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Desvalorização da Moeda

Relatório 23/2011, de 6 de Setembro

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Sumário

Publicação Contas 2010 da Grow Investimentos SA

Texto do documento

Relatório 23/2011

Sede: Av. Engenheiro Duarte Pacheco n.º 26 1070-110 Lisboa.

Número de Identificação de Pessoa Colectiva 502534877.

Demonstrações Financeiras a 31.12.2010

1 - Enquadramento

Depois do regresso da confiança dos investidores em 2009, o ano de 2010 era aguardado com enorme expectativa dados os desafios enfrentados pelos principais países desenvolvidos.

Pode dizer-se que o ano se pode repartir em duas realidades bem distintas: uma primeira metade em que imperaram os receios com a crise crise orçamental e de dívida soberana na Europa, particularmente nos países periféricos; e uma segunda em que estes riscos, já incorporados nas expectativas dos investidores e em parte atenuados pela intervenção das autoridades, acabaram por permitir uma considerável recuperação nos activos de risco. Este comportamento ficou a dever-se essencialmente à aprovação de medidas de estabilização da União

Europeia em Março e a uma segunda fase do programa de estímulo económico levado a cabo pela Reserva Federal Norte Americana ("Quantitative Easying 2").

No mercado accionista, e em termos regionais, o destaque foi para os Estados Unidos, onde a recuperação económica e a já mencionada actuação do Fed permitiram atingir ganhos próximos dos 13 %, superando mesmo a valorização dos mercados emergentes (no seu conjunto). O destaque pela negativa foi para alguns países Europeus, nomeadamente Grécia, Espanha e Portugal, respectivamente com desvalorizações de 35.6 %, 17.4 % e 10.3 %.

(ver documento original)

Fonte: Bloomberg

Nota. - S&P500 é o índice representativo das 500 maiores empresas americanas. Nikkei é o índice que espelha a performance do mercado accionista japonês. A Morgan Stanley produz inúmeros índices regionais dos quais salientamos o MSCI Europe, o MSCI Emerging Markets e o MSCI World que representam, respectivamente, o comportamento do mercado Europeu, de países Emergentes e Mundial.

Quanto ao mercado de dívida pública (obrigações government), o mau desempenho continuado da dívida dos países do Sul da Europa contrasta com o bom desempenho, no arranque do ano, dos países considerados mais seguros, beneficiando do efeito de flight to quality. Estes no entanto registaram uma desvalorização a partir de Agosto (aquando da intervenção do Fed), e até final do ano, com a subida das yields de mercado a elimiar parte dos ganhos registados até então. A performance atingida pelo índice (Citigroup World Government Bond Index) foi de 3.4 %.

No mercado de crédito (obrigações corporate) assistimos a mais um bom ano para High Yield (o desempeho do Credit Suisse High Yield Index II foi de +14.4 %), fruto do rendimento corrente de cupão e de um ligeiro estreitamento adicional de spreads de crédito enquanto as taxas de default se aproximaram de zero.

Já em Investment Grade assistimos a um ano volátil, com as desvalorizações registadas no sector financeiro (fruto da exposição dos bancos ao risco dos países Europeus periféricos e da preocupação com a capacidade de financiamento da banca destes países), o que deixou os índices em terreno negativo dado o elevado peso deste sector (Bank of America/Merril Lynch Corporate Investment Grade Index: -2.0 %).

No mercado cambial assistimos à desvalorização das moedas dos principais países desenvolvidos contra os países emergentes fruto do diferencial de crescimento económico favorável a estes últimos e também devido aos estímulos levados a cabo pelos primeiros, que resultaram genericamente num aumento da massa monetária em circulação e consequentemente numa depreciação da moeda. Fruto dos problemas específicos da zona Euro, a moeda Europeia desvalorizou de forma ainda mais marcada, o que se evidencia pelo desempenho contra o Dólar Americano: -7.2 %.

Finalmente o mercado de commodities registou uma forte valorização a partir de Agosto com o anúncio da segunda ronda de quantitative easing por parte do Fed, terminando assim o ano com ganhos consideráveis (CRY Index: +17.4 %), depois de a meio do ano ter registado uma desvalorização que se aproximou dos 9 %. De entre as commodities destaque para o algodão (+106 %) e a prata (+83 %) naquele que foi um ano de valorizações generalizadas em metais, energia ou produtos agrícolas.

