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Relatório 9/2010, de 21 de Maio

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Sumário

Publicação de contas 2009 da Grow Investimentos

Texto do documento

Relatório 9/2010

Sede: Av. Engenheiro Duarte Pacheco n.º 26 1070-110 Lisboa.

Número de identificação de pessoa colectiva 502534877.

Relatório do Conselho de Administração

1 - Enquadramento

Depois de um início de ano no mesmo tom de 2008, o ano de 2009 fica marcado pelo regresso da confiança dos investidores e consequente recuperação significativa dos mercados financeiros. Todos os activos de risco tiveram desempenhos fortemente positivos, embora estivessem até meio de Março com um desempenho que fazia prever outro ano de perdas:

(ver documento original)

Este comportamento ficou a dever-se essencialmente ao forte estímulo que as economias tiveram por parte dos governos e dos bancos centrais, que não só, permitiu que a situação económica não se agravasse mais (havia quem temesse uma grande depressão semelhante à de 1930) como começasse a haver melhoras nos dados económicos já no 4.º trimestre de 2009. Assistimos à execução de políticas fiscais e monetárias ultra-expansionistas que permitiram a estabilização das condições de liquidez nos mercados financeiros e, como já foi referido, trouxeram de volta a confiança dos investidores.

No mercado accionista mundial, em termos regionais o destaque vai, como seria de esperar, para os mercados emergentes onde a recuperação foi ainda mais forte (ex: MSCI China +58.9 %; MSCI Brazil +121.2 %). Em termos sectoriais assistimos também a uma subida generalizada de todos os sectores com destaque para financials (MSCI World financials +21.9 %) e IT (MSCI World IT + 50.1 %).

(ver documento original)

Quanto ao mercado de dívida pública (obrigações government), 2010 foi um ano fraco explicado não só pelo flight from quality mas também pelo facto pelo movimento de descida de taxas de juro ter sido incorporado durante o ano de 2008. A performance atingida pelo índice (Citigroup World Government Bond Index) foi de 1 %.

No mercado de crédito (obrigações corporate) assistimos a um ano de forte valorização. O nível extremamente elevado dos spreads de crédito (Investment Grade e High Yield) em Março de 2009 criou oportunidades únicas no mercado, oportunidades essas que os investidores não deixaram passar. Assim, a estabilização da liquidez no mercado, fruto das intervenções ao nível da política monetária, permitiu que o mercado de crédito começasse a atrair investidores não só para o mercado secundário mas também para o mercado primário. Importa referir que os spreads do crédito de maior risco (High Yield) estreitaram cerca de 1100 b.p. e que a performance do índice Credit Suisse High Yield Index II foi de +54.2 %.

No mercado cambial assistimos, até Março, a uma continuação da valorização do dólar americano, fruto essencialmente de esta moeda ser uma moeda refúgio. Até esta altura o mercado continuava a viver uma grande crise de confiança que fez com que os investidores se refugiassem em moedas mais fortes. A partir de Março e até ao final do ano, a estabilização das condições económicas e o ressurgir da apetência para o risco penalizou as moedas refúgio, pelo que assistimos ao inicio de um ciclo de desvalorização do dólar americano motivado também pela manutenção das taxas de juro de referência a 0 %. A título de exemplo, e desde o valor máximo de Março, o dólar desvalorizou cerca de 15 % contra o euro.

Finalmente o mercado de commodities teve também um ano de forte valorização (CRY Index +23.5 %) fruto da expectativa do inicio da recuperação económica sobretudo em mercados emergentes como a China e a Índia. De entre as commodities destaca-se o petróleo com uma subida de 77.9 %.

2 - Actividade desenvolvida

Não é possível analisar o ano de 2009 sem relembrar 2008, um ano que ficará na história pelos piores motivos. A crise de liquidez e de confiança no sistema financeiro provocou perdas significativas nos mercados e uma recessão mundial de enorme gravidade que poderia ter resultado numa nova grande depressão (à imagem da vivida no início da década de 30) não fora as intervenções dos governos e bancos centrais. Foi ainda num contexto de incerteza e, pode dizer-se, de continuidade do ambiente vivido em 2008, que se iniciou o ano de 2009. Basta recordar, a título de exemplo que o mercado accionista Europeu registava a meio de Março uma desvalorização já superior a 25 % no ano e que totalizava cerca de 60 % desde o início de 2008!

