Louvo, por proposta do comandante-geral da Guarda Nacional Republicana, o coronel de cavalaria (1840044), Bartolomeu Nuno de Guanilho da Costa Cabral, pela notável proficiência, elevado sentido das responsabilidades e destacado zelo com que, ao longo de mais de 29 anos, desempenhou funções na Guarda Nacional Republicana.
Oficial distinto, que honrou a Guarda em todas as circunstâncias e actividades, iniciou a sua carreira profissional no 4.º esquadrão do ex-Regimento de Cavalaria. Conhecendo a importância que a unidade tinha na projecção externa da instituição, decorrente das missões que lhe estavam atribuídas, dedicou todo o seu esforço e atenção à dignificação da presença pública das forças empenhadas em cerimónias e eventos honoríficos e de representação, e à permanente beneficiação das instalações ocupadas pelos seus militares ou que eram frequentemente visitadas por entidades civis e militares. De destacar, ainda, o apoio que assegurou ao funcionamento das escolas de equitação para jovens, actividade merecedora dos mais rasgados elogios, não só pela qualidade do ensino ministrado mas também pelo contributo que deu à divulgação e prática da modalidade.
Nomeado comandante do Grupo Territorial de Beja, soube o coronel Costa Cabral merecer o respeito e a consideração de todos quantos com ele privaram, em especial das entidades civis que invariavelmente destacavam o brio profissional e a distinção do seu comportamento. O senso e a capacidade de diálogo que possui foram determinantes para que, em cumprimento da difícil missão da Guarda, no terreno pudessem ser encontradas soluções equilibradas na resolução da conflitualidade potenciadora de alterações graves de ordem pública, como no caso das festividades de Barrancos ou da greve dos Mineiros da Somincor.
Também em tarefas no âmbito do ensino e da formação o seu desempenho foi permanentemente enaltecido, em particular como oficial de ligação da Guarda no Instituto de Altos Estudos Militares (IAEM), pelo contributo dado ao planeamento, programação e coordenação dos cursos de promoção a oficial superior da GNR, no exercício de funções docentes ou, ainda, como orador em conferências e seminários. As referências às qualidades pessoais do coronel Costa Cabral durante a sua permanência no IAEM, de que se destacam a inteligência, cultura, os conhecimentos profissionais e a capacidade para interagir com múltiplas e distintas organizações e entidades, reflectem a constância do conjunto de atributos pessoais que sempre demonstrou possuir ao longo de uma vida profissional rica, variada e plena de sucesso.
Responsável pelas relações públicas e pelo tratamento da imagem institucional da Guarda durante mais de quatro anos, como chefe da 5.ª Repartição do Comando Geral, assegurou a comunicação interna e a ligação com os órgãos de comunicação social com inegável mérito e seriedade, fazendo propostas e apresentando soluções equilibradas e ajustadas à necessidade de informar com oportunidade e clareza todo o efectivo da Guarda e divulgando o seu quotidiano com isenção e sobriedade, sem descurar a defesa intransigente dos interesses de quem nela servia. O brilhantismo com que a Guarda se apresentou em cerimónias e actos públicos muito se fica a dever ao trabalho levado a cabo pelo coronel Costa Cabral e pela equipa que tão sabiamente soube liderar.
No plano da representação externa, o coronel Costa Cabral recebeu, igualmente, os maiores encómios das autoridades que dirigiram e coordenaram a presença, na República da Guiné-Bissau, de uma missão de apoio à reforma do sector de segurança no país, no quadro da Política Europeia de Segurança e de Defesa (PESD), pelo entusiasmo, zelo, capacidade organizativa e espírito de colaboração demonstrados no exercício do cargo de vice-chefe da respectiva missão.
Por tudo o que foi referido, e numa altura em que por opção pessoal transita para a situação de reserva, merece o coronel Costa Cabral ser apontado como exemplo a seguir, pelo modo como devotadamente serviu este corpo especial de tropas, o grau de disponibilidade demonstrado e, particularmente, o respeito que sempre lhe mereceram as tradições e os valores que regem qualquer instituição militar. As exemplares qualidades humanas e profissionais que evidenciou durante uma vida de total entrega e dedicação à causa pública justificam, igualmente, que os serviços prestados à instituição e ao País, ao longo de mais de 29 anos, sejam publicamente reconhecidos e classificados como extraordinariamente importantes e distintos.
Assim, ao abrigo do artigo 7.º e do artigo 9.º do Decreto-Lei 177/82, de 12 de Maio, manda o Governo, pelo Ministro da Administração Interna, condecorar com a medalha de ouro de serviços distintos o coronel de cavalaria (1840044), Bartolomeu Nuno de Guanilho da Costa Cabral.
11 de Janeiro de 2011. - O Ministro da Administração Interna, Rui Carlos Pereira.
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