Considerando o disposto no n.º 4 da Resolução do Conselho de Ministros n.º 12/90, de 19 de Abril, que cria a Comissão para a Elaboração e o Acompanhamento do Plano Energético Nacional, determina-se:
1 - É aprovado o regulamento interno da Comissão para a Elaboração e o Acompanhamento do Plano Energético Nacional, que faz parte do presente despacho normativo.
2 - Este despacho entra em vigor no dia imediato ao da sua publicação.
Ministérios das Finanças e da Indústria e Energia, 20 de Junho de 1991. - Pelo Ministro das Finanças, Maria Manuela Dias Ferreira Leite, Secretária de Estado do Orçamento. - O Ministro da Indústria e Energia, Luís Fernando Mira Amaral.
COMISSÃO PARA A ELABORAÇÃO E O ACOMPANHAMENTO DO PLANO
ENERGÉTICO NACIONAL
Regulamento interno
CAPÍTULO I
Princípio geral
Artigo 1.º
Regulamento interno
A Comissão para a Elaboração e o Acompanhamento do Plano Energético Nacional, criada pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 12/90, de 19 de Abril, e adiante designada por Comissão, rege-se, naquilo que não esteja previsto nesse diploma, pelas disposições constantes do presente regulamento.
CAPÍTULO II
Composição da Comissão
Artigo 2.º
Composição
A Comissão tem a composição prevista no n.º 2 do diploma referido no artigo anterior.
Artigo 3.º
Presidente
O presidente da Comissão é nomeado por despacho do Ministro da Indústria e Energia, competindo-lhe dirigir e coordenar os seus trabalhos e representá-la exteriormente.
Artigo 4.º
Vogais executivos
1 - Os vogais executivos nomeados nos termos da alínea b) do n.º 2 da Resolução do Conselho de Ministros n.º 12/90, de 19 de Abril, deverão ter, nos departamentos, serviços e entidades que representam, posições hierárquicas relevantes de modo a assegurar-se uma articulação interdepartamental eficaz.2 - Os vogais executivos, cuja nomeação é da competência do Ministro da Indústria e energia, deverão representar preferencialmente as seguintes entidades;
a) Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério da Indústria e Energia;
b) Direcção-Geral de Energia;
c) Direcção-Geral da Indústria;
d) Laboratório Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial;
e) Centro para a Conservação de Energia;
f) EDP - Electricidade de Portugal, S. A.;
g) PETROGAL - Petróleos de Portugal, S. A.;
h) GDP - Gás de Portugal, S. A.
Artigo 5.º
Substituição do presidente
O presidente será substituído, nas suas faltas ou impedimentos, pelo vogal por si indicado.
Artigo 6.º
Suplentes
Os vogais efectivos da Comissão serão substituídos, nas suas faltas e impedimentos, pelos respectivos suplentes.
Artigo 7.º
Serviços de apoio
1 - A Comissão dispõe de serviços de apoio próprios, técnicos e administrativos, adequados às necessidades do seu funcionamento, exercendo as suas funções na dependência directa do presidente ou de quem este delegar.2 - Os serviços de apoio são assegurados por pessoal técnico superior, técnico, técnico profissional, administrativo e auxiliar, em número não superior a 10 unidades, recrutado pelas entidades mencionadas no n.º 5 da resolução do Conselho de Ministros n.º 12/90, de 19 de Abril, sob proposta do presidente da Comissão, com indicação de que se destina ao serviço desta.
3 - O recrutamento do pessoal referido no número anterior será efectuado nos termos a seguir indicados:
a) Em regime de requisição ou destacamento nos termos do artigo 27.º do Decreto-Lei 427/89, de 7 de Dezembro, no caso de indivíduos com vínculo à função pública;
b) Em regime de requisição ou comissão de serviço, para os trabalhadores das empresas públicas ou privadas nos termos da legislação aplicável;
c) Em regime de contrato de trabalho a termo certo, de acordo com o estabelecido no Decreto-Lei 427/89, de 7 de Dezembro, quando se trate de indivíduos sem vínculo à função pública.
