Na sua organização interna pretende-se que a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, no desenvolvimento da actividade, se paute por uma gestão enformada pela economia, eficiência e eficácia, no seio de uma política que privilegie a racionalização e a simplificação.
Por isso, opta-se por um modelo que assenta em determinadas preocupações, designadamente no que resulta das potencialidades oferecidas pela sociedade da informação, a par de uma estrutura organizativa o mais simples possível mas dotada de instrumentos que pretendem assegurar a qualidade da gestão em geral e a rapidez e adequação das tarefas, em especial.
No plano externo, o que está em causa é responder ao desafio do desenvolvimento com qualidade e às necessidades de bem-estar das populações da área geográfica dos municípios integrantes. Para tanto, importa que a Comunidade se organize de forma a satisfazer os desígnios subjacentes ao espírito da lei de criação, visando a coesão territorial e a integração económica internas e a competitividade externa.
O desenvolvimento verificado nas atribuições e competências da Comunidades Intermunicipais, exige, por outro lado, que as mesmas se dotem de estruturas e meios técnicos eficazes capazes de responder às solicitações dos Municípios e por forma a assegurar uma cada vez maior coordenação técnica.
Desta forma a nova orgânica estabelece um conjunto de serviços que reflecte a preocupação fundamental de traçar e desenvolver linhas de planeamento e gestão estratégica, bem como assessoria capazes de assegurar o apoio eficaz aos municípios e de promover adequadas ligações com Instituições e Entidades Públicas.
No plano interno, procuram-se as soluções concretamente mais adequadas nos domínios da programação, planeamento e execução orçamental, organização, sistemas de informação, gestão de recursos humanos, gestão financeira e patrimonial, instalações e logística e apoio aos municípios integrantes.
Criam-se, por isso, soluções suficientemente flexíveis por forma a permitirem a sua utilização imediata à medida que a modificação do ambiente externo o torne exigível.
Em anexo fazem-se constar o organograma da Comunidade Intermunicipal e o quadro do pessoal dirigente.
CAPÍTULO I
Disposições gerais
Artigo 1.º
Objecto
A estrutura orgânica da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo tem por objecto a concepção, execução e coordenação do apoio técnico e administrativo aos órgãos respectivos nos domínios do planeamento, da cooperação, organização, modernização, gestão, avaliação e controlo.
Artigo 2.º
Objectivos gerais
1 - Cabe à estrutura orgânica desenvolver toda a actividade de apoio aos órgãos associativos, adequada à realização das atribuições da Comunidade.
2 - São objectivos gerais da estrutura orgânica:
a) Participar na gestão de programas de apoio ao desenvolvimento regional;
b) Elaborar estudos, análises e pareceres preparatórios das decisões e deliberações dos órgãos comunitários;
c) Apoiar os órgãos da Comunidade na execução das políticas de relacionamento e cooperação institucional, nacional e internacional;
d) Propor as medidas de estratégia adequadas a cada uma das áreas funcionais;
e) Apoiar os órgãos da Comunidade na execução das suas orientações no que respeita à gestão dos respectivos recursos humanos, financeiros e patrimoniais;
f) Colaborar na elaboração dos instrumentos de gestão financeira e administrativa e avaliar a respectiva execução;
g) Elaborar e submeter à aprovação superior as instruções, circulares, regulamentos e outros normativos necessários ao desempenho da actividade;
h) Apoiar os municípios nas novas competências
i) Coordenar a gestão dos recursos materiais, tendo em vista a sua optimização no plano patrimonial, tecnológico e financeiro;
i) Assegurar a coordenação e integração dos sistemas de informação internos;
j) Assegurar o apoio jurídico, técnico e administrativo aos órgãos da Comunidade e aos municípios integrantes, incluindo comissões, grupos de trabalho e estruturas de projecto que funcionem no âmbito da Comunidade;
l) Organizar, tratar e analisar a informação estatística e documental referente às matérias directamente relacionadas com a Comunidade;
m) Desempenhar outras funções de natureza técnica e administrativa.
Artigo 3.º
Prestação de serviços
1 - A prestação de serviços de carácter externo, remunerada ou não, a edição e venda de publicações e outros trabalhos realizados através da estrutura orgânica obedecem aos critérios e às tabelas de remunerações fixadas por deliberação do Conselho Executivo.
