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Portaria 26-G2/80, de 9 de Janeiro

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Sumário

Aprova os programas das disciplinas curriculares das escolas normais de educadores de infância Nota: Há desconformidade entre o número do diploma que consta no sumário e o que consta no texto respectivo.

Texto do documento

Portaria 26-G2/80

de 9 de Janeiro

Tendo em consideração o disposto no artigo 13.º do Estatuto das Escolas Normais de Educadores de Infância anexo ao Decreto-Lei 519-R2/79, de 29 de Dezembro:

Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Secretário de Estado dos Ensinos Básico e Secundário, o seguinte:

São aprovados os programas das disciplinas curriculares das escolas normais de educadores de infância, os quais se encontram anexos à presente portaria.

Ministério da Educação, 13 de Dezembro de 1979. - O Secretário de Estado dos Ensinos Básico e Secundário, Aldónio Simões Gomes.

Psicologia

Programa

Objectivos gerais

O que se propõe como adequado, tendo sempre em vista a expressividade, será:

a) Mais do que dar umas pequenas informações para educadoras ditas infantis:

A psicologia do desenvolvimento é científica;

b) Mais do que preparar simplesmente uma aplicação:

É íntima a relação entre pedagogia e psicologia ...;

c) Mais do que limitar os conhecimentos a uma ou outra teoria, parcelar e parcial, se não reducionista:

Cada teoria pode entrar numa síntese enriquecedora;

d) Alargar os horizontes da observação e da actuação;

Despertar para novas observações e diferentes actuações;

Criar condições, internas e externas, de descoberta ...

Objectivos específicos a) Objectivo primário e fundamental: a criança.

A atingir:

Por meio de conhecimento e métodos de análise:

Da criança, que se manifesta no seu dia-a-dia, aquém ou além do espaço e do tempo;

É um real dado que se impõe à ou na observação.

Da criança, que é explicitação contínua e continuada;

É um real possível, o que cada um é chamado a ser.

Por meio de uma interacção:

Tendencialmente lúcida e em constante renovação, da criança e da educadora.

b) Objectivo importante, razão de ser de uma escola: a educadora.

A atingir:

Criando uma aprendizagem capaz de:

Despertar e fundamentar atitudes pessoais e personalizantes, no sentido de levar à explicitação adequada uma expressividade inesgotável, que é cada personalidade;

Realizar uma conjugação harmoniosa e constante entre:

Uma abertura à riqueza e diversidade do real dado.

A criança é diferença permanente:

Uma fidelidade a si própria.

Em enriquecimento pessoal e profissional.

I PARTE

Situar e fundamentar a cientificidade da psicologia do desenvolvimento

A) A psicologia:

1) Sendo a psicologia uma ciência:

A sua característica: positividade ou factualidade;

A sua metodologia: experimentalidade ou experimentação;

2) Sendo a psicologia uma ciência humana:

O seu objecto específico: as expressões (humanas);

O seu paradigma: a expressividade;

3) Sendo a educação-aprendizagem especificamente humana, a psicologia serve:

A pedagogia e ou a educação, a técnica pedagógica e as técnicas que visam as expressões;

A psicologia serve-se:

Da sociologia e antropologia e da biologia e ecologia.

B) A psicologia do desenvolvimento:

1) A infância:

A partir do que actualmente se pode observar, quer no meio ocidental:

Passado;

Presente;

quer noutros meios, levar à descoberta das diversas concepções da criança ou da infância, situando-as:

Espácio-temporalmente;

Sócio-culturalmente:

a) Uma concepção estática:

Tempo inútil: teoria do «homúnculo» ou do «adultóide»;

Algo de heterogéneo do adulto: teoria do «bom sauvage» (Rousseau);

Período patogénico: teoria dos «complexos», a criança vista como adulto doente.

b) Uma concepção dinâmica:

A partir das correntes evolucionistas:

Biológicas e sociológicas;

A partir das correntes analísticas:

Tempo fundamental;

Talvez decisivo;

A partir da «guestalteoria»:

Cada momento é próprio;

Cada momento é síntese.

As investigações actuais permitem evidenciar que a infância é algo de específico:

É momento do devir da expressividade a infância humana:

É a mais longa;

É a mais desprovida;

2) O desenvolvimento: resulta da sinergia de três factores:

a) Factor biótico:

O fenómeno:

Maturação biofísica;

Actualização do património genético;

A actuação:

Condição básica ou radical;

Limite-defesa da integridade biofísica;

A base experimental:

Co-educação de bebés humanos e de bebés macacos: os clássicos:

M.me Kohts;

Casal Kellog.

b) Factor ambiencial:

O fenómeno:

Conteúdos para o desenvolvimento interacção desenvolvente (a imitação é negativa e sem sentido);

A actuação:

Ambiente físico: quase irrelevante ambiente societal: incidência indirecta ambiente sócio-cultural;

Relação: respeito pelos dados concretos;

Interacção: reciprocamente desenvolvente;

Ambiente familiar:

Em si mesmo;

Com o jardim-de-infância;

Comunidade global:

Em si mesma;

Com o jardim-de-infância;

Base experimental:

A situação de «crianças selvagens».

c) Factor estrutural:

O fenómeno:

O desenvolvimento não é somatório vago;

Unidade funcional ou orientada para síntese;

A actuação:

Diversidade de experiências experienciais;

Desenvolvimento:

Quantitativo;

Qualitativo;

Unificação permanente;

Convergência fundamental;

A base experimental:

A situação de gémeos monozigóticos;

3) As fases do desenvolvimento:

a) O desenvolvimento é um facto:

Unidade funcional:

Continuidade;

Descontinuidade;

Unidade estrutural:

Constância na sucessão;

Aspecto integrativo;

Estrutura de conjunto;

Perspectivação de cada fase:

Dominante psíquica;

Aspecto cognitivo (conhecer);

Aspecto afectivo (valorar);

b) Diversidade de concepções do desenvolvimento:

As mais frequentes e com maior aceitação:

Perspectiva psicanalítica:

Ortodoxas;

Heterodoxas;

Perspectiva de Wallon;

Perspectiva de Piaget;

Outras perspectivas: Gesell, Erikson;

c) Operacionalmente: as seguintes, bastante autonomizadas:

Primeira infância;

Segunda infância;

Terceira infância;

Pré-adolescência;

Adolescência;

Juventude:

Jovem-adulto;

Adulto-jovem;

Adultez;

Meia-idade;

Terceira idade;

Anciania;

4) Tentativas de definição e aplicações práticas:

a) Em perspectiva de futuro:

«Ciência positiva das expressões humanas em desenvolvimento»;

Em perspectiva humana, consequentemente:

«Ciência da personalidade na sua formação e nas suas transformações»;

b) Características:

É dinâmica;

É guestáltica;

É funcional;

c) Metodologia: suas modalidades:

Controlada;

Participada;

Atenta ao dado observado;

d) Problemas «éticos» inerentes à investigação em psicologia do desenvolvimento:

Atenção que implicam;

Consequências que acarretam.

Temas de reflexão:

As imagens de infância e a educadora:

Origens;

Incidências;

Consequências práticas;

A infância como valor: perspectivas e incidências;

Desenvolvimento: autoridade-liberdade (iniciativas), como? Intervenção do adulto: força ou persuasão? Binómio hereditariedade-educação:

Origem histórico-cultural;

Sentido, hoje? Perspectiva patológica da infância: os «complexos»:

Como? Porquê? Para quê?

II PARTE

Explicitação das fases do desenvolvimento (em formulação, para acordo com os

professores de Matemática)

A) Primeira infância:

1) Início do desenvolvimento psíquico:

a) Quando:

Aos 7 anos;

Aos 3 anos;

Ao 1 ano;

Ao nascer;

Na vida intra-uterina:

Problemas e hipóteses;

Estado dos pais;

Relação no casal ...;

b) O nascimento:

Concepção traumática: Rank, Fodor, Raskovski;

Concepção libertária: Moreno.

2) Características gerais:

a) Ritmos vários;

b) Exercícios reflexos;

c) Desenvolvimento psicomotor:

Seus princípios;

d) Sensações e sua progressão;

e) Emoções e suas incidências:

Dependência oral;

Desmame;

Mãe e ou objecto(s);

f) Somatognósia:

Sensações e maturação dos centros significando centros significado humano;

g) «Reacções circulares»;

h) Coordenação preensão-visão;

i) Linguagem e seu início.

Temas de reflexão:

A alimentação e seus problemas;

O sono e suas manifestações;

O binómio actividade (exercício)-maturação;

Implicações pedagógicas desta fase.

3) 2.º ano de vida: características gerais:

a) Exercícios neuro-musculares, esfíncteres e verticalidade;

b) Alargamento do campo de percepção e acção;

c) Interacção com o meio humano:

Criança e crianças;

Criança e adultos;

d) A linguagem e comunicação;

e) A «inteligência» sensório-motriz;

f) O jogo «a imitação»;

g) A «função simbólica».

Temas de reflexão:

Os medos e suas manifestações;

As birras e «desobediências» (sarilhos);

Os devaneios e as histórias.

B) Segunda infância:

Características:

1) Egocentrismo:

Sua importância;

Suas confusões:

Egoísmo, introversão, subjectivismo, autismo, egotismo ...

2) Definição dos esquemas de acção e lateralização;

3) Idade da «graça» ...;

4) Condutas ludo-práticas:

Jogo de exercício;

Jogo «simbólico»;

5) Interacção com o meio humano:

Socialidade;

Hiperemitividade;

Alternâncias;

6) Sincretismo global:

Indistinções remanescentes;

Suas consequências ou manifestações;

7) Condutas de afirmação.

Temas de reflexão:

A situação triangular, dita edipiana;

A fratria e suas complicações;

Os exclusivismos variados:

«Ciúme»;

«Senso moral»;

«Egoísmo» ...

III PARTE

Outras etapas do desenvolvimento: em breve bosquejo, resultante da

bibliografia mais actual e da prática do ensino desta matéria.

Objectivo:

Dar especificidade ao desenvolvimento humano, contemplando ele todo o transcurso humano.

A tratar de acordo com o tempo e o interesse de grande importância para a educadora.

A) Terceira infância:

1) A entrada na escola, enquanto a transformação sócio-psíquica;

2) A aprendizagem sistemática e suas incidências no desenvolvimento;

3) A interacção com o ambiente humano:

Família;

Escola;

4) A sociabilidade concreta e suas manifestações.

B) Pré-adolescência:

1) Importância de a especificar ou distinguir;

2) Manifestações mais ou menos pessoais;

3) Manifestações relacionais ou psicossociais;

4) Transformações biofísicas:

As pouco-faladas: S. N. C., S. N. V. e S. endócrino;

As faladas: características secundárias da sexualidade.

C) Adolescência:

1) Importância e conteúdo na descoberta de subjectividade;

2) Capacidade hipotético-dedutiva;

3) Sociabilidade abstracta;

4) Importância heurística da «perconagem»;

5) Afirmação da «vida própria».

IV PARTE

Etapas pouco contempladas em perspectiva de psicologia do desenvolvimento:

atavismos latentes ou manifestos

A) Jovem-adulto:

1) O facto: a escolaridade prolongada;

2) A dependência económica (ou não);

3) O trabalho efectivo;

4) A comparação facilmente explorável.

B) Adulto-jovem:

1) Aspecto profissional;

2) Perspectivação pessoal e interpessoal;

3) Retomar ou não das «informações»;

4) Redefinição possível de «projectos».

C) Adultez:

1) Binómio evolução-involução (deterioração);

2) Modelo sócio-cultural de «acabado» (estático);

3) A reciprocidade possível no desenvolvimento com os filhos;

4) Reestruturação importante a verificar-se.

D) Meia-idade:

1) Transformações bióticas declaradas;

2) Idade crítica em comparação com quê?;

3) Transformação das imagens sócio-culturais;

4) Redefinição possível das imagens:

Pessoais;

Interpessoais.

E) Anciania:

1) As diferenças de tratamento e de imagens;

2) Aparecimento diferenciado da senescência;

3) Reforçamento das imagens negativas;

4) Ausência de interesses personalizados;

................................................................................

Conclusão-abertura-convite à investigação:

A imagem de perfeição - idealizada - atribuída ao estádio de adulteza:

Sem validade científica;

Em desvalorização positiva da infância;

Em desvalorização negativa da terceira idade e anciania.

A ausência:

De uma perspectiva psicológica específica do humano;

De uma perspectiva alargada do desenvolvimento;

ajudam a compreender quanto se sofre sem razão, quanto há que fazer para criar outra imagem das etapas da existência; mostram a importância da psicologia do desenvolvimento, abarcando todo o transcurso humano, para uma interacção pedagógica diferente, a começar pela situação dos educadores de infância.

Bibliografia

TRA-THONG - States et concept de state de développement de l'enfant dans la phychologie contemporaine, Vrin.

SYMPOSIUM - Le problème des stades en psychologie de l'enfant, PUF.

THORPE, L. P. & SCHMULLER, A. M. - Les théories contemporaines de l'apprentissage, PUF.

ILLICH, I. - Libertar o Futuro, Publ. D. Quixote.

BARONI, CH. - Les parents, ces inconnus, Mont-Blanc.

ROBIN, G. - Le déclin de l'autorité et la jeunesse actuelle, Wesmael-Charlier.

REUCHLIN, M. - L'enseignement de l'an 2000, PUF.

TANNER, J. M. & INHELDER, B. - Discussions on Child Development, Tavistock Publ.

OSTERRIETH, P. - Introdução à Psicologia da Criança, C. E. Nacional.

MIRANDA-SANTOS, A. - Expressividade e Personalidade, Atlântida.

BERGE, A. - A Educação Sexual e Afectiva, Agir.

CHATEAU, J. - A Criança e o Jogo, Atlântida.

COUSINET, R. - La vie sociale des enfants, Scarabée.

DECONCHY, J. P. - Desenvolvimento Psicológico da Criança e do Adolescente, Pórtico.

CRUCHON, G. - Psychologie pédagogique: I - Les transformations de l'enfance; II - L'adolescence, Salvator.

- A Educação da Criança - Problemas Quotidianos, Horizonte.

ERIKSON, E. - Identity: Youth and Crisis, Faber.

FAU, R. - Les groupes d'enfants et d'adolescents, PUF.

FRAIBERG, S. - Les années magiques, PUF.

OSTERRIETH, P. - A Criança e a Família, Europa-América.

- Introdução à Psicologia da Criança, C. E. Nacional.