2 - Actividade desenvolvida

Na sequência dos bons resultados conseguidos em 2009 optámos por adoptar uma postura conservadora para 2010 dadas as dificuldades que previamos enfrentar, directa ou indirectamente relacionadas com a crise financeira de 2008 e em particular com os desequilíbrios orçamentais existentes nos países periféricos da União Europeia.

Tendo em conta o baixo risco incorrido e a volatilidade e performances registadas nos índices de mercado representativos das principais classes de activos, o desempenho atingido foi positivo, existindo uma distinção clara entre:

Investimento na EDP - ainda que representando uma pequena alocação na carteira, a desvalorização foi significativa dado que o efeito da crise orçamental acabou por sobrepor-se aos bons fundamentais da empresa;

Restantes posições - ganhos em todas as classes de activos (obrigações, acções, commodities, câmbios, hedge funds e outros), o que é merecedor de destaque.

Saliente-se que investimentos conservadores (depósitos ou obrigações) geraram rendimentos apenas marginalmente positivos, apesar de comportarem outros riscos e não possuírem o potencial de valorização que a carteira apresenta, e que outros mais aggressivos (acções) igualaram os máximos de volatilidade registados nas últimas duas décadas - em 1998 (default da Rússia), 2001 (ataques terroristas de 11 de Setembro) e em 2002 (falência da Worldcom e default da Argentina) -, só ultrapassados pelo período que se seguiu à falência da Lehman Brothers em 2008.

Prevemos para 2011 um ambiente com algumas semelhanças ao registado em 2010, nomeadamente no que diz respeito ao fraco crescimento económico nos mercados desenvolvidos, existência de riscos significativos associados ao desequilibrio orçamental, excesso de endividamento na Europa e instabilidade e incerteza nos mercados. Entendemos, no entanto, existirem mais oportunidades dado, por exemplo, o crescimento de resultados das empresas registado nos últimos dois anos sem a correspondente valorização dos mercados accionistas ou o previsível impacto nas várias classes de activos dos programas de apoio levados a cabo pelas autoridades dos países desenvolvidos.

Importa ainda assinalar que à imagem do registado em 2008 e 2009, também 2010 ficou marcado por um crescimento dos activos sob gestão discricionária de (euro) 38.3 milhões para (euro) 39.7 milhões. No entanto, e já no início do corrente ano, temos assistido ao desmobilizar de uma parte importante das carteiras sob gestão.

Tal facto deve-se, por um lado, às necessidades de liquidez de alguns clientes para satisfazerem as suas necessidades de investimento e ou de consumo, e por outro, às dificuldades que o país atravessa e, como consequência, a uma menor disponibilidade dos investidores para assumir riscos nos mercados de capitais.

3 - Proposta de aplicação de resultados

O Conselho de Administração da Sociedade propõe à Assembleia Geral a seguinte aplicação para o Resultado Líquido do Exercício, no valor de (euro) 142.04:

Para Reserva Legal, o valor de (euro) 15.00; e

Para Reservas Livres o valor de (euro) 127.04.

4 - Referências finais

Agradecemos aos Accionistas e aos Clientes a confiança manifestada, a todos os membros dos Órgãos Sociais e aos Colaboradores pelo seu empenho diário, que tornou possível o cumprimento dos objectivos de evolução sustentada da actividade da Grow. Agradecemos ainda aos nossos auditores, Deloitte, a independência e profissionalismo do seu trabalho, e às autoridades de Supervisão, nomeadamente Banco de Portugal e CMVM, a atenção dispensada.

Lisboa, 31 de Março de 2011. - Joaquim Maria Aliu Presas, presidente do conselho de administração - Bernardo Matos, administrador - Miguel Magalhães, administrador - Luke Ellis, administrador - João Paulo Lopes Raimundo, administrador.

Anexo ao Relatório do Conselho de Administração

Informações diversas

(artigo 447.º Código das Sociedades Comerciais)

Participação dos membros do conselho fiscal e do conselho de administração no capital social da "Grow Investimentos - Gestão de Patrimónios, S. A.

(ver documento original)

(artigo 448.º Código das Sociedades Comerciais)

Relação de accionistas titulares de pelo menos um décimo do capital social da "Grow Investimentos - Gestão de Patrimónios, S. A.", em 31 de dezembro de 2009

(ver documento original)

Demonstrações Financeiras a 31.12.2010

(ver documento original)

O anexo faz parte integrante destas demonstrações.

Demonstrações do rendimento integral dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009

(ver documento original)

O anexo faz parte integrante destas demonstrações.

Demonstrações dos fluxos de caixa nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009

(ver documento original)

O anexo faz parte integrante destas demonstrações.