Foi neste contexto que optámos por gerir as carteiras de forma extremamente conservadora, com elevados níveis de liquidez, e sem qualquer exposição a acções durante grande parte do ano. A prudência revelava-se como a única postura possível após os acontecimentos de 2008 e a preocupação generalizada dos investidores. Não deixámos no entanto de aproveitar as enormes oportunidades surgidas neste ambiente de forte aversão ao risco, apostando para isso em obrigações de empresas (dívida corporate), classe de activos onde o downside era limitado e o potencial de valorização era muito significativo. Essa aposta revelou-se sempre a mais acertada, evitando perdas no difícil 1.º trimestre e gerando fortes retornos a partir de então e até final do ano - assinale-se o desempenho médio dos fundos de crédito seleccionados para 2009 e que foi superior a 30 % no ano.

Tendo em conta o descrito, congratulamo-nos com o desempenho conseguido, particularmente tendo em conta o baixo risco incorrido e a probabilidade, que não era desprezável, de as medidas tomadas a nível mundial para estabilizar as economias não resultarem e continuarmos a assistir a perdas nos mercados. Importa notar que as carteiras terminaram 2009 com níveis de investimento mais elevados do que se verificava no início do ano, não perdendo de vista, no entanto, que 2010 deverá ser um ano difícil, dada a possibilidade de assistirmos a um cenário económico de baixo crescimento, pautado por algumas preocupações, como seja a situação que se vive na Grécia (elevado défice orçamental e excessivo endividamento), e nos países desenvolvidos em geral, e que nos levam a abordar o ano com alguma precaução.

É ainda assinalável que depois do crescimento de activos da gestão discricionária registado pela Grow Investimentos em 2008, o ano de 2009 tenha ficado marcado por uma evolução tão favorável (de Eur 30.1 milhões para Eur 38.3 milhões). Mais uma vez pensamos estar perante uma prova do sucesso da estratégia comercial seguida, o que nos deixa confiantes para o futuro.

3 - Proposta de aplicação de resultados

O Conselho de Administração da Sociedade propõe à Assembleia Geral a seguinte aplicação para o Resultado Líquido do Exercício, no valor de (euro) 10.132,28:

Para Reserva Legal, o valor de (euro) 1.032,28 e

Para Reservas Livres o valor de (euro) 9.100,00.

4 - Referências finais

Agradecemos aos Accionistas e aos Clientes a confiança manifestada, a todos os membros dos Órgãos Sociais e aos Colaboradores pelo seu empenho diário, que tornou possível o cumprimento dos objectivos de evolução sustentada da actividade da Grow. Agradecemos ainda aos nossos auditores, Deloitte, a independência e profissionalismo do seu trabalho, e às autoridades de Supervisão, nomeadamente Banco de Portugal e CMVM, a atenção dispensada.

Lisboa, 3 de Fevereiro de 2010. - Joaquim Maria Aliu Presas, presidente do conselho de administração - Bernardo Matos, administrador - Carmen Rodrigues dos Santos, administradora - Luke Ellis, administrador - João Paulo Lopes Raimundo, administrador.

Anexo ao Relatório do Conselho de Administração

Informações diversas

(Artigo 447.º Código das Sociedades Comerciais)

Participação dos membros do conselho fiscal e do conselho de administração no capital social da "Grow Investimentos - gestão de patrimónios, S. A."

(ver documento original)

(Artigo 448.º Código das Sociedades Comerciais)

Relação de accionistas titulares de pelo menos um décimo do capital social da "Grow Investimentos - gestão de patrimónios, S. A.", em 31 de dezembro de 2009

(ver documento original)

Demonstrações Financeiras a 31 de Dezembro de 2009

Balanços em 31 de Dezembro de 2009 e 2008

Tentativo e preliminar somente para discussão

(ver documento original)

Demonstrações do rendimento integral dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008

(ver documento original)

Demonstrações dos Fluxos de Caixa nos Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008

(ver documento original)

Demonstrações das alterações nos capitais próprios nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008

(ver documento original)

Notas às Demonstrações Financeiras a 31 de Dezembro de 2009

1 - Introdução

A Grow Investimentos - Gestão de Patrimónios, S. A. ("Sociedade" ou "Grow") tem por objecto social a administração de conjuntos de bens pertencentes a terceiros, designados por carteiras de títulos e outros activos, e a prestação de serviços de consultoria em matéria de investimentos, no âmbito das actividades permitidas às sociedades gestoras de patrimónios.