PIAGET, J. - ...

WALLON, H. - De l'acte à la pensée, Flammarion.

MARRAÑON, G. - L'âge critique, F. Alcan.

BROMLEY, D. B. - Psicologia do Envelhecimento Humano, Ulisseia.

ROSTAND, J. - De l'adulte au vieillard, Fasquelle.

FOUGÈRE, P. - O Homem, a Mulher e a Idade Crítica, Inova.

ECK, M. - Idade Crítica ou Privilegiada?, Pórtico.

TOURNIER, P. - Apprendre à vieillir, Del. & Niestlé.

REBOUL, H. - Vieillir, projet pour vivre, Le Chalet.

DUHAMEL, P. G. - Cette vieillesse qui nous attend, Hachette.

PACAUD, S. & LAHALLE, M. O. - Attitudes, comportements, opinions des personnes âgées dans le cadre de la famille modern CNRS.

BIZE & VALLIER - Une nouvelle vie: le 3éme âge, Denoel.

Pedagogia

Programa

Objectivos gerais

Procurar uma concepção actual-futura da pedagogia através das constantes e das variantes históricas, quer a nível institucional quer a nível pessoal (autores).

Dar a conhecer histórico-culturalmente os modelos psicopedagógicos e seus pressupostos constituídos pela imagem do homem.

Situar a educadora de infância numa atitude de descoberta, definição, afirmação da imagem de uma etapa e de um topos de interacção nova.

Procurar abrir a novas iniciativas, complementares àquelas que existem, através da reflexão pessoal e em grupo, mediante textos de apoio extraídos de obras originais representativas.

Facilitar, através de uma análise e de uma reflexão de conjunto, a inserção de cada educadora no contexto sócio-cultural e societal, em resposta aos apelos ou interpelações pedagógicas.

Objectivos específicos Definir ou descrever as imagens da infância e da criança.

Realçar a educabilidade ou a aprendizagem humana ao longo da existência.

Aproveitar, criticamente, da herança pedagógica não apenas do que foi relevante como principalmente do que é tido por irrelevante.

Lançar a educadora para a observação reflexivo-criativa.

1 - Introdução:

1.1 - Pedagogia - conspecto geral:

Modelo empírico;

Modelo científico.

1.2 - Relação da pedagogia com outras ciências.

1.3 - Relação da pedagogia com outras técnicas.

2 - Perspectivas gerais:

2.1 - Em pedagogia - como reciprocidade:

2.1.1 - Pedagogia teleológica.

2.1.2 - Pedagogia técnica.

2.2 - Em educação - como processo:

2.2.1 - Possível - a educabilidade humana.

2.2.2 - Necessário - a hominização.

2.2.3 - Limitado - a acção educativa a bases bióticas; influência do meio.

2.2.4 - Aberto - acção-interacção do educador.

2.3 - Caminhos da pedagogia:

2.3.1 - Aspectos gerais.

2.3.2 - Tipologia:

2.3.2.1 - Subordinação da criança ao adulto:

Tradicional e actual.

2.3.2.2 - Subordinação do adulto à criança:

Rousseau, Freinet, divulgadores de Rogers.

2.3.2.3 - Interacção:

Educador-educando;

Educador-meio social;

Educador-família.

2.3.3 - Pedagogia e modelos de homem.

3 - Situação específica da educação da infância:

3.1 - Conceito e âmbito.

3.2 - Condições ambientais:

3.2.1 - Psicopedagógicas.

3.2.2 - Sócio-políticas.

3.2.3 - Sócio-económicas.

3.3 - Funções específicas:

3.3.1 - Desenvolvente.

3.3.2 - Psicossocial.

3.3.3 - Detecção precoce das deficiências.

3.3.4 - Compensatória, semiterapêutica.

3.4 - Objectivos básicos:

3.4.1 - Criança.

3.4.2 - Família.

3.4.3 - Sociedade.

3.5 - Metodologias:

3.5.1 - Princípios gerais.

3.5.2 - Criatividade sucessiva:

Pestalozzi;

Froebel;

João de Deus;

Montessori;

Decroly;

Audemars e Lafendel;

Freinet.

3.6 - Perspectivas e problemas actuais:

3.6.1 - Concepção behaviorista e neo-behaviorista da aprendizagem e a sua aplicação pedagógica.

3.6.2 - Concepção piagetiana e derivadas e sua aplicação pedagógica.

3.6.3 - Concepção psicanalítica e metamorfoses aplicativas e sua aplicação pedagógica.

3.6.4 - Convergências e divergências.

3.7 - Programação e suas incidências:

3.7.1 - Análise empírica.

3.7.2 - Análise conceptual.

3.8 - Autonomia/continuidade pedagógica entre a escola infantil, a família e a escola primária.

Bibliografia

DEBESSE, M. & MIALARET, G. (Dir.) - Traité des Sciences pégagogiques, t. 1, 2, 3, 4, 5, 6, PUF, Paris.

HUBERT, René - Traité de pédagogie générale, PUF, Paris, 1970.

ABAGNANO, M. & VISALBERGHI, A. - História da Pedagogia, 2 vols., Lisboa, 1975.

PLANCHARD, Émile - A Pedagogia Contemporânea, Companhia Editora, Lda., 7.ª ed.

actualizada, 1975.

GALL, Roger - A situação actual da Pedagogia, Arménio Amado, Editor, Sucessor, 1965.

LUZURIAGA, Lorenzo - Pedagogia, Companhia Editora Nacional, S. Paulo, 7.ª ed., 1970, col. Actualidades Pedagógicas, vol. 56.

CHARMION, Claude - Sciences humaines et pédagogie, édition du Centurion, 1974.

MONROE, Paul - História da Educação, Companhia Editora Nacional, 10.ª ed., Actualidades Pedagógicas, vol. 34, 1974.

SUCHODOLSKI, Bogdan - A Pedagogia e as Grandes Correntes Filosóficas.

CHÂTEAU, Jean e outros - Les grands pédagogues, Paris, 3.ª ed., 1971 (existe tradução portuguesa, Lisboa).

LUZURIAGA & MEDINA, L. - História da Educação e da Pedagogia, S. Paulo, 1967.

HENZ, Hubert - Manual da Pedagogia Sistemática, Editora Merder, S. Paulo, 1970.

MEDEIROS, Maria Amália - As Três Faces da Pedagogia, Livros Horizonte.

(Vários autores) - A Educação da Criança, Livros Horizonte, vols. I e II.

COUSINET, Roger - A Educação Nova, Moraes Editores, 3.ª ed., 1976.

MÉDICI, Angélia - A Educação Nova, RÉS, 1.ª ed., 1976.

FREINET, C. & SALENGROS, R. - Modernizar a Escola, Dina Livros.

BASSIN, Valdi José - Commment intéresser l'enfant à l'école, PUF, 1976.

GILBER, Rober - Ideias Actuais em Pedagogia, Moraes Editores, Lisboa, 1974.

Enfance (revista) - 1-2 janvier-avril.

BARTOLOMEIS, Francisco de - A Nova Escola Infantil - As Crianças dos 3 aos 6 Anos, Livros Horizonte, 1976.

Études et documents d'éducation - L'éducation préscolaire dans le monde, nº 19, UNESCO.

BERGERET, Lazarine - A Escola Infantil, Publicações Europa-América, 1973.

EYKEN, Willen van der - Os Anos Pré-Escolares, Moraes Editores, 1976.

MONTESSORI, Maria - Pédagogie Scientifique, Desclée de Brouwer, 1958.

- A Criança, Portugália Editora.

MAUCO, Georges - Psicanálise e Educação, Moraes Editores.

POROT, Maurice - L'enfant et les relations familiales, PUF, Paris, 1973.

FREINET, Célestin - Para Uma Escola do Povo, Editorial Presença, col. Questões.

- As Técnicas Freinet da Escola Moderna, Editorial Estampa, 1973.

SAMPAIO, J. S. - Evolução do Ensino em Portugal, Lisboa, 1973.

ALBUQUERQUE, L. - Notas para a História do Ensino em Portugal, Coimbra, 1960.

FERNANDES, Rogério - Situação da Educação em Portugal, Hoje e amanhã, Moraes Editores, 1977.

- Ensino, Sector em Crise, Prelo, 1967.

SERRÃO, Joel & GRÁCIO, Rui - A Educação na Democratização do País, Seara Nova.

GOMES, Joaquim Ferreira - A Educação Infantil em Portugal, Livraria Almedina, Coimbra, 1977.

MEDNICK, Sarnoff A. - Apprendizagem, ed. Zahar Editores, 1969.

OSGOOD, Charles E. - Métodos e Teoria na Psicologia Experimental, Fundação Calouste Gulbenkian, 1973.

KENDLER - Introdução à Psicologia, Fundação Calouste Gulbenkian.

DELDIME, R. & DEMONLIN, R. - Introduction à la psychopédagogie (à l'usage des étudiants), Éditions A. de Boech, Bruxelas, 1975.

Antropologia Cultural e Sociologia

Programa

Introdução:

Definição do campo de estudo;

Enquadramento histórico (desenvolvimento sintético desta disciplina, procurando apresentar a sua problemática e principais linhas teóricas: evolucionismo, difusionismo, teorias da personalidade, funcionalismo e estruturalismo). Ter o cuidado de fazer as ligações com os acontecimentos políticos e sociais e com o desenvolvimento de outros campos do saber, como a sociologia e a psicologia.

I - Cultura:

Definição, natureza e componentes.

II - Indivíduo, sociedade e cultura (procurar apresentar a dinâmica cultural enquanto ela é exteriorização do homem, se torna objectivada e, finalmente, é interiorizada pelas novas gerações).

III - Diversidades culturais:

a) Preconceito racial e diversidades culturais - alargar a discussão a outros tipos de preconceitos;

b) Meio físico;

c) Economia e tecnologia.

IV - Estruturas sociais e políticas:

Conclusão: história e cultura.

Trabalho de campo. - Tendo em consideração os diferentes meios em que as educadoras irão trabalhar, torna-se necessário que aprendam a conhecer esse meio, aproveitando dele todos os ensinamentos que ajudem o seu trabalho pedagógico.

Assim, propõe-se que sejam dadas possibilidades de estudo de campo sobre a seguinte temática: sabedoria e visão do Mundo:

Literatura popular, arte, diversões;

Crenças;

Diferenças entre comunidades rurais e urbanas.

Bibliografia sumária para Antropologia Social e Cultural

Ethnologie Générale, sous la direction de Jean Poirier - Encyclopédie de la Pléiade, ed.

Gallimard, Paris, 1968.

SHAPIRO, Harry L. - Homem, Cultura e Sociedade, ed. Fundo de Cultura, 1966.

KLUCKHOHN, Clyide - Antropologia, México, Fundo de Cultura Económica, 1971.

HERSKOVITS, Melville, J. - Man and his works, Nova Iorque, A. Knopf, 1980.

COPANS, J. e outros - A Antropologia, Ciência das Sociedades Primitivas?, Lisboa, Ed. 70.

VARAGNAC, A. - O Homem antes da Escrita, Lisboa, Ed. Cosmos, 1963.

Le Racisme devant la Science - UNESCO, Paris, Gallimard, 1960.

LEVY STRAUSS, C. - Anthropologie Structurale, Paris, L. Plon, 1958.

- Anthropologie Structurale Deux, Paris, Plon, 1973.

PRITCHARD, E. E. Evans - Anthropologie sociale, Paris, Payot, 1969.

BERGER, P. L. & LUCKMAN, Th. - The social construction of Reality, Penguin Books, 1971.

MALINOWSKI, Bronislaw - Les argonautes du Pacifique Occidental, Paris, Gallimard, 1963.

RADCLIFFE BROWN, A. R. - The Adaman Islanders, Nova Iorque, The Free Press of Glencoe, 1964.

PRITCHARD, E. E. Evans - Les Nuer, Paris, Gallimard, 1968.

FOSTER, G. M. - Las culturas tradicionales y los cambios técnicos, México, Fundo de Cultura Económica, 1964.

REDFIELD, Robert - The little community, Londres, Chicago, The U. Press of Chicago, 1967.

DIAS, Jorge - Ensaios Etnológicos, Lisboa, Junta de Investigações do Ultramar, 1961.

MAUSS, Marcel - Manuel d'Ethnographie, Paris, Payot, 1947.

PITT-RIVERS, J. A. - Los hombres de la Sierra, Barcelona, Ed. Grijalbo, 1971.

GUERREIRO, Manuel Viegas - Os Macondes de Moçambique, IV - Sabedoria, Língua, Literatura e Jogos, Lisboa, Junta de Investigações do Ultramar, 1966.

GUERREIRO, Manuel Viegas - Rochimanes! Khu de Angola, Lisboa, Junta de Investigações do Ultramar, 1968.

RIBEIRO, Orlando - Ensaios de Geografia Humana e Regional, Lisboa, Sá da Costa, 1970, t. I.

RIBEIRO, Orlando - Geografia Humana, «Programa analítico e lições exemplificativas», 1973-1974.

Sociologia da Educação

Introdução:

Distinção entre: socialização, educação, ensino;

Dimensões da socialização;

Socialização e diálogo com os outros significativos;

Agentes da socialização.

I - Família:

Evolução da família desde a família extensa à família nuclear, apresentando as diversas funções da família e a sua realização no decorrer das suas transformações.

II - Classes sociais e meios sociais:

A abordagem deste tema é para ser feita em ligação estreita com a socialização.

Quanto aos meios sociais, é de ter em conta, sobretudo, os meios rurais e urbanos.

III - Grupos de iguais:

Função socializadora dos grupos de iguais, sobretudo no que se refere à experimentação e vivência dos diferentes papéis sociais.

IV - A escola:

Evolução da escola. Fazer a ligação com a sociedade e com a família;

A escola transmissora de conhecimentos;

A escola transmissora de valores;

Escola e selecção social;

Interrogações sobre os jardins-de-infância.

V - Meios de comunicação social:

Análise da sua influência e da modificação da dinâmica cultural que permitem.

Trabalho de observação do meio:

Família e futuro dos filhos;

Família e métodos de educação;

Família extensa e nuclear.

Bibliografia sumária para Sociologia da Educação

GRAS, Alain (Sob a direcção de) - Sociologie de l'éducation, «Textes fondamentaux», Paris, Larousse Université, 1974.

MUSGRAVE, P. W. - The Sociology of Education, Londres, Mthuen & Co., Ltd., 1972.

