Criada em 1999, a Medalha de Honra da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural visa reconhecer publicamente e distinguir as pessoas ou organizações que, de forma particularmente dedicada e empenhada, através da sua ação continuada, contribuem ou contribuíram para o desenvolvimento e valorização da agricultura, da floresta e do mundo rural.
Octávio Matos Serrenho Ferreira licenciou-se em silvicultura em 1976, pelo Instituto Superior de Agronomia e estagiou no Fundo de Fomento Florestal, afeto ao Ministério da Agricultura. Em 1977 coapresentou o Relatório Final de Estágio intitulado «Determinação de Tempos-Padrões de Trabalho - Um contributo para o Estudo da Organização do Trabalho de Arborização no Fundo de Fomento Florestal».
Lecionou no Liceu Nacional de Queluz entre janeiro e julho de 1978, data a partir da qual iniciou a sua atividade profissional nos Serviços Florestais da Circunscrição Florestal da Marinha Grande, integrada no serviço regional da Direção-Geral dos Recursos Florestais, do Ministério da Agricultura, até 1983.
Em 1983 solicitou a transferência para a Circunscrição Florestal de Vila Real, tendo sido nomeado Administrador Florestal de Vila Pouca de Aguiar, função que viria a acumular nos anos de 1986 e 1987 com a de Administrador Florestal de Ribeira de Pena.
Em 1987 regressou à Circunscrição Florestal da Marinha Grande e em 1989 foi nomeado Chefe de Divisão de Fomento, Produção e Conservação Florestal com responsabilidades no setor florestal nos distritos de Santarém, Lisboa e Leiria.
Em 1992 assumiu a responsabilidade pela Circunscrição Florestal da Marinha Grande e em 1993, com a criação do Instituto Florestal, foi nomeado Chefe da Zona Florestal do Pinhal Litoral com sede na Marinha Grande. Em 1994 foi promovido a Técnico Superior Principal e em 1995 ascendeu à categoria de Assessor.
Em 1997, aquando da integração dos Serviços Florestais nas Direções Regionais de Agricultura, foi designado Chefe de Divisão de Valorização do Património Florestal, da Direção Regional de Agricultura da Beira Litoral, assumindo a responsabilidade pela gestão das Matas Nacionais e dos Perímetros Florestais na área de intervenção da Direção Regional. Em 2000 foi promovido à categoria de Assessor Principal.
Entre 1992 e 2002, Octávio Ferreira assumiu a gestão da mais antiga e importante mata portuguesa de pinheiro bravo, a Mata Nacional de Leiria, conhecida como Pinhal do Rei. Depois de terminar aquela comissão de serviço, passou a coordenar e a apoiar a gestão das Matas Nacionais e dos Perímetros Florestais do Litoral Centro.
Em 2003 elaborou os Planos de Cortes Culturais das Matas Nacionais de Quiaios, Fôja, Costa de Lavos e Leirosa e do Perímetro Florestal do Paião. Em 2004 passou a prestar apoio à gestão das Matas Nacionais do Urso e Pedrógão, tendo, em 2010, elaborado o respetivo Plano de Gestão Florestal para o período 2010-2026. Foi entretanto nomeado, em 2005, responsável pelo Centro de Prevenção e Deteção de incêndios florestais no distrito de Leiria, função que exerceu durante esse ano.
Elaborou outros Planos de Gestão Florestal, entre os quais o da Mata Nacional do Ravasco e o do Perímetro Florestal do Nicho. Ao longo da sua atividade profissional, fez parte de dezenas de Comissões e de Grupos de Trabalho no País, bem como em França, Itália e Canadá. Aposentou-se em 01 de junho de 2018, deixando atrás de si uma carreira dedicada à floresta, marcada pelo zelo e pela dedicação com que exerceu todas as funções que lhe foram atribuídas.
Assim, ao abrigo do n.º 1 do artigo 4.º da Portaria 294-A/2016, de 25 de novembro, que estabelece o regime de atribuição da Medalha de Honra, concedo a Medalha de Honra da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural a Octávio Matos Serrenho Ferreira, em reconhecimento público pelo seu valioso e excecional contributo em prol do desenvolvimento e valorização da floresta, em particular da floresta pública.
28 de novembro de 2018. - O Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Manuel Capoulas Santos.
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