As demonstrações financeiras da Sociedade em 31 de Dezembro de 2009 foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 3 de Fevereiro de 2010. As demonstrações financeiras da Sociedade em 31 de Dezembro de 2009 encontram-se pendentes de aprovação pela Assembleia Geral. No entanto, o Conselho de Administração entende que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas.

2 - Bases de apresentação e principais políticas contabilísticas

2.1 - Bases de apresentação

As demonstrações financeiras anexas em 31 de Dezembro de 2009 foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso 1/2005, de 21 de Fevereiro, e das Instruções 9/2005 e n.º 23/2004, do Banco de Portugal, na sequência da competência que lhe é conferida pelo n.º 3 do Artigo 115.º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei 298/92, de 31 de Dezembro.

As NCA correspondem em geral às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal. As diferenças entre os dois normativos não têm impacto nas demonstrações financeiras da Sociedade.

2.2 - Adopção de normas (novas ou revistas) emitidas pelo "International Accounting Standards Board" (IASB) e interpretações emitidas pelo "International Financial Reporting Interpretation Commitee" (IFRIC), conforme adoptadas pela União Europeia.

O efeito nas demonstrações financeiras da Grow do exercício findo em 31 de Dezembro de 2009, decorrente da adopção e aplicação das normas e interpretações,não foi significativo, salvo no que diz respeito à seguinte situação:

"IAS 1 (Revisão) - Apresentação das demonstrações financeiras". Esta norma, de aplicação obrigatória a partir de 1 de Janeiro de 2009, introduz um conjunto de alterações relativamente à denominação das demonstrações financeiras. Em particular todos os ganhos e perdas (incluindo os que são contabilizados directamente em capitais próprios) são apresentados:

Numa declaração única: demonstração de rendimento integral; ou

Em duas declarações (demonstração dos resultados e demonstração de rendimento integral).

A Sociedade adoptou a possibilidade de apresentar uma declaração única (demonstração do rendimento integral) nas demonstrações financeiras de 31 de Dezembro de 2009.

2.3 - Especialização de exercícios

Os custos e proveitos são reconhecidos de acordo com o princípio contabilístico da especialização de exercícios, sendo registados quando se vencem, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.

2.4 - Investimentos detidos até à maturidade

Os investimentos a deter até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo, com taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada, tendo a Sociedade a capacidade e a intenção de os manter até ao seu reembolso.

Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao custo amortizado.

2.5 - Activos intangíveis

Os activos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição e correspondem essencialmente a despesas com a aquisição de sistemas de tratamento automático de dados. Estes activos são amortizados segundo o método das quotas constantes, por duodécimos, em três anos.

2.6 - Outros activos tangíveis

Os outros activos tangíveis são registados ao custo de aquisição. As amortizações são calculadas segundo o método das quotas constantes, por duodécimos, de acordo com as seguintes vidas úteis estimadas:

(ver documento original)

O património artístico não é objecto de depreciação.

2.7 - Encargos com férias e subsídio de férias

São constituídos acréscimos de custos para fazer face aos encargos correspondentes a férias e subsídio de férias vencidos, a pagar no exercício seguinte. Os correspondentes montantes são registados no passivo, na rubrica "Outros passivos" (Nota 9).

2.8 - Comissões

i) Comissões de gestão

Correspondem à remuneração da Sociedade pela gestão das carteiras dos seus clientes (patrimónios). São calculadas por aplicação de uma taxa anual (fixada em contrato) sobre o valor dos respectivos patrimónios e registadas na demonstração dos resultados na rubrica "Rendimentos de serviços e comissões" (Nota 12).

ii) Comissões de consultoria

Correspondem à remuneração da Sociedade pela prestação de serviços em matéria de aconselhamento de investimentos e compreendem:

Uma componente fixa calculada por aplicação de uma taxa fixa anual (fixada em contrato) sobre o valor dos patrimónios dos clientes aos quais são prestados estes serviços;

Uma componente variável dependente da performance da carteira.

Estas comissões são registadas na demonstração dos resultados na rubrica "Rendimentos de serviços e comissões" (Nota 12).

