Sumário: Louva o Tenente-Coronel de Infantaria da Guarda Nacional Republicana, 1970329, Rogério Gil Raposo.
Louvo o Tenente-Coronel de Infantaria da Guarda Nacional Republicana, 1970329, Rogério Gil Raposo, pela forma excecionalmente competente, empenhada e dedicada como exerceu, nos últimos sete anos, as funções que lhe foram cometidas no Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS). Ao longo deste período evidenciou, consistentemente e de forma exemplar, nos diversos cargos que ocupou, relevantes qualidades pessoais, acentuado espírito de missão, elevado sentido das responsabilidades e capacidade técnicoprofissional, que, alicerçados no valor da lealdade e num tranquilo mas eficaz estilo de liderança, em muito contribuiu para o crescimento e afirmação de uma entidade que, embora jovem, tem hoje uma importância ímpar na sociedade portuguesa.
Colocado inicialmente no Gabinete Nacional de Segurança (GNS) nos princípios de setembro de 2013, o Tenente-Coronel (TC) Rogério Raposo fez parte da equipa que desenvolveu os preparativos para o arranque do CNCS, estando no Centro desde a sua criação efetiva em 7 de outubro de 2014, primeiro como consultor, e nos últimos três anos e meio desempenhando as importantes funções de Chefe do Departamento de Operações do Centro, sendo, por inerência, responsável pelo CERT.PT, entidade incontornável e fundamental na coordenação da resposta a incidentes de cibersegurança que ocorram no ciberespaço de interesse nacional.
Nestas importantes funções, o TC Rogério Raposo liderou a sua equipa na coordenação da resposta a incidentes de dimensão assinalável, como é o caso do WannaCry e NotPetya em 2017, e mais recentemente, no âmbito do significativo incremento de incidentes de cibersegurança ocorridos no ciberespaço de interesse nacional, decorrentes da situação pandémica em que vivemos e da maior exposição da sociedade a variadíssimos tipos de ameaça cibernéticas, por via de um aumento notável do uso de meios digitais para a consecução das mais diversas atividades dos cidadãos.
Fruto da sua perseverança, resiliência psicológica e inteligência, a ação do TC Rogério Raposo relevou-se ainda decisiva na elaboração e aprovação de diversas candidaturas a programas de financiamento da União Europeia, que se constituíram como instrumentos fundamentais para reforço da capacidade do CNCS, nomeadamente enquanto CERT.PT e Autoridade Nacional de Cibersegurança no âmbito da Lei 46/2018 de 13 de agosto, que estabelece o regime jurídico da segurança do ciberespaço, e que transpõe a Diretiva (UE) 2016/1148, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 6 de julho de 2016, relativa a medidas destinadas a garantir um elevado nível comum de segurança das redes e da informação em toda a União.
Ao nível das relações com entidades externas, e fruto da credibilidade profissional que foi granjeando ao longo do tempo e da sua personalidade afável e conciliadora, foi exímio na criação de pontes e de fortes laços de coesão na comunidade, designadamente no contexto da Rede Nacional de CSIRTS, que hoje possui mais de quarenta entidades do setor público e privado e que é, no seu conjunto, um forte pilar para a eficácia na resposta a incidentes de cibersegurança que impactem o ciberespaço de interesse nacional.
No contexto internacional, representou Portugal em diversos fora, sendo de realçar a Rede Europeia de CSIRTS, tendo conduzido com sucesso o processo que levou a que o CNCS/CERT.PT se tornasse membro efetivo do Forum of Incident Response and Security Teams (FIRST), contribuído, desta forma, para a boa reputação internacional do CNCS e assim de Portugal.
Mais recentemente, a ação do TC Rogério Raposo foi fundamental nos trabalhos desenvolvidos relativos ao desenvolvimento da visão e subsequentes medidas que virão a enformar a evolução do CNCS no futuro, o que só foi possível fruto do seu sólido conhecimento sobre a matéria e sobretudo do seu espírito de missão, da natural apetência que possui para o trabalho em equipa e da sua abnegação.
Para além das suas excelentes qualidades técnico-profissionais, o TC Rogério Raposo revela excecionais qualidades e virtudes militares, norteando permanentemente a sua postura pela afirmação de elevados dotes de caráter, lealdade e responsabilidade, que tem sabido aplicar de forma exemplar, constituindo por isso uma sólida referência e uma mais-valia para a cultura do CNCS.
Assim, ao abrigo da competência que me é conferida pela alínea e) do n.º 2 do artigo 7.º, do Estatuto do Pessoal Dirigente, louvo o Tenente-Coronel de Infantaria da Guarda Nacional Republicana Rogério Gil Raposo, pela forma exemplar como, ao longo dos últimos sete anos, desempenhou com brio, lealdade e alto profissionalismo todas as funções que concorreram para o nascimento e afirmação desta nova entidade do Estado, contribuindo de forma assinalável para a eficiência, prestígio e cumprimento da missão do Gabinete Nacional de Segurança e do Centro Nacional de Cibersegurança, o que me levam a considerar os serviços por si prestados como extraordinários, relevantes e distintos de que resultaram honra e lustre para esta entidade do Estado e assim para Portugal.
24 de setembro de 2020. - O Diretor-Geral, António Gameiro Marques, Contra-Almirante.
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