Demonstrações das alterações nos capitais próprios nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009

(ver documento original)

O anexo faz parte integrante destas demonstrações.

1 - Introdução

A Grow Investimentos - Gestão de Patrimónios, S. A. ("Sociedade" ou "Grow") tem por objecto social a administração de conjuntos de bens pertencentes a terceiros, designados por carteiras de títulos e outros activos, e a prestação de serviços de consultoria em matéria de investimentos, no âmbito das actividades permitidas às sociedades gestoras de patrimónios.

As demonstrações financeiras da Sociedade em 31 de Dezembro de 2010 foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 27 de Abril de 2011. As demonstrações financeiras da Sociedade em 31 de Dezembro de 2010 encontram-se pendentes de aprovação pela Assembleia Geral. No entanto, o Conselho de Administração entende que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas.

2 - Bases de apresentação e principais políticas contabilísticas

2.1 - Bases de apresentação

As demonstrações financeiras anexas em 31 de Dezembro de 2010 foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso 1/2005, de 21 de Fevereiro, e das Instruções 9/2005 e n.º 23/2004, do Banco de Portugal, na sequência da competência que lhe é conferida pelo n.º 3 do Artigo 115.º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei 298/92, de 31 de Dezembro.

As NCA correspondem em geral às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal. As diferenças entre os dois normativos não têm impacto nas demonstrações financeiras da Sociedade.

2.2 - Adopção de normas (novas ou revistas) emitidas pelo "International Accounting Standards Board" (IASB) e interpretações emitidas pelo "International Financial Reporting Interpretation Commitee" (IFRIC), conforme adoptadas pela União Europeia.

As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões aprovadas pela União Europeia e com aplicação obrigatória nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2010, foram adoptadas pela primeira vez no exercício findo em 31 de Dezembro de 2010:

(ver documento original)

Estas normas não tiveram impacto nas demonstrações financeiras e nas divulgações apresentadas pela Sociedade no Anexo às demonstrações financeiras.

As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória em exercícios económicos futuros, foram, até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, aprovadas pela União Europeia:

(ver documento original)

Estas normas apesar de aprovadas ("endorsed") pela União Europeia, não foram adoptadas pela Grow no exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, em virtude de a sua aplicação não ser ainda obrigatória. Não são estimados impactos retrospectivos significativos nas demonstrações financeiras, decorrentes da sua adopção.

2.3 - Especialização de exercícios

Os custos e proveitos são reconhecidos de acordo com o princípio contabilístico da especialização de exercícios, sendo registados quando se vencem, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.

2.4 - Investimentos detidos até à maturidade

Os investimentos a deter até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo, com taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada, tendo a Sociedade a capacidade e a intenção de os manter até ao seu reembolso.

Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao custo amortizado, deduzidos de imparidade.

2.5 - Activos intangíveis

Os activos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição e correspondem essencialmente a despesas com a aquisição de sistemas de tratamento automático de dados. Estes activos são amortizados segundo o método das quotas constantes, por duodécimos, em três anos.

2.6 - Outros activos tangíveis

Os outros activos tangíveis são registados ao custo de aquisição. As amortizações são calculadas segundo o método das quotas constantes, por duodécimos, de acordo com as seguintes vidas úteis estimadas:

(ver documento original)

O património artístico não é objecto de depreciação.

2.7 - Encargos com férias e subsídio de férias

São constituídos acréscimos de custos para fazer face aos encargos correspondentes a férias e subsídio de férias vencidos, a pagar no exercício seguinte. Os correspondentes montantes são registados no passivo, na rubrica "Outros passivos" (Nota 9).

2.8 - Comissões

i) Comissões de gestão

Correspondem à remuneração da Sociedade pela gestão das carteiras dos seus clientes (patrimónios). São calculadas por aplicação de uma taxa anual (fixada em contrato) sobre o valor dos respectivos patrimónios e registadas na demonstração dos resultados na rubrica "Rendimentos de serviços e comissões" (Nota 12).

ii) Comissões de consultoria

Correspondem à remuneração da Sociedade pela prestação de serviços em matéria de aconselhamento de investimentos e compreendem:

Uma componente fixa contratada ou calculada por aplicação de uma taxa fixa anual (fixada em contrato) sobre o valor dos patrimónios sobre os quais a consultoria está a ser prestada, e ou;

Uma componente variável dependente da performance da carteira.

