Louvor 343/2001. - Louvo o major de infantaria pára-quedista NIM 05541886, António Augusto Ribeiro, pela forma competente e eficaz como desempenhou as funções de oficial de operações do 2.º Batalhão de Pára-Quedistas durante o período de aprontamento e execução da missão no teatro de operações de Timor Leste.
Durante toda a missão manteve uma atitude esclarecida, objectiva e metódica, sendo de salientar a capacidade de planeamento e de antecipação com que conduziu a célula de operações. A interpretação cuidada e lúcida do conceito de comandante e o contributo para a fase de execução das operações, onde com a sua forma muito própria e carismática de se ligar aos homens transmitiu um espírito combativo e disciplinado aos comandantes de companhia, contribuiu indiscutivelmente para o desempenho eficiente do Batalhão. É exemplo o trabalho efectuado durante as operações Cobra e Crocodilo, em que, para além do planeamento que executou, demonstrou capacidade de trabalho, resistência ao cansaço e raciocínio táctico rápido perante as alterações bruscas da situação no terreno, que exigiam frieza e clareza de espírito. De referir, ainda, a sua acção durante os dois meses consecutivos em que liderou o grupo de comando em Same como principal conselheiro do comandante, que se revelou fundamental para o sucesso das operações. Durante o processo de desmilitarização das FALINTIL e da criação do novo Exército de Timor, dirigiu pessoalmente, em Aileu, a montagem, o funcionamento e o controlo de um novo destacamento português, aí colocado para assegurar a segurança e a ligação aos comandantes das FALINTIL, que em muito contribuiu para o sucesso desta operação.
O major Augusto Ribeiro prestou, pela sua acção, altos serviços às Nações Unidas, que lhe granjearam a confiança dos seus comandantes e de comandos de outros contingentes. Transmitiu uma imagem de profissionalismo, disciplina e competência, que o tornaram credor de estima e admiração das Forças Armadas portuguesas, pelo que é de inteira justiça que os serviços por si prestados no contingente nacional em Timor sejam considerados extraordinários, relevantes e distintos.
8 de Março de 2001. - O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, Manuel José Alvarenga de Sousa Santos, general.