Relatório de gestão de 2007
Senhores Accionistas
1 - Introdução.
Num ano marcado por uma forte instabilidade ao nível dos mercados financeiros e do imobiliário na maioria das economias mundiais e pela acentuada subida do preço do petróleo, o comportamento da economia portuguesa em 2007 foi ligeiramente superior ao observado no ano anterior. Segundo o Banco de Portugal, o Produto Interno Bruto (PIB) registou um crescimento de 1,9 %, cerca de meio ponto percentual acima do registado no ano anterior. No entanto pelo sexto ano consecutivo, Portugal voltou a distanciar-se dos seus parceiros económicos, uma vez que o PIB voltou a crescer abaixo da média europeia, sendo a sua evolução em mais de 2,6 %.
O factor responsável por esta relativa aceleração do PIB foi o investimento, o qual cresceu acima dos 2,5% face a uma quebra de 1,8 % regista no ano anterior. A inflação situou-se nos 2,3% em 2007.
Os aspectos atrás descritos influenciaram não só a actividade do Fundo de Investimento gerido, como o da Sociedade Gestora. São factores que determinaram um crescimento moderado nos valores dos activos do Fundo de Investimento e por inerência nas suas unidades de participação, bem como uma influência nos resultados alcançados no período pela Sociedade Gestora.
2 - A Actividade.
A Sociedade Gestora continuou a administrar, como o faz desde 1993, o Fundo de Investimento Imobiliário Fechado - Correia & Viegas.
A análise económica e financeira
Os proveitos obtidos cifraram-se em 345 083 euros dos quais 316 008 euros são provenientes de comissões de gestão. Em relação ao ano anterior verificou-se um aumento de cerca de 14 %.
Os custos, no montante de 324 380 euros, referem-se a gastos administrativos, fornecimentos e serviços de terceiros e dotações para depreciação dos elementos do capital fixo. No exercício anterior tais custos atingiram 297 933 euros o que corresponde a um aumento de cerca de 9 %.
O activo líquido da Sociedade, no montante de 496 823 euros, aumentando em relação ao período anterior em cerca de 7,5 %. Tal, encontra explicação principal, no facto de não se ter efectuado investimento em valor apreciável, conjugado com a depreciação no período dos activos tangíveis e também pela redução registada nas disponibilidades.
Os seus capitais próprios, fixaram-se em 433.558 euros.
A autonomia financeira expressava-se no final do ano em cerca de 87 %. O cash-flow (conceito: somatório do resultado líquido + amortizações +/- provisões) alcançado no exercício foi de cerca de 44 769 euros.
3 - Perspectivas para 2008.
Segundo a generalidade das entidades que divulgam perspectivas de evolução económica, Portugal deverá manter a trajectória de crescimento, embora muito moderado, durante o ano de 2008, afigura-se desta forma um cenário um pouco mais animador do que aquele observado em anos anteriores, no entanto revela-se insuficiente para aproximar a economia Portuguesa da dos nossos parceiros europeus.
O cenário para 2008 prevê uma continuidade do crescimento do PIB, contudo este crescimento continua a situar-se abaixo da média prevista para a União Europeia. Face ao acima exposto o Fundo de Investimento poderá registar um ligeiro crescimento dos seus activos com repercussão na Sociedade Gestora.
4 - Proposta para aplicação de resultados.
O resultado líquido do imposto foi de 12 476,76 euros, propondo-se a seguinte aplicação:
- para constituição da reserva legal 12 476,76 euros
5 - Declarações.
Declaramos que não existem dividas em situação de mora, nem ao Estado, nem à Segurança Social, tal como não se registaram quaisquer operações/transacções entre a sociedade e os seus membros dos órgãos sociais.
6 - Considerações finais.
O Conselho de Administração expressa o seu reconhecimento:
- ao Banco de Portugal e à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, pela prestimosa atenção e apoio que nos têm dispensado.
- ao Banco Espírito Santo, S. A., na qualidade de Banco Depositário pela disponibilidade e colaboração recebida.
- aos nossos avaliadores pela disponibilidade e colaboração dispensada.
- ao Conselho Fiscal, pelo apoio recebido.