4 - Poderão ser celebrados, nos termos da lei, pelas entidades mencionadas no n.º 2, contratos de prestação de serviços para execução de trabalhos no âmbito da Comissão.
Artigo 8.º
Encargos
1 - Os encargos com o funcionamento da Comissão, no que respeita à disponibilização e manutenção de instalações e equipamentos para o efeito, serão assegurados pelas entidades mencionadas no n.º 5 da resolução do Conselho de Ministros n.º 12/90, de 19 de Abril.2 - Para esse efeito, o presidente da Comissão enviará à Secretaria-Geral do Ministério da Indústria e Energia, de acordo com as regras e nos prazos estabelecidos pela Direcção-Geral da Contabilidade Pública, o plano de actividades e projecto de orçamento para o ano seguinte, com vista à inscrição das verbas necessárias ao funcionamento da mesma, no orçamento das entidades mencionadas no número anterior.
CAPÍTULO III
Funcionamento da Comissão
Artigo 9.º
Reuniões
O grupo executivo da Comissão, constituído pelo presidente e pelos vogais executivos, reunirá ordinariamente uma vez por mês, podendo reunir extraordinariamente por iniciativa do presidente ou a solicitação de um terço dos seus membros.
Artigo 10.º
Convocação
1 - As reuniões da Comissão serão convocadas pelo presidente, por carta, telex ou telefax, com a antecedência mínima de oito dias.2 - Em caso de justificada urgência a convocação poderá ser efectuada com a antecedência mínima de três dias.
3 - Da convocatória deverá constar a data, hora e local da reunião, bem como a respectiva ordem de trabalhos.
Artigo 11.º
Funcionamento
1 - O presidente dirigirá as reuniões e zelará pelo cumprimento do regulamento interno.2 - O presidente, por iniciativa própria ou a requerimento de qualquer membro, poderá propor a suspensão ou o encerramento das reuniões.
Artigo 12.º
Deliberações
1 - As deliberações são tomadas por maioria simples dos membros presentes, não contando as abstenções para o apuramento da maioria.2 - Em caso de empate o presidente exercerá o voto de qualidade.
Artigo 13.º
Actas das reuniões
Das reuniões será elaborada acta com menção dos membros presentes e do que nelas se passar.
Artigo 14.º
Reuniões do grupo consultivo
O grupo consultivo da Comissão, composto por entidades convidadas pelo Ministro da Indústria e Energia, reunirá por iniciativa do presidente ou a solicitação de um terço dos seus membros, de acordo com as necessidades de trabalho, e terá por funções principais dar parecer sobre os trabalhos que lhe sejam apresentados pelo presidente.
Artigo 15.º
Presença nas reuniões da Comissão
1 - Os membros do Governo podem participar, por iniciativa própria, nas reuniões da Comissão, sempre que sejam tratadas matérias da sua competência.2 - O presidente pode solicitar a participação nas reuniões da Comissão de funcionários ou agentes da Administração, bem como de entidades privadas, sempre que o considere necessário ao desenvolvimento das actividades.
CAPÍTULO IV
Disposições finais e transitórias
Artigo 16.º
Início de funções
1 - Os membros da Comissão mencionados nas alíneas a) e b) do n.º 2 da Resolução do Conselho de Ministros n.º 12/90, de 19 de Abril, consideram-se em exercício de funções na data do respectivo despacho de nomeação.2 - Os membros da Comissão mencionados na alínea c) do mesmo diploma consideram-se em exercício de funções na data da respectiva aceitação do convite formulado pelo Ministro da Indústria e Energia.
Artigo 17.º
Colaboração com outras entidades
No exercício das suas funções o presidente da Comissão pode corresponder-se directamente com quaisquer organismos ou entidades, solicitando destes as diligências ou informações que entender necessárias às actividades da Comissão.
Artigo 18.º
Revisão do regulamento interno
O presente regulamento poderá ser revisto, mediante proposta apresentada para o efeito ao Ministro da Indústria e Energia, pela maioria dos membros do grupo executivo da Comissão.