Louvo, por proposta do comandante-geral da Guarda Nacional Republicana, o coronel de infantaria (1840021) Valdemar de Bastos Pinho Costa, da Inspecção da Guarda Nacional Republicana, pela sua brilhante carreira militar, preenchida de excelentes desempenhos com elevada competência técnica, indefectível lealdade, total doação e entrega aos importantes interesses das instituições que serviu, sendo justo realçar a excelência da sua acção e o esforço abnegado no cumprimento de todas as missões de que foi incumbido.
Iniciou a sua carreira no Regimento de Infantaria, hoje Unidade de Intervenção, integrado na Companhia de Guarnição dos Lóios (3.ª Companhia), subunidade onde serviu durante 10 anos, inicialmente como adjunto do chefe da Secção de Operações e Informações e posteriormente como comandante da subunidade.
De forma valorosa, sempre demonstrou extrema dedicação e entusiasmo, profundo conhecimento técnico, grande exigência, podendo, legitimamente, orgulhar-se de ter comandado uma subunidade com elevado grau de prontidão, disciplina, coesão e desempenho exemplares, amplamente demonstrados nas inúmeras acções de reforço em missões de reposição e manutenção da ordem pública em que esta foi chamada a intervir, sem descurar o supremo esforço e exigência colocados pelas responsabilidades atribuídas na execução de serviços honoríficos às mais variadas entidades nacionais e estrangeiras, e, ainda, à garantia da segurança física às instalações dos edifícios dos órgãos de soberania do nosso País.
Como adjunto da 4.ª Repartição do Comando Geral da Guarda, onde permaneceu durante três anos, soube aproveitar a sua experiência de terreno que conjugou com a invulgar capacidade de ouvir, e de que resultou uma esclarecida acção de planeamento, controlo e coordenação da actividade operacional e o retorno da informação que deu lugar à elaboração de propostas inovadoras, oportunas e bem fundamentadas, de extrema importância para a afirmação e prestígio da Guarda Nacional Republicana.
Chamado a desempenhar função no SIS, onde desenvolveu actividade profícua durante cerca de 10 anos, revelou-se como um precioso colaborador da direcção daquele organismo, nas funções de director de área, interpretando correctamente as grandes linhas orientadoras da política de segurança estabelecidas, valendo-se dos seus notáveis atributos intelectuais, pessoais e profissionais, soube partilhar um ambicioso e bem estruturado projecto de desenvolvimento e valorização institucional daquele serviço de segurança.
A lealdade, a irrepreensível postura ética, o sentido do dever, a frontalidade, a competência e o saber técnico que soube traduzir nas relações de trabalho com a direcção do SIS, e em particular com o Ministério da Administração Interna, sempre na estreita colaboração e cooperação com a Guarda Nacional Republicana, são reveladores da elevada estatura pessoal e profissional do coronel Pinho Costa, em que sobressai o apego e o inquebrantável compromisso de inteira dedicação aos interesses do Estado e da Nação.
Na última fase da sua vida activa, e como corolário de uma carreira bem sucedida, foi colocado na inspecção da Guarda como inspector-adjunto, vindo a revelar-se como um precioso auxiliar do general inspector, confirmando, mais uma vez, a grande competência profissional.
A sua visão eminentemente ética da profissão que abraçou remete-o a uma atitude de sólida lealdade para com os seus chefes, que disso são testemunhas e nele se habituaram a encontrar opinião abalizada, mas que, depois de expressa, ficava sempre condicionada ao pronto acatamento da orientação que lhe era transmitida.
O porte moral, deontológico e profissional irrepreensível e o retrato de confiança e de força interior que transmite são peculiaridades que, conjugadas com uma formação humana sem mácula e com um relacionamento pessoal que prima pela afabilidade e respeito no cumprimento da missão, com reflexos amplamente positivos na proficiência que, genericamente, foram reconhecidas nas estruturas funcionais onde desenvolveu cargos de comando e direcção.
O coronel Pinho Costa é o exemplo vivo do oficial que norteou o desenvolvimento da sua carreira militar pela prática, consciente e continuada, das mais altas virtudes militares, postura e competência assinalável e a todos os títulos enobrecedora e dignificante, revelando qualidades de bravura, coragem, provado esforço e grande dedicação ao serviço de segurança pública, bem merecendo, também pelas excepcionais qualidades morais, humanas e militares reveladas, que os notáveis serviços prestados à GNR e à nação sejam considerados extraordinariamente importantes, relevantes e distintos.
Assim, ao abrigo do artigo 7.º e do artigo 9.º do Decreto-Lei 177/82, de 12 de Maio, manda o Governo, pelo Ministro da Administração Interna, condecorar com a medalha de ouro de serviços distintos o coronel de infantaria Valdemar de Bastos Pinho Costa.
10 de Janeiro de 2011. - O Ministro da Administração Interna, Rui Carlos Pereira.
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