WORSLEY, Peter - Introdução à Sociologia, 3 vols. Lisboa, D. Quixote, 1974.

ROCHER, G. - Sociologia Geral, Ed. Presença, Lisboa, 1971, 5 vols.

BERGER, P. L. & LUCKMAN - The Social Construction of Reality, Londres, 1967.

MEAD, M. - Coming of Age in Samoa, Londres, 1928.

- Growing up in New Guinea, Londres, 1930.

PARSONS, T. - Family, Socialization and Interaction Process, Londres, 1956.

BELTRÃO, P. C. - Sociologia da Família Contemporânea, Ed. Vozes, Petrópolis, 1973.

DAHRENDORF, R. - Class and Class Conflict in an industrial Society, Londres, 1959.

FLOUD, J. E. e outros - Social Class and Education opportunity, Londres, 1956.

JACKSON, J. R. & MARSDEN, D. - Education and Working Class, Londres, 1962.

VERNON, P. E. - Intelligence and Cultural Environment, Londres, 1969.

BOURDIEU, P. e outros - La Reproduction, Ed. Minuit, Paris, 1970.

BOURDIEU, P. - Les Héritières, Paris, Ed. Minuit.

SNYDERS, Georges - École, Classe et Lutte de Classes, PUF, Paris, 1976.

COLEMAN, J. S. - The Adolescent Society, Nova Iorque, 1961.

DUNPHY, D. C. - Cliques, Crowds and Gangs, Melbourne, 1969.

MUSGROVE, F. - Youth and the Social Order, Londres, 1964.

HIMMELWEIT, H. T. e outros - Television and the Child, Londres, 1958.

SCHRAMM, W. e outros - Television in the lives of our Children, Stanfort, 1961.

Saúde

Programa

1 - Conceito de saúde:

Evolução do conceito de saúde em função da evolução do conceito de medicina;

Análise da definição de saúde da OMS;

Factores que influenciam o estado de saúde de uma comunidade.

2 - Primeiros socorros:

O socorrista e a sua formação;

Asfixias;

Definição, tipos, exemplos sugestivos de cada tipo;

O papel do socorrista (prática com manequim adequado);

Noção de estado de sleek. O papel do socorrista. Noção de tensão arterial;

Edema agudo do pulmão;

O papel do socorrista;

Garrotagem. Sangria branca e vermelha. Hemorragia. Definição e tipos. O papel do socorrista;

Intoxicações. O papel do socorrista;

Introdução do vómito. Lavagem gástrica;

Laxantes e clisteres. Exemplo:

Naftalina;

Petróleo;

Petróleo e gasolina;

Barbitúricos;

Ácidos corrosivos;

Digitalina;

Cosméticos diversos;

Ácido bórico e sais de borato;

Monóxido de carbono.

Vias de administração de medicamentos;

Injecções. Definição e tipos.

Saúde Infantil

3 - Higiene da gravidez e parto:

Dados estatísticos relativos ao nosso país.

4 - Noções de desenvolvimento da criança.

5 - Problemas de saúde mais comuns na idade pré-escolar.

6 - Principais doenças da infância:

Cólera, hepatite, febre tifóide, tétano, sarampo, varicela, rubéola, papeira, a febre, a diarreia, o vómito, a icterícia, sarcoptose, pediculose, tinhas e outras micoses, parasitoses intestinais, tuberculose;

Epidemiologia. Cadeia epidemiológica. O agente patogénico. O reservatório. O processo de transmissibilidade - directo ou indirecto.

7 - Vacinas - Calendário de vacinações.

8 - Prevenção e despistagem:

Perturbações de visão e audição;

Perturbações motoras;

Prevenção de acidentes.

9 - Princípios gerais de alimentação:

Regime alimentar natural;

Aleitamento artificial;

Principais componentes dos alimentos;

Características de uma boa alimentação;

Estudo das características e hábitos alimentares regionais.

10 - Álcool. Problemas do alcoolismo.

Educação Física

Programa

1 - Introdução:

De acordo com os princípios orientadores para a formulação do plano de estudos e actividades das escolas normais de educadoras de infância, a finalidade desta área deverá ter por objectivo principal o estudo do comportamento motor infantil, de acordo com os diversos fundamentos que caracterizam a análise do movimento humano.

Porque sabemos que a motricidade tem um papel importante na aquisição e desenvolvimento dos mecanismos operatórios da criança, têm os educadores de infância um papel preponderante, senão o mais importante, a desenvolver neste sector, visto que as verdadeiras aquisições (motoras, sócio-afectivas, biológicas e representativas) se processam nestas primeiras idades. Assim, a formação deverá centrar-se na procura e domínio de dados fundamentais ao nível dos conhecimentos, das capacidades e das atitudes e comportamentos.

Deste modo, deverão encontrar-se formas de trabalho que, depois de analisadas e reflectidas numa pedagogia da situação, possam facilitar, com uma certa adaptabilidade, a entrada na realidade de cada educadora, de acordo com as exigências pedagógicas, políticas e sociais que este sector do ensino exige.

2 - Delimitação de objectivos gerais:

2.1 - Dar a conhecer os meios de educação física, com a aplicabilidade ao nível pré-escolar numa perspectiva de educação psicomotora.

2.2 - Situar a importância da motricidade no processo de desenvolvimento da criança pelo estudo global e dinâmico das suas diversas componentes.

2.3 - Procurar uma nova «concepção do corpo», através de uma pedagogia do desenvolvimento preocupada com o ponto de partida e não com o ponto de chegada.

2.4 - Não perder de vista a noção de interdisciplinaridade, de modo que o domínio do corpo em movimento seja uma globalidade em acção.

2.5 - Procurar que as sessões sejam um momento de estudo, de forma que a análise e reflexão estejam permanentemente presentes.

2.6 - Dar livre acesso à experimentação e poder criador nas situações vividas, por forma a estabelecer-se uma comunicação favorável no sentido da procura de uma aprendizagem inteligente.

2.7 - Procurar formas de actividade que estejam significativamente ligadas às necessidades da realidade (comunidade), sem perder de vista a teorização necessária para a compreensão da motricidade infantil.

2.8 - Encontrar formas de intervenção prática que possam «desbloquear» a corporalidade dos alunos sujeitos à formação, de modo a ser conseguida uma «cultura motora geral» facilitadora da relação.

2.9 - Conciliar os fundamentos teórico-práticos adquiridos com o trabalho pedagógico prático de educação psicomotora, procurando a criação de grupos de observação que a partir de recolhas, trabalhos e experiências efectuadas possam enriquecer a reflexão nos diversos debates a realizar.

3 - Dados programáticos:

3.1 - De ordem teórica:

3.1.1 - Evolução histórica dos diversos métodos em educação física, consoante as épocas e as diferentes correntes. Contribuição de diversas concepções sobre o estudo da motricidade. O lugar de uma nova concepção psicopedagógica da educação corporal.

Bibliografia principal

LE BOULCH, Jean - Face au Sport, «De l'Éducation Physique en France depuis 1945 à la Psychocinétique. Étude Critique et Perspectives», Paris, ESF, 1977.

(ver nota *) MAIGRE, A. & DESTROOPER, J. - L'Éducation Psycomotrice, PUF, 1975.

3.1.2 - Estudo do movimento - Princípios fundamentais:

A unidade do ser humano. A perspectiva funcional. O movimento como forma de comportamento. Activação e motricidade. O desenvolvimento motor como processo de adaptação. A integração mental do movimento. Movimento e comunicabilidade. A afectividade, a criatividade, consciência, inteligência e comportamento motor. O movimento, o projecto, a interacção e a acção. O significado bioantropossociológico do movimento.

Bibliografia principal

(ver nota *) BERGES, J. - Les Gestes et la Personalité, Hachette, 1967.

BUYTENDIJK, F. I. - O Homem e o Animal, LBL, Lisboa, 1958.

(ver nota *) FONSECA, V. & MENDES, N. - Escola, Escola Quem És Tu?, Básica Editora, 1977.

(ver nota *) LEONTIEV, A. - O Desenvolvimento do Psiquismo, Horizonte Universitário, Lisboa, 1977.

MÜLLER, H. & DECKER, R. - La Motricité chez l'enfant pré-scolaire, «Bases scientifiques et méthodes d'approche», Stuttgart, Karl Hohmaner, 1975.

PIAGET, Jean - Comportamento Motriz da Evolução, Rés Editora, 1977.

TOM, KIEWIEZ, S. - Le développement biologique de l'enfant, PUF, Paris, 1968.

3.1.3 - Atitude humana e aquisições psicomotoras:

Referências antropológicas. A função tónica e função cinética. O músculo como órgão de relação e de sustentação e suas estruturas proprioceptivas. Desenvolvimento posturo-motor e maturação neurológica. Organização psicomotora. A noção de objecto e a conquista do espaço. A afectividade como chave das condutas motoras.

As aquisições dos padrões motores básicos. O desenvolvimento das coordenações visuo-motoras. A imagem do corpo próprio, a lateralidade e as relações espácio-temporais. A organização do plano motor.

Bibliografia principal (ver nota *) ANGELERGUES, R. & LURÇAT, L. - La motricité chez l'enfant de la naissance à six ans, Paris, ENSEPS, 1973.

HÉCAN, H. & JEANNERD, M. - Du contrôle moteur à l'organisation du geste, Masson, Paris, 1978.

KOUPERNIK, C. - Développement neuro-psychique du nourrison, PUF, Paris, 1968.

ROSSEL, G. - Manual de educación psicomotriz, Toray-Masson, Barcelona, 1969.

(ver nota *) STAMBACK, M. - Tónus et psycomotricité, Delachaux et Niestlé, 1967.

3.1.4 - Aprendizagem motora e suas bases científicas:

A motricidade expressiva e transitiva. A fase de exploração, dissociação e estabilização. O transfer na aprendizagem motora. O movimento automático, reflexo e voluntário. A aprendizagem e os dados perceptivo-motores e espácio-temporais.

Bibliografia principal BUYTENDIJK, F. I. - «L'apprentissage des mouvements», in Attitude et Mouvement, Desclée de Bronwer, 360-99, 1957.

CRATTY, B. - Apprentissage en Psychologie et activité Physique, Paris, Vigot Frères, 1974.

(ver nota *) LE BOULCH, Jean - Vers une Science du Mouvement Humain, Éditions ESF, Paris.

(ver nota *) KNAPP, B. - Sport et Motricité. L'acquisition de l'habilité motrice, Paris, Vigot Frères, 1971.

3.1.5 - As desordens psicomotoras:

A instabilidade psicomotora. Paratonias e sincinesias. Perturbações do esquema corporal e coordenações básicas.

Bibliografia principal ATAÍDE, S. - Elementos de Psicopatologia, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.

(ver nota *) BERGE, A. & SANTOS, A. - A Higiene Mental na Escola, Livros Horizonte, Lisboa.

BUCHER, H. - Transtornos psicomotores en el niño, Toray-Masson, S. A., 1973.

(ver nota *) FONSECA, V. - Contributo para o Estudo da Génese da Psicomotricidade, Editorial Notícias, Lisboa, 1976.

SOUBIRAN, G. B. & COSTE, J. C. - Psychomotricité et relaxation Psychosomatique, Doin, Paris, 1975.

3.1.6 - O espaço, a criança e o movimento:

A importância do espaço (rua, família, escola) e o desenvolvimento das condutas motoras. A conquista sensorial e intelectual do espaço. O espaço construído. O espaço rural e citadino. Tipos de equipamentos sócio-educativos; os parques infantis, espaços-aventura e expressão lúdica infantil; os materiais e formas de construção.

Bibliografia principal

DAUR, V. - Essential movement, experiences for preschool and primary children, Burgess Publishing Company, 1972.

(ver nota *) LURÇAT, L. - L'enfant et l'espace, PUF, PARIS, 1976.

PAILLAR, J.-B. F. - De l'espace corporel à l'espace écologique, PUF, 1974.

(ver nota *) WERNER, H. P. & SIMMONS, A. R. - Inexpensive physical education equipment for children, Burgess Publishing Company, 1976.

3.2 - De ordem prática:

3.2.1 - Estudo dos factores da motricidade, análise, desenvolvimento e programação:

3.2.2 - As condutas motoras - os actos motores básicos:

(Basic skills.) Actos simples. Actos diferenciados. Actos justapostos e coordenados:

Combinação de movimentos, marchas, correr, saltar, saltitar, agarrar, lançar, rolar, rastejar, parar, rodar, puxar, deslizar, etc.;

Mudanças de velocidade e direcção;

Eficiência motora, esforço;

3.2.3 - Condutas psicomotoras:

Esquema corporal - Lateralidade:

Identificar e localizar as partes do corpo em si próprio e nos outros;

Combinações diversas de movimentos, utilizando diversas partes do corpo e na relação com os objectos.

Estruturação espácio-temporal:

Orientação no espaço próprio - noção dos planos, eixos, direcções, níveis, formas;

Orientação no espaço envolvente - localização dos objectos e dos indivíduos. Relação de si por relação aos outros e aos objectos;

Apreciação das trajectórias, alturas, superfícies, intervalos, volumes, sucessão de planos;

Realizar estruturas rítmicas simples, utilizando o próprio corpo ou os objectos;

Realizar deslocações e paragens de acordo com sinais sonoros, gráficos ou ambos, utilizando materiais ou não;

Exploração de vários materiais, procurando formas ritmadas.

Coordenação dinâmica geral e óculo-segmentar:

Encontrar combinações nas formas básicas de movimento;

Capacidade de conjugar acções diversas na utilização de materiais;

Mobilizar o corpo a diversos níveis (posturas) e procurar o domínio do equilíbrio corporal;

Adaptação das formas de deslocamento a distâncias, saltos em altura e transposição de obstáculos;

Manipulação de engenhos, solicitando as estruturas visuais, manuais e pedais;

Combinar movimentos, utilizando ora as mãos, ora os pés com diversos objectos ou só com o próprio corpo (lançamentos, trajectórias, batimentos, condução de bolas, contrôle de materiais), quer individualmente quer em grupo;

Realizar movimentos com precisão (motricidade fina) em pequenas actividades manipulativas.

3.2.4 - Condutas sócio-motoras:

As actividades lúdicas. Do jogo espontâneo ao jogo codificado. Os jogos livres (criativos);

Actividades utilizando apenas o corpo ou com materiais, fazendo apelo às noções de grandeza, intensidade, velocidade, direcção, orientação e relação.

