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Louvor 618/2003, de 20 de Novembro

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Texto do documento

Louvor 618/2003. - No momento em que, por motivo de aposentação voluntária, deixo de exercer as funções de director da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL), iniciadas em Dezembro de 1996, tendo em conta o facto indesmentível de que, desde então até ao presente, a Escola registou um extraordinário desenvolvimento, resultante do contributo articulado de professores e assistentes, pessoal não docente e, naturalmente, estudantes, cuja formação constitui objectivo primeiro e estruturante do projecto educativo, cumpre-me reconhecer o contributo positivo de toda a comunidade académica apoiada pelas mais diversas instituições externas e, internamente, pela dedicação responsável de tantos que encontraram na Escola a realização de parte substancial do seu projecto de vida.

Quando a obra é colectiva e se estende por um período longo, como é o caso, torna-se difícil destacar individualidades, correndo-se o risco de deixar de lado muitos que, diante da sua consciência e com apurado sentido do dever, souberam cumprir de forma generosa e competente para além do que lhes estava consignado. Por isso, através de circular interna e pessoalmente, houve ensejo para manifestar o muito que a escola a todos fica devedora.

No entanto, na hora de dizer adeus, entendo destacar um muito reduzido número de pessoas que, numa relação mais directa, próxima e continuada, desempenharam, ao longo destes anos, de forma claramente exemplar, funções determinantes para a vida da Escola.

Assim, e sem demérito para todos quantos souberam investir na missão da ESTeSL com tenacidade, imaginação e sacrifícios pessoais e familiares, usando das competências que me são próprias, distingo as seguintes pessoas:

1 - Louvo o Prof. Doutor Eduardo Jorge da Costa Alves, pelo notável contributo que vem dando à ESTeSL, designadamente no desempenho das funções de presidente do conselho científico, que assumiu em 1999 e que tem mantido até ao presente, realçando a sua capacidade para objectivar as questões maiores, conduzindo o conselho, de forma democrática e participativa, no sentido de serem tomadas as decisões mais consentâneas com uma visão estratégica aberta às transformações que afectam o campo das tecnologias da saúde, dando sempre primazia às razões científicas e à procura da excelência.

Destaco a colaboração leal, exigente e directa com a direcção, com os diversos núcleos científico-pedagógicos, hoje departamentos, e com os serviços, construindo na prática uma cooperação eficaz, condição sempre necessária, mas certamente mais imperiosa quando uma instituição de ensino superior se encontra em regime de instalação, como acontece desde há 10 anos.

Durante os dois mandatos que concluiu à frente do conselho científico, concitou o reconhecimento público, contabilizando êxitos notáveis na organização científica, na qualificação do corpo docente, na elaboração dos planos de desenvolvimento, na preparação da auto-avaliação e na reestruturação dos planos de estudo das 11 actuais licenciaturas, defendendo, desde a primeira hora, as licenciaturas de raiz e a reestruturação do ensino das tecnologias da saúde, sempre disponível para representar a ESTeSL junto da tutela e de outras escolas, na defesa intransigente de uma instituição de rigor e plural.

Importa que fique assinalado que o Prof. Doutor Eduardo Alves apenas mantém com a Escola um contrato administrativo de provimento a tempo parcial, o que é, ainda, mais demonstrativo da dívida de gratidão que desta forma, publicamente, se lhe exprime.

Na sua pessoa envolvo todos os membros do conselho científico e o trabalho exemplarmente desenvolvido, lembrando e associando os anteriores presidentes do conselho científico, quer o Professor António Lobato de Faria, como primeiro presidente, que lhe deu as bases organizativas em 1995, quer o Professor Rui Canário que, entre 1997 e 1999, o reestruturou em moldes dinâmicos e eficazes, após todo um período de total inactividade, o ano de 1996.

2 - Louvo o professor-coordenador Manuel de Almeida Correia, pela sua capacidade de entrega às funções de docência e de coordenação científica e pedagógica no curso de Radiologia e, sobretudo, pela dedicação e competência como desempenhou o cargo de subdirector da Escola.

Realço a sua disponibilidade permanente, sem regatear fins-de-semana ou férias, atento às mil e uma preocupações quotidianas, dinamizando a colaboração de docentes, funcionários e estudantes, no sentido de se criarem as condições necessárias para o bom funcionamento do ensino, tarefa particularmente difícil quanto é certo ocorreu num período em que os meios financeiros, materiais e logísticos estiveram sempre aquém do necessário e do que seria legítimo exigir.

O acompanhamento da construção do edifício, no Parque das Nações, onde, depois de 21 anos em instalações precárias, desde Setembro de 2001, está sediada a Escola, constitui um caso exemplar de zelo e de diálogo com o empreiteiro, com a arquitecta Teresa França, que soube interpretar a natureza do projecto, com a tutela (na ocorrência, Direcção Regional das Instalações e Equipamentos de Lisboa e Vale do Tejo, através do seu director, engenheiro Pereira Coutinho, a quem se deve uma colaboração atenta e esclarecida) e com a comunidade académica - pessoal docente, pessoal não docente e estudantes.

