Louvo o Superintendente-chefe M/100088, Francisco António Carrilho Bagina, pela extraordinária dedicação, elevado empenho, profissionalismo e competência técnica, reveladas ao longo de mais de 33 anos ao serviço da Polícia de Segurança Pública.
Oficial dotado de excelentes capacidades e competências pessoais, profissionais e técnicas, por todos reconhecidas, revelou, desde o seu ingresso na carreira de oficial de polícia, um interesse particular pela função policial e uma intensa dedicação à causa pública, à qual associou um espírito de bem servir que soube manter ao longo de toda a sua vida profissional na Polícia de Segurança Pública.
As suas singulares qualidades humanas, o empenho, o privilégio que sempre deu ao diálogo como forma de resolução de dificuldades, sempre com uma clarividência única na busca de soluções, estiveram presentes em todas as funções e cargos que desempenhou na instituição policial, na qual percorreu com extraordinário mérito os vários patamares hierárquicos e funcionais até ao nível da direção superior, granjeando sempre o respeito e a consideração de todos aqueles que consigo trabalharam.
No comando de subunidade e unidades operacionais, evidenciou relevantes capacidades de comando e liderança e desenvolveu intenso trabalho de combate à criminalidade, destacando-se a sua ação no comando das esquadras da Régua, de Vila Real e de São João da Madeira, alcançando assinaláveis resultados operacionais.
Na chefia das áreas operacionais e de apoio, bem como de divisões operacionais no Comando de Aveiro, sempre lhe foram reconhecidos elevados dotes de iniciativa, inteligência e meticulosidade, conseguindo sempre o melhor aproveitamento dos meios disponíveis, graças a uma criteriosa e oportuna gestão dos recursos humanos e materiais e a um muito eficiente planeamento das necessidades logísticas e operacionais.
Oficial sempre presente no apoio aos seus homens, de caráter íntegro e muito correto, disciplinado e disciplinador, demonstrou sempre um elevado sentido de responsabilidade e de critério de justiça na avaliação de situações difíceis, aplicando os seus vastos conhecimentos técnicos e profissionais em prol de soluções eficientes e de resultados eficazes.
O dinamismo da sua ação de chefia e a motivação que sempre conseguiu incutir àqueles que consigo trabalharam, foram a sua marca na direção dos departamentos de armas e explosivos e de investigação criminal, bem como no exercício das funções de comandante do comando distrital de Aveiro e do comando metropolitano do Porto, onde se destacaram a intensidade que imprimiu à sua vivência policial e ao cumprimento da missão da PSP, no que revelou distintas qualidades de caráter, competência, conhecimentos profissionais aplicados e saudável relacionamento humano.
A lealdade, entrega aos valores do serviço público, abnegação, frontalidade e dedicação à instituição policial que serviu, constituíram-se, no desempenho altamente meritório e distinto das funções de Inspetor Nacional da PSP, como auxiliar muito relevante do diretor nacional, evidenciando, mais uma vez, a generosidade de caráter, a sólida formação humana e a elevada dimensão profissional do oficial de polícia que dedicou a sua vida à segurança pública e a Portugal.
Pelo que antecede e pelas elevadas qualidades pessoais e profissionais relevadas ao longo da sua carreira na PSP, pela elevada competência técnico-policial sempre evidenciada, plena dedicação à causa pública e singular sentido do cumprimento da missão sempre revelado, é o Superintendente-chefe Francisco António Carrilho Bagina, merecedor deste público louvor e que os serviços por si prestados à Polícia de Segurança Pública e a Portugal sejam considerados extraordinariamente importantes, relevantes e distintos.
Assim, ao abrigo dos artigos 7.º e 9.º do Decreto-Lei 177/82 de 12 de maio, manda o Governo, pelo Ministro da Administração Interna, condecorar com a medalha de serviços distintos, grau ouro, a título póstumo, o Superintendente-chefe Francisco António Carrilho Bagina, da Polícia de Segurança Pública.
2 de janeiro de 2018. - O Ministro da Administração Interna, Eduardo Arménio do Nascimento Cabrita.
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