3.2.5 - O movimento expressivo - Criativo:

Desenvolvimento dos factores: tempo, espaço, peso, continuidade;

Exploração de diversos níveis ou planos (alto, médio, baixo), quer no seu próprio espaço quer no espaço geral;

Exploração de diversas direcções e conjugação das diversas relações possíveis (corpo-objecto-outro).

3.2.6 - Estudo dos materiais e equipamentos e suas possibilidades de utilização:

Equipamentos fixos - barras, labirintos, pórticos, grades, escadas, cordas fixas, árvores, troncos, etc.;

Equipamentos semimóveis - mesas, cadeiras, bancos, colchões, plintos, bocks, barras, trampolins, pneus, caixas, manilhas, aparelhos desmontáveis, etc.;

Equipamentos móveis (acessórios) - arcos, bolas, sacos, cordas, bastões, stiks, maquetes, tacos de madeira de diversas espessuras e tamanhos, materiais da Natureza, etc.;

Equipamentos rudimentares - areia, água, cimento, madeiras, ferramentas, etc.

3.2.7 - Estudo das possibilidades de intervenção de acordo com os diversos espaços:

Sala de aula;

Pátios e ginásio;

Na Natureza.

3.2.8 - Estudo de formas de trabalho e elementos de programação das actividades na escola.

3.2.9 - Utilização de filmes descritivos de estudo da motricidade infantil e diapositivos de experiências efectuadas.

4 - Sugestões metodológicas para as sessões de trabalho:

Sendo o movimento um modo de relação do indivíduo com o meio físico e social, o trabalho fundamentar-se-á numa associação dos seguintes elementos:

Corpo;

Espaço - objecto;

Factores do movimento;

Actos motores;

Relações;

e temas situados num trabalho expressivo.

4.1 - Corpo:

Diferentes segmentos;

Diferentes posições no espaço.

4.2 - O objecto:

Suas características;

Posições: objecto seguro - objecto fixo - objecto em movimento;

Número.

4.3 - Os outros:

Individual - grupal - colectivo;

Número de indivíduos por grupo;

O modo de relação:

Oposição;

Cooperação.

As trocas:

De lugar, de objecto, de par, de acção.

4.4 - Espaço de deslocamento:

Suas características - forma, superfície, limites, natureza do solo, meio;

Os lugares relativos - do indivíduo e do objecto, dos objectos entre si;

Formas de deslocamento - disperso simples e orientado, rectilíneo, curvilíneo, aberto, fechado, paralelos, secantes, regulares, irregulares, etc.

4.5 - Factores do movimento:

Tempo - espaço - gravidade - energia.

4.6 - Acções possíveis com o objecto:

Igual - diferente - contrário - todos juntos, etc.

4.7 - Relações:

Com o objecto, com os outros, com a música, com as cores, consigo próprio, etc.

5 - Desenvolvimento do programa:

De acordo com o programa geral, o trabalho a efectuar nos 1.º e 2.º anos deverá ser diferenciado e seguindo uma determinada linha de evolução em função das instalações disponíveis. As sessões deverão decorrer sempre de uma forma teórico-prática, com a utilização de pequenos e grandes materiais fixos ou móveis e aproveitando, se possível, os espaços ao ar livre.

5.1 - Preocupações programáticas referentes ao 1.º ano:

5.1.1 - Pretende-se centrar o trabalho centrado na pessoa, numa dimensão vivida do corpo em conjugação com uma motricidade reflectida, de forma que a educadora possa analisar o seu trajecto corporal anterior.

5.1.2 - Procurar-se-á, com predominância, o estudo dos factores da motricidade sem esquecer a teorização mínima necessária.

5.1.3 - Em resumo: procurar entender o seu corpo e a motricidade por forma a entender e saber ler melhor a motricidade dos outros (criança, adulto, etc.).

5.2 - Preocupações programáticas referentes ao 2.º ano:

5.2.1 - Centrar-se-ão as actividades do 2.º ano numa perspectiva do domínio dos conhecimentos ou conteúdos, de acordo com a realidade institucional (análise da realidade).

5.2.2 - Encontrar um domínio dos meios programáticos e organizativos das actividades das instituições, de modo a lançar correctamente uma dimensão situada - educação corporal.

5.2.3 - Encontrar coeficientes de segurança e de coerência entre as actividades que vive do ponto de vista motor e a bagagem cultural, pedagógica e científica que adquire na assimilação dos dados teóricos.

6 - Bibliografia ABBADIE, M., & MADRE, M. L. - Comment Faire, «... L'Éducation Ryt.», Fernand Nathan, Paris.

(ver nota *) AMICALE DE L'ENSEP - L'Activité Physique de l'Enfant de 2 à 10 Ans, EFS, Paris, 1977.

Premier Degré d'Éducation Physique, ENSEPS, Paris.

ARGENTINA - SECE - Educación Física Infantil (1.º vol.), DNEFDR, 1968, Buenos Aires.

BAUDET, J. - L'Éducation Physique des Enfants de 3 à 7 Ans, Cahiers de Pédagogie Moderne 33, Armand Colin, Paris.

BÉLGICA, MCF - Activités Éducatives de Base, MCF, Bruxelas, 1970.

BERGE, Y. - Viver o Seu Corpo, Socicultur, Lisboa, 1975.

BERTRAND, M., & DUMONT, M. - L'Expression Corporelle à l'École, Philosophique, S.

Vrin, Paris, 1973.

(ver nota *) BOUVART-VERDIE, H. - Jeux et Mouvements avec Accessoires pour l'Éducation Physique - Enfants de 3 à 8 Ans, Armand Colin, Paris, 1970.

BOZZINI DE MARRACO, M. C., & MARRAZO, T. M. - Guia de la Educación Física para los Jardines de Infantes, La Obra, Buenos Aires, 1973.

BRITO, A. P. - Educação Física Infantil, Liv. Portugal, Lisboa, 1971.

BRUNNHUBER, A. S. - Praticar y Jugar com el Aro, Ed. Kapelusz, Buenos Aires.

CAMERON, W. MCD - The Games Lesson in Primary Schools, Cambridge Univ.

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CAMPON, F., & LIEUTAUD, J. - Comment Faire, «... L'Éducation Physique avec les Enfants de 4 à 7 Ans», Fernand Nathan, Paris, 1973.

CALQUIST, M., & AMYLONG, T. - Gimnasia Infantil, Ed. Paidos, Buenos Aires.

CRATTY, B. - A Inteligência pelo Movimento, Colec. Difel, S. Paulo, 1974.

CRENIER, E., & CREMER, J. - Éducation Physique, Psychomotrice et Rytmique à l'École Primaire, FEEP, Liège, 1976.

DEMARBRE, A. - 200 Jeux Variants, Ed. Berget Levrault, Paris.

DAUER, P. V. - Essential Movement Experiences for Preschool and Primary Children, Burguess Publishing Company, 1972.

DIEM, L. - Quien es Capaz de ...?, Ed. Paidos, Buenos Aires.

DUBOSSON, J. - Exercices Perceptives et Sensorio-Moteurs, Ed. Delachaux Niestlé, Paris, 1957.

EGSTROM, G., & LAACHAW, H. - Human Movement - With Concepts Applied to Children's Movement Activities, Prentice-Hall, Nova Jérsia, 1969.

GILBER, A. G. - Tecching the Three RS, Through Movement Experiences Burguess, Pub C, 1977.

GUILMAIN, E., & GUILMAIN, G. - L'Activité Psychomotrice de l'Enfant, Son Évolution de la Naissance à 12 Ans. L. Medicale Uigué, 1971.

HOLBROOK, K. - Gymnastics - A Movement Activities for Children, MacDonald Evans, Ltd., 1973.

ISEF LISBOA - Educação Física Infantil, CDI, ISEF, Lisboa, 1976.

INEFD MADRID - Novedades en Educación Física Infantil, INEF, CDI, Madrid, 1974.

ISEF LISBOA - Expressão Corporal, «Encontros ISEF», ISEF, CDI, Lisboa, 1976.

JOLIBOIS, R. P. - A Iniciação Desportiva da Infância à Adolescência, Ed. Estampa, Lisboa, 1976.

(ver nota *) LAGRANGE, G. - A Educação Global, Ed. Estampa, Lisboa, 1977.

(ver nota *) LAPIERRE, A. - Educación Psicomotriz en la Escuela Maternal, Ed.

Científico-Médica, Barcelona, 1976.

LAPIERRE, A., & ACOUTIRIER, B. - Los Contrastes et Nuances, «Descubrimiento de las Nociones Fundamentales», Ed. Científico-Médica, Barcelona, 1976.

LE BOULCH, J. - L'Éducation par le Mouvement, Éditions ESF, Paris, 1973.

(ver nota *) LOBO, L. C., & ONOFRE, P. S. - Animação, Descoberta do Movimento, Ed. Autores, Lisboa, 1975.

LOUDES, J. - L'Éducation Psychomotrice, les Activités Physiques, Sudel, 1971.

300 Ejercicios de Educación Manual y Gestual, Ed. Científico-Médica, Barcelona, 1974.

LISTELLO, S. - Recreación y Educación Física Deportiva, Ed. Kapelusz, Buenos Aires.

(ver nota *) MARIANO GIRALDES - Metodologia de la Educación Física, Stadium, Buenos Aires, 1976.

MEUSEL, H. - Juegos de la Carrera con Pelota y Juegos de Competencia, Ed.

Kapelusz, Buenos Aires.

MONOWIEZ, D., MASABEU, E., e outro - Formas Básicas de la Actividad Física, Editorial AMTEEF, Madrid.

MOVEMENT - Physical Education in Primary Years, London Her Majesty's Stationery Of., 1972.

KEPHART, N. - El Alumno Retrasado, Ed. Luis Mirache, Barcelona, 1976.

KIPHARD, E. J. - Insuficiencias de Movimiento y de Coordenación en la Edad de la Escuela Primaria, Ed. Kapelusz, Buenos Aires, 1976.

ORLIC, M. L. - L'Éducation Gestuelle, ESF, Paris.

PARLEBAS, P. - Activités Physiques et Éducation Motrice, REPS, 1976.

PICQ. L., & VAYER, P. - Éducation Psychomotrice et Arrêlation Mentale, Ed. Doin, Paris, 1968.

ROSSEL, G. - Manual de la Educación Psicomotriz, Toray-Masson, Barcelona.

(ver nota *) RUSSEL, J. - Creative Dance in Primary School, MacDonald Evans, Ltd., 1965.

SCHULZ, C. - Educactión Física Infantil y Matrogimnasia, Ed. Kapelusz, Buenos Aires.

SMALL, M. - Jogos Infantis de Expressão Livre, Secretariado para a Juventude, Lisboa, 1972.

TIRMAN, J. - Gymnastique Psychomotrice, EFS, Paris, 1969.

VANNIER, M., FOSTIER, M., & GALLAHVE, D. - Teaching Physical Education in Elementary Schools, W. B. Sanders Company, Filadélfia, 1971.

VASQUEZ, J. L. H. - Actividades Gimnasticas - Bancos Suecos, Espaldares, Plintos y Potros, Ed. Científico-Médica, Barcelona, 1973.

(ver nota *) VAYER, P. - El Dialogo Corporal (2 a 5 Años), Ed. Científico-Médica, Barcelona, 1973.

(nota *) Consulta aconselhável.

Plano de estudos e actividades das escolas normais de educadores de infância

Educação Física, 1.º ano - Proposta de trabalho

(ver documento original)

Expressão Plástica

Programa

Conceitos gerais

A compreensão da plasticidade tende cada vez mais a englobar aspectos muito diversificados, abrangendo zonas mais vastas do que em épocas recentes, mas é ainda sobre conceitos estéticos e noções rígidas que ainda hoje vivemos e nos confundimos ao situar a nossa modernidade.

Embora cada personalidade se defina de modo global, convirá, em expressão e para fins didácticos, ser considerada sectorialmente em campos específicos.

Recordamos aqui que qualquer expressão é fundamentalmente comunicação e afirmação. Teremos então a linguagem permanente, cuja aparência visual se concretiza, de modo mais ou menos premente, na forma, cor, linha no espaço, em interligação e em sínteses não de todo conscientes.

Quando o nosso acto visual estabelece situações de adesão em leitura de registos gráfico-espaciais - os que em hábito nos são acessíveis -, será porque para elas estavam as nossas concepções previamente adaptadas.

Nesse aspecto torna-se necessário desenvolver no futuro educador capacidades de compreensão progressiva e de adaptação e manifestações diversas de linguagem plástica, lembrando épocas culturais e, dentro destas, figuras que catalisem momentos de expressividade máxima.

Este desenvolvimento, aliado ao conhecimento do processo evolutivo infantil (que segue uma via de representação exterior equivalente nos indivíduos quando as potencialidades e as vivências se equiparam basicamente), permitirá ao educador considerar os diversos resultados plásticos das crianças, uma vez que na vida profissional contactará diariamente com manifestações criadoras autónomas e válidas.

Ao considerar-se que a nossa formação pessoal está sujeita às influências de aspectos estéticos perfeccionistas e estereotipados, que a sociedade valoriza, e atedendo a uma pseudotradição do gosto, facilmente, embora, a sensibilidade limitando capacidades de prospecção plástica própria, talvez se deva começar por orientar os alunos em experimentações, pretendendo-se atingir resultado favorável no sentido da reformulação visuo-plástica.

Definem-se, assim, prioridades que convirá focar ao longo do ano, apontadas sem carácter sequencial:

Da relação escolar

Conceptualização individual ou colectiva, a nível de grupo escolar, de prática plástica.

Analogias e dissemelhanças de comportamentos estáticos e de registos em estudos plásticos.

Tentativas de leituras possíveis de diversas formulações estéticas.

Valorização dos aspectos de procura pessoal em cada aluno.

Pesquisa, recolha ou informação de manifestações plásticas alheias, esquecidas, ignoradas, ao/no meio de cada investigador.

Do contacto com a criança

Observação da atitude impressiva.

Tentativa de análise das suas possibilidades e limites.

Valor do gesto infantil.

Esquema de actuação pedagógica

(ver documento original)

Algumas considerações

O campo de investigação e de conhecimentos facultados aos alunos decorrerá dos interesses suscitados. Poder-se-á desenvolver, a par da procura e da prática, com vista a formulações pessoais e correctas, trabalhos de técnicas mais complexas, desejando-se uma pesquisa directa dos participantes.

