de 27 de Setembro
Os veículos usados de transporte de mercadorias destinados a revenda, contrariamente aos veículos novos, encontram-se sujeitos aos impostos de circulação e camionagem, nos termos do regulamento aprovado pelo Decreto-Lei 116/94, de 3 de Maio.No entendimento de que não se justifica manter um regime discriminatório entre veículos novos e usados, quando comprovadamente circulem para efeitos de demonstração a clientes, determina-se que estes veículos não sejam igualmente sujeitos aos impostos sobre circulação e camionagem.
Assim:
No uso da autorização legislativa concedida pelo n.º 3 do artigo 36. da Lei 10-B/96, de 23 de Março, e nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:
Artigo único
O n.º 5 do artigo 1.º do Regulamento dos Impostos de Circulação e Camionagem, aprovado pelo Decreto-Lei 116/94, de 3 de Maio, passa a ter a seguinte redacção:«5 - Não se considera uso e fruição de veículos:
a) A respectiva detenção em estado novo, para venda, nos termos a estabelecer em portaria do Ministro das Finanças;
b) A respectiva detenção em estado de uso, para revenda, pelo período de um ano a contar dadata da aquisição, desde que verificados cumulativamente os seguintes condicionalismos:
I) Fazerem parte do activo permutável de uma empresa cujo objecto seja o comércio a retalho desse tipo de veículos;
II) Encontrarem-se registados a favor dessa empresa;
III) Não circularem para além de um raio de 20km do local de venda;
IV) Circularem obrigatoriamente com o vendedor e o cliente, ou seus
representantes;
V) Serem portadores de declaração de modelo oficial, devidamente preenchida e autenticada pela repartição de finanças da sede da empresa.» Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 22 de Agosto de 1996. - António Manuel de Oliveira Guterres - António Luciano Pacheco de Sousa Franco - João Cardona Gomes Cravinho.
Promulgado em 11 de Setembro de 1996.
Publique-se.O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.
Referendado em 18 de Setembro de 1996.
O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres.