de 30 de março
O Decreto Regulamentar 7/2012, de 18 de janeiro, definiu a missão, atribuições e o tipo de organização interna da Secretaria-Geral do Ministério de Defesa Nacional (SGMDN). Importa agora, no desenvolvimento daquele decreto regulamentar, determinar a estrutura nuclear e estabelecer o número máximo de unidades flexíveis do serviço e as competências das respetivas unidades orgânicas nucleares.
Assim:
Ao abrigo do disposto nos n.os 4 e 5 do artigo 21.º da Lei 4/2004, de 15 de janeiro, manda o Governo, pelos Ministros de Estado e das Finanças e da DefesaNacional, o seguinte:
Artigo 1.º
Estrutura nuclear da Secretaria-Geral
1 - A Secretaria-Geral (SG) estrutura-se nas seguintes unidades orgânicas nucleares:a) Direção de Serviços de Planeamento e Coordenação;
b) Direção de Serviços de Assuntos Jurídicos;
c) Direção de Serviços de Gestão de Recursos Humanos;
d) Direção de Serviços Administrativos e Financeiros;
e) Direção de Serviços de Comunicação e Relações Públicas;
f) Direção de Serviços dos Sistemas de Informação;
g) Centro de Dados da Defesa.
2 - As unidades referidas no número anterior são dirigidas por diretores de serviço, cargos de direção intermédia de 1.º grau.
Artigo 2.º
Direção de Serviços de Planeamento e Coordenação
À Direção de Serviços de Planeamento e Coordenação, abreviadamente designada por
DSPC, compete:
a) Elaborar planos, projetos, estudos ou pareceres que contribuam para a racionalização, inovação e modernização da defesa nacional e para a fundamentação das decisões superiores, no âmbito das políticas financeira e orçamental;b) Elaborar os planos e o relatório de atividades da SG;
c) Planear e executar as ações necessárias à preparação, acompanhamento, execução e controlo do orçamento de Defesa Nacional (ODN);
d) Gerir e participar nas atividades das organizações internacionais e órgãos de alianças de que Portugal faça parte, na vertente orçamental e financeira;
e) Assegurar a recolha, tratamento, análise e divulgação de informação estatística e
indicadores de gestão;
f) Proceder à monitorização e avaliação do cumprimento dos objetivos aprovados para a SG e para os serviços centrais de suporte, através de indicadores de desempenho uniformes que permitam uma avaliação transversal, identificando atempadamente desvios e participando na promoção das respetivas medidas corretivas;g) Assegurar o desenvolvimento dos sistemas de avaliação de programas e dos serviços integrados no MDN, bem como das entidades por ele tuteladas, coordenar e controlar a sua aplicação e exercer as demais competências que lhe sejam atribuídas
nesta matéria;
h) Propor, desenvolver e coordenar a política de formação profissional, desenvolvimento de competências e gestão do conhecimento.
Artigo 3.º
Direção de Serviços de Assuntos Jurídicos
À Direção de Serviços de Assuntos Jurídicos, abreviadamente designada por DSAJ,
compete:
a) Prestar assessoria jurídica aos membros do Governo, bem como aos demaisserviços centrais de suporte do MDN;
b) Elaborar pareceres e informações e proceder a estudos de natureza jurídica que não sejam da competência própria de outro serviço;c) Assegurar a representação do Ministério em processos de contencioso administrativo, bem como apoiar o Ministério Público nos processos em que este represente o Estado, procedendo à análise das respetivas decisões judiciais, e propondo a sua divulgação pelos organismos integrados no MDN;
d) Acompanhar os processos de contratação pública no âmbito dos serviços centrais
de suporte do Ministério;
e) Colaborar na preparação, elaboração e análise de projetos de diplomas legais,produzindo os prévios estudos jurídicos;
f) Intervir, quando solicitada, em quaisquer processos de sindicância, inquéritos, ou disciplinares, desde que para a respetiva instrução se torne necessária a nomeação depessoa com formação jurídica.
Artigo 4.º
Direção de Serviços de Gestão de Recursos Humanos
À Direção de Serviços de Gestão de Recursos Humanos, abreviadamente designada por DSGRH, no âmbito da SG, dos gabinetes dos membros do Governo e dos serviços centrais de suporte do MDN, compete:
a) Coordenar e promover a aplicação da política de gestão de recursos humanos no
MDN;
b) Gerir o pessoal colocado em situação de mobilidade especial no MDN;c) Acompanhar o Sistema Integrado de Gestão e Avaliação do Desempenho na Administração Pública - SIADAP 2 e 3 do MDN, bem como assegurar a gestão do processo de avaliação do desempenho e a aplicação de medidas de reconhecimento e
recompensa, no âmbito da SG;
d) Elaborar anualmente o balanço social da SG e dos serviços centrais de suporte doMDN, bem como o balanço social consolidado;
e) Organizar e manter atualizado um sistema de comunicação e informação tendente à caracterização permanente dos recursos humanos no MDN e à elaboração de indicadores de gestão, em coordenação com a DSPC;f) Coordenar e gerir a relação jurídica de emprego público, incluindo a promoção, coordenação e apoio às ações de recrutamento, seleção e integração de recursos
humanos;
g) Coordenar e executar a elaboração dos mapas de pessoal;h) Garantir a execução das normas sobre higiene, segurança e saúde no trabalho;
i) Assegurar a execução de todas as ações relativas à gestão de pessoal, bem como gerir os sistemas de informação de recursos humanos;
j) Informar, analisar e dar parecer no âmbito da sua área de atuação, bem como exercer as demais competências previstas na lei em matéria de política e gestão de
recursos humanos.
Artigo 5.º
Direção de Serviços Administrativos e Financeiros
1 - À Direção de Serviços Administrativos e Financeiros, abreviadamente designada por DSAF, no âmbito da SG, dos gabinetes dos membros do Governo e dos serviços
centrais de suporte do MDN, compete:
a) Elaborar o orçamento de funcionamento da SG, em articulação com a DSPC;b) Desenvolver procedimentos nas áreas das suas competências, com vista à adesão aos mesmos por parte das entidades e organismos integrados no MDN, numa lógica de ganhos de eficiência e de redução de custos;
c) Gerir e executar os orçamentos, efetuar a prestação de contas, praticando e promovendo todos os atos necessários para o efeito;
d) Executar os procedimentos tendentes à aquisição ou locação de bens e serviços, bem como desenvolver os processos de negociação que conduzam à racionalização e
diminuição dos encargos;
e) Organizar e manter atualizado o cadastro e inventário de bens;f) Assegurar a gestão do parque automóvel;
g) Assegurar a gestão dos edifícios afetos aos serviços centrais de suporte do MDN e de outras instalações e equipamentos que lhe estejam afetas, designadamente no que se refere à necessidade de restauro e conservação.
2 - A DSAF exerce funções de unidade ministerial de compras, abreviadamente
designada por UMC.
3 - À DSAF, enquanto UMC, compete:
a) Apoiar a Agência Nacional de Compras Públicas, abreviadamente designada por ANCP, na execução da política de compras públicas, de forma a assegurar melhores condições negociais aos serviços e organismos integrados no Sistema Nacional de Compras Públicas, abreviadamente designado por SNCP, e racionalizar os processose custos de aquisição;
b) Centralizar todos os processos de contratação pública, de acordo com as condições definidas superiormente e com as necessidades apresentadas pelo Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA), ramos das Forças Armadas e serviços centrais de suporte ou identificadas pela UMC;c) Gerir centralmente todos os acordos quadro de bens e serviços celebrados a favor do EMGFA, ramos das Forças Armadas e serviços centrais de suporte;
d) Propor soluções tendo em vista a definição de sistemas suporte de informação e da definição de modelos processuais e organizativos da função compras;
e) Conduzir os processos que visam a utilização de catálogos eletrónicos, plataformas de compras eletrónicas e outros procedimentos eletrónicos;
f) Proceder ao tratamento e análise estatística da informação enviada pelo EMGFA, ramos das Forças Armadas e serviços centrais de suporte e respetivos fornecedores, relativa aos consumos efetuados, com vista à construção de indicadores de gestão para a avaliação dos resultados obtidos, elaborando relatórios semestrais sobre as reduções de custos unitários que se traduzam em poupança efetiva, em coordenação com a
DSPC.