2 - As remunerações fixadas nos termos do número anterior têm de ser iguais ao custo de produção, pelo menos.
CAPÍTULO II
Serviços
Artigo 4.º
Direcção
A direcção da estrutura orgânica cabe ao Conselho Executivo da Comunidade Intermunicipal, representada pelo respectivo presidente, sem prejuízo do regime jurídico da delegação de competências nos vice-presidentes, no secretário executivo e nos dirigentes dos serviços.
Artigo 5.º
Serviços de apoio e operativos
1 - Para o exercício das suas atribuições, a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo dispõe dos seguintes serviços:
a) Gabinete de Apoio (GA);
b) Gabinete de Planeamento e Desenvolvimento Estratégicos (GE);
c) Estruturas de Projecto (EP)
d) Centro de Informação e Formação Profissional (CIF);
e) Direcção de Administração e Cooperação;
f) Direcção Técnica.
2 - O organograma da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT ou CIM Médio Tejo) consta do anexo I ao presente Regulamento.
Artigo 6.º
Gabinete de Apoio (GA)
1 - O Gabinete de Apoio é o serviço com responsabilidade no apoio directo aos órgãos de gestão e ao Secretário Executivo no desempenho das suas funções e no planeamento das actividades e nas relações públicas.
2 - Ao Gabinete de Apoio compete especificamente:
a) Assessorar o Secretário nos domínios da preparação da sua actuação administrativa, recolhendo e tratando a informação a isso necessária;
b) Promover os contactos com os Gabinetes dos Municípios associados, com a Assembleia Intermunicipal, com os serviços e com os órgãos da CIMT;
c) Organizar a agenda e desempenhar outras tarefas que lhe tenham sido atribuídas pelo Secretário Executivo, dentro do respectivo âmbito de actuação;
d) Promover a divulgação, nos serviços, de normas e directrizes genéricas superiormente aprovadas;
e) Assegurar o apoio administrativo aos órgãos da CIMT, designadamente quanto à organização das reuniões e elaboração de actas;
f) Promover a difusão da informação da CIMT através de soluções existentes ou a criar;
g) Prestar o apoio técnico-jurídico aos municípios associados e aos órgãos e serviços da CIMT, elaborando pareceres e informações sobre a interpretação e aplicação da legislação, bem como normas e regulamentos internos;
h) Realizar estudos e outros trabalhos de natureza jurídica, conducentes à definição e concretização das políticas da CIMT e dos Municípios associados
i) Recolher, tratar, difundir e actualizar a informação noticiosa com interesse para a Comunidade e os Municípios;
j) Elaborar propostas de normalização da informação;
l) Assegurar as relações públicas;
m) Apoiar a promoção de eventos culturais de interesse intermunicipal;
n) Estudar e promover experiências piloto no âmbito da qualidade, da simplificação e da racionalização de procedimentos e circuitos administrativos;
o) Elaborar propostas de, projectos e demais iniciativas na área da respectiva actuação, com preparação das respectivas candidaturas;
p) Assegurar as actividades bibliográficas da CIMT ou que tenham a participação desta;
q) Propor a adopção de medidas concretas de controlo interno e desenvolver acções de auditoria interna aos serviços com vista à avaliação da actividade prosseguida e à detecção de factores e situações condicionantes ou impeditivas da realização dos objectivos definidos, e apresentar propostas concretas de correcção;
r) Prestar o apoio necessário à definição das políticas de informática e comunicações;
Artigo 7.º
Gabinete de Planeamento e Desenvolvimento Estratégicos (GE)
1 - O Gabinete de Planeamento e Desenvolvimento Estratégicos é uma estrutura à qual incumbe assegurar as funções de estudo, de planeamento e de gestão técnica dos programas e projectos com um nível de integração intermunicipal ou subregional.