A expressão plástica está sujeita, desde o início da formação dos futuros educadores, a encontrar-se ilustrativa e, assim, bloqueada na sua função específica. A interdisciplinaridade tende, com frequência, à colaboração com o meio plástico, mas subalternizando este. Tentar-se-á olhar o expressar plástico como linguagem com carácter próprio e, quando em situação relacional, não perderá a sua definição e o valor.

A inabilidade manual e a incapacidade, maior ou menor, de tradutibilidade de concepções estéticas não serão factores de demarcação inferiorizante dos alunos, já que o que se pretende não é tanto o resultado da criação plástica como o desenvolvimento da visualidade e da investigação.

Uma atitude interessada perante o gesto executor, perante a diversidade do panorama estético, é, decerto, aspecto formativo de modos culturais. Para além da vida escolar lembra-se os contactos com manifestações de cariz artístico, sempre benéficos, sobretudo se o aluno tiver acesso a critérios de selecção pessoal. Mas ter-se-á em conta que ser participante, ainda que a nível de espectador, pode não gratificar de imediato. O confronto com correntes estéticas que se recusam, mas aceites em outros meios, particularmente em sectores da sua expressão, permitirá fomentar a continuidade da pesquisa individual.

E ainda que por vezes se considerem rebarbativas, num futuro, haverá pretexto para clarificar o conhecimento, sem que tal obrigue a aderir. Um convívio amiúde com espectáculos de carácter cultural, eventualmente de visita à escola, será auxiliar impeditivo de conceptualizações estáticas.

Este apurar de sensibilidade mantém como objectivo final a compreensão da criança, com o consequente ajuste do aluno-educador às situações existentes ou criadas.

Bibliografia

KEN, Bayhes, & KATE - El Arte en la Sociedad Contemporánea, Valência, 1974, Fernand Torres (editor).

RAYMAND BAYER - Histoire de l'Esthétique, Paris, 1961, Liv. Armand Colin.

DONFLES, Gillo - Oscilações do Gesto, Livros Horizonte.

GREGORY, R. L. - A Psicologia da Visão, Editorial Inova.

SALAZAR, Abel - Que É a Arte?, Arménio Amado (editor), 3.ª edição, Coimbra, 1961.

SARAIVA, António José - Ser ou não Ser Arte, Publicações Europa-América.

HUGUE, René - Os Poderes da Imagem.

CARDOSO, Camilo, & VALSSASSINA, Heitor M. M. Tojal de - Arte Infantil - Linguagem Plástica.

DEBIENNE, Marie Claire - O Desenho e a Criança.

GALBY, Georgette, & VINENNE, Catherine - A Criança Criadora.

GONÇALVES, Eurico - A Pintura das Crianças e Nós, Pais, Professores e Educadores.

KOWALSKY, Klaus - Deixe-o Pintar.

MARRET, J. - Educação Visual-Motora.

- O Desenho, o Professor e a Criança.

LUQUET, G. M. - O Desenho Infantil.

STERN, Arno - Iniciação à Educação Criadora.

- Uma Nova Compreensão da Arte Infantil.

DUNAS, Marc. A. - Initiation aux arts plastiques.

- Initiation aux arts plastiques - L'observation.

KEPES, C. - Éducation de la vision.

ÉMILE, Joseph, & MULLER - O Fauvismo.

DICTER, Wolf, & DUBE - O Expressionismo.

LIPPARD, Lucy R. - A Arte Pop.

MAILLARD, Robert, & ELGAR, Frank - Picasso.

LASTREGO, Cristina, FRANCESCO & FESTA - Comunicatione di massa.

- La figura del homo.

- Riçierca d'ambiente.

LANGE, André, & THIRY, Dany - N.º 1 - As Colagens.

- N.º 2 - Fios e Tecelagens.

- N.º 6 - Os Trapos.

- N.º 7 - A Impressão.

- N.º 9 - Sombras e Silhuetas.

- N.º 10 - Os Mobiles.

- N.º 13 - A Modelagem - N.º 14 - Os Brinquedos.

Expressão Musical

Programa

Presidiu à elaboração do presente programa para o 1.º ano a necessidade e a preocupação de permitir ao educador todo um processo pessoal da experiência musical, de acordo com o estado actual das investigações neste campo.

Ainda que eminentemente prático, este primeiro contacto com a música deverá conter um mínimo de elementos teóricos, indispensáveis como suporte da futura actividade pedagógica.

Esses elementos poderão eventualmente ser sugeridos pelos estágios.

Seria, pois, de toda a vantagem que, ao longo dos vários períodos de estágio, e com o apoio do professor da cadeira, os alunos pudessem observar tempos de música com crianças.

Recomenda-se a leitura do Caderno Pedagógico, n.º 0, de Edgar Willems (ed.

Valentim de Carvalho, Lisboa).

1.º ano

Desenvolvimento auditivo (memória, acuidade auditiva, audição interior):

Diferenciação de timbres;

Movimento sonoro pancromático;

Gráficos;

Diferenciação de alturas;

Reprodução de: intervalos melódicos, policórdios, motivos melódicos, sons isolados, acordes;

Escala maior e menor harmónica;

Movimento sonoro diatónico;

Introdução à escrita e à leitura musicais.

Leitura e escrita:

Leitura por relatividade;

Leitura por absoluto;

Ditado.

Desenvolvimento rítmico (dinamismo, coordenação motora, sentido da duração, sentido da forma, memória rítmica, simultaneidade rítmica):

Exercícios de reacção;

Invenção de ritmos;

Invenção de ritmos em pergunta/resposta;

Quatro modos rítmicos;

Exercícios de agógica;

Exercícios de dinâmica;

Exercícios de duração;

Sentido da divisão binária ou ternária do tempo;

Passagem às figuras;

Leituras com figuras até à semicolcheia e pausas correspondentes;

Compassos mais usados.

Melodia e canções (desenvolvimento da criatividade, liberdade, espontaneidade, canto em comum, sensibilidade musical):

Invenção livre;

Invenção em pergunta/resposta;

Invenção por graus conjuntos;

Invenção sobre motivos rítmicos;

Invenção sobre cadências harmónicas;

Invenção sobre poesias ou textos;

Criação de canções, infantis ou não;

Aprendizagem e prática de canções pedagógicas, de canções tradicionais portuguesas e estrangeiras, a uma ou a mais vozes, cânones a duas ou mais vozes;

Cultura vocal elementar.

Movimentos corporais:

Através de movimentos naturais (andar, correr, saltar, saltitar, balançar, embalar, etc), sentir fisicamente o tempo da música e o tempo que passa:

Rodas e danças tradicionais.

Audição comentada de música de todos os tempos e estilos, não esquecendo as experiências do século XX.

Material de música que a escola deverá possuir:

Um piano;

Uma melódica;

Um gravador de cassettes;

Um gira-discos;

Uma fita ou cassette para movimentos corporais específicos;

Um quadro pautado;

Um projector de slides;

Um retroprojector;

Um écran;

Discos ou gravações para audições comentadas ou ilustrações de exemplos.

Musicogramas elucidativos de obras musicais. Variedade de slides que permita a ilustração de exemplos musicais, biografias, comparação com outras artes, etc.

Material variado para desenvolvimento auditivo e rítmico: objectos sonoros, brinquedos sonoros, campainhas, chocalhos, cornetas, apitos, flautas de êmbolo, flautas de Pã (ou de amolador), sirenes, xilofones, metalofones, jogos de sinos, material intatonal;

clavas, tamborins, pandeiretas, triângulos, guizos, blocos, timbales.

2.º ano

Enquanto para o 1.º ano se pensou e se elaborou o programa de música em função do crescimento pessoal do educador, no 2.º ano deu-se a tónica à prática pedagógica, realçando a utilidade da aplicação da música junto das crianças, em trabalho de estágio, sempre que possível com o apoio do professor da cadeira.

Sugere-se a reflexão, escrita ou oral, individual ou em grupo, sobre temas de carácter pedagógico-musical, tais como, por exemplo, a importância das canções, fases de desenvolvimento e interesses de ordem musical, elaboração de planos de actividades em função de grupos ou crianças determinados, etc.

Recomenda-se a leitura, se possível comentada, das seguintes obras: Edgar Willems, «Novas ideias filosóficas sobre a música e suas aplicações práticas», Cadernos Pedagógicos, n.os 0, 3 e 4-b, Valentim de Carvalho, Lisboa; Jacqueline e Michel Legaud, A Criança e a Música, Publicações Europa-América; Raquel Simões, Canções para a Educação Musical, «Solfejo elementar», Valentim de Carvalho.

A par de todo o trabalho atrás citado, não ficou esquecido tudo o que diz respeito ao desenvolvimento pessoal, e que compreenderá:

Audição:

Espaço intatonal (até ao 1/16 de um tom);

Simultaneidade (acordes, intervalos, agregados).

Ritmo:

Invenção em compasso;

Invenção em compasso com quadratura;

Leitura métrica com figuras até à semicolcheia.

Melodias e canções:

Leitura;

Ditado escrito e oral;

Canções com nomes das notas em dó maior e noutras tonalidades;

Aplicação instrumental das mesmas (melódica, xilofone, etc.) com acompanhamento rítmico em instrumentos de percussão.

Língua Portuguesa

Programa

Introdução

O actual programa de Língua Portuguesa a ser dado no 1.º ano das ENEI pretende atender às necessidades dos alunos que iniciam o curso de educadores de infância e abrir-lhes perspectivas para toda uma aprendizagem que deve continuar para além do curso, o que pressupõe uma ligação pedagógica à escola, que lhes fará sentir a cada passo a necessidade de evoluírem, se actualizarem.

Assim, partindo da comunicação, analisando as situações desta, aquilo que ela implica, os meios utilizados, a língua como instrumento da mesma comunicação e de expressão, aprofundaremos questões que não pretendem ser uma repetição de matéria, que se supõe terem sido dadas no ensino secundário, mas um alargar de perspectivas e uma compensação de uma formação básica diferente dos diversos alunos.

Através do conhecimento da semiologia (que não apareceu como matéria no ensino secundário) pretende-se sublinhar a necessidade de contacto interdisciplinar, pressupondo que ela vai aparecer por duas vias - a dos alunos e a dos professores das várias disciplinas.

Para além da explicitação dos problemas referentes à língua aparecer-nos-á a linguagem, que, tratada em aspectos verbais e não verbais, levará a um alargar de conhecimentos e à execução de trabalhos de âmbito vasto, que pretendem a preparação e realização, em equipa, com outras disciplinas.

Como metodologia para o presente programa, propõe-se que, quanto possível, se passe a prática da experienciação para a explicação científica ou técnica. Essa metodologia terá em linha de conta a formação básica e alargada, em perspectivas de futuro, do aluno e a existência de binómio educador-criança.

Este trabalho constante sobre a realidade do jardim-de-infância e a perspectivação da actuação profissional.

O programa de Língua Portuguesa proposto para o 2.º ano pretende uma articulação, tal como o do ano anterior, que leve à realização do objectivo a alcançar a longo prazo, e já indicado, que será o de abrir perspectivas para uma aprendizagem que deve continuar para além do curso.

Assim, a concepção de programa teve em conta vários aspectos, a saber:

1 - Constatação da importância de problemas relativos à linguagem, seu tratamento, com incidência especial neste 2.º ano, em aspectos respeitantes a expressão verbal (não descurando, no entanto, outras formas de expressão).

2 - Fundamentação científica ou técnica de pontos tratados experimentalmente no 1.º ano.

3 - Interdisciplinaridade - tal como o programa do ano anterior.

Ao indicar-se os pontos propostos no programa houve intenções de desenvolver um trabalho conjunto com as outras disciplinas de programação e execução.

O tempo ocupado com as matérias propostas dependerá, naturalmente, daquele que as outras cadeiras puderem conceder ao tratamento dos mesmos pontos, embora nos aspectos específicos de cada disciplina.

Língua Portuguesa

1.º ano

1 - A comunicação:

1.1 - Emissor/receptor.

1.2 - Os signos - a semiologia.

1.3 - Mensagem e análise semiótica.

1.4 - Código e análise semiótica.

1.5 - Signo linguístico.

1.6 - Contexto.

1.7 - Contacto.

2 - A língua:

2.1 - A língua e a realidade social.

2.2 - Língua, fala e discurso.

2.3 - Linguagem.

2.4 - Norma e desvio.

2.5 - Níveis de língua.

2.6 - Sincronia e diacronia.

3 - A língua como instrumento de comunicação e de expressão:

3.1 - O circuito da comunicação.

3.2 - A dupla realização da mensagem.

3.3 - Situações da comunicação linguística.

3.4 - Código oral, código escrito.

3.5 - Marcas de oralidade.

3.6 - Funções da linguagem.

4 - Meios de comunicação de massas:

4.1 - Rádio.

4.2 - Cinema e televisão.

4.3 - Imprensa - o jornal.

4.4 - O livro:

4.4.1 - Formação e deformação.

4.4.2 - O adulto e o livro.

4.4.3 - A criança e o livro.

4.5 - O cartaz.

Nota. - Não deverá ser só o ponto 4.4 a tratar de camadas etárias atingidas no processo de comunicação e de outros problemas afins.

5 - Linguagem não verbal:

5.1 - Gestual.

5.2 - Dos sinais.

5.3 - Simbólica.

5.4 - Musical.

5.5 - Plástica.

6 - A língua associada a outras linguagens:

6.1 - Palavra e som:

6.1.1 - Rádio.

6.1.2 - A gravação.

6.1.3 - O comentário e a palestra.

6.2 - Palavra e imagem:

6.2.1 - Gravura e fotografia.

6.2.2 - Cartaz.

6.2.3 - Banda desenhada.

6.3 - Palavra, imagem e som:

6.3.1 - Filme fixo acompanhado de gravação.

6.3.2 - Diapositivo acompanhado de gravação.

6.4 - Palavra, imagem, som e movimento:

6.4.1 - Teatro.

6.4.2 - Cinema.

6.4.3 - Televisão.

Nota. - Deve haver trabalho interdisciplinar, sobretudo com expressão prática, uma vez que estes pontos pressupõem pequenas histórias de técnicas, valor pedagógico, ligação prática com as actividades do jardim-de-infância.

2.º ano

1 - Psicopedagogia da linguagem.

2 - A competência linguística:

2.1 - Ortofonia:

2.1.1 - Técnicas.

2.1.2 - Aplicação dessas técnicas.

2.1.3 - Exercícios ortofónicos na escola infantil.