Estas comissões são registadas na demonstração dos resultados na rubrica "Rendimentos de serviços e comissões" (Nota 12).

2.9 - Rubricas extrapatrimoniais

i) Valores administrados pela Sociedade

Esta rubrica refere-se às carteiras de activos geridas pela Sociedade. Para além de disponibilidades, estas carteiras incluem acções cotadas, unidades de participação em fundos de investimento, obrigações e produtos estruturados, os quais são valorizados de acordo com os seguintes critérios:

As acções cotadas encontram-se registadas ao valor da última cotação em bolsa realizada nos últimos três meses;

As unidades de participação em fundos de investimento encontram-se registadas ao último valor divulgado pela entidade gestora à data da valorização das carteiras geridas pela Sociedade;

As obrigações encontram-se registadas de acordo com a última cotação disponibilizada pela Bloomberg à data da valorização das carteiras geridas pela Sociedade;

Os produtos estruturados encontram-se registados ao valor de cotação disponibilizado pelo próprio emitente, sendo esta informação obtida via consulta à Bloomberg ou via correio electrónico.

Os riscos associados aos instrumentos em que são investidos os valores que constituem as carteiras geridas pela Sociedade correm por conta dos clientes. A Sociedade não assegura qualquer rentabilidade mínima aos seus clientes.

ii) Activos dados em garantia

Esta rubrica reflecte o valor das Obrigações do Tesouro dadas em garantia ao Sistema de Indemnização de Investidores nos termos do Artigo 8.º do Regulamento 2/2000 da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários.

2.10 - Provisões para riscos gerais de crédito

Encontra-se registada no passivo e trata-se de uma provisão de natureza genérica. Esta provisão é determinada pela aplicação de uma percentagem de 1 % sobre o saldo das rubricas de "Devedores diversos".

2.11 - Caixa e seus equivalentes

Para efeitos da preparação da demonstração dos fluxos de caixa, a Sociedade considera como "Caixa e seus equivalentes" o valor nominal dos seus depósitos à ordem registados em "Disponibilidades em outras instituições de crédito", o saldo de caixa registado na rubrica "Caixa e disponibilidades em Bancos centrais" e o valor nominal dos depósitos a prazo até 3 meses registados na rubrica "Aplicações em instituições de crédito".

3 - Disponibilidades e aplicações em instituições de crédito

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o saldo desta rubrica tem a seguinte composição:

(ver documento original)

A conta à ordem junto do Banco Espírito Santo, S. A. é remunerada a uma taxa de juro correspondente à taxa Euribor a 1 mês deduzida de 1 %, com o limite mínimo de zero.

A conta à ordem mantida junto do Banco Comercial Português não é remunerada.

Em 31 de Dezembro de 2010, o depósito a prazo junto do Banco Espírito Santo, S. A. tem vencimento em Janeiro de 2011 e é remunerado a taxas de mercado.

4 - Investimentos detidos até à maturidade

(ver documento original)

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, esta rubrica tem a seguinte composição:

No exercício de 2008, a Sociedade adquiriu 20.000 Obrigações do Tesouro - 4,375 % - Junho de 2014 a um custo unitário de 1,026 Euros, num total de 20.520 Euros.

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, as Obrigações do Tesouro estavam dadas em garantia para cobertura de responsabilidades potenciais no âmbito do Sistema de Indemnização de Investidores.

5 - Outros activos tangíveis e activos intangíveis

(ver documento original)

6 - Impostos sobre o rendimento

Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 eram os seguintes:

(ver documento original)

A Sociedade está sujeita a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC), a uma taxa de 25 %, acrescida de 1,5 % de Derrama (até ao limite máximo de 1,5 % sobre o lucro tributável sujeito e não isento de IRC). A partir de 1 de Janeiro de 2009, a matéria colectável até 12.500 Euros passou a ser tributada a uma taxa nominal agregada de 14 %. Adicionalmente, a partir do exercício de 2010, e sobre a parte do lucro tributável sujeito e não isento de IRC superior a 2.000.000 Euros, incide ainda uma taxa adicional de 2,5 %, a título de Derrama Estadual.

Os custos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do líquido do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:

(ver documento original)

No exercício de 2010 as "Correcções a exercícios anteriores" referem-se ao excesso na estimativa da provisão para impostos sobre lucros relativa ao exercício de 2009.

No exercício de 2009 as "Correcções a exercícios anteriores" referem-se à insuficiência na estimativa da provisão para impostos sobre lucros relativa ao exercício de 2008 e a uma liquidação adicional relativa ao exercício de 2006.