2.9 - Rubricas extrapatrimoniais

i) Valores administrados pela Sociedade

Esta rubrica refere-se às carteiras de activos geridas pela Sociedade. Para além de disponibilidades, estas carteiras incluem acções cotadas, unidades de participação em fundos de investimento, obrigações e produtos estruturados os quais são valorizados de acordo com os seguintes critérios:

As acções cotadas encontram-se registadas ao valor da última cotação em bolsa realizada nos últimos três meses;

As unidades de participação em fundos de investimento encontram-se registadas ao último valor divulgado pela entidade gestora à data da valorização das carteiras geridas pela Sociedade;

As obrigações encontram-se registadas de acordo com a última cotação disponibilizada pela Bloomberg à data da valorização das carteiras geridas pela Sociedade;

Os produtos estruturados encontram-se registados ao valor de cotação disponibilizado pelo próprio emitente, sendo esta informação obtida via consulta à Bloomberg ou via correio electrónico.

Os riscos associados aos instrumentos em que são investidos os valores que constituem as carteiras geridas pela Sociedade correm por conta dos clientes. A Sociedade não assegura qualquer rentabilidade mínima aos seus clientes.

ii) Activos dados em garantia

Esta rubrica reflecte o valor das Obrigações do Tesouro dadas em garantia ao Sistema de Indemnização de Investidores nos termos do Artigo 8.º do Regulamento 2/2000 da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários.

2.10 - Provisões para riscos gerais de crédito

Encontra-se registada no passivo e trata-se de uma provisão de natureza genérica. Esta provisão é determinada pela aplicação de uma percentagem de 1 % sobre o saldo das rubricas de "Devedores diversos".

2.11 - Caixa e seus equivalentes

Para efeitos da preparação da demonstração dos fluxos de caixa, a Sociedade considera como "Caixa e seus equivalentes" o valor nominal dos seus depósitos à ordem registados em "Disponibilidades em outras instituições de crédito", e o saldo de caixa registado na rubrica "Caixa e disponibilidades em Bancos centrais".

3 - Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, o saldo desta rubrica tem a seguinte composição:

(ver documento original)

A conta à ordem junto do Banco Espírito Santo, S. A. é remunerada a uma taxa de juro correspondente à taxa Euribor a 1 mês deduzida de 1 %, com o limite mínimo de zero.

A conta à ordem mantida junto do Banco Comercial Português não é remunerada.

4 - Investimentos Detidos até à Maturidade

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, esta rubrica tem a seguinte composição:

(ver documento original)

No exercício de 2008, a Sociedade adquiriu 20.000 Obrigações do Tesouro - 4,375 % - Junho de 2014 a um custo unitário de 1,026 Euros, num total de 20.520 Euros.

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, parte das Obrigações do Tesouro estavam dadas em garantia para cobertura de responsabilidades potenciais no âmbito do Sistema de Indemnização de Investidores (Nota 16).

5 - Outros Activos Tangíveis e Activos Intangíveis

O movimento ocorrido nestas rubricas foi o seguinte:

(ver documento original)

6 - Impostos sobre o rendimento

Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 eram os seguintes:

(ver documento original)

A Sociedade está sujeita a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) e correspondente Derrama, cuja taxa agregada em 2009 e 2008 correspondeu a 26,5 %. A partir de 1 de Janeiro de 2009, a matéria colectável até 12.500 Euros passou a ser tributada a uma taxa agregada de 14 %.

Os custos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do líquido do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:

(ver documento original)

No exercício de 2009 as "Correcções a exercícios anteriores" referem-se à insuficiência na estimativa da provisão para impostos sobre lucros relativa ao exercício de 2008 e a uma liquidação adicional relativa ao exercício de 2006.

No exercício de 2008 as "Correcções a exercícios anteriores" referem-se ao excesso na estimativa da provisão para impostos sobre lucros relativa ao exercício de 2007.

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto verificadas nos exercícios de 2009 e 2008 pode ser demonstrada como se segue:

(ver documento original)

No exercício de 2009, a rubrica "Outros" inclui o montante negativo de 1.563 Euros relativos ao impacto da redução da taxa de IRC de 25 % para 12,5 % nos primeiros 12.500 Euros de matéria colectável.

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Sociedade relativamente aos exercícios de 2006 a 2009 poderão ainda vir a ser sujeitas a revisão.

Na opinião do Conselho de Administração da Sociedade, não é previsível que eventuais correcções resultantes de revisões/inspecções das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos tenham um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2009.

