Louvo o Capitão-de-Fragata, NII 23885, José Diogo Pessoa Arroteia pela forma distinta, prestigiante e muito competente, como exerceu o Comando do N.R.P. "Vasco da Gama" enquanto Força Nacional Destacada, integrada na Força Naval da União Europeia (EUNAVFOR) na Operação Atalanta, no combate à pirataria e pilhagem de navios no Oceano Índico.
Oficial de reconhecidas qualidades pessoais e profissionais, soube aliar a sua experiência operacional e um forte bom senso, comandando e conduzindo a sua guarnição e navio de forma muito responsável, flexível e eficaz, no emprego operacional neste novo tipo de missão.
A sua acção de comando foi criteriosa e indispensável para que a fragata N.R.P. "Vasco da Gama" desempenhasse, com eficiência e eficácia, o papel de navio-almirante da Força Tarefa 465, tendo conseguido maximizar as capacidades no apoio ao estado-maior internacional embarcado, revelando elevados níveis de desempenho técnico, rigor e disciplina nas acções tácticas e contribuído para o enriquecimento da base de dados de lições aprendidas desta operação, o que muito prestigiou as Forças Armadas no seio da Força Naval EUNAVFOR.
Da intensa actividade desenvolvida, contabilizando 73 por cento de dias no mar empenhados em múltiplas tarefas, são de realçar as importantes acções operacionais efectuadas sob o seu comando, nomeadamente, a escolta a navios de apoio logístico à Operação de Apoio à Paz da União Africana na Somália (AMISON), de patrulhas no "Corredor de Trânsito Internacional Recomendado" (IRTC) no Golfo de Áden e missões de reconhecimento e de recolha de informações junto da costa da Somália. Neste âmbito, merecem especial destaque as sete acções de abordagem e inspecção efectuadas a navios suspeitos e duas acções de disrupção a embarcações piratas, uma "dhow", na costa da Somália e uma "skiff" no IRTC, das quais resultaram a captura de armas, de munições e de diverso equipamento.
Assim, é de inteira justiça dar público testemunho dos serviços prestados pelo Capitão-de-fragata Pessoa Arroteia, sendo merecedor de destaque e apontado como exemplo a seguir, devendo estes serviços ser considerados muito relevantes, extraordinários e distintos, dos quais resultaram honra e lustre para as Forças Armadas Portuguesas.
26 de Setembro de 2011. - O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, Luís Evangelista Esteves de Araújo, General.
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