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Louvor 649/2000, de 29 de Setembro

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Texto do documento

Louvor 649/2000. - Louvo o tenente-coronel de infantaria pára-quedista NIM 08651780, José Alberto Cordeiro Simões, pela forma extraordinariamente honrosa e brilhante como comandou o 1.º Batalhão de Infantaria Pára-quedista Reforçado, integrado no contingente nacional que participou na Força de Manutenção de Paz da Administração Transitória das Nações Unidas em Timor Leste (UNTAET) de 7 de Fevereiro a 15 de Agosto de 2000.

Quer durante o período de preparação do Batalhão, quer durante toda a missão, sempre pautou o seu desempenho e a sua conduta por um elevadíssimo sentido das responsabilidades e um excepcional zelo, a par de um inexcedível espírito de missão, revelando qualidades de abnegação e sacrifício exemplares.

Assumindo o comando do Batalhão em Outubro de 1999, de imediato iniciou as acções de preparação e instrução com vista ao desempenho da missão anunciada. A dinâmica e o elevado grau de profissionalismo que imprimiu fizeram com que o Batalhão, na maior parte dos seus componentes, estivesse inclusivamente pronto a integrar as forças da INTERFET no final de 1999. A antecipação que caracterizou as suas decisões permitiu ganhar um tempo precioso face ao desenrolar dos acontecimentos, garantindo um elevado grau de prontidão para o início da operação.

Chegado ao território, sendo confrontado com a imperiosa necessidade de assumir a responsabilidade da sua área de operações no curtíssimo período de cinco dias, soube responder cabalmente a esse enorme desafio, fazendo com que o Batalhão correspondesse integralmente às exigências e atingisse plenamente os objectivos propostos para esse delicado período de transição.

Cedo compreendeu que as possibilidades de actuação do Batalhão não se esgotavam nas acções da segurança e manutenção da paz e estabilidade no território. Com efeito, passados os primeiros dias após a transição, de imediato deu início ao planeamento de diversas acções no âmbito do apoio à reconstrução, desenvolvimento e ajuda humanitária aos Timorenses, que manteve num ritmo sempre crescente até ao final da missão, conseguindo, contudo, garantir sempre a missão principal de segurança para que foi destinado o Batalhão e não descurar a melhoria constante das condições de vivência dos militares sob a sua responsabilidade.

É de realçar a coragem moral que evidenciou quando decidiu, apesar das dificuldades inerentes, posicionar o posto de comando do Batalhão numa posição central, demonstrando a experiência que foi daí possível exercer da melhor forma a capacidade de comando e controlo. Essa opção permitiu igualmente, devido à proximidade com os três distritos mais afastados da capital, Díli (Aileu, Ainaro e Same), uma distribuição mais equilibrada das forças e uma actuação balanceada no âmbito da segurança. Permitiu ainda a proximidade da área de acantonamento das FALINTIL, o que contribuiu decisivamente para a resposta imediata aquando das crises internas verificadas durante os meses de Maio e Junho.

De entre todos os trabalhos que desenvolveu, destacam-se a recuperação de estradas, a reconstrução de escolas e outros edifícios públicos, os cuidados de saúde pública prestados (com mais de 5000 consultas realizadas e entre os quais se inclui a participação no programa de luta contra a tuberculose), a formação técnica individual em diversas, o ensino de Português, Educação Física e Cívica em várias escolas, entre muitos outros, o que em muito contribuiu para o desenvolvimento regional nos distritos de Díli, Liquiçá, Aileu, Ainaro e Same.

De realçar também as inúmeras acções de ajuda humanitária realizadas, das quais os melhores exemplos são a distribuição por diversas escolas e localidades de livros e material escolar, roupas e sementes entregues ao Batalhão ainda antes da sua partida.

De referir ainda que o tenente-coronel Cordeiro Simões manteve uma permanente concentração no serviço, antecipando-se à evolução dos acontecimentos e identificando as soluções mais adequadas a cada momento. É disto exemplo a capacidade de resposta imediata e a intervenção decisiva que teve na concretização do plano de instrução não militar para as FALINTIL, medida determinante para alcançar a estabilidade no seio daquela força e para a dignificação daqueles que o povo timorense considera como heróis.

É de enaltecer também, por se revestir de essencial para o êxito da missão, a forma superior como o tenente-coronel Cordeiro Simões soube, fruto de uma liderança eficaz, alicerçada numa atitude ponderada e sensata, conduzir a acção de conjunto indispensável e crucial de entrosar as forças da Marinha e do Exército que constituíram o Batalhão.

Pelas excepcionais qualidades e virtudes militares e humanas demonstradas, é o tenente-coronel Cordeiro Simões digno de ser apontado ao respeito e consideração públicos, devendo os serviços por si prestados ser considerados como extraordinários, relevantes e distintos, dos quais resultou grande honra e lustre para as Forças Armadas e para Portugal.

21 de Agosto de 2000. - O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, Gabriel Augusto do Espírito Santo, general.

Anexos

  • Extracto do Diário da República original: https://dre.tretas.org/dre/1826430.dre.pdf .

Aviso

NOTA IMPORTANTE - a consulta deste documento não substitui a leitura do Diário da República correspondente. Não nos responsabilizamos por quaisquer incorrecções produzidas na transcrição do original para este formato.

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