7 - Outros activos

(ver documento original)

Através de ofício da Direcção de Serviços de IVA de 1 de Setembro de 2008, foi deferido o pedido da Grow para efectuar regularizações de IVA liquidado entre Setembro de 2000 e Outubro de 2001 no montante de 122.033 Euros nas prestações de serviços de consultoria financeira efectuadas a entidades estabelecidas fora da União Europeia. Consequentemente, a Sociedade procedeu ao pedido de reembolso de IVA no montante de 90.672 Euros, correspondente à quota-parte do imposto relativamente à qual se encontravam cumpridos os requisitos impostos pela Administração Fiscal para a sua reclamação, tendo o montante reclamado sido registado na rubrica "Outros activos - IVA a recuperar" por contrapartida da rubrica "Outros ganhos operacionais", da demonstração de resultados (Nota 13).

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 a rubrica "Devedores diversos" refere-se a comissões de gestão e consultoria a receber de clientes.

8 - Imparidade e provisões

Durante os exercícios de 2009 e 2008, o movimento ocorrido na imparidade e provisões foi o seguinte:

(ver documento original)

9 - Outros passivos

(ver documento original)

10 - Capital

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 o capital da Sociedade está representado por 275.000 acções com valor nominal de 1 Euro cada, encontrando-se integralmente subscrito e realizado. Nestas datas, a estrutura accionista da Sociedade era a seguinte:

(ver documento original)

11 - Outras rubricas do capital próprio

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, as outras rubricas de capital próprio têm a seguinte composição:

(ver documento original)

Reserva legal:

De acordo com o disposto no Decreto-Lei 298/92, de 31 de Dezembro, a Sociedade deverá constituir um fundo de reserva legal até à concorrência do seu capital social, transferindo anualmente para esta reserva um montante não inferior a 10 % dos lucros líquidos. Esta reserva só poderá ser utilizada para cobrir prejuízos acumulados ou para aumentar o capital.

12 - Rendimentos de serviços e comissões

Nos exercícios de 2009 e 2008, a Sociedade desenvolveu a actividade de gestão de patrimónios e consultoria em matéria de investimentos em Portugal. Os proveitos associados à prestação desses serviços têm a seguinte composição:

(ver documento original)

13 - Outros resultados de exploração

Esta rubrica tem a seguinte composição:

(ver documento original)

No exercício de 2008, a rubrica "Outros ganhos operacionais" inclui 90.672 Euros referentes a IVA a recuperar relativo aos exercícios de 2000 e 2001 (Nota 7).

Nos exercícios de 2009 e 2008, a rubrica "Rendas de locação operacional" corresponde a rendas de contratos de aluguer de longa duração de viaturas.

14 - Custos com pessoal e número médio de empregados

Esta rubrica tem a seguinte composição:

(ver documento original)

No exercício de 2009, a rubrica "Bónus" refere-se a prémios de desempenho atribuídos a colaboradores da Sociedade em Dezembro.

Durante os exercícios de 2009 e 2008, a Sociedade teve em média 10 e 11 trabalhadores ao seu serviço, respectivamente, com a seguinte composição:

(ver documento original)

15 - Gastos gerais administrativos

Esta rubrica tem a seguinte composição:

(ver documento original)

Nos exercícios de 2009 e 2008, a rubrica "Serviços especializados" refere-se a custos com informática, contabilidade, auditoria e advocacia.

16 - Passivos contingentes e compromissos

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, estas rubricas têm a seguinte composição:

(ver documento original)

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, os valores administrados pela Sociedade apresentam o seguinte detalhe:

(ver documento original)

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, a rubrica "Outros" inclui um montante de 84.906 Euros e 103.557 Euros, respectivamente, relativo a subscrição em curso de unidades de participação.

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, as carteiras de clientes sob gestão apresentam a seguinte composição:

(ver documento original)

17 - Entidades relacionadas

São consideradas entidades relacionadas da Grow os órgãos de administração da Sociedade, Accionistas ou entidades a eles relacionadas.

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, os custos suportados relativos à remuneração do Conselho de Administração da Sociedade, incluindo bónus, ascendem a 201.220 Euros e 295.780 Euros, respectivamente.

Adicionalmente, nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, a rubrica "Outros gastos administrativos - Serviços especializados" inclui 64.804 Euros e 186.540 Euros, respectivamente, relativos a serviços prestados por um Accionista da Grow.

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, a rubrica "Rendimentos de serviços e comissões - Comissões por serviços de consultoria" inclui os seguintes montantes relativos a serviços prestados a entidades relacionadas:

(ver documento original)

Relatório e Parecer do Fiscal Único

Aos Accionistas da Grow Investimentos - Gestão de Patrimónios, S. A.

