de investimentos com maximização do financiamento comunitário.
A Infraestruturas de Portugal, S. A. (IP, S. A.), assume exigentes responsabilidades relacionadas com a gestão corrente das redes rodoviária e ferroviária nacionais, com os investimentos nessas infraestruturas e com a recuperação gradual de sucessivos anos de desinvestimento na manutenção da infraestrutura rodoviária e ferroviária, contribuindo assim para uma mobilidade terrestre sustentável e para a coesão do território nacional.
Assim, ao abrigo dos n.os 5 e 6 do artigo 11.º do Decreto-Lei 127/2012, de 21 de junho, na sua redação atual, conjugados com o n.º 11 do artigo 45.º do Decreto-Lei 53/2022, de 12 de agosto, e dos artigos 44.º e seguintes do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei 4/2015, de 7 de janeiro, na sua redação atual, determina-se o seguinte:
1 - É delegada no órgão de direção da IP, S. A., sociedade anónima de capitais públicos tutelada pelo membro do Governo responsável pela área das infraestruturas, a competência prevista no n.º 1 do artigo 22.º do Decreto-Lei 197/99, de 8 de junho, para os procedimentos referentes à execução de empreitadas, às aquisições de bens e de serviços, bem como de locações, e todos os que sejam necessários à prossecução da sua missão, até ao montante global de 248 772 602,32 (euro) (duzentos e quarenta e oito milhões, setecentos e setenta e dois mil, seiscentos e dois euros e trinta e dois cêntimos), valor ao qual acresce o IVA à taxa legal em vigor.
2 - Os encargos orçamentais decorrentes da execução dos contratos referidos no número anterior, são repartidos pelas atividades e valores anuais, até ao montante global daí resultante, nos termos discriminados no quadro anexo ao presente despacho, e de acordo com os seguintes limites anuais:
Em 2022: 3 946 828,13 (euro);
Em 2023: 75 623 716,37 (euro);
Em 2024: 97 319 057,99 (euro);
Em 2025: 52 932 391,39 (euro);
Em 2026: 9 732 773,26 (euro);
Em 2027: 7 741 875,05 (euro);
Em 2028: 1 475 960,13 (euro).
3 - Os encargos orçamentais podem ser repartidos de forma diferente da prevista no anexo à presente portaria, desde que:
a) O valor global não ultrapasse o autorizado no n.º 1;
b) Os encargos sejam repartidos no âmbito de todas as atividades.
4 - O montante fixado para cada ano económico pode ser acrescido do saldo apurado no ano anterior.
5 - É, ainda, delegada no órgão de direção da IP, S. A., a competência para reprogramação de encargos plurianuais, previamente autorizados nos termos do presente despacho, traduzida no alargamento do período temporal da despesa referente ao contrato a executar, desde que não seja ultrapassado o prazo de execução do contrato abrangido pela autorização anterior e o valor total da despesa autorizada.
6 - O exercício das competências delegadas nos termos do presente despacho, deve observar, com as devidas adaptações, o disposto nos n.os 1 e 2 do artigo 22.º do Decreto-Lei 197/99, de 8 de junho, na sua redação atual, e revestir a forma de despacho sujeito a publicação no Diário da República, estando a entidade obrigada ao cumprimento do disposto no artigo 13.º do Decreto-Lei 127/2012, de 21 de junho, na sua redação atual.
7 - No despacho referido no número anterior deve ser identificada a seguinte informação:
a) Designação do contrato;
b) O projeto ou atividade a que respeita, previsto no quadro discriminativo que consta em anexo ao presente despacho;
c) A percentagem de imputação de encargos, tratando-se de contratos com componentes de investimento e manutenção.
8 - O órgão de direção da IP, S. A., deve remeter um relato trimestral das deliberações tomadas ao abrigo da presente delegação de competências, até 30 dias após o término de cada trimestre, designadamente com o número da deliberação, designação, valor e distribuição anual do encargo plurianual autorizado e informação sobre os procedimentos a adotar, aos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e das infraestruturas e habitação, assim como à Direção-Geral do Orçamento (DGO).
9 - A competência delegada no presente despacho cessa automaticamente a partir do momento em que a entidade registe pagamentos em atraso ou no caso de se verificar o incumprimento dos deveres de prestação de informação e registo atualizado na base de dados central disponibilizada e mantida pela DGO previstos nos n.os 6 e 8.
10 - O presente despacho entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.
19 de dezembro de 2022. - O Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno de Oliveira Santos. - 20 de dezembro de 2022. - A Secretária de Estado do Orçamento, Sofia Alves de Aguiar Batalha.
ANEXO
[a que se refere os n.os 2 e 3 e a alínea b) do n.º 7)]
(ver documento original)
315995147
Anexos
- Extracto do Diário da República original: https://dre.tretas.org/dre/5168137.dre.pdf .
Ligações deste documento
Este documento liga aos seguintes documentos (apenas ligações para documentos da Serie I do DR):
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1999-06-08 -
Decreto-Lei
197/99 -
Ministério das Finanças
Transpõe para a ordem jurídica interna as Directivas nºs 92/50/CEE (EUR-Lex), do Conselho, de 18 de Junho, 93/36/CEE (EUR-Lex), do Conselho, de 14 de Junho, e 97/52/CE (EUR-Lex), do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de Outubro, e estabelece o regime de realização de despesas públicas com locação e aquisição de bens e serviços, bem como da contratação pública relativa à locação e aquisição de bens móveis e serviços.
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2012-06-21 -
Decreto-Lei
127/2012 -
Ministério das Finanças
Contempla as normas legais disciplinadoras dos procedimentos necessários à aplicação da Lei dos Compromissos e dos Pagamentos em Atraso, aprovada pela Lei n.º 8/2012, de 21 de fevereiro, e à operacionalização da prestação de informação nela prevista.
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2022-08-12 -
Decreto-Lei
53/2022 -
Presidência do Conselho de Ministros
Estabelece as normas de execução do Orçamento do Estado para 2022
Aviso
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