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Portaria 1851/2002, de 18 de Dezembro

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Texto do documento

Portaria 1851/2002 (2.ª série). - Ao abrigo do artigo 2.º do Decreto-Lei 464/74, de 18 de Setembro, manda o Chefe do Estado-Maior da Armada:

1.º De harmonia com o preceituado no artigo 187.º do Regulamento da Escola Naval (Portaria 471/86, de 28 de Agosto), admitir, em 11 de Outubro de 2002, como cadetes do curso "Vice-Almirante Alfredo Botelho de Sousa" os cadetes candidatos a seguir mencionados, os quais foram classificados conforme o estabelecido no artigo 188.º do Regulamento acima referido, pela ordem seguinte:

Marinha:

1.º 20902, Maria Rita Sousa Dias de Araújo.

2.º 21802, David de Oliveira Caldeira Valadares.

3.º 22202, David Manuel Buinho Menúrias.

4.º 22502, Luís Filipe Moreira Alfarroba.

5.º 22602, Paul Bernard Tschopp Mota.

6.º 22802, Tiago Ribeiro da Silva Pereira Santos.

7.º 23002, Ricardo Nuno Vila Boim Rodrigues Joaquim.

8.º 23102, Daniel Filipe Peixoto Timóteo.

9.º 23202, Duarte Franco Rainha do Amaral Pessoa.

10.º 23302, Dora Cristina Teles Godinho.

11.º 23402, Pedro Miguel Tavares Martins.

12.º 23502, Alexandre Manuel Leandro de Oliveira.

13.º 23602, Bruno Duarte Ribeiro Morais.

14.º 23802, César Alexandre Lopes de Sousa.

15.º 23902, Vítor Hugo Antunes Monteiro.

16.º 24002, Tiago José Gonçalves Pereira Antunes.

17.º 24302, Jorge Manuel Cardoso Godinho.

18.º 24402, José António Sousa da Silva.

19.º 24502, Elson Filipe Marques Serra.

20.º 24602, Pedro Nuno Nero Luís.

21.º 9601901, Lázaro Emanuel dos Santos Montezo - aspirante FZ/RC.

22.º 9602001, Ivo Miguel Romaneiro Pinto - aspirante FZ/RC.

Administração naval:

1.º 9307301, Élia Luísa Folgado Cabrita primeiro-grumete C RC.

2.º 22302, Irina Vanessa Martins Cabrita.

3.º 22702, Susana Alexandra Duarte Capelo.

4.º 9318901, Pedro Alexandre Canhoto Mendes primeiro-grumete E RC.

5.º 24102, Ivo Miguel Santos Pinto Lopes.

6.º 24202, António Eduardo Lopes Ferreira de Oliveira Bandeiras.

Engenheiros navais:

1.º 20602, Gonçalo Salvador Ribeiro e Castro (EN-AEL).

2.º 20702, Sérgio Miguel Pereira de Oliveira Dias (EN-MEC).

3.º 20802, Alexandra Adelinovna Guerra Inácio (EN-AEL).

4.º 21202, Nuno Miguel Arvins Fernandes (EN-AEL).

5.º 21302, Daniel Couto Arez Gonçalves (EN-MEC).

6.º 21402, Fernando Miguel Falua dos Santos (EN-MEC).

7.º 21502, Nuno Ricardo Reis Neves (EN-AEL).

8.º 21602, Jorge Manuel Coutinho dos Santos (EN-AEL).

9.º 21702, João Paulo Tromoceiro de Paiva (EN-AEL).

10.º 21902, Mariana Batista Duarte (EN-MEC).

11.º 22102, Paulo José Gonçalves Mesquita (EN-AEL).

12.º 22202, João Pedro Soares Grosso (EN-MEC).

13.º 22402, Vítor Miguel Vieira Neves (EN-AEL).

14.º 22902, Nuno Jorge Brito Amaral Henriques (EN-MEC).

15.º 23702, Nuno Filipe Laureano Maia (EN-MEC).

Fuzileiros:

1.º 21002, Pedro Miguel Franco Preto.

2.º 21102, Luís Henrique Gomes Goulart.

Médicos navais:

1.º 20002, Cristina Isabel Vaz Pereira.

2.º 20202, Manuel Rafael Caixeiro da Cunha.

3.º 20302, Leonor Neto Lopes.

4.º 20402, Andreia Filipa Guedes Teixeira.

5.º 20502, Moisés Alexandre dos Santos Henriques.

6.º 24702, Tiago Filipe de Melo Porfírio Costa.

2.º Adoptar como patrono para os referidos cursos, de acordo com o disposto no artigo 178.º do Regulamento da Escola Naval, o "Vice-Almirante Alfredo Botelho de Sousa":