Em conformidade com a legislação em vigor e o mandato que nos foi conferido, vimos submeter à Vossa apreciação o nosso Relatório e Parecer que abrange a actividade por nós desenvolvida e os documentos de prestação de contas da Grow Investimentos - Gestão de Patrimónios, S. A. (Sociedade) relativos ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2009, os quais são da responsabilidade do Conselho de Administração.

Acompanhámos, com a periodicidade e extensão que considerámos adequadas, a evolução da actividade da Sociedade, a regularidade dos seus registos contabilísticos e o cumprimento dos estatutos em vigor, tendo recebido do Conselho de Administração e dos serviços da Sociedade as informações e esclarecimentos solicitados.

No âmbito das nossas funções, examinámos o Balanço em 31 de Dezembro de 2009, a Demonstração do rendimento integral, a Demonstração dos fluxos de caixa e a Demonstração das alterações no capital próprio para o exercício findo naquela data e o correspondente Anexo. Adicionalmente, procedemos a uma análise do Relatório de Gestão do exercício de 2009 preparado pelo Conselho de Administração e da proposta nele incluída. Como consequência do trabalho de revisão legal efectuado, emitimos nesta data a Certificação Legal das Contas, sem reservas.

Face ao exposto, somos de opinião que as demonstrações financeiras supra referidas e o Relatório de Gestão, bem como a proposta nele contida, estão de acordo com as disposições contabilísticas e estatutárias aplicáveis, para efeitos de aprovação em Assembleia Geral de Accionistas.

Desejamos ainda manifestar ao Conselho de Administração e aos serviços da Sociedade o nosso apreço pela colaboração prestada.

Lisboa, 30 de Março de 2010. - Deloitte & Associados, SROC, S. A., Representada por João Carlos Henriques Gomes Ferreira.

Certificação Legal das Contas

Introdução

1 - Examinámos as demonstrações financeiras anexas da Grow Investimentos - Gestão de Patrimónios, S. A. (Sociedade), as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2009, que evidencia um total de 746.408 Euros e capitais próprios de 557.513 Euros, incluindo um resultado líquido de 10.132 Euros, a Demonstração do rendimento integral, a Demonstração dos fluxos de caixa e a Demonstração das alterações no capital próprio do exercício findo naquela data e o correspondente Anexo.

Responsabilidades

2 - É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Sociedade, o rendimento integral das suas operações, as alterações no seu capital próprio e os seus fluxos de caixa, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.

Âmbito

3 - O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Este exame incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação. Este exame incluiu, igualmente, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade das operações e a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do Relatório de Gestão com as demonstrações financeiras. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

Opinião

4 - Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acima apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira da Grow Investimentos - Gestão de Patrimónios, S. A. em 31 de Dezembro de 2009, bem como o rendimento integral das suas operações e os seus fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas de Contabilidade Ajustadas emitidas pelo Banco de Portugal.

Lisboa, 30 de Março de 2010. - Deloitte & Associados, SROC, S. A., Representada por João Carlos Henriques Gomes Ferreira.

303242035

Anexos

  • Extracto do Diário da República original: https://dre.tretas.org/dre/1161931.dre.pdf .

Ligações deste documento

Este documento liga aos seguintes documentos (apenas ligações para documentos da Serie I do DR):

  • Tem documento Em vigor 1992-12-31 - Decreto-Lei 298/92 - Ministério das Finanças

    Aprova o regime geral das instituições de crédito e sociedades financeiras.

  • Tem documento Em vigor 2005-02-17 - Decreto-Lei 35/2005 - Ministério das Finanças e da Administração Pública

    Transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 2003/51/CE (EUR-Lex), do Parlamento Europeu e do Conselho, de 18 de Junho, que altera as Directivas n.os 78/660/CEE (EUR-Lex), 83/349/CEE (EUR-Lex), 86/635/CEE (EUR-Lex) e 91/674/CEE (EUR-Lex), do Conselho, relativas às contas anuais e às contas consolidadas de certas formas de sociedades, bancos e outras instituições financeiras e empresas de seguros, prevendo a possibilidade de as entidades às quais não se apliquem as Normas Internacionais de Contabil (...)

Aviso

NOTA IMPORTANTE - a consulta deste documento não substitui a leitura do Diário da República correspondente. Não nos responsabilizamos por quaisquer incorrecções produzidas na transcrição do original para este formato.

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