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Despacho 2275/2023, de 16 de Fevereiro

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Sumário

Condecora com a Medalha de Serviços Distintos, grau ouro, o Capitão-de-Mar-e-Guerra Capelão José Ilídio Fernandes da Costa

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Despacho 2275/2023

Sumário: Condecora com a Medalha de Serviços Distintos, grau ouro, o Capitão-de-Mar-e-Guerra Capelão José Ilídio Fernandes da Costa.

Desde outubro de 1987, o 72487, Capitão-de-mar-e-guerra capelão, José Ilídio Fernandes da Costa, tem dedicado, de forma altamente honrosa e brilhante, toda a sua vida sacerdotal ao serviço pastoral nas Forças Armadas e, particularmente, na Marinha, demonstrando uma extraordinária formação ética e moral e revelando, permanentemente, uma excecional competência e uma elevadíssima capacidade de trabalho, grande espírito de colaboração e sentido de serviço e uma visão crítica e esclarecida das suas responsabilidades.

O capelão José Ilídio Ferreira da Costa foi ordenado sacerdote pela Diocese de Braga, em 21 de julho de 1985 e foi nomeado capelão do Grupo n.º 1 de Escolas da Armada, em outubro de 1987. Desde que assumiu as funções de Capelão foi na grande família naval que desenvolveu o seu múnus de pastor de almas, de companheiro de todas as horas, de camarada partilhando alegrias e esperanças, mas também sofrimentos e sacrifícios. Entre ele e a Marinha estabeleceu-se uma aliança de tal forma intensa que, no entanto, foi sempre e ainda progredindo e crescendo cada vez mais, expressando bem o facto de serem aquelas e aqueles que servem Portugal e os portugueses na Armada, a razão fundamental do seu trabalho.

Nomeado Vigário Geral Castrense em 24 de janeiro de 2014, as suas capacidades de trabalho, persistência e dinamismo infatigáveis, aliadas à inteligência, capacidade de diálogo, lealdade e firmeza na efetivação e continuidade de todas as decisões, tiveram uma expressão extremamente relevante nas ações no domínio do Ordinariato Castrense. Ao longo do período em que exerceu as funções de Vigário Geral Castrense, foi possível observar um extremoso e particular cuidado, uma dedicada atenção, bem como um elevado rigor na preparação e condução de diversas e multifacetadas ações de representação da componente militar em eventos de cariz religioso, de norte a sul, do litoral ao interior e nos territórios insulares, não olhando a esforços muito para além das horas normais de serviço, para responder com elevado brio e de forma prestigiante às inúmeras solicitações e pedidos de colaboração endereçados às Forças Armadas.

Assim foi nas cerimónias comemorativas do aniversário da batalha de La Lys e do Dia do Combatente, na Batalha, na cerimónia comemorativa do Dia das Operações de Paz e na cerimónia evocativa do Armistício e do Fim da Guerra do Ultramar, em Lisboa, onde soube promover a adequada articulação com a Liga dos Combatentes e com os ramos das Forças Armadas, assegurando a harmonia e o rigor das cerimónias religiosas em cada um dos locais referidos.

De realçar também o seu importante papel na preparação e coordenação da peregrinação da diocese das Forças Armadas e de Segurança a Fátima e da Missa dos Fieis Defuntos, em Lisboa, bem como a relevância da sua ação na organização da celebração eucarística no âmbito da cerimónia evocativa da Entrada no Porto do Exército Liberal, na Sé do Porto, e da celebração eucarística no âmbito da cerimónia comemorativa do Dia do Estado-Maior-General das Forças Armadas, na ilha de São Jorge, entre outras, contribuindo para prestigiar a imagem das Forças Armadas Portuguesas.

Metódico e com um elevado sentido de antecipação, assegurou uma judiciosa combinação destas qualidades com uma significativa experiência acumulada e reconhecido saber, revelando-se assim um precioso colaborador do Gabinete do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, em estreita articulação com o seu bispo, orientando sempre a sua atuação pelo acompanhamento dos militares e dos civis e das respetivas famílias, bem como pela sua presença, junto destes, na partilha dos seus desafios, dos problemas e das suas alegrias, na mais elevada expressão de servir. Foi particularmente notória a sua capacidade de antecipação e iniciativa, no âmbito do planeamento, coordenação e motivação, bem como o senso, a ponderação e o elevadíssimo empenho no tratamento e abordagem dos diversos assuntos, nomeadamente nos de maior sensibilidade.

Ao longo de trinta e cinco anos, pudemos testemunhar uma dedicação incondicional às pessoas, ao seu mundo existencial, ao seu universo familiar, o que levou o capelão José Ilídio Costa a estar presente em todas as horas e nos momentos de vida mais marcantes dos militares, militarizados e civis, particularmente nos mais densos e difíceis. Homem de esperança, e dela sendo ministro, semeou essa virtude no coração de todos para que pudessem entender a pedagogia de Deus na economia da Salvação.

Face ao que antecede, considerando ser de inteira justiça evidenciar e reconhecer publicamente as suas excecionais qualidades e virtudes militares e pessoais, que o creditam como um oficial ilustre e de elevadíssima craveira, que pautou sempre a sua atuação ao longo da sua comissão de serviço pela afirmação constante de elevados dotes de caráter, em que se relevam o elevado sentido de serviço ao outro, numa doação desinteressada, a lealdade, o espírito de sacrifício e a abnegação, devendo os serviços por si prestados serem considerados como extraordinários, relevantes e distintíssimos, de que resultou honra e lustre para as Forças Armadas e para Portugal, o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, nos termos dos artigos 13.º, 14.º e 34.º do Regulamento da Medalha Militar e das Medalhas Comemorativas das Forças Armadas, aprovado pelo Decreto-Lei 316/2002, de 27 de dezembro, condecora com a Medalha Serviços Distintos, Grau Ouro, o Capitão-de-mar-e-guerra capelão José Ilídio Fernandes da Costa.

9 de novembro de 2022. - O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, António Silva Ribeiro, Almirante.

316157268

Anexos

  • Extracto do Diário da República original: https://dre.tretas.org/dre/5238147.dre.pdf .

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