Aviso 8986/2001 (2.ª série). - Concurso externo de ingresso para admissão ao concurso de formação de agentes da Polícia de Segurança Pública. - 1 - Nos termos do n.º 1 do n.º 3.º da Portaria 122/2000, de 8 de Março, faz-se público que, autorizado por meu despacho de 28 de Junho de 2001, se encontra aberto, pelo prazo de 20 dias úteis a contar da data da publicação deste aviso, concurso externo de ingresso para admissão ao curso de formação de agentes da Polícia de Segurança Pública.
2 - O concurso é aberto ao abrigo do descongelamento de admissões efectuado pelo despacho conjunto do Secretário de Estado da Administração Interna e do Secretário de Estado Adjunto e do Orçamento de 29 de Maio de 2001, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 147, de 27 de Junho de 2001, para o preenchimento no presente ano de 590 lugares de agentes provisórios, sendo 15% do número total de vagas para os militares que tenham prestado serviço em RC pelo período mínimo de dois anos.
3 - Validade do concurso - o concurso é válido pelo prazo de dois anos, para o curso de formação de agentes a ministrar no ano lectivo de 2001-2002.
Se se verificarem algumas das condições referidas no n.º 4 do n.º 3.º da Portaria 122/2000, de 8 de Março, o concurso será válido para admissão de agentes a novo curso.
4 - Legislação aplicável - Decreto-Lei 511/99, de 24 de Novembro, Portaria 122/2000, de 8 de Março, Decreto-Lei 204/98, de 11 de Julho, e Decreto-Lei 320-A/2000, de 15 de Dezembro.
5 - Requisitos gerais e especiais de admissão - poderão candidatar-se indivíduos vinculados ou não à função pública, que reúnam, até ao termo do prazo fixado para entrega de candidaturas, os seguintes requisitos:
a) Ter nacionalidade portuguesa;
b) Não ter menos de 20 nem ter completado 25 anos de idade até 1 de Janeiro de 2001;
c) Os militares que tenham prestado serviço em regime de contrato pelo período mínimo de dois anos beneficiam de um acréscimo de dois anos sobre o limite de idade máxima prevista na alínea anterior;
d) Ter, pelo menos, 1,60 m ou 1,65 m de altura, respectivamente para candidatos femininos e para candidatos masculinos;
e) Possuir a robustez física e o perfil psicológico indispensáveis ao exercício da função policial e ter cumprido as leis de vacinação obrigatória;
f) Ter como habilitações literárias mínimas o 11.º ano de escolaridade ou equivalente;
g) Não ter sido condenado por qualquer crime doloso;
h) Ter bom comportamento moral e civil;
i) Não ter reprovado duas vezes em anterior curso de formação de agentes;
j) Não estar abrangido pelo estatuto de objector de consciência;
l) Ter cumprido a Lei do Serviço Militar e ter sido considerado apto na respectiva junta de inspecção, no caso de a esta ter sido submetido;
m) No caso de ter cumprido ou estar a cumprir o serviço militar, estar classificado na 1.ª ou 2.ª classe de comportamento;
n) Não estar inibido do exercício de funções públicas ou interdito para o exercício das funções a que se candidata.
6 - Formalização de candidaturas - a admissão ao concurso é requerida mediante o preenchimento de formulário próprio, que poderá ser obtido em qualquer departamento da PSP.
Os requerimentos de admissão ao concurso, bem como os documentos que os devam acompanhar, podem ser entregues pessoalmente em qualquer departamento da PSP ou remetidos pelo correio, em envelope registado com aviso de recepção, dentro do prazo de candidaturas, para a Direcção Nacional da Polícia de Segurança Pública, Largo da Penha de França, 1, 1199-010 Lisboa.
7 - Os requerimentos de admissão a concurso devem ser acompanhados dos seguintes documentos, sob pena de exclusão:
a) Cópia do bilhete de identidade;
b) Cópia do certificado comprovativo das habilitações literárias ou documento adequado que comprove a equivalência das mesmas;
c) Documento comprovativo da situação militar, passado pela unidade onde prestou serviço, especificando:
Registo disciplinar;
Classe de comportamento;
Tempo de serviço efectivo nas Forças Armadas em regime de voluntariado e ou contrato;
d) No caso de não ter prestado serviço, nas condições previstas na alínea j) do n.º 5 deste aviso, deverá remeter documento comprovativo de ter cumprido a Lei do Serviço Militar, passado pelo respectivo centro de recrutamento, do qual deve constar que foi considerado Apto para o serviço sob o ponto de vista físico e o motivo de não incorporação militar. No caso de o candidato pertencer à classe de oficial ou sargento, deverá ainda apresentar documento comprovativo de estar autorizado a frequentar o curso de formação de agentes, podendo este documento ser entregue até à organização do processo de alistamento;
d) Declaração, passada pela entidade militar competente, comprovativa da dispensa da junta de inspecção, para o candidato que passou directamente à reserva territorial;
e) Atestado comprovativo da actual aptidão, passada pela autoridade de saúde da área de residência do candidato, caso tenha sido considerado Inapto e pretenda ilidir a presunção de inaptidão.
8 - Os requisitos mencionados nas alíneas c) e d) do n.º 5 deste aviso serão comprovados pela junta médica de inspecção.
9 - Na fase de candidatura, é dispensada a apresentação dos documentos comprovativos dos requisitos referidos nas alíneas g) a j) e n) do n.º 5, desde que o candidato faça declaração, sob compromisso de honra, exarada no respectivo impresso de candidatura.
10 - Assiste ao júri a faculdade de exigir a qualquer candidato a apresentação da documentação comprovativa de factos que possam relevar para apreciação de elementos que eventualmente suscitem dúvidas.