27 de Janeiro de 2008. - O Conselho de Administração: João Manuel V. Correia - Maria Manuela G. V. Correia - Teresa Alexandra V. Correia - Ana Luísa V. Correia - Victor Marques da Cruz.
Anexo ao relatório de gestão do exercício de 2007
Informação, comunicação para os efeitos previstos seguintes:
1) Artigo 447.º, n.º 5 do Código das Sociedades Comerciais
Acções detidas em 31 de Dezembro de 2007
Conselho de Administração:
João Manuel Vieira Correia...34 125 acções...170 625 euros
Maria Manuela Granja Viegas Correia...34 125 acções...170 625 euros
2) Artigo 448.º, n.º 4 do Código das Sociedades Comerciais
Acções detidas em 31 de Dezembro de 2007
Accionistas:
João Manuel Vieira Correia...34125 acções...170 625 euros
Maria Manuela Granja Viegas Correia...34 125 acções...170 625 euros
7 de Fevereiro de 2008. - O Conselho de Administração, João Manuel Vieira Correia - Maria Manuela Granja Viegas Correia - Teresa Alexandra Viegas Correia - Ana Luisa Viegas Correia - Victor Marques da Cruz.
Correia & Viegas - Sociedade Gestora de Fundo de Investimento Imobiliário, S. A.
Sede: Urbanização Horta dos Pardais, Edificio Palmeira, lote 2 - loja F Bloco C - Faro.
Capital social: 375 000 euros.
CIP: 503052744.
Matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Faro sob o n.º 503052744.
Balanço em base individual (NCA) em 31 de Dezembro de 2007
(ver documento original)
Pela Administração, João Manuel V. Correia. - O Técnico Oficial de Contas, João Carlos S. G. Jesus.
Demonstração de resultados em base individual (NCA)
(ver documento original)
Pela Administração, João Manuel V. Correia. - O Técnico Oficial de Contas, João Carlos S. G. Jesus.
Demonstrações financeiras relativas a 31 de Dezembro de 2007
Anexo ao balanço e à demonstração de resultados
Introdução.
A elaboração da contabilidade da Correia & Viegas, Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S. A., obedeceu ao prescrito no PCSB (Inst. 4/96) até ao final do ano de 2005, por opção, prevista na Carta Circular 13/2005/DSB do Banco de Portugal, de 28 de Fevereiro, conforme comunicação de 29-03-2005.
A partir de 01-01-2006 e tendo terminado o regime transitório, que vigorou durante 2005, a elaboração da contabilidade e a preparação das demonstrações financeiras, em base individual, passou a reger-se em conformidade com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), a que se refere o Aviso do Banco de Portugal n.º 1/2005 de 21 de Fevereiro de 2005, em conjugação com o disposto na sua Instrução 18/2005 de 07 de Junho, actualizada, relativamente ao reporte de demonstrações financeiras e outros elementos de prestação de contas de instituições que adoptem as NIC e as NCA.
A - Balanço.
a) Caixa e disponibilidades em bancos centrais
O saldo de caixa representa um fundo fixo, de reduzida expressão, para fazer face a despesas diárias correntes, não existem disponibilidades em bancos centrais.
b) Disponibilidades em outras instituições de crédito
Representam activos monetários depositados em instituições bancárias nacionais, sob a forma de Depósitos à Ordem.
c) Outros activos tangíveis
Movimentos dos activos tangíveis
Ver mapa anexo.
d) Activos por impostos correntes
Não aplicável.
e) Outros activos
Saldo devedor no valor de (euro) - 121 211,30.
Composição:
Comissão de Gestão - (euro) - 89 454,36.
Seguros - (euro) - 2711,17.
Outras operações a regularizar - (euro) - 29 045,77.
A rubrica comissão de gestão representa um montante de proveitos da empresa, por receber à data do balanço.
