Louvo o Contra-almirante, NII 1775, Aníbal José Ramos Borges, pela elevada competência profissional, dedicação e lealdade como desempenhou, as importantes e sensíveis funções de Chefe do Centro de Informações e Segurança Militares (CISMIL), desde 31 de julho de 2012.
Oficial General possuidor de sólida formação militar e dotado de grande capacidade de organização e de trabalho, conseguiu pelo exemplo, dinamizar e estimular vontades, congregando os militares e funcionários civis do CISMIL, para a realização oportuna e eficiente das múltiplas e diversificadas tarefas cometidas àquele órgão. Pautou o exercício das suas atribuições por padrões de elevada competência, assumindo sempre uma postura pró-ativa e cooperante, reveladora de elevado espírito de bem servir.
Demonstrou grande capacidade de análise e de ponderação bem patentes nas suas intervenções em variados temas, relatórios, STANAGs, estudos e pareceres. Foi igualmente importante a sua ação de coordenação de cursos in-house por especialistas estrangeiros, de intercâmbios de analistas com Serviços congéneres estrangeiros, de estágios de Oficiais a colocar em Quartéis-Generais da NATO e UE e de ações informativas para audiências nacionais e estrangeiras.
Evidenciando possuir uma noção clara dos objectivos e metas a atingir, interpretou de forma correta as diretivas e orientações superiores, tendo promovido e reforçado excelentes relações de cooperação com Instituições congéneres, quer nacionais quer estrangeiras. De realçar, o seu forte empenhamento nas relações de coordenação e cooperação com os diversos órgãos do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), com os quais, o CISMIL tem mantido uma relação relevante. De igual modo, promoveu e reforçou as relações entre o CISMIL e Serviços de Informações de Nações aliadas, cujo resultado foi por diversas vezes elogiado pelas representações diplomáticas desses países.
No âmbito da diplomacia militar, promoveu um forte e próximo relacionamento entre as Forças Armadas Portuguesas e os diversos representantes militares acreditados em Lisboa, patrocinando, desse modo, um clima de amizade e confiança, elementos essenciais ao desenvolvimento de profícuas relações de cooperação bilateral com os nossos aliados e parceiros. Acresce ainda neste âmbito a preparação e o permanente apoio e acompanhamento dos oficiais em funções de adido no estrangeiro, revelando uma elevada capacidade de resposta a múltiplos desafios.
A sua postura sóbria e de reconhecida afabilidade, aliada a uma forma de estar lúcida, equilibrada e isenta, contribuíram para a assinalável qualidade dos estudos de situação na área das Informações, permanentemente atualizados, orientando com oportunidade os esforços de pesquisa e analisando de forma correta os indicadores suscetíveis de condicionar o cumprimento da missão do Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) e das forças militares nacionais, incluindo as das Forças Nacionais Destacadas, às quais, por sua iniciativa, foi prestado um contributo de elevado valor operacional, através da criação, preparação e projeção de Células de Informações Militares, para os diversos Teatros de Operações em que estas têm sido empenhadas.
Face ao anteriormente exposto, é de toda a justiça reconhecer publicamente as excecionais qualidades e virtudes militares e pessoais que creditam o Contra-almirante Ramos Borges como um Oficial General de elevada competência, a quem podem ser confiadas funções da mais elevada responsabilidade, que pautou sempre a sua atuação pela afirmação constante de elevados dotes de caráter, em que se relevam a lealdade, o espírito de sacrifício, a abnegação e a coragem física e moral, devendo os serviços por si prestados serem considerados relevantes, extraordinários e distintos, dos quais resultaram honra e lustre para as Forças Armadas e para o País.
14 de setembro de 2015. - O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, Artur Pina Monteiro, General.
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