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto verificada nos exercícios de 2010 e 2009 pode ser demonstrada como se segue:

(ver documento original)

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Sociedade relativamente aos exercícios de 2007 a 2010 poderão ainda vir a ser sujeitas a revisão.

Na opinião do Conselho de Administração da Sociedade, não é previsível que eventuais correcções resultantes de revisões/inspecções das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos tenham um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2010.

7 - Outros activos

(ver documento original)

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 a rubrica "Devedores diversos" refere-se a comissões de gestão e consultoria a receber de clientes.

8 - Provisões

(ver documento original)

9 - Outros passivos

(ver documento original)

10 - Capital

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 o capital da Sociedade está representado por 275.000 acções com valor nominal de 1 Euro cada, encontrando-se integralmente subscrito e realizado. Nestas datas, a estrutura accionista da Sociedade era a seguinte:

(ver documento original)

11 -Outras rubricas do capital próprio

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, as outras rubricas de capital próprio têm a seguinte composição:

(ver documento original)

Reserva legal

De acordo com o disposto no Decreto-Lei 298/92, de 31 de Dezembro, a Sociedade deverá constituir um fundo de reserva legal até à concorrência do seu capital social, transferindo anualmente para esta reserva um montante não inferior a 10 % dos lucros líquidos. Esta reserva só poderá ser utilizada para cobrir prejuízos acumulados ou para aumentar o capital.

12 - Rendimentos de serviços e comissões

Nos exercícios de 2010 e 2009, a Sociedade desenvolveu a actividade de gestão de patrimónios e consultoria em matéria de investimentos em Portugal. Os proveitos associados à prestação desses serviços têm a seguinte composição:

(ver documento original)

13 - Outros resultados de exploração

Esta rubrica tem a seguinte composição:

(ver documento original)

No exercício de 2009, a rubrica "Rendas de locação operacional" corresponde a rendas de contratos de aluguer de longa duração de viaturas.

14 - Custos com pessoal e número médio de empregados

Esta rubrica tem a seguinte composição:

(ver documento original)

Nos exercícios de 2010 e 2009, a rubrica "Salários e vencimentos - Outros" refere-se a complemento de vencimento e a prémios de desempenho atribuídos aos órgãos de administração da Sociedade, respectivamente.

Durante os exercícios de 2010 e 2009, a Sociedade teve em média 10 trabalhadores ao seu serviço, respectivamente, com a seguinte composição:

(ver documento original)

15 - Gastos gerais administrativos

Esta rubrica tem a seguinte composição:

(ver documento original)

Nos exercícios de 2010 e 2009, a rubrica "Serviços especializados" refere-se a custos com informática, contabilidade, auditoria e advocacia.

16 - Passivos contingentes e compromissos

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, estas rubricas têm a seguinte composição:

(ver documento original)

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os valores administrados pela Sociedade apresentam o seguinte detalhe:

(ver documento original)

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a rubrica "Outros" inclui 380.000 Euros e 84.906 Euros, respectivamente, relativos a subscrição em curso de unidades de participação.

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, as carteiras de clientes sob gestão apresentam a seguinte composição:

(ver documento original)

17 - Entidades relacionadas

São consideradas entidades relacionadas da Grow os órgãos de administração da Sociedade, Accionistas ou entidades a eles relacionadas.

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os custos suportados relativos à remuneração do Conselho de Administração da Sociedade, incluindo bónus, ascendem a 266.238 Euros e 201.220 Euros, respectivamente.

Adicionalmente, nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a rubrica "Outros gastos administrativos - Serviços especializados" inclui 114.000 Euros e 64.804 Euros, respectivamente, relativos a serviços prestados por um Accionista da Grow.

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a rubrica "Rendimentos de serviços e comissões - Comissões por serviços de consultoria" inclui os seguintes montantes relativos a serviços prestados a entidades relacionadas:

(ver documento original)

Honorários do Revisor Oficial de Contas e Fiscal Único

Os honorários facturados pelo Revisor Oficial de Contas e Fiscal Único da Sociedade relativos à revisão legal das Contas no exercício findo em 31 de Dezembro de 2010 ascenderam a 5.448 Euros, uma parte dos quais ainda relativa ao exercício de 2009. Em 2010 foram ainda facturados outros serviços de fiabilidade no total de 15.895 Euros.

Relatório e parecer do fiscal único

Aos Accionistas da Grow Investimentos - Gestão de Patrimónios, S. A.