A rubrica seguros reflecte um valor que decorre da aplicação do principio contabilístico da especialização ou acréscimo e traduz a alocação de custos para imputação a períodos subsequentes a que respeitam. O mesmo principio contempla a rubrica - outras operações a regularizar, que é composta por um conjunto diversificado de custos a ventilar por duodécimos. No que respeita ao conteúdo desta asserção conta, não existem outros activos nem créditos vencidos que representem risco ou determinem diligência no sentido de correcção de valor por ajustamento.
f) Passivos por impostos correntes
O valor de (euro) 6249,49 reflectido no Balanço representa um débito da empresa sobre o Estado, relativo a IRC, em resultado da liquidação efectuada pela empresa, relativa ao exercício de 2007, deduzido das entregas efectuadas por conta, valor este a entregar ao Estado.
g) Outros Passivos
A composição do saldo de (euro) 57 015,64 justifica:
Sector público e Administrativo - (euro) 16 230,47 - Divida corrente, em regra compreende retenções de impostos e contribuições a entregar no mês imediato (IRS, CRSS, Imposto selo).
Credores diversos - (euro) 12 691,46 - Débito efectuado à empresa por prestação de serviços, divida a pagar no curto prazo
Encargos a pagar por gastos gerais administrativos - (euro) 28 013,52 - Encargos do período, por direitos adquiridos a pagar no exercício seguinte, incluindo férias e subsídio de férias.
h) Capital
O Capital social de (euro) 375 000 00, totalmente realizado, é representado por 75 000 acções nominativas com o valor nominal unitário de (euro) 5.
i) Outras reservas e resultados transitados
Reserva Legal - (euro) 46 080,79
Valor que representa a aplicação de resultados obtidos em anos transactos, retidos na empresa por deliberação societária em resultado do cumprimento de disposição legal.
j) Resultado do exercício
Resultado positivo alcançado no período - (euro) 12 476,76, lucro líquido, valor deduzido dos encargos estimados para IRC, derrama e tributação autónoma.
B - Demonstração de resultados
m) Rendimentos de serviços e comissões
Comissão de Gestão - (euro) 316 007.85 - contratualizada e decorrente de proveitos da actividade no exercício do objecto social.
n) Outros resultados de exploração
Representa essencialmente o reembolso de encargos por cedência de pessoal.
o) Custos com o pessoal
As rubricas custos com o pessoal (incluindo encargos sociais e outros) apresentam um saldo de (euro) 221 612,02, com a seguinte composição:
Remunerações atribuídas aos órgãos sociais:
Conselho de Administração - (euro) 106 490,40
Remunerações atribuídas ao pessoal:
Pessoal - (euro) 115.121,62
p) Gastos gerais administrativos
O saldo de (euro) 69 322,75 representa os custos gerais de estrutura.
q) Amortizações do exercício
Vide justificação conforme mapa anexo, a que se refere a alínea c) supra.
r) Impostos correntes
Representa o cálculo-estimativa de IRC sobre o resultado apurado no período.
Carga fiscal:
(ver documento original)
Incidência do IRC sobre os resultados:
(ver documento original)
C - Outras informações
Objecto Social
A sociedade tem por objecto social a administração, gestão e representação de Fundos de Investimento Imobiliário (Estatutos artigo.3.º). Actualmente, administra um único Fundo, "Fundo de Investimento Imobiliário Fechado, Correia & Viegas".
Critérios de valorimetria
Os critérios valorimétricos adoptados relativamente às várias rubricas das presentes demonstrações financeiras são os seguintes:
Activos tangíveis
Estão expressos no balanço pelo respectivo custo histórico de aquisição, não tendo sido objecto de quaisquer reavaliações.
As amortizações são calculadas segundo o método das quotas constantes anuais. O seu registo contabilistico é efectuado por duodecimos a partir da data de entrada em funcionamento dos bens, utilizando-se para o efeito as taxas máximas definidas no Decreto Regulamentar 2/90, de 12 Janeiro, as quais, na circunstância, se considera que representam satisfatoriamente a vida útil estimada dos respectivos bens.
Custos e proveitos
Todos os custos e proveitos foram obtidos em Portugal e são reconhecidos no período a que respeitam, considerando as situações decorrentes da aplicação do principio contabilístico da especialização ou acréscimo.
