Louvo, por proposta do comandante-geral da Guarda Nacional Republicana, o coronel de infantaria n.º 1840035, António José Mendes de Oliveira, da Guarda Nacional Republicana, pela forma excepcionalmente eficiente, dinâmica e competente como, ao longo do último ano, comandou a Unidade Integrada de Polícia (IPU) da Força da Missão Militar da União Europeia (EUFOR) responsável pela Operação Althea na Bósnia-Herzegovina.
Nomeado para tão importante função pelo Comité Interministerial de Alto Nível (CIMIN) da Força de Gendarmerie Europeia (EUROGENDFOR), desde muito cedo se afirmou no seio da estrutura de comando da Operação Althea como um oficial altamente empenhado no sucesso da missão e na valorização do papel da comunidade internacional no apoio à construção da paz e segurança na região.
Competindo à IPU, no quadro do mandato da EUFOR, o cumprimento de tarefas tão delicadas como as de contribuir para a manutenção da ordem pública, prevenir e controlar as ocorrências de distúrbios civis, recolher, analisar e difundir informações, apoiar operações de investigação criminal, colaborar na segurança do pessoal das organizações internacionais presentes no território, incluindo segurança pessoal e escoltas a VIP, realizar o resgate de reféns e apoiar o Tribunal Criminal Internacional para a Ex-Jugoslávia na localização, identificação e detenção de pessoas indiciadas de crimes de guerra, soube o coronel Oliveira encontrar a melhor forma de lhes dar pronta e qualificada resposta, sobretudo através de uma acção esclarecida de comando, assente na correcta aplicação das orientações e directivas superiormente estabelecidas e no fortalecimento da coesão e disciplina da sua Unidade, cujo efectivo, apesar da multinacionalidade dos seus elementos, se habituou a reconhecer no comandante o líder exigente e rigoroso mas, simultaneamente, humano, permanentemente empenhado em melhorar as condições de trabalho e o bem-estar dos subordinados.
Oficial inteligente e determinado, possuidor de sólidos e actualizados saberes técnicos e notável aptidão profissional, que a experiência adquirida na participação em anteriores missões internacionais consolidou, impôs-se, naturalmente, à consideração de todos os que com ele privaram, afirmando-se como um importante e indispensável colaborador do comandante da EUFOR para assuntos relacionados com segurança e ordem pública.
O excelente relacionamento que soube cultivar e manter com as autoridades e população locais, os representantes diplomáticos dos países representados na IPU e demais entidades internacionais presentes no teatro de operações granjeou-lhe um enorme prestígio pessoal com reflexos evidentes e muito positivos na imagem pública da Guarda Nacional Republicana, EUROGENDFOR e EUFOR, credibilizando estas instituições junto da nação anfitriã e das organizações internacionais envolvidas no esforço colectivo de criar condições de prosperidade e desenvolvimento na Bósnia-Herzegovina.
A excelência e o mérito da acção do coronel António Oliveira no exercício da complexa e difícil missão de comando de uma força multinacional, aliados às suas excepcionais qualidades pessoais e profissionais, à sua bravura, provado esforço e grande dedicação à causa da segurança pública, já evidenciados em muitas outras funções ao longo da sua carreira, tornam-no merecedor de ser apontado como exemplo a seguir e que os serviços prestados como comandante da Unidade Integrada de Polícia sejam publicamente realçados e considerados de muito importantes, relevantes e distintos.
Assim, ao abrigo dos artigos 7.º e 10.º, ambos do Decreto-Lei 177/82, de 12 de Maio, manda o Governo, pelo Ministro da Administração Interna, condecorar com a medalha de prata de serviços distintos de segurança pública o coronel António Oliveira, da Guarda Nacional Republicana.
9 de Novembro de 2009. - O Ministro da Administração Interna, Rui Carlos Pereira.
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