Artigo único
1 - Em conformidade com o n.º 3 do artigo 152.º do Regulamento da Escola Naval (Portaria 21/2014 de 31 de janeiro), manda o Chefe do Estado-Maior da Armada admitir, com a data referida a 01 de outubro de 2014, como cadetes do 1.º ano, os candidatos aprovados, abaixo ordenados por ordem decrescente das quotas de mérito do concurso de admissão e por curso de mestrado integrado:
Mestrado Integrado - Marinha
1 - Ana Catarina Leitão Torres - 20214
2 - Ricardo Miguel Rodrigues da Rocha - 20314
3 - Carlos André Pesseto Teles - 20514
4 - Francisco Miguel de Castro Hipólito Lopes - 20814
5 - Nelson José Ramalho Guerreiro - 20914
6 - Diogo Manuel Zegre Parreira - 21314
7 - Micael Barreiro Caria - 21414
8 - João Francisco Barracosa Santos - 21514
9 - Diogo Mané Miguel - 21914
10 - Salomé Filipa da Fonseca Rodrigues - 22014
11 - Miguel Ângelo Camões Constante - 22114
12 - José Carlos Baptista Rebelo - 22314
13 - Susana Maria Canelas Dias - 22714
14 - Carlos Miguel Assunção Cavaco - 22814
15 - Renato João Mirrado Gaspar - 22914
16 - Ricardo Alves Nunes da Silva - 23014
17 - Salvador da Cunha Cordovil Horta e Costa - 23114
18 - Ricardo Marques Batista - 23314
19 - OleksandrZaikin - 23414
20 - Renato Gonçalves Rodrigues - 23514
21 - Ana Catarina Bizarro Guerreiro - 23614
22 - Pedro de Aragão Matta Amaral Raposo - 23714
23 - Ricardo António Calado Antunes - 23914
24 - Filipa Couto Astorga Batista Pinto - 24114
Mestrado Integrado - Administração Naval
1 - Filipe Manuel Inácio Capucho - 20714
2 - André Pombo Ferreira Dias - 21114
3 - João Pedro Mendes Lousa - 21214
Mestrado Integrado - Engenheiros Navais - Mecânica
1 - Bruno Filipe Pinto Ramos - 20414
2 - Miguel Ângelo Moreira Fernandes - 20614
3 - Diogo Filipe Jorge da Cruz - 21614
4 - Tiago Vargas Vitorino - 22414
5 - João Azevedo Goulão - 22514
Mestrado Integrado - Engenheiros Navais - Armas e Eletrónica
1 - Tiago Vieira Rodrigues - 21014
2 - Diogo Santos Pinto da Costa Teles - 21714
3 - Hilário Filipe Rocha Araújo - 21814
4 - Mark André Coelho Lourenço - 23814
5 - Filipe David Lameira Quina - 24014
2 - Em conformidade com o n.º 3 do artigo 152.º do Regulamento da Escola Naval (Portaria 21/2014 de 31 de janeiro), manda o Chefe do Estado-Maior da Armada adotar "Jorge Álvares" como patrono do curso, com a seguinte biografia resumida:
Foi o primeiro português a alcançar o Delta do Rio das Pérolas, na costa chinesa, tendo dado início aos contactos de quase cinco séculos entre os chineses e portugueses.
Da carreira deste escrivão e soldado/mercador até chegar a Malaca em 1511, pouco se sabe. Sabe-se que larga dessa cidade dois anos depois em direção à China, sendo o primeiro a chegar à região, e que foi a mando do Capitão ou Governador de Malaca português. A China era um objetivo estratégico dos portugueses, em termos comerciais, que consideravam o comércio com o grande gigante asiático como o mais rentável.
A sua personalidade "amigável" e a facilidade no trato com os comerciantes chineses terão sido importantes na sua nomeação para a missão. Nesta primeira viagem de Jorge Álvares à China, foi realizada na companhia de outros dois portugueses, cujos nomes se desconhecem, tendo os portugueses seguido a bordo de um dos cinco juncos enviados por Nina Chatu, um rico mercador de Malaca. Jorge Álvares seguiu na qualidade de escrivão e consequente guardião dos interesses oficiais, com objetivos comerciais e de recolha de informações sobre a China, que na época desconhecia a existência de Portugal. No fim da sua primeira missão, em 1514, Jorge Álvares deixou a China com valiosos produtos e abriu a possibilidade de outros ocidentais lá voltarem. A esta visita seguiu-se o estabelecimento de algumas feitorias portuguesas na província de Cantão onde, mais tarde, se viria a estabelecer o entreposto de Macau.
A sua estadia no Oriente repartiu-se entre Malaca e viagens à costa da China, tendo em 1517, partido de Malaca com Fernão Peres de Andrade e com Tomé Pires, para Cantão, os quais iriam estabelecer uma oficial relação comercial com o gigante asiático. Voltou à China em 1519 mas, desta vez, a missão não foi bem-sucedida devido ao inapropriado comportamento de quem a chefiava, embora Jorge Álvares não estivesse ligado ao fracasso.
Nas suas navegações, terá aportado e levantado um padrão na ilha de Lintin (chamada Tamão ou Tumen pelos portugueses), o primeiro Padrão português na China. A ilha situava-se no estuário do rio das Pérolas ou de Cantão, a cerca de vinte quilómetros desta cidade, que era o grande centro mercantil do sul da China. Na sua quarta e última viagem à China, feita para reparar as relações com a China, fruto de excessos cometidos pelos portugueses, acabou por vir a perecer no dia 8 de julho de 1521. Segundo a tradição, Jorge Álvares terá sido enterrado junto ao padrão que ele próprio havia erigido oito anos antes na ilha de Lintin.
27 de outubro de 2014. - O Almirante Chefe do Estado-Maior da Armada, Luís Manuel Fourneaux Macieira Fragoso, almirante.
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