Louvo, por proposta do Comandante-Geral da Guarda Nacional Republicana, o Tenente -General Samuel Marques Mota, pelas excecionais virtudes militares, inexcedível competência técnica e profissional, e grande dedicação ao serviço da segurança pública, que evidenciou ao longo de uma carreira rica e preenchida, ao serviço do Exército e da Guarda Nacional Republicana.
Desde muito cedo, no início da sua carreira militar na Escola Prática de Engenharia, o Capitão Samuel Mota demonstrou notáveis qualidades de trabalho, competência e dedicação ao serviço, reconhecendo-lhe os seus comandantes o elevado nível intelectual, forte personalidade e integro carácter que aliado a uma formação militar exemplar, o predestinavam a ser um brilhante e distinto oficial de engenharia e de quem a arma de engenharia muito tinha a esperar.
Nas funções de estado-maior, como Major, comprovou possuir assinaláveis qualidades de organização e chefia, distinguindo-se pela incomparável capacidade de trabalho, notável capacidade de relações humanas, grande senso e ponderação. Ainda no desempenho de funções de professor, no então Instituto de Altos Estudos Militares, revelou um conhecimento profundo das matérias inerentes à sua arma, destacando-se a sua discrição, método, competência e grande honestidade intelectual.
Mais tarde, nas exigentes funções de Comandante do Corpo de Bombeiros de Macau, o Tenente-Coronel Mota evidenciou durante cerca de oito anos, um elevado espírito de missão, extraordinário zelo e permanente disponibilidade que contribuíram de forma determinante para o elevado nível de eficácia daquela corporação.
Chamado a exercer as importantes funções de Chefe do Serviço de Obras da Guarda, o Coronel Mota desempenhou de forma altamente meritória, durante mais de 2 anos, as mais variadas e complexas tarefas de que foi incumbido, equacionando e apresentando sempre soluções muito equilibradas e adaptadas às situações reais, confirmando ainda as suas qualidades de militar culto e dinâmico, disciplinado e disciplinador, íntegro e de vincada personalidade. Ainda como Coronel Tirocinado, exerceu as funções de Chefe das Divisões de Logística e de Planeamento e Programação do Estado-Maior do Exército, sendo-lhe reconhecidas a sua ímpar capacidade de planeamento e a qualidade e rigor dos estudos por si coordenados e orientados.
Regressando à Guarda para comandar a então Brigada Fiscal, o Major-General Samuel Mota evidenciou, desde o início, as suas inexcedíveis qualidades pessoais e virtudes militares, complementadas pela grande dedicação à segurança pública. O seu profundo conhecimento e visão estratégica da vertente fiscal da Guarda deram um contributo muito importante para a estruturação do projeto SIVICC, assinalando-se ainda, a sua postura excelsa e a forma urbana, mas simultaneamente frontal e corajosa, como sempre defendeu os superiores interesses da Guarda.
Assumindo o Comando da Administração dos Recursos Internos, o Major-General Mota, desempenhou o seu comando num período difícil da Guarda, fruto das profundas alterações introduzidas na organização e funcionamento da instituição para implementação de uma nova lei orgânica, garantindo em todas as circunstâncias, índices de produtividade, nas áreas à sua responsabilidade, dignos de registo e revelando o grande espírito de missão, alto sentido do dever e integridade do seu caráter
Culminando a sua carreira como 2.º Comandante da Guarda, o Tenente-General Mota, confirmou o conjunto de predicados revelados desde o início da sua carreira militar.
O Tenente-General Mota é um leal colaborador e conselheiro do Comandante-Geral da Guarda, sendo um moderador imprescindível e oportuno, que pratica em elevado grau a virtude da lealdade e pauta todos os seus atos pelos ditames da honra e pela afirmação constante de elevados dotes de carácter e reconhecida coragem moral.
Merece assim o Tenente-General Samuel Mota ver publicamente reconhecido o mérito da sua carreira e ser enaltecido o contributo que deu para a afirmação da Guarda como força eficiente e prestigiada. As qualidades pessoais e os atributos profissionais evidenciados justificam, por isso, que os serviços prestados à Guarda Nacional Republicana e ao País sejam classificados como extraordinariamente importantes relevantes e distintíssimos.
Pelo que, ao abrigo dos artigos 7.º e 9.º do Decreto-Lei 177/82, de 12 de maio, manda o Governo, pelo Ministro da Administração Interna, condecorar com a Medalha de Serviços Distintos de Segurança Pública, Grau Ouro, o Tenente-General Samuel Marques Mota da Guarda Nacional Republicana.
23 de dezembro de 2013. - O Ministro da Administração Interna, Miguel Bento Martins Costa Macedo e Silva.
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