Louvor 444/2000. - Louvo Joaquim da Silva Campanhã, por proposta do director-geral dos Serviços Prisionais, e no momento em que, por ter completado 60 anos de idade e ultrapassado 36 anos de serviço, cessa as funções de chefe principal da Guarda Prisional.
Profissional extremamente competente, isento, zeloso e cumpridor, dotado de excepcionais qualidades humanas e possuidor de apurado sentido de justiça, total disponibilidade e inexcedível espírito de missão, o chefe Campanhã sempre foi - e continuará a ser - credor de profundo respeito, consideração e amizade dos Serviços Prisionais.
Com efeito:
No relacionamento com os seus superiores hierárquicos sempre pautou a sua conduta por consciente obediência, ética, lealdade, responsável apoio e firme solidariedade;
Colaborador inexcedível, de comportamento irrepreensível e que sempre soube estar presente nos momentos difíceis, foi por diversas vezes justamente louvado, quer pelos directores dos estabelecimentos em que exerceu funções quer pelo próprio director-geral;
No relacionamento com os seus subordinados, e por ser possuidor de excepcionais qualidades de liderança, soube sempre assumir uma correcta cadeia de comando, que se revelou fundamental para a manutenção da ordem e segurança, para a protecção dos direitos humanos e para a prossecução do tratamento penitenciário;
No relacionamento com os reclusos soube sempre conciliar uma actuação firme e de estrita observância da legalidade com uma conduta extremamente humana e solidária, devendo-lhe muitos o apoio que por vezes lhes faltava na família e o estímulo necessário para prosseguir um projecto de vida positivo.
Acresce que, em virtude da forte sobrelotação registada no sistema prisional ou de incidentes do quotidiano prisional, durante a sua longa e brilhante carreira e em particular no Estabelecimento Prisional do Porto, o chefe Campanhã se viu amiúde confrontado com situações extremamente difíceis, complexas e de grande melindre.
Em todas essas situações sempre demonstrou total disponibilidade e grande generosidade para a causa pública, à qual frequentemente sacrificou os seus interesses pessoais e familiares e pela qual várias vezes colocou em perigo a sua própria vida.
Assim, considero os serviços prestados pelo chefe principal da Guarda Prisional Joaquim da Silva Campanhã de elevado mérito e merecedores deste público louvor, que mando ler e publicar.
7 de Julho de 2000. - O Ministro da Justiça, António Luís Santos Costa.