Efectivo médio anual de trabalhadores ao serviço, ventilado por grandes categorias profissionais;
Conselho de Administração - 3
Técnico Oficial de Contas - 1
Trabalhadores Administrativos - 2
O Conselho de Administração: João Manuel V. Correia - Maria Manuela G. V. Correia - Ana Luísa V. Correia - Teresa Alexandra V. Correia - Victor Marques da Cruz. - O Técnico Oficial de Contas, João Carlos S. G. Jesus.
Demonstração de resultados por funções
(ver documento original)
Pela Administração, João Manuel V. Correia. - O Técnico Oficial de Contas, João Carlos S. G. Jesus.
Demonstração dos fluxos de caixa
(ver documento original)
Pela Administração, João Manuel V. Correia. - O Técnico Oficial de Contas, João Carlos S. G. Jesus.
Movimentos em outros activos tangíveis
(ver documento original)
Pela Administração, João Manuel V. Correia. - O Técnico Oficial de Contas, João Carlos S. G. Jesus.
Certificação legal das contas
Introdução.
1 - Examinei as Demonstrações Financeiras de Correia & Viegas - Sociedade Gestora de Fundo de Investimento Imobiliário, S. A., as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2007, que evidencia um total de 496 823 euros e um total de Fundos Próprios de 433 558 euros (incluindo um Resultado Líquido positivo de 12 477 euros), as Demonstra-ções dos Resultados por naturezas e por funções e a Demonstração dos Fluxos de Caixa do Exercício findo naquela data e os correspondentes Anexos.
Responsabilidades.
2 - É da responsabilidade do Conselho de Administração de Correia & Viegas - Sociedade Gestora de Fundo de Investimento Imobiliário, S. A., a preparação de Demonstrações Financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado.
3 - A minha responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no meu exame daquelas Demonstrações Financeiras.
Âmbito.
4 - O exame a que procedi foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as Demonstrações Financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu:
a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das Demonstrações Financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pela Administração utilizadas na sua preparação;
a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias;
a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e
a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das Demonstrações Financeiras.
5 - O meu exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do Relatório de Gestão com as Demonstrações Financeiras.
6 - Entendo que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da minha opinião.
Opinião.
7 - Em minha opinião as Demonstrações Financeiras referidas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevan-tes, a posição financeira de Correia & Viegas - Sociedade Gestora de Fundo de Investimento Imobiliário, S. A., em 31 de Dezembro de 2007, o Resultado das suas operações e os Fluxos de Caixa no Exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites para o sector financeiro em Portugal.
Ênfases.
8 - Sem afectar a opinião expressa no parágrafo anterior chamo a atenção para o seguinte:
8.1 Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas.
A Empresa está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas e à correspondente Derrama. Os resultados fiscais de um determinado Exercício ficam sujeitos ao exame da Inspecção Tributária e a eventuais alterações; se negativos podem ser deduzidos aos lucros fiscais que se verificarem nos seis anos seguintes. Administração Fiscal tem a possibilidade de rever o apuramento anual do Resultado tributável declarado pela Empresa no período de quatro anos posterior ao Exercício a que diz respeito. Na opinião da Administração não é previsível que qualquer eventual liquidação adicional tenha impacto significativo nas Demonstrações Financeiras futuras.
8.2 Plano de Contas para o Sistema Bancário
O Decreto-Lei 298/92 de 31/12 regula o processo de estabelecimento e o exercício da actividade das Instituições de Crédito e das Sociedades Financeiras. A estas veio agregar as Sociedades de Investimento (Vidé Espécies de Instituições de Crédito - Artigo 3.ºal.f). A Correia & Viegas - Sociedade Gestora de Fundo de Investimento Imobiliário, SA está assim abrangida pela competência e autoridade máxima de supervisão, quer o Banco de Portugal quer a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. No ajustamento e limitação da aplicação à Empresa de um quadro legal de tão grande amplitude, no que ao Plano de Contas respeita, no reconhecimento, registo e classificação contabilística das suas operações/transacções deverá ser tida em conta a filosofia expressa no Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados, Introdução, à data de 31 de Dezembro de 2007.
8.3 Reserva Legal
Tem sido política da Empresa a manutenção em Fundos próprios dos Resultados apurados anualmente, fluxos gerados, mediante a sua afectação às contas de Reserva legal e de Outras reservas.
O Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras aprovado pelo Decreto-Lei 298/92 de 31 de Dezembro estabelece no seu Artigo 97.º1 que uma fracção não inferior a 10% dos lucros líquidos apurados em cada Exercício deve ser destinada à formação de uma Reserva Legal até ao limite do Capital social. A proposta da Administração contida no seu Relatório de Gestão vai nesse preciso sentido, dando-lhe satisfação.
27 de Fevereiro de 2008. - Anildo Sales Palma Nunes, ROC n.º 106 da Lista da OROC.
Relatório e parecer do conselho fiscal
Exercício de 2007
Senhores Accionistas,
Nos termos legais e estatutários o Conselho Fiscal tem a honra de apresentar à vossa consideração o relatório da sua acção fiscalizadora, bem como o parecer sobre o Relatório e Contas elaborados pelo Conselho de Administração de Correia & Viegas - Sociedade Gestora de Fundo de Investimento Imobiliário, S. A., reportados ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2007.
A - Relatório.
1 - Actividade.
No uso da competência que lhe atribuem os Artigos. 420.º e 420.º-A do Código das Sociedades Comerciais e espírito do Artigo 422.º do mesmo diploma, no decurso de Mandato (2005/2008-AG 2005.03.28), no cumprimento do dever e desenvolvimento de acções de vigilância, relativamente ao Exercício de 2007, o Conselho Fiscal de Correia & Viegas - Sociedade Gestora de Fundo de Investimento Imobiliário, S. A.:
1.1 Procurou acompanhar a actividade desenvolvida pela Sociedade, com a periodicidade conveniente e a profundidade adequada, principalmente através dos contactos com a Administração, órgão de decisão, de reuniões com os técnicos de topo e das informações nelas colhidas, do exame dos documentos que lhe foram presentes e do esclarecimento das questões suscitadas pela sua análise e da apreciação de indicadores;
1.2 Analisou a informação contabilística que lhe foi apresentada, com especial incidência e particular cuidado sobre a intercalar trimestral, sobre a qual executou os procedimentos de verificação e de conferência considerados necessários, de que relevam os testes de exame dos livros, dos registos contabilísticos e respectivos documentos de suporte;
1.3 Apreciou o Relatório de Gestão da autoria do Conselho de Administração o qual traduz a actividade, evolução, situação da Sociedade e perspectivas e está em conformidade com as contas do Exercício e com os requisitos legais exigidos;
1.4 Avaliou as Propostas da Administração, designadamente, no sentido de aplicação dos resultados líquidos alcançados no período findo em 31 de Dezembro de 2007 e da constituição da Reserva Legal;
1.5 Tendo seguido os trabalhos desenvolvidos pelo Revisor Oficial de Contas, membro deste Conselho, apreciou o seu Relatório anual, bem como a Certificação Legal das Contas que emitiu em 27 de Fevereiro de 2008, à qual dá o seu acordo e que considera parte integrante deste Relatório.
1.6 Procedeu ao exame das peças finais das Contas da Sociedade relativas ao Exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 no âmbito da aplicação dos princípios contabilísticos gerais e específicos aplicáveis e dos critérios valorimétricos subjacentes.
Na prática da sua actuação, na sua esfera de acção, salienta que recebeu da Administração e dos Serviços os esclarecimentos e as informações que solicitou, o que lhe cumpre agradecer, tal como a referência que lhe é feita nas considerações finais do Relatório de Gestão.
2 - Apreciação do Relatório e das Contas de 2007.