2 - Ao Gabinete de Planeamento e Desenvolvimento Estratégicos compete, designadamente:
a) Preparar os instrumentos necessários à gestão, segundo critérios de gestão estratégica;
b) Conceber planos, programas e projectos de investimento e desenvolvimento, bem como estudos de previsão, de natureza intermunicipal ou sub-regional;
c) Conceber os modelos de financiamento mais adequados realização das iniciativas referidas na alínea anterior;
d) Elaborar os instrumentos de acesso aos modelos de financiamento referidos;
e) Proceder à elaboração de redes para o desenvolvimento turístico;
f) Conceber e propor uma política intermunicipal de cultura e do património;
g) Promover e produzir eventos culturais de interesse intermunicipal;
h) Apoiar a promoção da oferta turística comunitária no mercado interno e colaborar com os órgãos centrais de turismo com vista à sua promoção externa;
i) Identificar as necessidades em matéria de informação estatística, jurídica, cartográfica, geográfica e outra de interesse para a Comunidade e propor a respectiva organização e sistematização;
j) Elaborar propostas e candidaturas a financiamentos através de programas, projectos e demais iniciativas na área da respectiva actuação;
l) Participar na construção das bases de dados e outras soluções informáticas, na área das suas competências.
Artigo 8.º
Estruturas de Projecto (EP)
1 - As Estruturas de Projecto são os serviços adequados à especificidade da gestão de determinados projectos.
2 -No âmbito deste Regulamento, é criada a Estrutura Técnica que tem como objectivos a gestão de programas de apoio ao desenvolvimento regional, nomeadamente:
a) Assegurar as funções de estudo, de planeamento e de gestão técnica dos programas e projectos comunitários com um nível de integração intermunicipal ou sub-regional;
b) Gerir programas integrados em programas de desenvolvimento sub-regionais, designadamente no quadro de planos de desenvolvimento integrado;
c) Instruir e apreciar as candidaturas de projecto. Verificando, designadamente, o seu enquadramento nas regras definidas no Regulamento específico das tipologias objecto da contratualização;
d) Formular pareceres técnicos sobre a viabilidade dos referidos projectos
e) Proceder ao acompanhamento físico e gestão financeira das candidaturas, verificar os elementos de despesas relativas às operações aprovadas e recolher e tratar a respectiva informação;
f) Preparar e coordenar a execução de projectos de cooperação técnica e financeira com a administração central e de projectos comparticipados pela União Europeia em que a CIMT seja parte;
g) Acompanhar a execução dos programas e projectos da responsabilidade das áreas operacionais e elaborar as propostas compatíveis com os princípios do planeamento estratégico;
h) Preparar os instrumentos necessários à gestão, segundo critérios de gestão estratégica;
i) Preparar e coordenar a execução de projectos de desenvolvimento, de natureza intermunicipal ou sub-regional;
j) Conceber, coordenar e apoiar programas integrados de gestão das infra-estruturas e equipamentos desportivos, de recreio e lazer;
l) Gerir os transportes escolares;
m) Colaborar na gestão e na administração de unidades de saúde;
n) Colaborar na gestão integrada de espaços públicos e de equipamentos colectivos;
o) Participar na gestão das áreas protegidas e das áreas ambientalmente sensíveis;
p) Definir e propor critérios de dimensionamento e localização de equipamentos, infra-estruturas e espaços verdes;
q) Gerir e manter as estradas desclassificadas a cargo da CIMT;
r) Gerir a actividade de higiene e limpeza urbana a cargo da CIMT;
s) Promover a articulação e compatibilização, na óptica do utilizador, da rede de transportes colectivos;
t) Articular a actividade dos municípios em matéria de protecção civil e de combate aos incêndios;
u) Apoiar os municípios na elaboração e apresentação de projectos e programas integrados a candidatar a co-financiamento pela União Europeia ou pelo Estado;
v) Proceder à avaliação dos impactes espaciais e sócio-económicos dos planos, programas e projectos de desenvolvimento económico e social;
x) Preparar os contratos e os protocolos que formalizam as condições de cooperação técnica ou financeira com outras entidades;
z) Criar e manter actualizada a base de dados, correspondente às candidaturas, bem como promover a sua georreferenciação;
aa) Participar na construção das bases de dados e outras soluções informáticas, na área das suas competências.
3 - Quando a natureza ou a especificidade dos objectivos o aconselhe, a CIMT pode ainda dispor de outras estruturas de projecto, com prazo de execução determinado, designadamente dos que sejam objecto de contrato, protocolo ou acordo com a administração central, no âmbito do quadro comunitário de apoio ou outro qualquer e dos que tenham objectivos intermunicipais, sejam da iniciativa da Comunidade ou dos seus municípios.