2.1.4 - Exercícios ortofónicos na pré-primária.

2.2 - Ortografia.

2.3 - Ritmo.

2.4 - Entoação.

2.5 - Pausa.

3 - O pictograma:

3.1 - Apresentação de método.

3.2 - Finalidades.

3.3 - Objectivos gerais.

3.4 - Etapas a percorrer.

4 - A frase:

4.1 - A frase como estrutura.

4.2 - Tipos de frase (declarativa, interrogativa, imperativa, exclamativa, enfática, negativa, passiva).

4.3 - Constituintes da frase.

4.4 - Sintagma e paradigma.

4.5 - Eixo sintagmático e eixo paradigmático.

5 - Pré-texto, subtexto e texto:

5.1 - Pré-texto: a história literária.

5.2 - Subtexto: a crítica psicanalítica e a sociologia da literatura.

5.3 - Texto:

5.3.1 - Texto literário e não literário.

5.3.2 - Denotação e conotação.

5.3.3 - Prosa e poesia.

6 - O texto como estrutura:

6.1 - Unidades narrativas.

6.2 - Sequências narrativas.

6.3 - Construção da personagem.

6.4 - Ponto de vista do narrador.

7 - O texto literário:

7.1 - Leitura.

7.2 - Crítica.

7.3 - Discurso crítico.

7.4 - Análise.

7.5 - Interpretação.

7.6 - O estilo e suas técnicas.

7.7 - Figuras de estilo (só as mais frequentes e que decorram do estudo de textos).

8 - Os géneros literários:

8.1 - Formas naturais da literatura - géneros narrativos, literário e dramático.

8.2 - O conto infantil:

8.2.1 - Diversos tipos de contos (tradicionais, comercias, etc.).

8.2.2 - Sua importância no desenvolvimento da linguagem e da personalidade infantil.

8.2.3 - Sua influência na sociabilização da criança.

8.2.4 - Suporte visual e sonoro de alguns contos.

8.3 - A poesia:

8.3.1 - Presença do «eu».

8.3.2 - Papel da Natureza.

8.3.3 - A mensagem poética.

8.3.4 - A poesia e a criança:

8.3.4.1 - Criação.

8.3.4.2 - Receptividade.

8.3.4.3 - Poesia e moral.

8.3.4.4 - Formação e deformação.

8.3.5 - O jogo poético:

8.3.5.1 - A importância da impregnação poética.

8.3.5.2 - Fases da realização de jogo poético.

8.3.5.3 - O seu valor.

8.4 - O texto dramático:

8.4.1 - Características do texto dramático.

8.4.2 - Dramatização.

8.4.3 - O teatro e as crianças.

8.4.4 - O teatro de sombras.

8.4.5 - Os fantoches.

8.4.6 - Marionetas.

8.4.7 - Outros processos de fazer teatro.

8.4.8 - O psicodrama.

9 - As novas diferenciações da moderna crítica literária:

9.1 - Poesia.

9.2 - Teatro.

9.3 - Ficção.

9.4 - Crítica.

Bibliografia

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BARTHES, Roland e outros - Análise Estrutural da Narrativa, Col. Novas Perspectivas de Comunicação, Ed. Vozes, Petrópolis, 1972.

BENAMOU, Michel - Pour une nouvelle pédagogie, Hachette-Larousse, Le Français dans le monde.

CARDET, Ricard - Manual de Periodismo.

CARLIER, Michèle & Jean-Jacques - L'histoire de Doucelaine - Langage parlé et langage écrit à l'école maternelle - Pédagogie pour notre temps, Classiques Hachette.

CARMO, Maria & DIAS, M. Carlos - Introdução ao Texto Literário, Didáctica Editora, Lisboa, 1975.

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GAILLARD, Philippe - O Jornalismo, Publicações Europa-América, 1974.

GENOUVRIER, Émile & PEYTARD, Jean - Linguística e Ensino do Português, Liv.

Almedina, Coimbra, 1974.

GIRALD, Denis - Linguística Aplicada e Didáctica das Línguas, Ed. Estampa, Col.

Técnicas de Educação.

HAYAKAWA, S. I. - A Linguagem no Pensamento e na Acção, Col. Biblioteca Pioneira de Arte e Comunicação.

JAKOBSON, Roman - Relações entre as Ciências da Linguagem e as outras Ciências, Liv. Bertrand, 1974.

LEENHART, Pierre - A Criança e a Expressão Dramática, Ed. Estampa, Col. Técnicas da Educação.

MAISTRE, Marie - Les parents et le développement du langage, Éditions du Centurion, 1975.

MATOSO CÂMARA, Júnior - Dicionário de Filologia e Gramática.

MOULOUD, Nöel - Linguagem e Estruturas, Liv. Almedina.

PESTANA, Inácio - Didáctica da Língua Portuguesa, Liv. Atlântica.

PICCOLOTTO, Leslei, BARTOLINI, Vanda, SALAMA, Sonia Meyeoshof & PACHECO, Eunice - A Comunicação em Jogo, Edições Loyola, S. Paulo, 1976.

PIERRE, Michel - La bande dessinée, Larousse, Idéologies et Sociétés.

POTTIER, Bernard, AUDUBERT, Albert & PAIS, Cidmar Deodoro - Estruturas Linguísticas do Português, DIFEL, S. Paulo, Rio de Janeiro.

PROPP, Vladimir - Morphologie du conte, Col. Points.

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RODRIGUES LAPA, M. - Estilística da Língua Portuguesa, 8.ª ed., 1975.

ROUX, Antoine - La bande dessinée peut être éducative, L'école.

SAUSSURE, Ferdinand de - Curso de Linguística Geral.

SCHAFF, Adam - Linguagem e Conhecimento, Liv. Almedina, Coimbra.

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TENGARRINHA, José - História da Imprensa Periódica Portuguesa, Portugália Editora, 1975.

TODOROV, Tzvetan - Poétique, Col. Points, Ed. Souil, Paris, 1968.

TOUBTET, Lise - Langage et prise de conscience à l'école maternelle, Carnets de Pédagogie Pratique.

VOIZOI, Bernard - Le développement de l'intelligence chez l'enfant, Armand Collin.

Literatura Infantil

Programa

1.º ano

O problema da literatura infantil numa escola de formação de educadores propõe duas vias:

Uma, de longa duração, sistemática e investigativa, que tomaria o lugar de cadeira independente;

Outra, de curta duração, que segue um caminho de sensibilização ao cultural próximo, à problemática pessoal frente à carga hereditária, às necessidades imaginativas, míticas e simbolizadoras da personalidade em desenvolvimento, às sublimações contínuas da experienciação quotidiana, da aprendizagem integradora do real pela via do imaginário.

Sem negar a necessidade formativa de uma investigação sistemática (e a ela se recorrer sempre que necessário), aparece claro que, numa formação profissional de curta duração, se impõe a segunda via, usando, embora, de rigor científico.

Assim, confrontando as necessidades do adulto com as da criança, confundindo por vezes os objectivos de uma produção que é ingenuamente educativa, preventiva, sábia, católica, a literatura de tradição oral ocupará logo à partida as atenções dos estudiosos.

Por isso, num primeiro ano de Literatura Infantil, sem preocupações de períodos, de sequências determinadas (que essas serão ditadas pelas necessidades de cada grupo, pela riqueza do meio, pelas sequências culturais envolventes, pela sensibilidade dos docentes), propõe-se:

1 - Trabalho com os grupos, tentando obter deles:

1.1 - Memórias culturais dos seus tempos infantis e juvenis.

1.2 - Memórias de relação com os adultos que lhes proporcionaram as aquisições.

1.3 - Sensibilidade pessoal ao nível dos conteúdos culturais e educativos.

1.4 - Selecção das memórias mais representativas ao nível do grupo.

1.5 - Análise informal ao nível dos conteúdos.

2 - Descentralização da escola enquanto «dentro». Integração no envolvente - aldeias ou outro tipo de comunidades.

2.1 - Pesquisas culturais da tradição oral do meio (registo, se possível, da oralidade).

2.2 - Discussão dos dados obtidos.

Comparação com o material já organizado fornecido pelas vivências dos próprios alunos.

Nota. - Não se propõe que este tempo de estudo seja exclusivo da aula de Literatura Infantil.

Muito pelo contrário, aparece aqui importante a colaboração de outras disciplinas, como a de Antropologia Cultural, Pedagogia, Música, Língua Portuguesa, etc.

3 - Análise da estrutura do conto popular (que, se possível, permitiria uma certa teorização sobre as posições de Lévi-Strauss e de Vladimir Propp).

3.1 - Raízes do conto popular.

3.2 - Fábulas e contos maravilhosos.

3.3 - Os assuntos.

3.4 - Métodos.

3.5 - Funções dos personagens.

3.6 - Tipos.

3.7 - O conto como totalidade.

4 - Alguns contos clássicos da literatura da tradição oral: Perrault e os irmãos Grimm.

5 - Os contos como resposta indirecta às inquietações infantis - papel catártico.

5.1 - Adaptabilidade dos contos de tradição oral às estruturas mentais da criança - o real e o imaginário.

5.2 - A função simbólica e o papel do conto. Realce dado à dramatização.

5.3 - Discussão dos pontos de vista de Soriano e de Bruno Betheleim.

Nota. - Parece fundamental uma ligação com as disciplinas de Psicologia - recurso à Psicologia Genética - e Movimento e Drama.

6 - O contributo de um património cultural de base na formação do sentido estético na criança.

Nota. - Neste ponto se incluem as recolhas feitas de início e que dizem respeito à linguagem rimada (lengalenga, cantilena, canções de acompanhar jogos e trabalho, o próprio nonsense - introdução à poesia).

Literatura Infantil

2.º ano

Na sequência do trabalho anterior, todo voltado à sensibilização do aluno-educador aos valores do imaginário no cultural e na formação do «eu», debruçamo-nos aqui sobre a informação mais alargada e sobre a observação da criança frente ao produto literário do adulto a ela destinado.

A preocupação de agora manterá uma relação dialéctica permanente com as aprendizagens anteriores, isto é, procurará sempre, por um lado, salientar os valores universais de uma cultura literária de tipo erudito, por outro lado, dar relevo aos valores permanentes, actuais e actuantes de uma cultura popular específica e personalizante.

Terá ainda em conta a importância de um trabalho que implique o aluno-educador como indivíduo que faz e recebe cultura e, como tal, se responsabiliza por cada passo de aprendizagem.

O caminho investigativo sistemático será o próprio.

Os contactos da obra com o jovem público a que se destina serão estudados em várias propostas e as suas reacções, ideias e iniciativas analisadas e sistematizadas.

Ainda aqui procuramos não tratar a criança como subproduto de uma sociedade de adultos, mas como um ser em formação, participante, que dá e que recebe.

Acreditamos, assim, definitivamente ordenar como imprópria toda a produção literária diminutiva para a infância.

1 - A actual literatura portuguesa para a infância e juventude:

1.1 - Análise de alguns livros e autores.

1.2 - Características mais evidentes nuns e noutros.

1.3 - Formulação de hipóteses a serem verificadas numa prática de trabalho.

1.4 - Testagem do interesse destas obras junto das crianças e jovens.

Daqui decorre o problema da animação:

A importância do texto;

A importância da imagem;

A importância do leitor ou narrador;

O teatro;

O teatro de sempre de sombras chinesas;

O teatro de silhuetas;

O teatro de fantoches;

O filme ou slide;

A gravação.

2 - Algumas obras e autores estrangeiros mais conhecidos:

Do nosso tempo;

Do século XIX e princípios do século XX.

3 - A poesia e a infância.

Nota final. - O estudo será sempre uma articulação indispensável com a Psicologia, a Pedagogia e com a Antropologia.

Prevê-se ainda a elaboração de monografias.

Matemática

Programa

Introdução

1 - Objectivos gerais:

1.1 - É fundamental que as escolas normais de educadores de infância proporcionem aos alunos que as frequentam:

1.1.1 - Uma formação matemática que conduza:

Ao correcto desenvolvimento intelectual;

Ao poder de análise e sentido crítico;

Ao rigor do pensamento lógico;

À preocupação da exactidão;

Ao conhecimento das estruturas fundamentais do pensamento matemático;

À perspectiva da interdisciplinaridade, nomeadamente entre a matemática e a linguística;

À formação adequada à capacidade de comunicar com as crianças.

1.1.2 - Uma informação matemática que encaminhe conscientemente os alunos para a prossecução dos dois importantes objectivos das actividades matemáticas no jardim-de-infância:

Fazer despertar o pensamento lógico da criança;

Preparar a elaboração correcta do conceito de número natural.

1.2 - Pretende-se ainda com o duplo carácter deste programa - formativo e informativo - que os futuros educadores interpretem devidamente a acção a realizar com as crianças de modo a facultar-lhes o desenvolvimento das capacidades de:

Observação;

Atenção;

Interpretação;

Imaginação;

Criatividade;

Raciocínio;

Ordem sensorial;

Ordem motora;

Organização espácio-temporal;

Lateralização;

Relação e percepção;

Expressão verbal;

Crítica das situações.

2 - Sugestões para o desenvolvimento do programa:

Na linha de pensamento exposta, o programa vai ser apresentado sob dois aspectos:

Prática pedagógica a realizar no meio infantil;

Temas teóricos a tratar em aulas.

Estas duas partes não devem ser consideradas como compartimentos estanques nem a ordem da sua apresentação tem intenção cronológica, visto a estruturação do curso apontar para uma contínua interligação entre a teoria e a prática.

Sugere-se, por exemplo, que como finalidade de cada rubrica teórica se indiquem exemplos de actividades possíveis a efectuar na prática pedagógica. Noutros casos poderá seguir-se o percurso inverso: a partir da observação de determinadas actividades realizadas no jardim-de-infância deverá ser feito o comentário e dada a justificação científica adequados.

O conteúdo programático não se apresenta subordinado a anos lectivos por duas razões:

A distribuição depende das circunstâncias e do plano interdisciplinar estabelecido em cada escola;

A preparação dos alunos ao entrarem para a escola é desigual, até porque alguns possuem Matemática do curso complementar e outros apenas a do curso geral.

Será de pensar a constituição de grupos de alunos em «fase adiantada», com um certo horário semanal na disciplina, ou em «fase mais atrasada», com maior frequência de aulas semanais.