2.1 O Relatório de Gestão responde e dá geral satisfação às disposições legais em vigor que o sujeitam. Desenvolve informação sobre a actividade, de acordo com a filosofia e estratégia definidas pela Administração, como ela se processou no Exercício e perspectivas de evolução. Releva as dificuldades sentidas ao longo do ano, confirmando tendência. Da mesma natureza das que já haviam constituído contornos de anos precedentes elas são de natureza externa e interna, interligando-se em conjuntura previsivelmente menos desfavorável. A nível macroeconómico um crescimento da UE de nível médio baixo e a manutenção da instabilidade do mercado do petróleo, a manter-se em alta, foram factores externos negativos para um país deles tão fortemente dependente como é Portugal. Acrescem, a nível interno, no mesmo sentido, com a excepção contraditória de uma maior abertura da economia nacional ao comércio externo, aspectos concorrenciais e laborais pouco flexíveis, a par de um quadro legal e fiscal hostilizador, não obstante algumas alterações introduzidas e indutor da contracção da procura no mercado. Factores de contexto, mantinham-se no final do ano, com tendência de continuidade e agravamento por força da associação da crise instalada nos mercados financeiros, com revisão em baixa do crescimento económico comunitário. Enumerando, em análise desagregada, o Banco Central Europeu a dar indicações de que a subida dos juros não acabou, forte dependência dos mercados de importação da energia e petróleo, com redução dos consumos de gasolina e gasóleo, menorização do investimento onde o sector da construção com menos cimento viu o seu peso na economia reduzido e rendimentos familiares depreciados, são importantes fenómenos que não garantem uma perspectivação comportamental positiva da actividade da Empresa no curto prazo.
O Relatório de Gestão ajuda a compreender o desempenho e em aderência a sua reflexão nas contas de 2007, e o resultado alcançado.
As Contas, em variação homóloga, mostram que, globalmente, a taxas não corrigidas da inflação, os Proveitos e os Custos aceleraram respectivamente 14 e 9 pontos percentuais. Uma evolução de sentido positivo na comparabilidade com os registos de 2005 e de 2006: para os Proveitos de 1,31% e (3,96) e para os Custos de 14 e 2,16% Do balanceamento do referido binómio resultou um saldo líquido contabilístico positivo no período de (euro) 12 476,76 (contra 1081,47; 19 908,84 e 52 175, alcançados nos exercícios de 2006, 2005 e 2004)
Os Proveitos decorrem quase exclusivamente (91,57%=316 008:345 083; e no Exercício anterior 96,68%) da administração, em representação dos Participantes, de um Fundo de Investimento Imobiliário Fechado, objecto principal da actividade, de cuja evolução valorativa contratualmente fortemente dependem. Uma contribuição de 8,42% diz respeito ao ressarcimento de despesas por cedência temporária de pessoal.
A remuneração da prestação de serviços de administração do Fundo, sob a forma de um fee e em obediência a regulamentação, é calculada periodicamente sobre o valor líquido global variável do Fundo. Este, ascendia a (euro) 21 286 186,84 no final do ano, valor dos activos geridos, com uma apreciação de 3,88% em variação homóloga, confirmando tendência (vs. 4,24 e 7% nos períodos imediatamente anteriores). O valor do Fundo em 31 de Dezembro de 2007 deduzia um valor unitário para as Unidades de Participação que o representam de (euro) 11,2566 (vs. (euro) 10,8362 em 31 de Dezembro de 2006).
Os Custos respeitam fundamentalmente à estrutura administrativa. Em valores relativos, por grandes rubricas, mostram:
...2007...2006
Custos com Pessoal...66,63...68,38
Gastos gerais administrativos...20,84...18,32
Amortizações do exercício...9,70...11,71
Outros (Impostos)...2,83 ...1,59
os quais, pela ordem mencionada, em variação homóloga, registaram crescimentos de 15,56; 25,58; (8,5) e 97,62%
O cash-flow (conceito: lucro líquido+amortizações+/-variação provisões/ajustamentos) alcançou um valor de (euro) 44 769 (vs.36 375 e 40 095 em 2006 e em 2005).
O esforço de Investimento foi de (euro) 15 202, contemplando a aquisição de equipamentos e viaturas.
2.2 Resultou no geral positivo o exame do cumprimento dos normativos, legais, estatutários e regimentais, de que releva o que respeita ao indicador estabelecido pelo Decreto-Lei 60/2002 de 20 de Março, na redacção actualizada pelo DL 13/2005 de 7 de Janeiro, artigo 10.º, 1 (relação Fundos Próprios/Valor líquido global do Fundo de Investimento administrado).
