Louvo o Capitão-Tenente, NII 23093 Artur José Lucas da Silva pela forma brilhante como desempenhou as funções de Chefe da Célula de Operações no Estado-Maior do Comandante da Força Tarefa 465 (CTF 465).
Estando inicialmente nomeado apenas para uma comissão de serviço nesta operação e para o período da rotação correspondente ao comando espanhol desta operação da União Europeia, prolongou essa sua participação por um período idêntico e de forma a integrar o estado-maior do comando nacional da mesma operação, do que naturalmente resultou sacrifício pessoal, mas um claro benefício para o comando, face ao valor agregado resultante da experiência por si adquirida neste cenário, o que se viria a revelar como elemento determinante para o sucesso da transferência de responsabilidades entre comandos e para a posterior qualidade em termos de planeamento e condução das operações.
O Capitão-Tenente Lucas da Silva é um militar dotado de extraordinárias qualidades pessoais e militares, das quais entendo de elementar justiça destacar o seu sentido do dever e das responsabilidades, lealdade, capacidade de trabalho, facilidade de trato e inteligência que, aliadas a um forte espírito de camaradagem e à experiência acumulada neste cenário operacional, lhe proporcionaram um nível de desempenho que o tornam credor dos méritos no resultado da actuação do CTF 465 em ambos os períodos da sua participação e ainda como elemento de referência para todos os que com ele se relacionaram, quer no âmbito do staff, quer ao nível dos seus pares nas outras forças em cooperação no mesmo teatro de operações.
A atitude proactiva durante a primeira fase da sua participação nesta operação, em termos de contacto assíduo com os comandos nacionais, constituiu elemento de informação essencial para permitir, ao staff que se encontrava em fase de preparação, um conhecimento detalhado sobre a vivência diária da TF 465, alertando para os problemas e para a forma de os ultrapassar, ao mesmo tempo que elaborava recomendações para o período de comando português da operação e que se viriam a revelar como determinantes para o seu sucesso.
Interrompendo temporariamente a sua participação no comando espanhol para se deslocar a Lisboa e aí acompanhar os preparativos do staff nacional, embarcou no NRP Vasco da Gama juntamente com todos os demais elementos do estado-maior, onde teve uma intervenção determinante no processo de integração de todo o pessoal, o que viria a permitir que o novo comando assumisse as suas responsabilidades sem qualquer limitação e perfeitamente enquadrado na realidade operacional.
Uma vez sob o comando nacional, embora mantendo uma postura discreta, mas atenta e meticulosa, o Capitão-Tenente Lucas da Silva foi um elemento chave em todos os processos de decisão operacional, constituindo-se para o CTF como um conselheiro de extraordinária valia e cuja opinião se revelou, invariavelmente, como inteiramente adequada e eficaz.
Pelo exemplo de dedicação profissional que demonstrou pela dedicação pessoal cujo contributo foi decisivo para o cumprimento da missão do CTF 465 no combate à pirataria no Oceano Índico, é o Capitão-Tenente Lucas da Silva inteiramente merecedor deste público louvor e que os serviços por si prestados sejam considerados como extraordinários relevantes e distintos.
15 de Setembro de 2011. - O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, Luís Evangelista Esteves de Araújo, General.
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