11 - Métodos de selecção - no presente concurso serão utilizados como métodos de selecção:
a) Prova escrita de conhecimentos;
b) Exame psicológico;
c) Provas físicas;
d) Inspecção médica perante uma junta médica;
e) Entrevista.
Cada um dos métodos de selecção tem carácter eliminatório, podendo ser aplicados por fases, igualmente eliminatórias.
É obrigatória a apresentação do bilhete de identidade em todos os momentos de aplicação dos métodos de selecção, sob pena de exclusão.
11.1 - Prova de conhecimentos gerais - a prova de conhecimentos reveste a forma escrita e visa avaliar o nível de conhecimentos gerais correspondentes às habilitações literárias ao nível do 11.º ano.
A prova escrita de conhecimentos, com a duração máxima de duas horas e a formular pelo método de respostas múltiplas, versará sobre as seguintes matérias:
a) Língua portuguesa - expressão verbal, compreensão de texto e composição;
b) Raciocínio lógico;
c) Conhecimentos específicos de geografia física e humana e história contemporânea.
11.2 - Exame psicológico - o exame psicológico tem por fim apurar as capacidades intelectuais, de avaliação e intervenção, e os aspectos de carácter, de personalidade e de motivação dos candidatos para o exercício da função policial.
11.3 - Provas físicas - as provas físicas são prestadas todas no mesmo dia, consistindo nos seguintes exercícios, definidos no anexo I da Portaria 122/2000:
Corrida de 100 m planos;
Salto em comprimento sem corrida;
Salto de muro, sem apoio;
Salto em elevação, sem corrida;
Flexões de braços na trave;
Flexões de tronco à frente;
Corrida de 1000 m.
Cada candidato deverá fazer-se acompanhar do material de ginástica necessário para a realização das provas físicas: camisola, calções, sapatos de ginástica e fato de treino (facultativo).
11.4 - Inspecção médica perante uma junta médica - a inspecção médica tem por objectivo avaliar o estado de saúde física e mental dos candidatos, tendo em conta a especificidade da função policial. A orientação e tabela de inaptidões constam do anexo II da Portaria 122/2000.
11.5 - Entrevista - a entrevista é conduzida, no mínimo por dois entrevistadores e destina-se a confirmar os resultados do exame psicológico, bem como avaliar as capacidades de comunicação e sociabilidade do candidato.
12 - Local das provas:
a) A prova de conhecimentos e os testes do exame psicológico serão realizados na Escola Prática de Polícia em Torres Novas e no Comando de Polícia de Santarém, para os candidatos residentes no continente, e nos Centros de Selecção do Funchal, Angra do Heroísmo, Horta e Ponta Delgada, para os residentes nas áreas das correspondentes Regiões Autónomas;
b) As provas físicas, a inspecção médica e a entrevista serão realizadas nos Centros de Selecção de Lisboa, Porto, Coimbra, Funchal, Angra do Heroísmo, Horta e Ponta Delgada, de acordo com os pedidos dos candidatos ou a sua residência.
13 - Os candidatos serão convocados para a realização das provas por ofício remetido por correio registado.
14 - Todo o candidato que for considerado Inapto em qualquer dos exercícios que constituem as provas físicas ou na inspecção médica termina imediatamente a prestação das provas.
15 - Os critérios de apreciação e ponderação dos métodos de selecção, bem como o sistema de classificação final, incluindo a respectiva fórmula classificativa, constam de actas do júri do concurso, sendo as mesmas facultadas aos candidatos sempre que solicitadas.
A classificação final resulta da média aritmética dos resultados obtidos na prova de conhecimentos, no exame psicológico e na entrevista.
Na determinação de todas as médias aritméticas referidas, a aproximação será levada até às centésimas.
16 - Em caso de igualdade de classificação, são factores de preferência, pela ordem indicada, os seguintes:
a) Ter prestado um mínimo de 12 meses de serviço militar em regime de voluntariado;
b) Ter maiores habilitações literárias;
c) Ter menos idade.
17 - A lista de candidatos admitidos e excluídos e a lista de classificação final serão publicitadas nos termos do n.º 27.º da Portaria 122/2000, de 8 de Março.
18 - Os riscos a que os candidatos possam estar sujeitos no decurso das provas são da responsabilidade dos próprios.
19 - Sem prejuízo da sanção penal que ao caso couber, a falsidade das declarações prestadas, sob compromisso de honra, no pedido de admissão determina a exclusão do candidato.
20 - Em cumprimento da alínea h) do artigo 9.º da Constituição, a Administração Pública, enquanto entidade empregadora, promove activamente uma política de igualdade de oportunidades entre homens e mulheres no acesso ao emprego e na progressão profissional, providenciando escrupulosamente no sentido de evitar toda e qualquer forma de discriminação.
21 - O júri do presente concurso tem a seguinte composição:
Presidente - Superintendente-chefe Vítor Martins dos Santos, director-nacional-adjunto para a área dos recursos humanos.
Vogais efectivos:
Subintendente Nuno Manuel Barata Mendes, subdirector para a área de ensino da Escola Prática de Polícia, que substitui o presidente nas suas faltas e impedimentos.
Comissário Ricardo Jorge Van Zeller Abreu de Matos.
Vogais suplentes:
Subintendente António José Teles São Matias.
Licenciado Fernando Manuel Lourenço Passos, chefe da Divisão de Métodos de Recrutamento e Selecção do Departamento de Formação da Direcção Nacional da PSP.
28 de Junho de 2001. - O Director Nacional, Mário Gonçalves Amaro, superintendente-chefe.