A informação contabilística-financeira reflecte características qualitativas aceitáveis para cumprimento dos seus objectivos. Os princípios contabilísticos e os critérios de valorimetria, consistentemente aplicados, mostram-se adequados à actividade e permitem traduzir uma imagem verdadeira e apropriada da situação financeira e dos resultados das operações de Correia & Viegas - Sociedade Gestora de Fundo de Investimento Imobiliário, S. A., em 31 de Dezembro de 2007.
B - Parecer.
Apoiados no exame a que procedemos dos documentos de Correia & Viegas - Sociedade Gestora de Fundo de Investimento Imobiliário, S. A., designadamente e relativamente a 31 de Dezembro de 2007, o Relatório de Gestão e as Peças Finais das Contas deste Exercício e na Certificação Legal das Contas que lhe respeita, em consonância, somos de Parecer, que:
a) se encontram em condições de poderem ser aprovados pela Assembleia Geral dos Senhores Accionistas as Demonstrações Financeiras da Sociedade referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2007; o Relatório de Gestão e a Proposta que contém, do Conselho de Administração, para a aplicação do Resultado líquido apurado naquela data e para a constituição da Reserva Legal;
b) seja reconhecido o reiterado esforço da Administração para que a Sociedade se mantenha e afirme num quadro de grande dignidade, bem como o mérito da excelente cooperação de todos aqueles trabalhadores que a acompanharam com o mesmo objectivo;
c) nos termos e no sentido do Artigo 455.º do Código das Sociedades Comerciais se proceda à apreciação geral da Administração e da Fiscalização da Sociedade.
29 de Fevereiro de 2008. - O Conselho Fiscal: Anildo Sales Palma Nunes, presidente - John Viegas - José Maria Bragança Pinheiro, vogais.
Aos vinte e sete dias do mês de Março de dois mil e oito, reuniram os accionistas da sociedade Correia & Viegas - Sociedade Gestora de Fundo de Investimento Imobiliário, S. A., na sede social sita na Urbanização Horta dos Pardais, Edifício Palmeira, lote 2 - loja F, em Faro, em assembleia universal, pelas dez horas, com a seguinte Ordem de Trabalhos:
1 - Deliberar sobre o Relatório e as Contas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2007;
2 - Deliberar sobre a aplicação do resultado apurado no Exercício de 2007; e
3 - Proceder à apreciação geral da Administração e Fiscalização da Sociedade, nos termos do C.S.C. - Artigo 455.º, na conjugação com o disposto no Artigo. 376.º, e deliberar no sentido ali previsto;
Assumiu a Presidência da Mesa a senhora D. Maria Manuela Granja Viegas Correia, secretariada pela Arq. Teresa Alexandra Viegas Correia, que verificou reunidos os pressupostos e requisitos do artigo 54.º CSC, designadamente a dispensa das prévias formalidades legais, que possibilitam a efectivação da Assembleia sob forma de universal, desde que estejam presentes todos os Accionistas com direito a voto e desde que todos expressem a sua vontade de deliberar sobre a Ordem de Trabalhos da Convocatória.
Verificou estarem presentes todos os accionistas, conforme lista de presenças, parte integrante desta acta, bem como, os membros do Conselho fiscal.
Perguntou então à assembleia se era da vontade de cada um deliberar sobre a Ordem de Trabalhos, tendo-se todos pronunciado favoravelmente.
Seguidamente deu início à sessão, tendo sido sucessivamente deliberado o seguinte:
Ponto um - Por unanimidade de votos, aprovar o Relatório e as Contas relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2007;
Ponto dois - Por unanimidade de votos aprovar a proposta para a aplicação do Resultado apurado no exercício de 2007, no montante de (euro) 12 476,76 (doze mil e quatrocentos e setenta e seis euros e setenta e seis cêntimos), mediante a sua transferência para Reserva Legal.
Ponto três - Na apreciação geral da Administração e Fiscalização da Sociedade foi deliberado por unanimidade conferir um voto de louvor aos membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal, pelo exemplar desempenho nas distintas respectivas funções.
E nada mais havendo a tratar foi a sessão interrompida para ser lavrada a presente Acta, depois do que, reaberta, se procedeu à sua leitura, aprovação e assinatura pelos membros da Mesa.
A Presidente da Mesa, Maria Manuela G. V. Correia. - A Secretária, Teresa Alexandra V. Correia.
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