Artigo 6.º
Direção de Serviços de Comunicação e Relações Públicas
À Direção de Serviços de Comunicação e Relações Públicas, abreviadamente
designada por DSCRP, compete:
a) Assegurar as atividades de comunicação e de relações públicas dos membros do Governo e dos serviços centrais de suporte do Ministério;b) Produzir e coordenar a realização de ações de relações públicas, assegurando o serviço de protocolo nas cerimónias e atos oficiais dos membros do Governo e dos serviços centrais de suporte do Ministério;
c) Promover e assegurar, em articulação com os diversos serviços centrais de suporte do Ministério, a gestão do atendimento e informação ao público;
d) Assegurar a recolha, produção e disponibilização de conteúdos informativos com interesse para a defesa nacional e a gestão dos conteúdos da Internet do MDN e da
intranet dos serviços centrais de suporte;
e) Assegurar a gestão da identidade da comunicação e da imagem institucional doMinistério;
f) Assegurar a gestão funcional do Forte de São Julião da Barra;g) Assegurar a gestão da documentação e dos arquivos do Ministério.
Direção de Serviços dos Sistemas de Informação
1 - À Direção de Serviços dos Sistemas de Informação, abreviadamente designada por
DSSI, compete:
a) Elaborar e propor as orientações para a integração dos sistemas de informação (SI) da defesa nacional, em colaboração com a estrutura das Forças Armadas;b) Elaborar e propor o plano estratégico e o modelo de governação dos SI da defesa
nacional;
c) Assegurar a gestão de informação e a administração de dados da defesa, no âmbito das atribuições previstas no modelo de governação dos SI da defesa;d) Coordenar as atividades dos SI no universo da defesa nacional, garantindo a articulação dos SI de gestão com os sistemas de informação de comando e controlo militares, e exercer as competências de entidade de coordenação setorial;
e) Conceber, desenvolver e administrar os sistemas de informação de gestão comuns;
f) Garantir a normalização, qualidade e segurança dos SI de gestão;
g) Dar parecer sobre os projetos de SI dos vários organismos da defesa, no âmbito do
modelo de governação dos SI;
h) Apoiar as entidades competentes na realização de auditorias aos SI dos serviços e organismos da defesa, assegurando a adoção de boas práticas.2 - Compete à DSSI, no âmbito do Sistema Integrado de Gestão:
a) Garantir a gestão global do Sistema Integrado de Gestão da Defesa Nacional
(SIGDN);
b) Planear e implementar novas funcionalidades;c) Garantir apoio específico com vista ao arranque em produtivo de novas entidades;
d) Executar ações de manutenção corretiva e evolutiva ao sistema em produtivo;
e) Elaborar e distribuir documentação técnica de suporte ao sistema;
f) Executar ações de apoio funcional e técnico aos utilizadores, com vista à resolução de incidentes que resultem de erros de parametrização.
Artigo 8.º
Centro de Dados da Defesa
Ao Centro de Dados da Defesa, abreviadamente designado por CDD, compete:a) Assegurar a prestação de serviços de tecnologias de informação a todos os organismos da defesa, no âmbito das atribuições previstas no modelo de governação
dos SI da defesa;
b) Assegurar a administração da infraestrutura tecnológica partilhada que suporta ossistemas de informação de gestão;
c) Assegurar a administração de sistemas aplicacionais e de bases de dados da defesa, no âmbito das atribuições previstas no modelo de governação dos SI da defesa;d) Assegurar a administração da rede informática da defesa, garantindo a sua adequada segurança, capacidade, disponibilidade, bem como a interoperabilidade e interconexão entre todos os serviços e organismos da área da defesa e outras entidades nacionais e internacionais, no âmbito das atribuições previstas no modelo de governação dos SI da
defesa;
e) Assegurar o apoio centralizado aos utilizadores dos SI de gestão.
Artigo 9.º
Unidades orgânicas flexíveis
O número máximo de unidades orgânicas flexíveis da Secretaria-Geral é fixado em 4.
Artigo 10.º
Entrada em vigor
A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.
O Ministro de Estado e das Finanças, Vítor Louçã Rabaça Gaspar, em 23 de fevereiro de 2012. - O Ministro da Defesa Nacional, José Pedro Correia de Aguiar-Branco, em
24 de fevereiro de 2012.