Por proposta do Comandante-Geral da Guarda Nacional Republicana, dando expressão pública ao reconhecimento que lhe é inteiramente devido, louvo o Major-General (2100005), Agostinho Dias da Costa, 2.º Comandante-Geral, pelas extraordinárias qualidades e competências pessoais evidenciadas ao serviço da Guarda Nacional Republicana.
Possuidor de características ímpares, ingressou na GNR assumindo as funções de Comandante da Escola da Guarda e, posteriormente, as de Comandante do Comando da Doutrina e Formação, revelando, desde logo, as características fulcrais para o estabelecimento de ensino da Guarda, tendo liderado os estudos tendentes à afetação de cada um dos Centros de Formação para vertentes formativas específicas. Interveio na coordenação do projeto sobre a reestruturação do Novo Centro de Formação em Portalegre, tendo a sua ação sido determinante para criar as condições necessárias ao reconhecimento da formação de guardas dentro dos parâmetros nacionais do Ministério da Educação.
Evidenciou vincada sensibilidade para a componente internacional, tendo representado a GNR e Portugal no Governing Board da agência europeia CEPOL, contribuindo decisivamente para o desenvolvimento da cooperação policial na União Europeia, através do contributo da GNR, pioneira na realização de formações CEPOL em Portugal.
Foi chamado, durante um período de quatro meses, ao desempenho de funções de Comandante Operacional onde, apesar da brevidade na ocupação da função, fez sentir a sua apurada ação de comando, o elevado pragmatismo, a proximidade às pessoas e a liderança esclarecida, motivando os seus subordinados para níveis de execução exemplares.
Possuidor de um forte conhecimento institucional e de apurada visão estratégica, o Major-General Agostinho Costa foi chamado a desempenhar a função de 2.º Comandante-Geral, uma das mais complexas e exigentes na Guarda Nacional Republicana, tendo demonstrado, uma vez mais, grande espírito de missão, alto sentido de dever, grande dedicação em serviço de segurança pública, sendo um ilustre colaborador e conselheiro do Comando-Geral da Guarda.
Fruto da sua reconhecida competência, assumiu a coordenação de diversos grupos de trabalho, nomeadamente relativos a estudos desenvolvidos no âmbito do ensino superior militar, pelo que respeita à participação da Guarda na implementação do Instituto Universitário Militar. Neste âmbito, promoveu e dinamizou projetos que impulsionaram a Guarda num caminho de modernidade, adaptando-a aos atuais desafios, quer ao nível da sua orgânica quer ao nível do seu estatuto.
Profundo conhecedor dos temas de segurança, foi autor de várias publicações, destacando-se a sua participação no Grupo de Reflexão Estratégica sobre Segurança Interna e o seu ímpar contributo nos estudos e reflexões para um novo conceito estratégico de segurança interna. Representou a Guarda, frequentemente e ao mais alto nível, em conferências, colóquios e reuniões nacionais e internacionais, divulgando a sua matriz gendármica no combate à insegurança, no quadro das atuais ameaças e das tendências futuras.
Possuidor de características ímpares, nos diversos níveis Operacional, de Estado Maior e de Instrução, revelando-se como um comandante disciplinado e disciplinador, íntegro e de vincada personalidade, evidenciando grande tenacidade, provado esforço, invulgar capacidade de trabalho e reconhecido ecletismo das competências profissionais, com uma permanente disponibilidade, esmerada educação, acompanhada de forte entusiasmo, reconhecida cultura e inteligência emocional, bravura e energia que constituem o timbre da sua personalidade, sempre soube granjear um excecional relacionamento humano com os seus superiores, subordinados e civis.
Pelo notável conjunto de atributos pessoais, militares e profissionais repetidamente evidenciados, é o Major-General Agostinho Dias da Costa digno de ser enaltecido pelo contributo que deu para a afirmação da Guarda como força eficiente e prestigiada, devendo as suas excelsas qualidades e atributos ser evidenciados, justificando, por isso, que os serviços por si prestados sejam classificados como extraordinariamente importantes e distintos, dos quais resultaram honra e lustre para a Guarda Nacional Republicana em Portugal.
Pelo que, ao abrigo dos artigos 7.º e 9.º do Decreto-Lei 177/82, de 12 de maio, manda o Governo, pela Ministra da Administração Interna, condecorar com Medalha de Serviços Distintos de Segurança Pública, Grau Ouro o Major-General (2100005) Agostinho Dias da Costa da Guarda Nacional Republicana.
16 de outubro de 2015. - A Ministra da Administração Interna, Anabela Maria Pinto de Miranda Rodrigues.
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