Alfredo Botelho de Sousa nasceu na ilha de São Miguel, em 1 de Dezembro de 1880, frequentando o Liceu de Ponta Delgada, onde concluiu os estudos secundários com especial brilhantismo. Em 1896, veio para Lisboa, onde ingressou na Escola Politécnica, mas dois anos depois transitou para a Escola Naval, cujo curso terminou em 1901. Embarcou no cruzador D. Carlos e nas canhoneiras Sado, D. Luís e Tâmega, em pequenas comissões de serviço que o levaram aos mares da sua terra natal e às ilhas de Cabo Verde. Em 1903, parte para o Índico, prestando serviço na Índia e em Moçambique e apercebendo-se da natureza física e dos problemas que afectaram o espaço marítimo dominado pelos portugueses durante o século XVI. Poucos anos antes desta comissão, o almirante americano Alfred Thayer Mahan publicava um conjunto de sucessivas obras que viriam a marcar todo o pensamento estratégico do princípio do século XX, nalguns casos até à actualidade. Essas obras foram estudadas com entusiasmo por Botelho de Sousa, que a elas se refere com frequência em múltiplas publicações que começa a escrever deste muito cedo. Mahan não tem uma obra sistemática e bem definida, mas tem ideias chave que se tornaram claras e concisas, fáceis de apreender e, sobretudo, encerrando um conceito de domínio do mar que vinha ao encontro das ambições dos Estados Unidos no complexo político internacional emergente no princípio do século XX. Botelho de Sousa entendeu-as muito bem e com elas sentiu de forma ainda mais aguda a angústia da decadência imperial portuguesa no Oriente, com um poder naval que nunca fora cuidado e que, naquela altura, atingia níveis de incúria que ameaçavam levá-lo ao desaparecimento total. Para o então segundo-tenente -que testemunhara a humilhação do ultimatum e que vivera de forma esfusiante e patriótica as sucessivas comemorações do 4.º centenário das grandes navegações portuguesas-, a visão do Índico de Vasco da Gama, associada ao caos em que sentia a Marinha, feriam-lhe a alma, mas motivavam-no para um pertinaz e sistemático estudo em busca das soluções que permitissem inverter a marcha descendente dos acontecimentos. Regressou doente à metrópole em 1908 e a implantação da República vai encontrá-lo como capitão do porto de Ponta Delgada. Foi eleito deputado à Assembleia Constituinte de 1911 e foi um dos senadores que aprovaram a Constituição, mas não mais deixara de pensar nos problemas próprios da sua Marinha, levando ao prelo, em 1912, uma obra de cariz doutrinário (onde sobressai o fundo mahanista), intitulada Marinha e Defesa Nacional.

Em 1916, quando Portugal, entrou na 1.ª Grande Guerra, Botelho de Sousa era chefe do Observatório Meteorológico de Ponta Delgada, mas pediu de imediato a exoneração do cargo, para embarcar como comandante do vapor Almirante Paço de Arcos, a transportar tropas de Lisboa para a Flandres. Nestas funções, foi agraciado com o grau de cavaleiro da Ordem Militar da Torre e Espada.

A Guerra terminaria com a capitulação total da Alemanha, em 11 de Novembro de 1918, e as negociações de Versalhes começam em Janeiro do ano seguinte, com a presença na delegação portuguesa do capitão-tenente Alfredo Botelho de Sousa, no cargo de relator da Marinha. Regressou a Lisboa em 1921, terminada a comissão no Ministério dos Negócios Estrangeiros e obtendo a nomeação definitiva como lente da cadeira de Arte Militar Marítima, na Escola Naval (11.ª cadeira) e de Material e Operações Navais (36.ª cadeira) na Escola Militar. Porém, estes cargos não o impediram de acumular múltiplas outras funções, quer de índole operacional, quer de estudo e planeamento: em 1922, pertence à comissão encarregada do projecto de organização do Ministério da Marinha; em 1923, é vogal da Comissão de História Militar; em 1926 e 1927, é comandante do contra-torpedeiro Tâmega; ainda em 1927, é professor do Curso Naval de Guerra; de 1934 a 1936 é comandante do contra-torpedeiro Lima e acumula com as funções de comandante da respectiva esquadrilha; em 1936 e 1937 é chefe de gabinete do major-general da Armada; no mesmo ano de 1936, integra a Comissão Organizadora do Museu de Marinha; em 1939, é Chefe do Estado-Maior Naval e, no ano seguinte, é o major-general da Armada.

Deixou uma obra escrita que se conta por mais de 500 crónicas no Diário dos Açores; umas largas centenas de artigos no jornal O Século, nos Anais do Clube Militar Naval e noutras publicações periódicas; trabalhos de grande vulto relacionados com a Marinha e a Defesa Nacional, como Os Factores Imponderáveis da Guerra (compilação de lições ministradas do Curso Naval de Guerra), As Operações contra a Costa e as Expedições Combinadas; e trabalhos de História Naval de qualidade ímpar, como são Os Primeiros Cem Anos da Escola Naval; Subsídios para a História das Guerras da Restauração no Mar e no Além-Mar; O Período da Restauração na Índia; O Período da Restauração nos Mares da Metrópole, no Brasil e em Angola; Subsídios para a História Militar Marítima da Índia: 1585-1669, etc.

Notável na análise da situação internacional, especialmente em tudo o que se relacionasse com o mar e com o poder marítimo, teve um papel determinante na definição das linhas mestras da Marinha Portuguesa ao longo do século XX, gozando de elevado prestígio internacional.

3 de Dezembro de 2002. - O Chefe do Estado-Maior da Armada, Francisco António Torres Vidal Abreu, almirante.

Anexos

  • Extracto do Diário da República original: https://dre.tretas.org/dre/2077158.dre.pdf .

Ligações deste documento

Este documento liga aos seguintes documentos (apenas ligações para documentos da Serie I do DR):

  • Tem documento Em vigor 1974-09-18 - Decreto-Lei 464/74 - Conselho dos Chefes dos Estados-Maiores das Forças Armadas - Estado-Maior da Armada

    Fixa a composição da Marinha e define a competência do Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA).

  • Tem documento Em vigor 1986-08-28 - Portaria 471/86 - Ministério da Defesa Nacional

    Aprova o Regulamento da Escola Naval (REN).

Aviso

NOTA IMPORTANTE - a consulta deste documento não substitui a leitura do Diário da República correspondente. Não nos responsabilizamos por quaisquer incorrecções produzidas na transcrição do original para este formato.

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