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Portaria 1270/2005, de 20 de Dezembro

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Texto do documento

Portaria 1270/2005 (2.ª série). - Ao abrigo do artigo 2.º do Decreto-Lei 464/74, de 18 de Setembro, manda o Chefe do Estado-Maior da Armada:

1.º De harmonia com o preceituado no artigo 187.º do Regulamento da Escola Naval (Portaria 471/86, de 28 de Agosto), admitir, em 14 de Outubro de 2005, como cadetes do curso Vice-Almirante Manuel Pereira Crespo os cadetes candidatos a seguir mencionados, os quais foram classificados, conforme o estabelecido no artigo 188.º do Regulamento acima referido, pela ordem seguinte:

Marinha

1.º 20205, Catarina de Jesus Lázaro Sequeira Rolo.

2.º 20305, Luís Carlos dos Santos Melo.

3.º 20405, Hugo Casanova Neves Agostinho.

4.º 20805, António Carlos Gonçalves Tavares.

5.º 21205, Alexandre Fernandes Segadães.

6.º 21405, Pedro Rodrigues Lopes.

7.º 21505, Tiago Alberto Américo Mendes.

8.º 21605, Tânia Isabel Cavaco Ralha.

9.º 21705, Ana Catarina Grácio Lopes.

10.º 21905, Sofia Alexandre dos Santos.

11.º 22105, Miguel da Câmara Leme Lançós de Sottomayor.

12.º 22205, João Domingos de Jesus Silva.

13.º 22405, Ana Catarina Martinho Nunes.

14.º 22705, Miguel Silva Messias.

15.º 23005, Duarte Nuno Antunes dos Santos.

16.º 23105, Rui Tiago Azevedo Moura.

17.º 23305, Pedro Miguel Torcato Faustino.

18.º 23405, Cátia Alexandra Costa Esteves.

19.º 23705, Renato Pinto Rosa Casimiro Gronita.

20.º 23905, Ana Sofia Bouça Junqueiro Vilas.

21.º 24005, Marcos André Patronilho Duarte.

22.º 24305, José Carlos Amorim de Barros.

23.º 24405, Leonel Alexandre Duarte Grácio Rodrigues.

24.º 24505, João Manuel Cruz Lourenço.

25.º 24605, João Pedro da Silva Ferreira.

26.º 24705, Bruno Miguel Ribeiro Resende da Silva.

27.º 24805, Bruno Miguel Nunes Esguedelhado.

28.º 9341802, Pedro Miguel Cardoso Lopes Fernandes.

29.º 24905, Ricardo Filipe Torpes Limão.

30.º 25105, Luís António Cuco de Jesus.

31.º 25205, João Filipe Teixeira Alves Teixeira.

32.º 25305, Tiago Emanuel Gonçalves Firmino.

33.º 25405, André Filipe Ferreira dos Santos.

34.º 25505, Bruno Miguel Tristão de Brito.

35.º 25605, Tiago André Fernandes de Oliveira Martinho.

36.º 25705, Ricardo Alexandre de Sousa Nunes.

37.º 25805, Sérgio Filipe de Deus Pardal.

38.º 25905, Joel da Silva Leitão Lázaro.

39.º 26105, Alexandre João Santos Oliveira.

Administração naval

1.º 20105, Jonathan Coelho Brum da Silva.

2.º 20505, Frederico José Dias Bastos.

3.º 20705, Lúcia Raquel Arrais Machado.

4.º 20905, Roberto Filipe Camacho Colaço.

Engenheiros navais

1.º 20005, Germano Gonçalves Capela - EN-AEL.

2.º 20605, João Guilherme Cercas Filipe - EN-AEL.

3.º 21005, Fernando Manuel de Sousa da Conceição Batista - EN-MEC.

4.º 21105, Íris Moreira Ramos - EN-AEL.

5.º 21805, Carlos Manuel Pimenta Imperadeiro - EN-AEL.

6.º 22305, Nuno Alexandre Antunes Martins Pessanha Santos - EN-AEL.

7.º 22505, Tiago Miguel Cunha Gomes - EN-MEC.

8.º 22605, Artur Baptista Claro - EN-AEL.

9.º 22805, Miguel José Roxo Felício - EN-AEL.

10.º 22905, Tiago Manuel Alves Rodrigues - EN-MEC.

11.º 23205, Vanessa Filipa Ferreira Mendes - EN-MEC.

12.º 23505, Carlos Jorge Martelo Correia - EN-AEL.

13.º 23805, José João Pereira Rocha Cordeiro - EN-AEL.

