1 - É designado para o cargo de diretor executivo do Agrupamento de Centros de Saúde do Grande Porto VI - Porto Ocidental, pelo período de três anos, o licenciado Rui Manuel Moreira da Rocha Medon, atendendo à competência técnica, aptidão, experiência profissional e formação adequada evidenciadas na respetiva sinopse curricular que se anexa ao presente despacho, dele fazendo parte integrante.
2 - O presente despacho produz efeitos no dia imediato ao da sua assinatura.
24 de maio de 2012. - O Ministro da Saúde, Paulo José de Ribeiro Moita de
Macedo.
Curriculum vitae
Identificação:Rui Manuel Moreira da Rocha Medon.
Natural de Sebolido, Penafiel, Porto.
Nascido em 10 de janeiro de 1958.
Cartão de cidadão n.º 3571209.
Morada - Largo do Capitão Pinheiro Torres de Meireles, 26, 1.º, esquerdo, 4150-619 Porto.
Formação académica pré e pós-graduada:
Licenciatura em Medicina, pela Faculdade de Medicina do Porto, em 1982;
Curso de Medicina do Trabalho, da Faculdade de Medicina do Porto, em 1992;
Formação específica - assistente da carreira de clínica geral, em 1997;
Especialista em medicina do trabalho pela Ordem dos Médicos, em 2000;
Pós-graduação em Gestão de Unidades de Saúde, da Escola Superior de Saúde - CESPU, de outubro de 2001 a janeiro de 2002;
Curso Go-Management, com diploma de Go-Manager, promovido pelo Sindicato dos Médicos do Norte, em 2004;
Curso de Auditoria da Qualidade, pela SGS, em 2006;
Pós-graduação em Doenças Respiratórias, na Universidade Fernando Pessoa, em 2007;
Visita de estudo ao NHS Birmingham East and North PCT - 5 e 6 de maio de 2010;
Programa de Desenvolvimento de Competências para a Gestão das Unidades de Saúde Familiar, da Universidade Católica Portuguesa, de janeiro a julho de 2009;
Curso Paces Direct, Programa Avançado de Gestão, Governação Clínica, Liderança e TI para diretores executivos dos ACES, do INA, de dezembro de 2008 a dezembro de 2009;
GSP - Programa de Gestão de Saúde de Proximidade, da AESE, de maio a junho de 2010.
Experiência profissional:
Médico de família, desde 1 de janeiro de 1986, no Centro de Saúde do Marco de Canaveses;
Exerceu medicina do trabalho em alguns grupos empresariais, desde 1991;
Continuou a carreira de clínica geral no Centro de Saúde de Aldoar, desde maio de 1998;
Colaborou ativamente no Programa de Prevenção e Tratamento do Tabagismo da ARS Norte, desde 2002 até 2009;
Promoveu a constituição de um regime remuneratório experimental (RRE) na Extensão de Saúde de Ramalde, Centro de Saúde de Aldoar, a partir de 1 de janeiro de 2000, do qual foi o seu coordenador até março de 2006;
Integrou a Equipa Regional de Apoio do Norte desde a sua constituição, março de 2006 até março de 2009. Foi coordenador da ERA Norte, entre março de 2008 e março de 2009, e participou neste período nos trabalhos da MCSP;
Em abril de 2009 assume o cargo de diretor executivo do ACES Porto Ocidental.
Exercício profissional como diretor executivo:
No desempenho do cargo de diretor executivo realçam-se os aspetos mais relevantes, nas cinco áreas seguintes:
1) Clima e cultura organizacional:
No início do mandato definiu-se a missão, visão e valores do ACES Porto Ocidental, os objetivos estratégicos e um conjunto de princípios de atuação dos profissionais;
Definiu-se em 2009 uma política de comunicação interna e de total acessibilidade dos profissionais aos órgãos de gestão do ACES;
Promoveram-se reuniões regulares nas unidades e no ACES (conselho de coordenadores e de conselhos técnicos);
Promoveu-se uma cultura de autonomia, responsabilidade, contratualização, avaliação e prestação de contas;
Definiu-se em 2010 uma política integrada de comunicação (interna e externa), tendo sido objeto de um programa de boas práticas;
2) Produção de saúde:
Concretizaram-se o Diagnóstico de Situação, o Plano Local de Saúde e o Plano de Ação do ACES para o triénio;
Estabeleceu-se uma relação estreita com o hospital de referência com reuniões mensais e produziram-se soluções para a melhoria e otimização da articulação ACES-CHPorto;
O conselho clínico implementou o octógono da governação clínica em todas as suas vertentes, um site com procedimentos clínicos, normas, orientações, comunidade de práticas e instrumentos de apoio à prática clínica;
Sensibilizou-se os profissionais para a questão da eficiência, tendo-se observado uma diminuição dos custos no ACES (MCDT e medicamentos), desde 2009, com custos significativamente mais baixos nas USF e um aumento muito significativo da prescrição de genéricos;
Avaliação do custo/efetividade dos cuidados, em particular nos MCDT e medicamentos;
3) Desenvolvimento organizacional:
Promoveu-se o trabalho em equipa mobilizando os profissionais em torno de objetivos comuns - definição dos princípios organizativos, plano de ação, Programa Mais Organização e Programa Mais Comunicação;
Realizou-se um encontro do ACES sobre o tema «Trabalho em equipa», com realização de um team-building;
Elaboração de plano anual de formação interno e desenvolvimento dos profissionais;
4) Órgãos de governação e de apoio à gestão:
Constituiu-se o conselho clínico - presidente e respetivos vogais;
Recrutaram-se as duas técnicas superiores para as áreas financeira e recursos humanos e restantes profissionais de apoio a estas áreas. Obteve-se ainda temporariamente a colaboração de estagiários com formação diferenciada e de profissionais do IEFP;
Instalou-se o Gabinete do Cidadão;
Desenvolveram-se os contactos necessários para a concretização do Conselho da Comunidade;
5) Unidades funcionais:
Organizaram-se as unidades funcionais do ACES promovendo-se a formação de USF. Em abril de 2009 existiam três USF e agora em março de 2012 contamos com sete USF, com a possibilidade de inaugurar mais três USF durante o corrente ano;
Constituíram-se as UCSP com a definição dos seus princípios organizativos;
Candidataram-se três UCC que já estão em atividade há mais de um ano, com as respetivas ECCI;
Constituiu-se a Unidade de Saúde Pública, órgão observatório de saúde do ACES, Autoridade de Saúde, Planeamento em Saúde, Promoção e Proteção da Saúde, Vigilância Epidemiológica, e da Saúde Ambiental e Ocupacional;
Constituiu-se ainda a URAP com definição da sua organização e plano de ação;
Organizou-se um dispositivo de contratualização interno que abrange o conselho clínico e a UAG (responsáveis financeira e de RH);
Realizaram-se as reuniões de contratualização interna envolvendo todos os profissionais e o ACES já realizou a sua contratualização externa 2010 e 2011.
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