Louvor 474/2003. - Louvo o primeiro-tenente fuzileiro (NII 21287) Luís Miguel Barroca Constante pela forma notável como desempenhou as funções de comandante da Companhia de Fuzileiros integrada no contingente nacional que participou na força de manutenção de paz da missão de apoio das Nações Unidas em Timor-Leste (PKF/UNMISET) em acumulação com as funções de comandante do aquartelamento de Liquiçá.
Revelando extraordinária competência profissional e aptidão para bem servir nas diferentes circunstâncias, conseguiu que os militares sob as suas ordens atingissem um elevado nível de desempenho e se integrassem rapidamente no Batalhão. Como comandante da Companhia motivou e dinamizou os seus homens, apesar das difíceis condições climatéricas e do terreno da área de responsabilidade, conseguindo que todas as missões fossem cumpridas com assinalável êxito. O desempenho operacional da sua Companhia foi digno de registo, assumindo especial relevância as acções que desenvolveu durante o tumulto e assalto à esquadra de Liquiçá, bem como o apoio que prestou à polícia durante os acontecimentos registados em Baucau em 25 de Novembro e em Díli em 4 de Dezembro. Em todas as situações, a conduta da Companhia foi elogiada pelo comandante da PKF e por comandantes de outras forças. O espírito de obediência e o carácter leal que o caracterizam estiveram bem patentes na sua conduta ao longo da missão e reflectiram-se favoravelmente nos actos de serviço da unidade desse período. No desempenho das funções de comandante do aquartelamento mostrou grande iniciativa no levantamento e na resolução dos problemas relacionados com a moral e o bem-estar do pessoal, especialmente durante a retracção da posição de Gleno para Liquiçá.
O primeiro-tenente Barroca Constante revelou, assim, permanente disponibilidade para o serviço, elevada capacidade de trabalho, exemplares qualidades de abnegação e sacrifício, mostrando-se digno de ocupar postos de maior risco. Pela sua verticalidade e afirmação constante de reconhecida coragem moral é merecedor que os serviços por si prestados sejam considerados relevantes e de elevado mérito.
23 de Janeiro de 2003. - O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, José Manuel Garcia Mendes Cabeçadas, almirante.