14.º 24205, Gonçalo Colaço da Rocha - EN-AEL.

15.º 25005, Hugo Daniel da Silva Moutinho - EN-MEC.

16.º 26005, Pedro Lino Santana - EN-MEC.

17.º 26305, Carlos Leonel Farinha Guerreiro - EN-MEC.

18.º 26405, Pedro Miguel Ferreira Gomes - EN-MEC.

19.º 26505, João Pedro Romão do Nascimento - EN-MEC.

20.º 27005, João Diogo de Oliveira Marques - EN-MEC.

Fuzileiros

1.º 21305, Hugo Filipe Faria Pinheiro dos Santos.

2.º 22005, Tiago André da Silva e Maia.

3.º 23605, Diogo Roldão Guedes de Andrade.

Médicos navais

1.º 26605, Nuno Miguel Mendão Rodrigues.

2.º 26705, Paulo Jorge Lourenço Flores Figueira.

3.º 26805, Pedro Miguel da Costa Pecorelli Modas Daniel.

4.º 26905, João Abranches de Soveral Figueiredo Pombeiro.

2.º Adoptar como patrono para os referidos cursos, de acordo com o disposto no artigo 178.º do Regulamento da Escola Naval, o vice-almirante Manuel Pereira Crespo.

Nascido em Lisboa em 30 de Julho de 1911, Manuel Pereira Crespo, após os estudos secundários no Colégio Militar e no Liceu de Gil Vicente e completado o 2.º ano do curso de Matemática na Faculdade de Ciências de Lisboa, ingressa, em 1930, na Escola Naval, sendo o 1.º classificado entre cerca de uma centena de candidatos. Guarda-marinha em 1933, em 1935, já segundo-tenente, nos mares de Moçambique, efectua a sua primeira longa comissão de serviço em África.

De regresso a Lisboa, frequenta o curso de especialização em radiotelegrafia e comunicações, tendo obtido excelente aproveitamento.

As altas classificações que lhe hão-de permitir alcançar os primeiros lugares em todos os cursos que seguiu foram uma constante na sua carreira, facto que comprova as suas excepcionais aptidões, nomeadamente as de carácter intelectual.

A partir de 1939 inicia um longo período de embarque, tendo inicialmente desempenhado funções de chefe de serviço e de oficial imediato após a sua promoção a primeiro-tenente em 1940, a bordo do navio atribuído à Missão Hidrográfica das Ilhas Adjacentes, passando depois, em 1943, a prestar serviço na Missão Hidrográfica de Angola. Em 1947 foi nomeado, ainda como oficial subalterno, facto excepcional na época, chefe da Missão Geo-Hidrográfica da Guiné, onde viria a permanecer durante quase 10 anos. Capitão-tenente em 1953, inicia a colaboração no Boletim do Centro de Estudos da Guiné Portuguesa, publicando roteiros da costa do território. Apesar de os meios disponíveis terem sido escassos, o comandante Pereira Crespo e a sua equipa realizaram um trabalho extraordinário que se consubstanciou, à data da sua exoneração, em 1957, num avultado conjunto de planos e cartas hidrográficas de porto e topográficas do interior, o qual, constituindo uma notável produção científica, veio a ter, a partir dos anos 60, enorme utilidade para a actividade operacional na Guiné. O primeiro ciclo da sua carreira, o período na hidrografia, estava terminado. Frequentou entretanto o curso geral naval de guerra e a partir de 1954 começam os seus escritos nos Anais do Clube Militar Naval, tendo sido responsável pela respectiva "Crónica de Marinha", de 1956 a 1964, e redigido, ao longo dos anos, variados artigos sobre estratégia e organização.

Em 1957 principia um novo ciclo, é o período no Estado-Maior, na Divisão de Organização, que passa a chefiar a partir de 1959, após promoção a capitão-de-fragata. Expressa então a necessidade da reorganização da Marinha em geral e especialmente das suas estruturas no Ultramar, tendo colaborado em todos os estudos e trabalhos referentes a estes assuntos. Possuía ideias muito firmes sobre o que deveria ser a política portuguesa para o Ultramar, considerando indiscutível a necessidade de lutar pela sua integridade no território nacional. Esta vai ser a questão de princípio que determinará a sua acção futura e as medidas que, mais tarde, virá a tomar.

Em 1961, ano do começo da guerra de África, o comandante Pereira Crespo é capitão-de-mar-e-guerra. Frequenta o curso superior naval de guerra em 1963, após o qual desempenha o cargo de comandante da Flotilha de Draga-Minas por escassos meses, já que é chamado novamente para prestar serviço no Estado-Maior da Armada.

