Louvor 616/2005. - Louvo o coronel de cavalaria Carlos Manuel Pires da Costa, da Guarda Nacional Republicana, pela excelência do seu desempenho nas exigentes, importantes e complexas funções que foi chamado a exercer ao longo dos 40 anos da sua brilhante carreira militar.

Oficial extremamente perspicaz e culto, dotado de invulgares dotes de carácter, em que se destacam a irrepreensível conduta ética, a frontalidade serena nas atitudes, a firmeza e a lealdade, alia a esse conjunto de qualidades vastos e profundos conhecimentos técnicos, como elementos caracterizadores da matriz em que assenta toda a sua acção de comando e chefia.

Tendo desempenhado as funções de comando e de estado-maior nos diferentes níveis da estrutura de decisão da Guarda, em que sobressaem a chefia da 5.ª Repartição e o comando do Regimento de Cavalaria, sempre demonstrou extraordinárias aptidões para o exercício da complexa responsabilidade de comandar e chefiar, impondo-se pelo saber e competência, pela facilidade de comunicação e inteligência e pela determinação e espírito de iniciativa.

Nas diversas missões internacionais que foi chamado a integrar, particularmente em Angola, onde desempenhou altas responsabilidades de chefia nas missões MONUA e UNAVEM III, o coronel Pires da Costa soube honrar os mais nobres valores da Guarda e engrandecer o nome de Portugal.

Nos dois últimos anos da sua carreira, em que exerceu o relevante cargo de chefe de gabinete do general comandante-geral, confirmou todas as qualidades pessoais e profissionais já amplamente evidenciadas ao longo de mais de três décadas ao serviço da Guarda Nacional Republicana.

Líder estimado e comandante respeitado, tornou-se uma referência para os militares da Guarda, especialmente para os que tiveram o privilégio de servir sob o seu comando, sempre orientado pelas ideias de confiança, autodisciplina, motivação e clara definição dos objectivos a alcançar.

Quando o coronel Pires da Costa, por limite de idade, deixa o serviço activo, é de toda a justiça destacar o notável conjunto de atributos pessoais, militares e profissionais repetidamente patenteados e a forma exemplar como os soube dedicar à causa da segurança pública no Ministério da Administração Interna através da sua actividade na Guarda. Os serviços por si prestados devem, por isso, ser considerados extraordinários, relevantes e distintíssimos, dos quais tendo resultado honra e lustre para o País e para a Guarda Nacional Republicana.

28 de Fevereiro de 2005. - O Ministro da Administração Interna, Daniel Viegas Sanches.