A rubrica teórica, exposta em último lugar - «Extruturas algébricas» -, é de carácter facultativo, destinando-se aos alunos mais adiantados e que revelem maior interesse, admitindo-se que possa ser tratada a seguir à rubrica «O conjunto dos números naturais» ou rematando o programa, tal como se apresenta.

Conteúdo programático

1 - De ordem teórica:

1.1 - Lógica e conjuntos:

1.1.1 - Generalidades sobre linguagem:

Expressões com e sem significado;

Principais formas de representação de entes;

Distinção entre designação e designado;

Equivalência de designações e identidade de entes (uso do verbo «ser»).

1.1.2 - Generalidades sobre conjuntos:

Relatividade dos conceitos de elemento e de conjunto;

Nomes próprios e comuns;

Relação de pertença (uso do verbo «ser»);

Conjuntos definidos em extensão e sua representação.

1.1.3 - Proposições e valores lógicos:

Valor lógico das proposições;

Princípios básicos da lógica bivalente;

Equivalência de proposições;

Operações elementares sobre proposições e sobre valores lógicos: definição da negação, conjunção e disjunção (inclusiva e exclusiva).

1.1.4 - Das condições aos conjuntos:

Expressões designatórias e respectiva equivalência formal;

Expressões proposicionais ou condições;

Conjuntos definidos em compreensão e sua representação;

Condições possíveis, universais e impossíveis;

Conjuntos singulares, conjuntos vazios e o universo;

Quantificação de condições. Variáveis livres e aparentes;

Equivalência formal de condições e identidade de conjuntos;

Negação e complementação; condições contrárias e conjuntos complementares;

Conjugação de condições e intersecção de conjuntos;

Disjunção de condições e reunião de conjuntos;

Condições incompatíveis e conjuntos disjuntos;

Diferença de dois conjuntos;

Disjunção exclusiva de condições e diferença simétrica de conjuntos.

1.1.5 - Propriedades das operações lógicas elementares:

Sobre proposições ou valores lógicos;

Sobre condições;

Sobre conjuntos;

Referência ao princípio da dualidade lógica.

1.1.6 - Implicação material e dedução lógica:

Definição, exemplos e propriedades da implicação material;

Tipos de silogismos;

Discussão da validade de alguns argumentos.

1.1.7 - Implicação formal:

Definição e exemplos.

1.1.8 - Relação de inclusão:

Definição (uso do verbo «ser»);

Partes de um conjunto;

Conjunto das partes de um conjunto finito.

1.2 - Relações:

1.2.1 - Generalidades:

Par ordenado. Sequência;

Produto cartesiano de dois ou mais conjuntos;

Quadrado cartesiano;

Condições com duas ou mais variáveis;

Relação binária. Relação n-ária.

1.2.2 - Relações binárias definidas num conjunto:

Definição e formas de representação;

Relação inversa ou recíproca;

Relação contrária ou complementar;

Propriedades: reflexiva, não reflexiva e anti-reflexiva; simétrica, não simétrica e anti-simétrica (nos sentidos lato e estrito); transitiva e não transitiva;

Relações de equivalência. Partição de um conjunto. Conjunto quociente;

Referência às relações de ordem.

1.3 - Correspondências:

1.3.1 - Generalidades:

Noção de correspondência entre dois conjuntos;

Tipos de correspondências;

Equipotência de conjuntos.

1.3.2 - Aplicações:

Conceito de aplicação;

Tipos de aplicações;

Aplicação inversa;

Composição de aplicações.

1.4 - O conjunto dos números naturais:

1.4.1 - Número natural:

Cardinal de um conjunto;

Conceito de número natural.

1.4.2 - Representação:

Designação de números naturais;

Sistemas de numeração;

Numeração em qualquer base.

1.4.3 - Operações em N:

Definições;

Propriedades.

1.5 - Iniciação à geometria:

1.5.1 - Introdução:

Conceito de figura geométrica;

Termos primitivos;

Termos derivados.

1.5.2 - Espaço:

O espaço - universo a três dimensões constituído por pontos;

Sólidos - subconjuntos do espaço;

Superfícies - fronteiras de sólidos;

Linhas - fronteiras de superfícies;

Pontos - fronteiras de linhas.

1.5.3 - Plano:

O plano - universo a duas dimensões constituído por pontos;

Domínios planos (polígonos, círculos, etc.) abertos e fechados.

1.5.4 - Linhas:

A linha - universo a uma dimensão constituído por pontos;

Segmentos definidos em linhas - abertos e fechados;

Rectas, semi-rectas e segmentos de rectas;

Linhas poligonais e circunferência.

1.5.5 - A recta orientada.

1.6 - Comprimento, área e volume:

1.6.1 - Segmentos e comprimentos:

Segmentos geometricamente iguais - noção de comprimento;

Adição de comprimentos;

Perímetros de polígonos e perímetros do círculo.

1.6.2 - Superfícies e áreas:

Superfícies equivalentes - noção de área;

Reunião de superfícies e adição de áreas;

Áreas de polígonos e área do círculo.

1.6.3 - Sólidos e volumes:

Sólidos equivalentes - noção de volume;

Reunião de sólidos e adição de volumes;

Volumes de alguns sólidos.

1.7 - Estruturas algébricas:

1.7.1 - Lei de composição interna:

Definição.

1.7.2 - Estruturas simples:

Grupóide;

Semigrupo;

Monóide;

Grupo;

Grupo abeliano.

1.7.3 - Conjuntos N, Z, Q e R:

Algebrização pelas operações:

Adição;

Subtracção;

Multiplicação;

Divisão.

2 - De ordem prática:

2.1 - Actividades subordinadas ao objectivo «fazer despertar o pensamento lógico da criança»:

Jogos lógicos;

Alternâncias;

Itinerários;

Exploração do espaço;

Codificação e descodificação;

Tabelas de uma e duas entradas;

Esquemas gráficos.

2.2 - Actividades subordinadas ao objectivo «elaboração do conceito de número natural»:

Propriedades dos objectos: cor, forma, tamanho, espessura, etc.;

Constituição de conjuntos;

Classificações;

Ordenações;

Correspondências.

Bibliografia básica

SEBASTIÃO E SILVA, José - Compêndio de Matemática, curso complementar do ensino secundário, 1.º e 2.º tomos, edição do GEP, Lisboa.

- Documentação do Professor de Matemática, edição da Direcção-Geral do Ensino Básico, Lisboa.

ZIÇLON, Remi - Vers les structures - Nouvelle pédagogie de la Mathématique, Collection Formation des enseignants, Hermann, Paris.

GLAESER, George - Mathématiques pour l'Élève Professeur, da mesma colecção que o anterior.

MACIAS, Eugénio Roanes - Didáctica de leis Matemáticas, Ediciones Anaya, S. A., Salamanca.

- Matemáticas para Professores, E. G. B., Editiones Anaya, S. A., Salamanca.

DIENES-GOLDING - A Geometria pelas Transformações - I - Topologia, geometria projectiva e afim, Editora Pedagógica e Universitária, S. Paulo, Brasil.

BRAY, S. & CLAUSARD, M. - Initiation mathématique à l'école maternelle, OCDL, Paris.

GILLIE, Claude, & GILLIE, Anne-Marie - L'école maternelle française nº 8 (avril 1977) - Dossier pédagogique du mois: les mathématiques à l'école maternelle.

BANDET, J. ABBADIE, M., & SARAZANAS - Vers l'apprentissage des mathématiques - Cahiers de Pédagogie Moderne 37, Collection Bourrelier, Armand Collin.

PICARD, Nicole - Des ensembles à la découverte du nombre, OCDL, Paris.

- Pédagogie de l'école maternelle - Principes et pratique, tome 2 («mathématiques pour jeunes enfants», p. 95), editor Fernand Nathan.

BROUSSSEAU, G., & FÉLIX, L. - Mathématiques et thèmes d'activité à l'école maternelle - Classiques Hachette.

TONYAROT, M. A. - Comment faire? ... Les activités mathématiques à l'école maternelle - Editor Fernand Nathan.

DIENES-GOLDING - Primeiros Passos em Matemática: 1 - Lógica e Jogos Lógicos; 2 - Conjuntos, Números e Potências; 3 - Exploração do Espaço, Editora Pedagógica e Universitária, S. Paulo, Brasil.

DIENES, Z. P. - A Matemática Moderna no Ensino Primário, Livros Horizonte, Portugal.

THIRIOUX, A., SANCHEZ, L., & CHAPEAU, A. - Formation initiale et continue - Pour les enseignants des écoles maternelles et élémentaires, Collection Mathématique Contemporaine, Magnard, Paris.

Ciências da Natureza

Programa

Introdução aos programas

Um programa destinado à formação de educadores de infância tem de apresentar, pela sua própria natureza e objectivos, uma via que combine dois aspectos:

1.º Preparar o futuro educador para uma acção social que se consubstancia na sua própria actuação;

2.º Preparar o futuro educador para responder e suscitar a formação das crianças - como pessoas e como grupo.

Deste modo, ao elaborar os programas de Biologia e de Ciências da Natureza para as escolas normais de educadores de infância, é de considerar os seguintes princípios gerais:

I - Tornar possível a criação de situações de aprendizagem pela utilização de uma metodologia investigativa, de modo que os futuros educadores de infância se preparem para estimular, e não sufocar, a curiosidade da criança, incutindo nela o hábito de observar atenta e rigorosamente, cultivando-lhe o gosto pela procura de soluções, o que desenvolverá a sua imaginação e a sua aptidão para criar.

II - Decorrente da aplicação de uma metodologia investigativa, elaborámos um programa que possibilita o trabalho em grupo.

Os factores de cooperação são formadores e toda a cooperação um sistema de operações executadas em comum e, por conseguinte, fontes de reciprocidade, de contrôle mútuo e produção autónoma: donde o papel pedagógico essencial do trabalho em equipa.

(Piaget.) Num mundo em constante evolução há que saber dar as mãos, há que saber colaborar para a construção de uma sociedade mais justa.

Aprender a evoluir, aprender a colaborar, eis as duas máximas tarefas da educação nova.

(R. Gloton, in Actividade Criadora da Criança.) III - Proporcionar aos futuros educadores a possibilidade de se debruçarem sobre problemas biológicos, tais como genética, embriologia, crescimento, maturação, nutrição, etc., indispensáveis à compreensão da criança na sua totalidade.

Os conhecimentos adquiridos deverão ser orientados para a compreensão de preceitos de higiene, que tanta importância poderão vir a ter quando cada educador no seu jardim-de-infância, muitas vezes longe dos grandes centros, tiver de enfrentar e até modificar hábitos rotineiros de alimentação e outros das populações das localidades em que se encontrem.

É fundamental que o médico, o psicólogo ou o educador perante uma criança não esqueçam que todo o seu comportamento e toda a sua existência são condicionados por factores biológicos, psicológicos e sociológicos.

IV - Preparar os futuros educadores de infância para responderem ao desejo das crianças de conhecerem o seu próprio corpo, proporcionando-lhes actividades de descoberta. Deste modo, os futuros educadores deverão reflectir, nomeadamente, sobre o problema da educação sexual, encarada do ponto de vista dos pais e das crianças.

V - Sensibilizar os futuros educadores para que, para além de ajudarem a criança a conhecer-se a si própria, a levem a descobrir o seu mundo, a valorizar o ambiente que a cerca.

É fundamental que os futuros educadores compreendam as condições da situação presente, que tomem consciência dos perigos reais que o ambiente corre, das formas de evitar estes perigos e das responsabilidades particulares de cada indivíduo nesta matéria.

VI - Piaget fala da «incrível lacuna» que tem quase sistematicamente negligenciado «a formação do espírito científico» e sublinha o lugar que o ensino pré-escolar deve ocupar no que deve ser uma verdadeira «propedêutica científica».

É indispensável que a criança procure, ela própria, uma explicação para os factos notados, uma solução para o problema posto.

É indispensável que ponha uma hipótese, que a verifique. Porque «compreender é inventar» (Piaget).

Não se trata de «mobilar» a memória, nem de adquirir vocabulário; trata-se, sim, de «favorecer o nascimento de condutas inteligentes e flexíveis nas relações da criança com o meio e de lhe dar, ao seu nível, instrumentos eficazes no plano dos conhecimentos e dos métodos de trabalho, para evitar um simples condicionamento ou condutas estereotipadas» (Recherches Pédagogiques, n.º 70).

Assim, tendo consciência de que são as manifestações da vida que apaixonam as crianças (como o mostra um inquérito feito numa área de jogos na Dinamarca), e não as descrições morfológicas, é para a elaboração do conceito de vida que devem ser orientadas as descobertas (na prática pedagógica).

Poderão, pois, ser abordadas, a este nível, as noções de ser vivo, de meio e ciclo de vida.

Trata-se de levar a criança a descobrir:

As funções características do ser vivo;

Que o comportamento do ser vivo está orientado para certos factores do meio (luz, humidade, presença de certos alimentos, etc.);

conceitos que, segundo o inspector-geral Dulan, poderiam resumir-se do seguinte modo:

Levar a criança a:

Amar a Natureza;

Compreendê-la; e Respeitá-la.

(In École Maternelle Française.) Conteúdos programáticos I - Biologia 1 - Genética:

1.1 - A célula como unidade de vida.

1.2 - Divisão celular:

1.2.1 - Mitose ou divisão equacional.

1.2.2 - Mitose ou divisão reducional.

1.3 - Genética mendeliana.

1.4 - De Mendel às moléculas.

1.5 - Genética humana:

1.5.1 - A determinação do sexo.

1.5.2 - As aberrações cromossómicas:

Anomalias do número;

As delecções;

As aberrações de estrutura.

1.6 - Patologia hereditária:

1.6.1 - Modos de aparição das doenças genéticas.

1.6.2 - Modos de transmissão simples das doenças genéticas:

Transmissão de uma doença dominante;

Transmissão de uma doença recessiva;

Transmissão de uma doença ligada ao sexo.

1.7 - Hereditariedade e meio.

2 - Elementos de embriologia:

2.1 - Introdução: morfologia dos aparelhos reprodutores masculino e feminino.

2.2 - Formação dos gâmetas masculinos.

2.3 - Formação dos gâmetas femininos.

2.4 - Fecundação.

2.5 - Períodos pré-embrionário, embrionário e fetal:

2.5.1 - Evolução do ovo.

2.5.2 - Evolução dos anexos.

2.5.3 - Formação das gónadas e dos órgãos genitais.

2.5.4 - Evolução do sistema nervoso central e dos órgãos dos sentidos.