4 - As novas estruturas de projecto são criadas pelo Conselho Executivo da Comunidade e funcionam na dependência da direcção ou na dependência orgânica pela mesma estabelecida.
5 - A deliberação de criação fixa os objectivos, a composição, a constituição e a duração.
Artigo 9.º
Centro de Informação e Formação Profissional (CIF)
1 - O Centro de Informação e Formação Profissional é uma estrutura à qual incumbe assegurar as funções de estudo, de planeamento e de gestão técnica dos programas e projectos comunitários relacionados com a formação cívica dos cidadãos em geral e o apoio informativo aos mesmos e com a formação profissional dos funcionários e agentes da administração local no âmbito do território comunitário.
2 - Ao Centro de Informação e Formação Profissional compete, designadamente:
a) Elaborar planos, programas, projectos e acções tendo por objecto a participação cívica dos cidadãos em geral;
b) Elaborar e executar programas e projectos para aperfeiçoamento profissional dos funcionários e agentes da administração local;
c) Promover as condições para a validação e certificação de competências e conhecimentos;
d) Colaborar na construção e funcionamento da rede comunitária de formação;
e) Identificar iniciativas de formação com interesse para a Comunidade Intermunicipal e propor a celebração de acordos e protocolos de colaboração, designadamente com universidades, institutos e centros de investigação;
f) Conceber e desenvolver campanhas de sensibilização dos cidadãos para a segurança rodoviária, utilização do transporte colectivo e boas práticas de transportes;
g) Promover acções de informação e divulgação, designadamente em matéria ambiental;
h) Incentivar, através dos meios adequados, a cooperação institucional no âmbito da cultura e da formação profissional;
i) Organizar e participar na organização de seminários, colóquios e outros eventos de interesse para as suas actividades.
Artigo 10.º
Direcção de Administração e Cooperação
A Direcção de Administração e Cooperação compreende:
a) A área financeira (AF);
b) A área administrativa (AD);
c) A área de cooperação institucional (ACI).
Artigo 11.º
Área financeira (AF)
À área financeira compete, designadamente:
a) Elaborar a proposta de opções do plano e orçamento, acompanhar e coordenar e avaliar a execução dos instrumentos financeiros aprovados, mantendo disponível informação relativa aos níveis dessa execução e coordenar a elaboração da proposta de relatório de actividades e da conta de gerência;
b) Propor um sistema de indicadores e metodologias que facilitem a correcta elaboração, acompanhamento, execução e avaliação das opções do plano, dos orçamentos, dos planos de investimento e da gestão dos recursos humanos;
c) Estudar e propor medidas de gestão e utilização integrada dos meios financeiros com vista à respectiva optimização;
d) Elaborar propostas de alterações e revisões orçamentais;
e) Elaborar o projecto de relatório anual relativo à execução orçamental;
f) Promover a constituição e regularização dos fundos permanentes;
g) Assegurar a tramitação e a informação contabilística com os municípios associados e com outras entidades externas;
h) Apoiar na gestão orçamental;
i) Assegurar o registo e processamento das receitas e das despesas;
j) Assegurar o cabimento das despesas e efectuar a respectiva liquidação e pagamento;
l) Organizar a conta de gerência;
m) Assegurar a gestão, manutenção e cadastro das instalações, mobiliário, equipamento e viaturas automóveis e outro material pertencente à CIMT e velar pela sua segurança;
n) Inventariar e administrar o património e promover as aquisições de bens e serviços necessárias;
o) Estudar e propor medidas tendentes à racionalização das instalações e equipamentos;
p) Elaborar propostas e candidaturas a financiamentos através de programas, projectos e demais iniciativas na área da respectiva actuação;
q) Participar na construção das bases de dados e outras soluções informáticas, na área das suas competências.
