Portaria 224/2006 (2.ª série). - Louvo o tenente-coronel de infantaria (NIM 11063282) António Martins Pereira pela forma altamente competente, relevante e distinta como desempenhou as funções de representante do director nacional de Armamento junto da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e da União Europeia (UE) ao longo de cerca de três anos.
O tenente-coronel Martins Pereira é um oficial de vincada personalidade, íntegro e muito legal, que sempre pautou a sua acção pela defesa do interesse nacional, em estreita consonância com as orientações superiormente definidas, demonstrando grande inteligência, extraordinário bom senso e sentido de responsabilidade na gestão dos sensíveis e complexos temas das agendas da Conferência dos Directores Nacionais de Armamento da OTAN (CNAD) e das reuniões informais dos directores nacionais de armamento da UE.
Os profundos conhecimentos que possui sobre a OTAN e a UE, particularmente quanto à sua organização e modo de funcionamento, levaram a que fosse chamado a acompanhar de perto alguns dos programas mais importantes da CNAD, designadamente o "Theater Missile Defense" e o "Alliance Ground Surveillance", bem como o processo de criação da Agência Europeia de Defesa. A atenção que dedicou a estes programas foi muito apreciada pela lucidez dos seus comentários, rigor de análise, pertinência e pragmatismo dos pareceres que lhe foram sendo solicitados e que muito contribuíram para fundamentar o processo nacional de tomada de decisão.
Para além da OTAN e UE, assegurou ainda a representação nacional no staff group do Western European Armaments Group (WEAG), até Maio de 2005, onde colaborou de forma sistemática e empenhada, na preparação das reuniões dos directores nacionais de armamento e dos ministros de defesa do WEAG, colocando grande dinamismo e determinação na defesa das posições nacionais definidas.
A forma natural como consegue estabelecer sãs relações pessoais, facilitou a sua perfeita integração no ambiente internacional em que viveu, onde granjeou a maior estima e consideração de todos os que com ele privaram. A notoriedade que adquiriu entre os seus pares foi extremamente importante no plano bilateral por ter contribuído para estreitar os laços de amizade e cooperação entre a DGAED e as suas congéneres dos países aliados.
O alto nível de desempenho demonstrado pelo tenente-coronel Martins Pereira nas variadíssimas e importantes funções que lhe foram cometidas só foi possível graças à sua extraordinária capacidade de organização e exemplar dedicação ao serviço, a par de irrepreensível sentido de cooperação, capacidade de iniciativa e inequívoca lealdade, que sempre colocou na sua articulação com a Direcção de Serviços de Cooperação Internacional da Direcção-Geral de Armamento e com o próprio director nacional de Armamento.
Pelas razões atrás expostas, apraz-me manifestar o meu reconhecimento público pelas qualidades militares e humanas do tenente-coronel Martins Pereira, sendo de inteira justiça considerar os serviços por si prestados extraordinários, relevantes e distintíssimos, dos quais resultou honra e lustre para as Forças Armadas e para Portugal.
Assim, nos termos da competência que me é conferida pelo n.º 1 do artigo 34.º e atento o disposto no artigo 16.º, ambos do Regulamento da Medalha Militar e das Medalhas Comemorativas das Forças Armadas, aprovado pelo Decreto-Lei 316/2002, de 27 de Dezembro, concedo a medalha de serviços distintos de prata ao tenente-coronel de infantaria (NIM 11063282) António Martins Pereira.
19 de Dezembro de 2005. - O Ministro da Defesa Nacional, Luís Filipe Marques Amado.