2.6 - Educação sexual (encarada no aspecto da criança e dos pais).

3 - Crescimento e maturação:

3.1 - Crescimento dentro e fora do organismo materno.

3.2 - Períodos de crescimento.

3.3 - Desigualdade do crescimento dos órgãos e dos segmentos do corpo:

«maturação morfológica».

3.4 - Crescimento em estatura e em peso.

3.5 - Maturação óssea, dentária e sexual. Correlação entre os diversos indicadores de maturação.

3.6 - Factores do crescimento:

3.6.1 - Factores internos:

Genéticos;

Acção hormonal.

3.6.2 - Factores externos:

Meio;

Estações do ano;

Atitudes corporais (referência ao mobiliário);

Alimentação.

4 - Nutrição:

4.1 - As necessidades alimentares:

4.1.1 - Nutrientes energéticos.

4.1.2 - Nutrientes não energéticos.

4.1.3 - Digestão e metabolismo.

(Breve revisão sobre a morfologia do aparelho digestivo / higiene da boca e dentes / dos aparelhos respiratório, circulatório e urinário.) 4.2 - Alimentação em função da idade.

4.3 - Alimentação em função do clima.

4.4 - Alimentação desequilibrada e suas consequências.

5 - Sistema nervoso:

5.1 - Introdução.

5.2 - O movimento reflexo: necessidade de um centro nervoso e de elementos de ligação:

5.2.1 - Fibras sensitivas e motoras.

5.2.2 - O papel da pele.

5.3 - Sensações conscientes e motricidade voluntária.

5.4 - Os reflexos condicionados.

5.5 - Neurónios e cadeias neurónicas.

5.6 - O desenvolvimento do sistema nervoso:

5.6.1 - Factores do desenvolvimento do sistema nervoso:

A alimentação;

Os estímulos externos (para cada função há um período sensível aos estímulos externos);

Hereditariedade;

O meio sócio-económico.

5.6.2 - A higiene do sistema nervoso:

As drogas;

A poluição sonora;

O sono e a sua variável duração conforme a idade.

II - Ciências da Natureza 1 - O Homem e o meio ambiente:

1.1 - Generalidades:

1.1.1 - O ambiente.

1.1.2 - O ambiente físico e sociológico.

1.1.3 - O ambiente urbano e rural.

1.2 - O equilíbrio da Natureza:

1.2.1 - A biosfera e as cadeias alimentares: produtores, consumidores e decompositores.

1.2.2 - Os ciclos do azoto, da água e do dióxido de carbono.

1.2.3 - Comunidades e ecossistemas.

1.2.4 - Relações ecológicas:

Entre animais;

Entre vegetais;

Entre animais e vegetais.

1.3 - A acção do Homem sobre a Natureza (ruptura do equilíbrio):

1.3.1 - Os solos e a agricultura.

1.3.2 - A industrialização.

1.3.3 - A poluição: os diversos tipos e algumas medidas que a podem atenuar.

2 - A «ecologia na escola». A importância da aquisição de uma «consciência ecológica».

3 - A criança e o meio ambiente. «Sensibilização» da criança à Natureza.

Bibliografia básica

Le développement biologique de l'enfant, Stanislaw Tomkiewiez, collection SUP, PUF.

Traité de psychologie de l'enfant, 2 Développement biologique, H. Gratiot-Alphandéry, René Zazzo, PUF.

Biologia e Investigação Científica, Jeffrey Baker, Garland Allen, Fundo Educativo Interamericano, S. A.

L'Homme éveil à la vie, Biologie 3ème, J. Bergeron, Hervé, Lemaître, Mourier Hatier.

Ciências Biológicas, «De las moléculas al Hombre», BSCS.

A Hereditariedade Humana, Jean Rostand, Publicações Europa-América.

A Hereditariedade, Claude Arnaud, Enciclopédia Diagrama.

Hereditariedade, Ashley Montagu.

Hereditariedade Humana, P. H. Saldanha.

Hereditariedade, Carter.

Guia da Alimentação Moderna, Nicole Thonnat, Biblioteca do Homem e da Mulher, Publicações Europa-América.

A Higiene Alimentar da Criança, P. Mozziconacci, Biblioteca de Pediatria, Socicultur.

A Educação Sexual, Spock, Neil, Makarenko, Berge, Diálogo, Publicações D. Quixote.

Educação Sexual - Primeiros Passos para Viver Melhor, Guillopé.

A Educação Sexual e Afectiva, André Berge.

Ecologia, «Notas breves», Prof. Ferrand de Almeida, edição GEP, MEIC.

A Ecologia na Escola, Jeanne Daubois, Técnicas de Educação, 13.

Pedagogia do Meio Ambiente, Louis Porcher, Pierre Ferrant, Bernard Blot, Socicultur.

Poluição do Meio Ambiente, Maria Fernanda Correia Cardoso, Livraria Almedina, Coimbra.

Problemas Ecológicos do Mundo Agrário, Livraria Almedina, Coimbra.

Expressão Dramática e Movimento

Programa

Objectivos específicos

1 - Desbloquear.

2 - Percepção da natureza íntima do movimento.

3 - Observação, imaginação e expressão dramática de situações.

4 - Desenvolvimento das capacidades sensoriais físicas, afectivas e intelectuais.

5 - Activação dos mecanismos de seleccionação com o outro e com o meio.

6 - Improvisação.

7 - Criatividade.

8 - Libertação de preconceitos estéticos.

Objectivos metodológicos

1 - Sensibilização e gradual compreensão da área «movimento e drama», fundamentalmente através de uma vivência prática experimental.

2 - Proporcionar uma visão diversificada e global da área.

3 - Desenvolver uma perspectiva interdisciplinar, tomando como ponto de partida e cenário pedagógico a actividade «movimento e drama».

4 - Fornecer instrumentos teóricos e práticos que aprofundem e ampliem a acção para além do espaço/tempo em que se desenvolve, permitindo assim influenciar a prática pedagógica futura através da conquista de uma autonomia criativa pelo aluno-educador.

5 - Fornecimento de textos de apoio e indicação bibliográfica, visando os objectivos anteriores.

Conteúdos

1 - Corpo:

1.1 - Movimento:

1.1.1 - Espaço.

1.1.2 - Tempo. Ritmo.

1.1.3 - Força.

1.1.4 - Peso.

1.1.5 - Relacionação (pares, grupos).

1.1.6 - Segmentação e global.

1.1.7 - Acuidade sensorial.

1.1.8 - Respiração. Tipos e funções.

1.1.9 - Relaxamento. Aspectos de desenvolvimento e técnica.

1.2 - Dança criativa:

1.2.1 - Descoberta e exploração de factores motores e da qualidade de movimento.

1.2.2 - Improvisações individuais e em grupo.

1.3 - Dança moderna:

1.3.1 - Pequenas coreografias de estilo moderno.

1.4 - Dança clássica:

1.4.1 - A estética clássica e referência a aspectos de técnica base.

2 - Voz (aparelho fonador):

2.1 - Respiração. Relaxamento.

2.2 - Caixas de ressonância.

2.3 - Máscara facial.

2.4 - Articulação. Dicção.

2.5 - Ritmicidade.

2.6 - Volume vocal. Extensão vocal.

2.7 - Outras qualidades vocais.

2.8 - Rimas. Lengalengas. Trava-línguas.

2.9 - Coro falado.

2.10 - Leitura.

2.11 - O contador de histórias.

3 - Expressão dramática:

3.1 - O jogo:

3.1.1 - Jogo mímico.

3.1.2 - Jogo simbólico.

3. 1.3 - Jogo de imitação.

3.1.4 - Jogo dramático:

Pontos de partida e formas de desenvolvimento da acção dramática;

Elementos componentes do jogo dramático;

Acção e sua estrutura;

Personagens e sua caracterização;

Objectos e suas funções. Adereços, guarda-roupa, cenários;

Espaço da acção;

Tempo.

4 - Material cinético-dramático:

4.1 - Brinquedos.

4.2 - Fantoches. Máscaras. Sombras:

4.2.1 - Origens.

4.2.2 - Funções sociais.

4.2.3 - Técnicas de confecção.

4.2.4 - Função pedagógica.

5 - Espectáculos:

5.1 - Circo. Dança. Teatro:

5.1.1 - Participação, assistência e análise do espectáculo para crianças.

Observação e Prática Pedagógica

Programa

Considerações gerais

A técnica pedagógica é uma disciplina, igual a qualquer outra, a ser trabalhada especificamente por educadoras-professoras, em igualdade de atribuições com os outros professores e em diferença por a cadeira constituir o fulcro da preparação da educadora. Seria de realçar que não há técnicas mas uma perspectiva técnica e de aplicação para a acção-intervenção de pedagogia.

Tentar um aproveitamento válido em si mesmo e valioso para a acção-intervenção a partir dos conhecimentos atinentes ao desenvolvimento da personalidade e ao desenvolvimento da pedagogia;

Tentar despertar na educadora, a partir da utilização de um apetrechamento quase material - meios e lugares - e de um apetrechamento formal - informações -, o interesse para o lugar importante que cabe à iniciativa pessoal na interacção com a criança pela atenção compreensiva dada às suas expressões, que são igualmente manifestação e interpelação a essa iniciativa;

Desenvolver na educadora a capacidade de manejo da dialéctica (ou diálogo) entre uma informação que se diversifica ao concretizar-se perante a prática e uma prática que reclama uma informação mais pormenorizada;

Colocar constantemente perante a educadora o interesse de uma aprendizagem que só o é na medida em que se concretiza na transformação dos esquemas de pensamento e acção ou na renovação das ideias e valores;

Levar a compreender que a validade da técnica pedagógica depende:

Da observação atenta ao que acontece;

Da actuação adequada em função do que observa;

Da reflexão pessoal sobre a observação e a actuação.

Objectivos específicos

A criança:enquanto é dotada de um dinamismo próprio e que se desenvolve através do que vai experienciando nas diversas situações e circunstâncias do seu dia-a-dia;

Enquanto é diferença permanente, com direito, da parte da educadora, a uma atenção sempre renovada e renovadora das atitudes assumidas no sentido de melhor corresponder ao que a criança manifesta e ou espera.

A educadora:

Enquanto exercendo uma actividade que é existencial mais do que profissional, a qual possibilita uma actualização pessoal constante das suas potencialidades na procura de uma acção sempre melhor por mais adequada.

O meio:

Enquanto complemento da sua acção-intervenção com e pela criança a favor da mesma criança.

1 - Vida nos serviços para a infância - Objectivos: seus meios:

1.1 - Meios humanos:

1.1.1 - Relação educadora-criança.

1.1.2 - Relação família.

1.1.3 - Relação comunidade.

1.1.4 - Trabalho em equipa.

1.1.5 - Relação com outros serviços.

1.2 - Meios materiais:

1.2.1 - Localização.

1.2.2 - Instalações.

1.2.3 - Salas de actividade.

1.2.4 - Os espaços livres: exterior e interior.

1.2.5 - O material.

2 - Diversas formas de atendimento:

(ver documento original) 3 - O quotidiano na creche e no jardim-de-infância:

3.1 - Utilização do tempo.

3.2 - Utilização do espaço:

(ver documento original) 3.3 - Refeições. Repouso. Entradas e saídas. Sua importância e objectivos.

4 - Acção pedagógica:

4.1 - Na creche:

Actividades para:

Desenvolvimento relacional:

Em progressiva separação;

Por clima de acolhimento;

Desenvolvimento motor:

Sua explicitação;

Desenvolvimento sensitivo:

Sua exercitação;

Linguagem: forma de maturação;

Conteúdo de desenvolvimento;

Capacidade de autonomia:

Em relação aos objectos;

Em relação aos outros;

Em relação ao espaço.

Nota. - Estes pontos programáticos serão dados com profundidade na cadeira de Psicologia, devendo a cadeira de Técnica fazer a ligação com esta disciplina.

4.2 - No jardim-de-infância:

Actividades para:

Desenvolvimento motor;

Desenvolvimento afectivo-estético:

Musical;

Corporal;

Plástico;

Desenvolvimento afectivo-relacional:

Descoberta e afirmação de si;

Descoberta-aceitação do outro;

Desenvolvimento cognitivo:

Linguagem (implícita, gestual, oral, explícita);

Objectos;

Relação.

Linguagem - seu desenvolvimento baseado na comunicação:

Emissão e recepção;

Aquisição de vocabulário e construção de frases;

Expressão livre (conversas, narrações, contos, dramatização, mímica, fantoches, lengalengas, leitura de imagens, histórias ...).

Nota. - Em Ligação com a Literatura Infantil, Expressão Verbal, Expressão Plástica e Antropologia Cultural.

5 - Metodologia:

Objectivos;

Programação;

Avaliação;

Documentação.

6 - Discussão-reflexão dos dados colhidos na prática em ordem aos vários grupos etários. Síntese.

7 - Tratamento dos dados colhidos, possibilitando uma sensibilização ao nível de:

7.1 - Desenvolvimento da linguagem: expressão, articulação, pronúncia.

Desenvolvimento das potencialidades cognitivas:

Sensação;

Percepção.

Desenvolvimento das atitudes:

Atenção;

Concentração.

Desenvolvimento das potencialidades afectivas:

Emoção;

Sentimento.

7.2 - Habilidade manual: precisão, coordenação, rapidez do movimento (motricidade fina).

Preparação dinâmica e rítmica de movimentos.

Familiarização com diversos tipos de instrumentos de escrita.

Domínio de si própria e do material utilizado.

Desenvolvimento da actividade criadora e expressão livre.

7.3 - Exploração do espaço.

7.4 - Os aspectos matemáticos da expressão da criança:

Simbologia;

Conjuntos;

Relações;

Aproximação do conceito de número.

Anexos

  • Texto integral do documento: https://dre.tretas.org/pdfs/1980/01/09/plain-31699.pdf ;
  • Extracto do Diário da República original: https://dre.tretas.org/dre/31699.dre.pdf .

Ligações deste documento

Este documento liga ao seguinte documento (apenas ligações para documentos da Serie I do DR):

  • Tem documento Em vigor 1979-12-29 - Decreto-Lei 519-R2/79 - Ministério da Educação

    Aprova o Estatuto das Escolas Normais de Educadores de Infância, que faz parte integrante do presente diploma.

Aviso

NOTA IMPORTANTE - a consulta deste documento não substitui a leitura do Diário da República correspondente. Não nos responsabilizamos por quaisquer incorrecções produzidas na transcrição do original para este formato.

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