Artigo 12.º
Área administrativa (AD)
À área administrativa compete, designadamente:
a) Executar e promover os procedimentos administrativos relativos à constituição, modificação e extinção da relação jurídica de emprego do pessoal;
b) Assegurar a informação necessária ao correcto processamento das remunerações e outros abonos dos funcionários dos serviços comunitários;
c) Propor medidas conducentes à racionalização da gestão de pessoal e ao aumento da produtividade e da qualidade do trabalho;
d) Realizar as demais operações de gestão dos recursos humanos, nomeadamente as relativas à avaliação de desempenho, registo de assiduidade, plano de férias, lista de antiguidades e à organização dos processos individuais dos funcionários;
e) Organizar o registo dos cartões de identificação dos funcionários;
f) Coordenar as actividades do pessoal auxiliar;
g) Instruir os processos relativos a acidentes em serviço, bem como os de apresentação dos funcionários à junta médica;
h) Assegurar o apoio administrativo aos júris de concursos relativos aos recursos humanos;
i) Elaborar o balanço social da Associação;
j) Assegurar a recepção, registo, classificação, distribuição e expedição da correspondência e demais documentos;
l) Promover a divulgação, nos serviços, de normas e directrizes genéricas superiormente aprovadas;
m) Assegurar o apoio administrativo aos júris, no âmbito de processos de contratos públicos;
n) Proceder à elaboração e actualização dos manuais de operacionalização do equipamento sob a sua responsabilidade, garantindo a aplicação de todas as normas e procedimentos que nestes se contenham;
o) Acautelar a gestão do arquivo documental da associação e organizar e gerir o arquivo inactivo;
p) Assegurar o apoio administrativo aos órgãos da CIMT, designadamente quanto à organização das reuniões e elaboração de actas;
q) Assegurar o apoio administrativo ao Secretário Executivo
r) Assegurar os meios necessários à instrução de processos de âmbito disciplinar;
s) Apoiar a elaboração das opções do plano e orçamento e da proposta de relatório de actividades
t) Elaborar propostas e candidaturas a financiamentos através de programas, projectos e demais iniciativas na área da respectiva actuação;
u) Participar na construção das bases de dados e outras soluções informáticas, na área das suas competências.
Artigo 13.º
Área de cooperação institucional (ACI)
À área de cooperação institucional compete, designadamente:
a) Promover a articulação da CIMT com os serviços do sector público e com o sector privado e cooperativo no âmbito da execução de projectos que lhe cabe;
b) Promover a criação de condições para financiamento da actividade produtiva na área associativa;
c) Dinamizar a cooperação intermunicipal e assegurar a articulação entre instituições da administração directa e indirecta do Estado, autarquias locais e entidades equiparadas, contribuindo para a integração europeia do espaço sub-regional e para o reforço da sua competitividade interna e externa com base em estratégias de desenvolvimento sustentável de níveis sub-regional e local;
d) Fomentar formas de parceria e participação dos agentes sub-regionais e locais na preparação, gestão, acompanhamento e avaliação de intervenções com incidência sub-regional;
e) Elaborar propostas e candidaturas a financiamentos através de programas, projectos e demais iniciativas na área da respectiva actuação;
f) Participar na construção de bases de dados e outras soluções informáticas, na área das suas competências.
g) Elaborar procedimentos para os contratos públicos
h) Assegurar a publicação no Diário da República de todos os diplomas, despachos, avisos e outros actos que nele devam ser publicados;
i) Apoiar a elaboração das opções do plano e orçamento e da proposta de relatório de actividades.
Artigo 14.º
Direcção técnica
A direcção técnica compreende:
a) A área de gestão e ordenamento do território;
b) Área de modernização e novas tecnologias.
