Fundado em 22 de julho de 1863, o Museu de Marinha comemora em 2013 um século e meio de existência, preservando e divulgando a memória e o património marítimo de Portugal e dos portugueses.
Num país com tão profundas tradições navais e que deve em grande medida a sua existência ao mar e aos Marinheiros que dele fizeram a grande nação dos descobridores, o Museu de Marinha é, porventura, o mais emblemático de todos quantos se relacionam com a nossa identidade.
Na História de Portugal, o Mar representa o melhor de nós próprios e no Museu de Marinha sente-se e apreende-se esse desígnio de um pequeno grande povo, alicerçado e ancorado no seu passado, projetado no seu futuro coletivo e essencial a um presente em que, de novo, se busca compreender o mar e no mar encontrar a explicação de Portugal, da sua cultura e da sua relevância. O mar português e universal está todo no Museu de Marinha.
Instalado, desde 15 de agosto de 1962, na ala poente do Mosteiro dos Jerónimos, monumento que exalta a grandiosa epopeia marítima dos portugueses, o Museu de Marinha proporciona aos seus inúmeros visitantes o contacto com um espólio museológico de valor incalculável, exibido e explicado em enquadramento cuja dimensão histórica lhe confere o maior significado, designadamente no que respeita aos momentos mais marcantes da nossa história marítima e da epopeia dos descobrimentos.
Em excelente estado de conservação e preservação, sujeito aos maiores cuidados por parte dos seus museólogos, o acervo afeto ao Museu de Marinha constitui um fator de enriquecimento notável do património histórico e cultural de Portugal.
Situado em plena Praça do Império, e com os olhos postos no local de onde outrora partiram as naus das descobertas, o Museu de Marinha é um dos principais pontos de convergência de portugueses e estrangeiros, e constitui uma referência cultural de Lisboa e um motivo de orgulho para a Marinha e para Portugal.
Assim, ao longo dos seus 150 anos e, designadamente, desde a sua instalação em Belém, o Museu de Marinha vem prestando um serviço inestimável à Marinha e muitíssimo relevante para a construção, aprofundamento e compreensão da cultura marítima em Portugal, pelo que, ao abrigo do artigo 3.º do Decreto 49052, de 11 de junho de 1969, lhe concedo a Medalha Naval de Vasco da Gama.
22 de fevereiro de 2013. - O Almirante Chefe do Estado-Maior da Armada, José Carlos Torrado Saldanha Lopes, almirante.
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