Permito-me registar que tudo isto foi conseguido ao mesmo tempo que representou as Escolas Superiores de Tecnologia da Saúde junto do conselho coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, impondo um rumo e colaborando decisivamente para colocar este ensino na agenda daquele conselho, ao mesmo tempo que teve de preparar, sucessivamente, as provas públicas para professor-adjunto e para professor-coordenador, as quais defendeu com brilho.

Na sua pessoa envolvo todo o corpo docente e muito em particular os docentes das áreas tecnológicas, com destaque para os coordenadores dos 11 cursos de licenciatura.

3 - Louvo Maria Zélia Moutinho Mendes dos Santos, primeiro na qualidade de chefe de secção, depois chefe de repartição e actualmente técnica superior, pelo grande sentido de profissionalismo e de dedicação revelado no desempenho das funções de responsável pela área financeira da Escola num período em que escasseavam recursos humanos e eram sempre demasiado limitados e insuficientes os orçamentos atribuídos.

Importa lembrar que, ao longo dos últimos sete anos, a Escola conheceu dificuldades organizativas, financeiras e logísticas, que exigiram persistência, trabalho redobrado e capacidade de resposta adequada às crescentes exigências de controlo por parte dos serviços centrais da dupla tutela ministerial.

Nem sempre foi fácil responder atempadamente e de modo satisfatório ao controlo das diferentes instâncias que acompanham a execução orçamental e dos projectos em que a Escola tem estado progressivamente envolvida, seja em relação a organismos que respondem por fundos comunitários, seja em relação a projectos que envolvem instâncias internacionais, seja em relação ao processo interno de equipamento das novas instalações.

Ponho em relevo a capacidade de trabalho levada até ao sacrifício, a vontade de encontrar as soluções mais adequadas e a menor custo, o envolvimento em espírito de equipa dos colaboradores mais próximos e o desejo de colaborar em toda a vida da Escola, na preocupação de valorizar o projecto colectivo e de lhe dar sempre maior relevância interna e externa.

Interessa assinalar a capacidade para se relacionar eficazmente com as instituições e entidades com maior interesse para o funcionamento da Escola, nas áreas que mais directamente lhe estão afectas, revertendo tais conhecimentos e contactos para benefício geral.

Na sua pessoa desejo envolver todo o grupo do pessoal não docente que a elegeu como representante na assembleia estatutária, que, ao longo de meses, reelaborou e aprovou os Estatutos da Escola, grupo apostado em responder às constantes exigências de uma Escola em crescimento quantitativo e qualitativo, apesar do número reduzido de funcionários em relação aos ETI atribuídos.

4 - Louvo Isabel Maria Martins da Silva Mateus, na qualidade de secretária da direcção e do conselho científico, desde Abril de 1997, pela dedicação à Escola, concretizada na forma exigente e profissional como soube responder às diferentes e complexas funções que lhe competiam na articulação com o exterior e com toda a comunidade académica, dirigentes, coordenadores, pessoal docente, pessoal não docente e estudantes, sem esquecer os antigos alunos.

Destaco a vontade de, continuamente, adquirir novas competências profissionais, sendo relevante a este propósito os cursos frequentados e, sobretudo, a aplicação prática que sempre procurou concretizar.

Distingo particularmente o envolvimento constante e qualificado na vida da Escola, desde as celebrações festivas aos encontros, congressos, seminários, provas públicas, deslocações ao estrangeiro de docentes, sessões solenes, etc., que a Escola promoveu ou em que participou, sempre demonstrando empenho, diligência e alto sentido de responsabilidade, de forma a contribuir efectiva, e concretamente, na quota parte que lhe cabe, para a construção da imagem da Escola.

Na sua pessoa desejo envolver quantos souberam, aos mais diversos níveis de responsabilidade, colaborar no projecto da Escola, levando sempre mais longe, de modo crescentemente exigente, aquilo que vem constituindo a essência de uma instituição que se quer afirmar como referência em termos nacionais e internacionais, consciente de interpretar em cada momento os verdadeiros interesses dos estudantes, naturalmente coincidentes com a plena realização do serviço público que lhe está legalmente cometido.

6 de Outubro de 2003. - O Director, João Esaú Toste Dinis.

Anexos

  • Extracto do Diário da República original: https://dre.tretas.org/dre/2166806.dre.pdf .

Aviso

NOTA IMPORTANTE - a consulta deste documento não substitui a leitura do Diário da República correspondente. Não nos responsabilizamos por quaisquer incorrecções produzidas na transcrição do original para este formato.

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