Artigo 15.º
Área de gestão e ordenamento do território (AGOT)
À área de gestão e ordenamento do território compete, designadamente:
a) Acompanhar a elaboração, revisão e alteração de planos directores municipais, de planos ou instrumentos de política sectorial e de planos especiais de ordenamento do território;
b) Preparar os pareceres que à Comunidade cabe emitir, designadamente, quanto às seguintes matérias:
1) No processo de planeamento, sobre os instrumentos de gestão territorial que abranjam parte ou a totalidade do território dos municípios integrantes da CIMT, sem prejuízo do disposto no número seguinte;
2) Na definição da política nacional de ordenamento do território com incidência na CIMT;
3) Sobre os investimentos da administração central, nas respectivas áreas, designadamente sobre o projecto de PIDDAC anual, na parte respeitante aos municípios que integram a CIMT e à própria CIMT;
4) Sobre os investimentos em infra-estruturas e equipamentos de carácter intermunicipal, em função da respectiva coerência com as políticas de desenvolvimento definidas para o ordenamento do território;
5) Nos casos de avaliação de impacte ambiental das políticas, dos instrumentos de gestão territorial e dos planos e programas de âmbito intermunicipal;
6) Em matéria de localização de grandes superfícies comerciais, conjuntos turísticos, áreas de interesse turístico, grandes infra-estruturas industriais, mercados abastecedores, parques de sucata, bem como equipamentos e infra-estruturas supramunicipais de saúde e outros que, nos termos da lei, estejam sujeitos a autorização prévia de localização por parte dos órgãos da administração central;
c) Coordenar e gerir as redes intermunicipais de inovação, de informação geográfica, de transportes, de monitorização e controlo da qualidade dos meios naturais, de promoção do espaço geográfico, de articulação e compatibilização de objectivos e iniciativas municipais e governamentais de redes de acessibilidades e de equipamentos e infra-estruturas;
d) Apoiar os municípios integrantes na construção e recuperação de equipamentos e estruturas locais que, pelo seu valor histórico, artístico, científico, social e técnico se integrem no património cultural;
e) Promover a execução ao nível regional dos planos, programas e projectos de desenvolvimento económico e social de defesa do ambiente e de utilização sustentável dos recursos naturais, do ordenamento do território, da conservação da natureza e da biodiversidade e da intervenção requalificadora nas cidades;
f) Coordenar os processos de avaliação de impacte ambiental dos projectos e acções cujo licenciamento ou autorização compitam a entidades supramunicipais;
g) Promover a criação e garantir a permanente actualização de um sistema de informação de base geográfica nos domínios do ambiente e do ordenamento do território da CIMT;
h) Criar e manter bases de dados cartográficos e cadastrais de apoio às diferentes actividades e assegurar a sua disponibilização;
i) Acompanhar o funcionamento dos sistemas multimunicipais das redes de água e saneamento;
j) Gerir ou acompanhar a gestão dos sistemas de recolha e tratamento de resíduos sólidos urbanos;
l) Acompanhar a elaboração do plano regional de ordenamento florestal e apoiar e acompanhar a elaboração de planos de gestão florestal;
m) Coordenar a gestão das zonas de intervenção florestal (ZIF) no âmbito da Comunidade Intermunicipal;
n) Apoiar os municípios integrantes na execução de projectos técnicos de engenharia e arquitectura;
o) Proceder à instrução e acompanhamento dos processos de empreitada, necessários à execução das obras em que a CIMT seja parte;
p) Gerir, orientar tecnicamente e fiscalizar as obras da CIMT e outras sob responsabilidade desta, designadamente realizando autos de consignação, medição dos trabalhos e recepção provisória e final;
q) Elaborar propostas e candidaturas a financiamentos através de programas, projectos e demais iniciativas na área da respectiva actuação;
r) Participar na construção de bases de dados e outras soluções informáticas, na área das suas competências.
s) Elaborar e monitorizar a carta educativa da Comunidade Intermunicipal;
t) Promover a ligação dos estabelecimentos do ensino superior e técnico-profissional com o sector produtivo público, privado e cooperativo;
Artigo 16.º
Área de modernização e novas tecnologias
À área de modernização e novas tecnologias compete, designadamente:
a) Conceber e coordenar projectos de modernização administrativa;
b) Promover o processo de modernização do quadro institucional de apoio ao desenvolvimento regional e local, através do acompanhamento e da avaliação periódica dos mecanismos de descentralização territorial das políticas públicas;
c) Constituir redes intermunicipais de partilha de informação e reforço das capacidades e competências técnicas locais;
d) Criar condições para que aos cidadãos em geral sejam proporcionados novos meios de acesso ao conhecimento e novas formas de aquisição de informação;
e) Recolher, organizar e sistematizar a informação estatística, jurídica, cartográfica, geográfica e outra sobre as diversas áreas de actividade, interna e externa, da Comunidade Intermunicipal ou que interessem ao espaço geográfico da mesma, designadamente, nas áreas do ordenamento do território e ambiente, turismo, ensino e empresarial, a solicitação dos serviços da Comunidade Intermunicipal;
f) Harmonizar procedimentos e sistemas informáticos, criando uma arquitectura de informação comum aos diversos municípios integrantes;
g) Conceber e coordenar programas intermunicipais tendo por objecto a facilitação e o estímulo ao acesso às tecnologias de informação e comunicação e o respectivo uso pelos cidadãos, escolas, empresas e administração pública local, tendo como fim último a realização dos objectivos comunitários da Europa;
h) Conceber e apoiar programas visando a fixação na região de técnicos qualificados, assim como a formação de agentes locais para desenvolver e operar os novos sistemas na área das tecnologias da informação e de comunicação;
i) Desenvolver, em geral, todas as acções visando posicionar o Médio Tejo na Europa do conhecimento e da informação;
j) Assegurar a gestão e actualização do site da CIMT;
l) Assegurar a normalização da informação, no plano interno;
m) Conceber e construir as bases de dados e as soluções informáticas necessárias aos serviços da Comunidade Intermunicipal;
n) Administrar a rede informática interna e apoiar os utilizadores no uso das soluções e dos equipamentos informáticos;
o) Conceber e elaborar propostas relativas às políticas de informática e de comunicações a adoptar pela Comunidade Intermunicipal;
p) Elaborar propostas e candidaturas a financiamentos através de programas, projectos e demais iniciativas na área da respectiva actuação;
q) Participar na construção de bases de dados e outras soluções informáticas, na área das suas competências.