Em conformidade com a legislação em vigor e o mandato que nos foi conferido, vimos submeter à Vossa apreciação o nosso Relatório e Parecer que abrange a actividade por nós desenvolvida e os documentos de prestação de contas da Grow Investimentos - Gestão de Patrimónios, S. A. (Sociedade) relativos ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, os quais são da responsabilidade do Conselho de Administração.

Acompanhámos, com a periodicidade e extensão que considerámos adequadas, a evolução da actividade da Sociedade, a regularidade dos seus registos contabilísticos e o cumprimento dos estatutos em vigor, tendo recebido do Conselho de Administração e dos serviços da Sociedade as informações e esclarecimentos solicitados.

No âmbito das nossas funções, examinámos o Balanço em 31 de Dezembro de 2010, a Demonstração do rendimento integral, a Demonstração das alterações no capital próprio e a Demonstração dos fluxos de caixa no exercício findo naquela data e o correspondente Anexo. Adicionalmente, procedemos a uma análise do Relatório de Gestão do exercício de 2010 preparado pelo Conselho de Administração e da proposta nele incluída. Como consequência do trabalho de revisão legal efectuado, emitimos nesta data a Certificação Legal das Contas, sem reservas.

Face ao exposto, somos de opinião que as demonstrações financeiras supra referidas e o Relatório de Gestão, bem como a proposta de aplicação do resultado nele contida, estão de acordo com as disposições contabilísticas e estatutárias aplicáveis, para efeitos de aprovação em Assembleia Geral de Accionistas.

Desejamos ainda manifestar ao Conselho de Administração e aos serviços da Sociedade o nosso apreço pela colaboração prestada.

Lisboa, 28 de Abril de 2011. - Deloitte & Associados, SROC, S. A., representada por João Carlos Henriques Gomes Ferreira.

Certificação legal das contas

Introdução

1 - Examinámos as demonstrações financeiras anexas da Grow Investimentos - Gestão de Patrimónios, S. A. (Sociedade), as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2010, que evidencia um total de 700.478 Euros e capitais próprios de 557.655 Euros, incluindo um resultado líquido de 142 Euros, a Demonstração do rendimento integral, a Demonstração das alterações no capital próprio e a Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e o correspondente Anexo.

Responsabilidades

2 - É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Sociedade, o resultado e o rendimento integral das suas operações, as alterações no seu capital próprio e os seus fluxos de caixa, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.

Âmbito

3 - O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Este exame incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação. Este exame incluiu, igualmente, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade das operações e a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do Relatório de Gestão com as demonstrações financeiras. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

Opinião

4 - Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acima apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira da Grow Investimentos - Gestão de Patrimónios, S. A. em 31 de Dezembro de 2010, bem como o resultado e o rendimento integral das suas operações, as alterações no seu capital próprio e os seus fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas de Contabilidade Ajustadas emitidas pelo Banco de Portugal.

Relato sobre outros requisitos legais

5 - É também nossa opinião que a informação financeira constante do Relatório de Gestão é concordante com as demonstrações financeiras do exercício.

Lisboa, 28 de Abril de 2011. - Deloitte & Associados, SROC, S. A., representada por João Carlos Henriques Gomes Ferreira.

304730613

Anexos

  • Extracto do Diário da República original: https://dre.tretas.org/dre/1272365.dre.pdf .

Ligações deste documento

Este documento liga aos seguintes documentos (apenas ligações para documentos da Serie I do DR):

  • Tem documento Em vigor 1992-12-31 - Decreto-Lei 298/92 - Ministério das Finanças

    Aprova o regime geral das instituições de crédito e sociedades financeiras.

  • Tem documento Em vigor 2005-02-17 - Decreto-Lei 35/2005 - Ministério das Finanças e da Administração Pública

    Transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 2003/51/CE (EUR-Lex), do Parlamento Europeu e do Conselho, de 18 de Junho, que altera as Directivas n.os 78/660/CEE (EUR-Lex), 83/349/CEE (EUR-Lex), 86/635/CEE (EUR-Lex) e 91/674/CEE (EUR-Lex), do Conselho, relativas às contas anuais e às contas consolidadas de certas formas de sociedades, bancos e outras instituições financeiras e empresas de seguros, prevendo a possibilidade de as entidades às quais não se apliquem as Normas Internacionais de Contabil (...)

Aviso

NOTA IMPORTANTE - a consulta deste documento não substitui a leitura do Diário da República correspondente. Não nos responsabilizamos por quaisquer incorrecções produzidas na transcrição do original para este formato.

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