Louvo, por proposta do presidente da Liga dos Combatentes, João António Marques Roque por, ao longo dos 50 anos que se encontra radicado em França, na região de Richebourg, ter dedicado as suas capacidades pessoais e de empresário à sustentação das infraestruturas do Cemitério Português de Richebourg-l'Avoué e ao altamente competente e dedicado apoio, técnico, logístico e protocolar, das cerimónias que por ocasião do 9 de Abril, recordando a Batalha de La Lys, decorrem em Richebourg e La Couture.
Avocando a tarefa de recuperar o Cemitério Português de Richebourg que herdou de seu tio, um militar que durante anos se preocupou em manter ou recuperar aquela infraestrutura, soube sempre dedicar a essa tarefa «herdada» o zelo e a preocupação de preservar a Memória dos Combatentes do Corpo Expedicionário Português (CEP) naquele espaço inumados, concretizando esse seu desiderato com recurso a meios próprios e cumprindo com determinação um imperativo ditado pela sua consciência de cidadão português.
Dotado de forte personalidade e relevantes qualidades pessoais, João Marques Roque cometeu a si próprio a missão de conservar o Cemitério Português de Richebourg, até ao momento em que tal tarefa passou a ser nacionalmente assumida. Dando continuidade à sua esforçada tarefa, integrou a Associação União Portuguesa de Lens e Arredores e mais tarde a Union Franco Portugaise de Richebourg, com o objetivo de apoiar as cerimónias que se realizam anualmente em Richebourg e La Couture.
João Marques Roque assumiu a liderança da comunidade portuguesa e estabeleceu variados contactos com as autoridades francesas para colaborar na concretização das cerimónias anuais em Richebourg, disponibilizando recursos financeiros e outros apoios que permitiram concretizar os almoços anuais de comemoração do 9 de Abril e de confraternização entre os convidados.
Assumindo de forma voluntária as tarefas a que se propôs, e aceitando sem qualquer recompensa, que não fosse a recompensa moral pelo apoio prestado, tem participado na prossecução dos objetivos da Liga dos Combatentes (LC), da qual é associado e dirigente em Richebourg, contribuindo com a sua disponibilidade altruísta para congregar os esforços dos apoios inerentes à realização da cerimónia que anualmente ajuda a coordenar.
Pelas relevantes qualidades pessoais é pois com inteira oportunidade e justiça que se considerem relevantes os serviços que João Marques Roque tem vindo a prestar ao País e à Liga dos Combatentes, sendo digno de reconhecimento por contribuir significativamente para a eficiência, prestígio e cumprimento dos objetivos atribuídos à Liga dos Combatentes e à missão do Ministério da Defesa Nacional.
Assim, nos termos da competência que me é conferida pelo n.º 3 do artigo 34.º, atento o disposto no artigo 25.º, na alínea a) do n.º 1 do artigo 26.º, no n.º 1 e no n.º 2 do artigo 27.º, todos do Regulamento da Medalha Militar e das Medalhas Comemorativas das Forças Armadas, aprovado pelo Decreto-Lei 316/2002, de 27 de dezembro, concedo a Medalha da Defesa Nacional, de 4.ª classe, a João António Marques Roque.
21 de março de 2018. - O Ministro da Defesa Nacional, José Alberto de Azeredo Ferreira Lopes.
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