Esperava-o depois uma das mais espinhosas missões da Marinha: a sua reorganização profunda, com vista a dar resposta às prementes necessidades entretanto surgidas. Este trabalho organizativo continuou já depois da sua ascensão a comodoro, em 1966, na qualidade de adjunto do Chefe do Estado-Maior da Armada. Durante o ano de 1967-1968 foi professor efectivo do Instituto Superior Naval de Guerra, tendo sido autor do Ciclo de Lições de Estratégia e do Ciclo de Lições de Organização, publicações que desde então são de referência para o estudo destas duas matérias.

Em 1968 o presidente do Conselho convida-o para o cargo de Ministro da Marinha, considerando-o a pessoa com as melhores condições para levar a cabo a profunda reforma que a participação na guerra vinha exigindo à Marinha. Em cerca de uma década, depois de se ter afirmado como um eminente hidrógrafo, tinha-se tornado num notabilíssimo oficial de estado-maior, cujos estudos viriam a ser imprescindíveis para a Marinha. Mais um ciclo tinha passado na sua vida profissional; em 1968 começará o terceiro e último, o período no Governo.

No desempenho de funções ministeriais ao contra-almirante Pereira Crespo, promovido a este posto em 1969, que corresponde no presente ao de vice-almirante, se deve a reorganização de toda a estrutura superior da Marinha. Consciente das duras condições em que estava a ser travada a guerra e compreendendo a importância de garantir um suporte de retaguarda aos militares ausentes dos seus familiares durante longos períodos, promoveu a construção de infra-estruturas a eles destinadas e a criação de uma secção no âmbito da respectiva Direcção do Serviço, que mais tarde daria origem à actual Direcção de Apoio Social. Também na área do pessoal, entre outras importantes acções, institui novas regras para a prestação do serviço do pessoal militar e reorganiza os quadros do pessoal civil. Na parte cultural várias foram as suas iniciativas, salientando-se o Centro de Estudos da Marinha, antecessor da Academia de Marinha, o Gabinete de Heráldica Naval, a Revista da Armada e a edição das colecções "Estudos" e "Documentos", onde são dadas a conhecer obras notáveis relativas ao mar e às actividades marítimas.

Com o 25 de Abril de 1974 terminava o último período da carreira do almirante Pereira Crespo, pois nessa data requereu a exoneração do seu cargo e a passagem à situação de reserva.

Foi agraciado com variadíssimos louvores, sendo de enaltecer aquele que recebeu a bordo do N. H. D. João de Castro, por ter efectuado um valioso trabalho científico sobre as novas sondas sonoras e a sua utilização nas missões hidrográficas, e outro concedido pelo Ministro do Ultramar, que premeia o seu desempenho na Missão Geo-Hidrográfica da Guiné. Conta ainda com numerosas condecorações militares, de que se distinguem as seguintes: duas medalhas militares de prata de serviços distintos, medalhas de mérito militar de 1.ª e 2.ª classes; grã-cruz da Ordem Militar de Cristo, grã-cruz da Ordem do Infante D. Henrique, comendador da Ordem Militar de Avis, medalha de ouro de comportamento exemplar, oficial da Legião de Honra (França) e grã-cruz da Ordem de Mérito Naval (Brasil).

Em 15 de Julho de 1980 falecia em Lisboa o vice-almirante Manuel Pereira Crespo, o último Ministro da Marinha, aquele que foi um dos almirantes mais distintos e prestigiados da sua geração, dotado de excepcionais qualidades e que teve sempre durante a sua brilhante carreira como principal objectivo servir a Marinha e Portugal.

6 de Dezembro de 2005. - O Chefe do Estado-Maior da Armada, Fernando José Ribeiro de Melo Gomes, almirante.

Anexos

  • Extracto do Diário da República original: https://dre.tretas.org/dre/2361916.dre.pdf .

Ligações deste documento

Este documento liga aos seguintes documentos (apenas ligações para documentos da Serie I do DR):

  • Tem documento Em vigor 1974-09-18 - Decreto-Lei 464/74 - Conselho dos Chefes dos Estados-Maiores das Forças Armadas - Estado-Maior da Armada

    Fixa a composição da Marinha e define a competência do Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA).

  • Tem documento Em vigor 1986-08-28 - Portaria 471/86 - Ministério da Defesa Nacional

    Aprova o Regulamento da Escola Naval (REN).

Aviso

NOTA IMPORTANTE - a consulta deste documento não substitui a leitura do Diário da República correspondente. Não nos responsabilizamos por quaisquer incorrecções produzidas na transcrição do original para este formato.

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