dos portos.
Com a publicação da Portaria 22021, de 31 de Maio de 1966, e do Decreto-Lei 47815, de 26 de Julho de 1967, que actualizaram e alteraram as disposições relativas à estrutura orgânica dos comandos territoriais da Armada, torna-se necessário actualizar as disposições da Portaria 17023, de 30 de Janeiro de 1959.
Nestes termos:
Manda o Governo da República Portuguesa, pelos Ministros da Defesa Nacional, Exército, Marinha e Secretário de Estado da Aeronáutica, o seguinte:1.º Ao Comando da Defesa Marítima do Porto de Lisboa (C. D. M. P. L.) compete preparar e utilizar os meios em pessoal e material que lhe forem atribuídos para a defesa local do porto e respectiva área de acesso contra acções do inimigo vindas do mar ou empregando meios que utilizem as águas, nomeadamente:
a) Operações de submarinos;
b) Acções de pequenas unidades de superfície e submarinas;
c) Minas e seu lançamento;
d) Ataques a torpedo;
e) Navios mercantes ou de pesca disfarçados em amigos, pretendendo bloquear o acessoao porto ou efectuar destruições no mesmo;
f) Sabotagens.
2.º Ao C. D. M. P. L. também compete preparar o pessoal e material destinado à defesamarítima dos outros portos.
3.º O C. D. M. P. L., para o desempenho das tarefas que lhe competem, dispõe dosseguintes elementos:
a) Estado-maior;
b) Serviços;
c) Unidades navais, de fuzileiros e de mergulhadores-sapadores, que lhe sejam atribuídas;d) Navios e embarcações auxiliares, compreendendo os navios de inspecção, navios de pilotos, navios de redes, embarcações do policiamento do porto e outros;
e) Posto de Vigilância e Defesa da Entrada do Porto de Lisboa (P. V. D. E. P. L.) e
estações que o servem;
f) Centro de Contrôle Naval da Navegação de Lisboa (C. C. N. N. L.).4.º O comandante da defesa marítima é directamente auxiliado por um comandante adjunto, designado por 2.º comandante, que o substitui nos seus impedimentos e no qual delegará as funções que julgar convenientes.
5.º O estado-maior, dirigido por um oficial superior designado por chefe do estado-maior,
compreende as seguintes secções:
a) 1.ª secção - informações;
b) 2.ª secção - operações;
c) 3.ª secção - logística.
6.º A 2.ª secção, de acordo com as necessidades do serviço, pode ser dividida nasseguintes subsecções:
1.ª Despesas fixas, à qual compete o planeamento e orientação de tudo o que respeita ao funcionamento do P. V. D. E. P. L., estações que servem esse posto e Serviço de Redese Barragens (S. R. B.);
2.ª Medidas antimina, minagem e patrulha, destinadas ao planeamento e orientação de tudo o que se refere à minagem defensiva, luta antimina e patrulha;3.ª Comunicações, que planeia e orienta todos os assuntos de comunicações;
4.ª Tráfego portuário, que orienta o exame e a pilotagem dos navios;
5.ª Segurança, salvamento e protecção, destinada ao planeamento, em colaboração com as entidades competentes, de tudo o que se refere a medidas contra sabotagem e acções submersivas, material e dispositivos de salvamento, vigilância dos planos de água e defesa
civil na área do porto.
7.º Os serviços são os seguintes:
a) Redes e barragens;
b) Comunicações;
c) Electrotecnia;
d) Máquinas;
e) Saúde;
f) Abastecimento;
g) Gerais.
8.º Ao S. R. B. compete o armazenamento, a instalação e a manutenção das redes ebarragens.
9.º O P. V. D. E. P. L., com as estações de sinais, de radar e de detecção submarina que o servem, destina-se à defesa da entrada do porto, exercendo a sua acção em toda a área exterior do porto e na área de detecção e caça. Para o desempenho da missão que lhe pertence, o P. V. D. E. P. L. exerce o contrôle táctico das baterias de artilharia de costa designadas para esse fim, dos navios de inspecção e de pilotos, dos navios da patrulha exterior e da patrulha de caça, dos draga-minas em operações e das portadas, dentro dasua área de responsabilidade.
O contrôle táctico das baterias de artilharia de costa limita-se a permitir que o P. V. D. E.P. L. promova o abrir e cessar fogo das mesmas baterias sobre alvos por ele designados.
10.º O C. D. M. P. L. manterá ligação com as seguintes entidades:
a) Comando da Defesa Costeira de Lisboa, no que respeita à utilização das baterias de artilharia de costa designadas para a defesa da área de responsabilidade do P. V. D. E.
P. L.;
b) Comando da Defesa Antiaérea de Lisboa, no que se refere ao planeamento da utilização da artilharia antiaérea dos navios que se encontrem na área do porto, para adefesa antiaérea;
c) Governo Militar de Lisboa, que controla, do ponto de vista da defesa terrestre, a áreana qual está incluído o porto de Lisboa;
d) Comando da Base Aérea n.º 6, nas condições que forem estabelecidas entre o Comando Naval do Continente e o Comando da 1.ª Região Aérea;e) Capitania do Porto de Lisboa, quanto à utilização dos serviços de pilotagem, Polícia
Marítima e patrulha interior;
f) Comissão Portuária de Lisboa, no que respeita à distribuição dos navios pelos cais e ancoradouros, atendendo às suas cargas e necessidades de dispersão;g) Entidades da Defesa Civil do Território, cujas zonas de acção abrangem a área de
responsabilidade do C. D. M. P. L.
11.º A ligação a que se refere a alínea a) do número anterior será mantida no C. D. M. P.L. por um oficial do Comando da Defesa Costeira de Lisboa. A ligação a que se refere a alínea g) será estabelecida por um oficial do C. D. M. P. L.
12.º Em tempo de guerra, o C. D. M. P. L. manterá uma representação permanente no centro conjunto das operações da artilharia antiaérea, para contrôle da artilharia antiaérea dos navios e dos estabelecimentos navais em Lisboa.
13.º A lotação do C. D. M. P. L. é fixada por portaria do Ministro da Marinha.
14.º Enquanto for julgado conveniente, o Centro de Instrução de Contrôle Naval e de Defesa da Navegação fica adstrito ao C. D. M. P. L.
15.º Fica revogada a Portaria 17023, de 30 de Janeiro de 1959.
Presidência do Conselho e Ministérios do Exército e da Marinha, 20 de Fevereiro de 1968.
- O Ministro da Defesa Nacional, Manuel Gomes de Araújo. - O Ministro do Exército, Joaquim da Luz Cunha. - O Ministro da Marinha, Fernando Quintanilha Mendonça Dias. - O Secretário de Estado da Aeronáutica, Fernando Alberto de Oliveira.