CAPÍTULO III
Funcionamento
Artigo 17.º
Princípios de actuação
1 - Os serviços que constituem a estrutura orgânica e os funcionários neles integrados actuam no quadro jurídico definido por lei e devem orientar-se, designadamente, pelos seguintes princípios:
a) Prossecução dos objectivos definidos pelos órgãos da Comunidade;
b) Serviço público aos municípios e às populações;
c) Flexibilidade da gestão;
d) Participação e responsabilização;
e) Articulação e cooperação interorgânicas;
f) Racionalização dos recursos.
2 - O funcionamento dos serviços baseia-se na estrutura definida no presente Regulamento e obedece a um modelo organizacional de gestão participada e integrada em ordem à realização dos objectivos, ao controlo sistemático dos resultados e à avaliação contínua do desempenho.
Artigo 18.º
Instrumentos de gestão
Constituem instrumentos principais de gestão da CIMT:
a) As opções do plano anuais e plurianuais;
b) O orçamento anual, com desdobramento por actividades;
c) Contabilidade legalmente aplicável, contabilidade analítica e sistema de controlo orçamental;
d) O relatório de actividades, o relatório de execução orçamental, o balanço e as contas;
e) O balanço social;
f) O programa de controlo interno;
g) Outros planos, designadamente em matéria de modernização e qualidade administrativas e de recursos humanos.
CAPÍTULO IV
Pessoal
Artigo 19.º
Mapa de pessoal
1 - A CIMT dispõe de mapa de pessoal aprovado nos termos da lei.
2 - A afectação de pessoal a cada serviço cabe ao presidente do Conselho Executivo ou ao secretário executivo, no quadro da delegação de competências.
3 - A distribuição e a mobilidade dos funcionários, dentro de cada serviço, é da competência do respectivo dirigente ou chefia.
Artigo 20.º
Direcção e chefia
1 - Os lugares de direcção e chefia são providos de acordo com as regras legais em vigor.
2 - As unidades orgânicas que não disponham de lugares de direcção ou de chefia são coordenadas pelo funcionário designado para o efeito, pelo presidente do Conselho Executivo ou no quadro da delegação de competências, pelo secretário executivo.
3 - O pessoal de direcção e de chefia é responsável perante o presidente do Conselho Executivo e o secretário executivo pela orientação do respectivo serviço.
CAPÍTULO V
Disposições finais
Artigo 21.º
Criação e instalação dos serviços
Os serviços que constituem a estrutura orgânica constante do presente Regulamento, consideram-se criadas desde já, mas a respectiva instalação é feita à medida das necessidades da CIMT, tendo em conta as possibilidades físicas e a dotação de pessoal.
Artigo 22.º
Aplicação do Regulamento
As dúvidas e omissões decorrentes da aplicação do presente Regulamento são resolvidas por deliberação do Conselho Executivo.
Artigo 23.º
Entrada em vigor
O presente Regulamento entra em vigor a partir da data da sua publicação no Diário da República.
Organograma da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo
(ver documento original)
29 de Junho de 2011. - O Presidente do Conselho Executivo, António Manuel Oliveira Rodrigues.
204856278